Fanfic: O Sequestro

Os dias foram passando e a cada dia meu corpo correspondia melhor a retirada de alguns medicamentos, o unico problema é que minhas pernas não haviam voltado a fazer o que eu queria que fizessem, ou seja, não se movimentavam. 
Hoje fazem 35 dias que estou no hospital, nunca mais a Doutora tocou no assunto do Bruno, eu perguntei mas ela trocou de assunto, perguntando onde eu iria ficar, se meus pais estava mortos, eu não sabia, pois eu não queria ficar no abrigo, mas creio que é onde vou ter que ficar até arrumar um emprego, o problema é que eu não vou conseguir arrumar um emprego de cadeira de rodas. 
Tava olhando pra janela quando entrou um enfermeiro no quarto, ele era extremamente legal, mas ela tinha algo de estranho, sabe aquele tipo de gente que trabalha só pra manter as aparências, mas no fundo , no fundo, sua função é outra? pois é, esse é o Eduardo. 
- Oi pequena.. - falou ele largando a bandeja sobre uma mesinha que tinha ao lado da minha cama. 
- Oi..- sorri um pouco sem animo e ele percebeu. 
- Vish , que foi ein? ta com essa carinha porque? - falou ele pegando a seringa e preparando o medicamento, logo ele se aproximou de mim. 
- A uns problemas ai, mas não é nada demais.. - sorri, eu estava tentando demonstrar um sorriso que não iria se formar, pois eu não estava feliz , eu estava era preocupada, talvez tivesse sido melhor eu ter continuado la com o Bruno e o Breno, do que ter saído e não ter pra onde ir. 
- Se precisar de algo, pode contar comigo. - ele sorriu meigo enquanto aplicava o medicamento no acesso que estava fixado á minha mão desde que cheguei aqui. - A obrigada.. - fiquei quieta e logo ele saiu, passou umas duas ou três horas e a Cláudia entrou. 
- E então, como se sente? - perguntou sorridente. 
- Bem.. - falei e não dei muito assunto. 
- Tem certeza? o que esta acontecendo? alguém te tratou mal, te machucou? - perguntou preocupada, só que eu não podia dizer pra ela, a eu to com essa possível cara de cú pois eu não quero sair do hospital, pois tenho medo de não ter como me virar. 
- Nada.. - falei segurando as lagrimas, eu estava realmente muito sensível. 
- Melanie, converse comigo.. talvez eu possa lhe ajudar. - falou ela sentando ao meu lado na janela, eu ainda estava do mesmo jeito de antes. 
- Não é nada acredite.. - falei fixando meu olhar em um edificio que tinha bem distante. 
- Bom, eu estou de saída ja, e como não tenho nada pra fazer , vou ficar aqui, enquanto você não me contar o que esta acontecendo eu não sairei daqui.. - falou ela sorrindo. 
Ficamos uns quinze minutos em silencio, até que decidi contar a ela o que estava acontecendo. 
- Então é que como você sabe meus pais morreram.. - enfim, contei tudo pra ela e ela no final de tudo ainda conseguiu sorrir. 
- Posso te ajudar.. - ela sorriu. 
-Não se preocupe comigo.. darei um jeito. - falei tentando não colocar nenhum dos meus problemas pra cima dela. 
- Fique tranquila.. - ela levantou, beijou minha testa e saiu do quarto. - Oi.. - falou uma voz conhecida , olhei e era o Eduardo. 
- oi. - sorri. 
- Vamos deitar pequena, ou ainda quer continuar na janela? - ele sentou do meu lado. 
- Vou deitar, mas deixa que eu deito por aqui mesmo... - olhei pra ele pra confirmar o que pensava, sim, ele já tinha parado de trabalhar. - seu expediente acabou não precisa se preocupar comigo.. 
- Capaz mesmo.. - ele sorriu e levantou, me pegou no colo e me colocou na cama. 
- Obrigada. - sorri agradecida. 
- Mas pequena, deixa eu te contar uma coisa..- ele sorriu um pouco envergonhado. 
- Pode falar.. - falei olhando atenta pra ele. 
- Então... - ele enrolou. - eu escutei sua conversa hoje mais cedo com a Cláudia e..- eu interrompi ele. 
- Que feio ficar escutando atras da porta.. - sorri boba e ele também. 
- Me deixa falar gorda. - ele riu e eu dei língua, pois é , eramos `amigos` a esse ponto de fazer brincadeiras idiotas. 
- Ok fale Mr.magro. - ri e ele continuou. 
- Eu queria te chamar pra morar comigo.. - falou me olhando meio apreensivo, talvez com a resposta. 
-Não posso.. obrigada , mas eu não posso.. - falei entortando a boca. 
- Porque não? 
- Porque eu não vou poder trabalhar agora e eu não quero explorar uma pessoa que eu conheço a 30 dias no máximo. - falei um pouco triste por não poder aceitar.