Fanfic: O Sequestro

Sentei, encostei as costas na cama e fiquei pensando e tentando entender como eu havia caído no conto daquele salafrário do Breno, poxa, se eu imaginasse que um carinha da balada ia me sequestrar e me causar tanto mal, eu jamais teria ido pra balada, ou se quer dado atenção a ele. 
Fiquei ali por um bom tempo, só não sei quanto exatamente porque não tinha nenhum relógio para que pudesse me guiar. 
Olhei pro meu lado direito e tinha um criado mudo, bem velho por sinal, mas me chamou atenção que tinha um cadeado ali. 
Então fui me arrastando até me aproximar e comecei a forçar o cadeado. 
Forcei, forcei e nada, quando em um estralo de sabedoria, lembrei que tinha um grampo no cabelo. Toquei no cabelo e pro meu azar, ele com certeza havia caído enquanto o brutamontes me violentava. 
Olhei pro chão em busca do meu grampo e nada, quando estava desistindo avistei ele sobre um travesseiro na cama, peguei o mesmo e rezei pra que as táticas ensinas nos filmes americanos, dessem certo na vida real, comecei a forçar o cadeado e logo ele se abriu, estava abrindo a gaveta quando a porta se abriu, eu fechei a gaveta rapidamente, mas percebi que ali havia um celular velho, talvez fosse minha salvação...- O que você tava mexendo ai? - perguntou o Breno. 
- nada , tava só vendo se tem um comprimido pra dor de cabeça.. - falei mentindo e foi obvio que ele percebeu, mesmo estando chapado ele era esperto. 
- Haha, acha que me engana sua puta? - ele chegou perto de mim e me deu dois tapas no rosto. - me responde, to falando contigo.. tu acha que sou trouxa? - olhei no fundo dos olhos dele e respondi. 
- Eu não acho, eu tenho certeza.. tu é um trouxa, idiota mal amado, por isso quer o mal dos outros. - falei cuspindo as palavras, eu não tinha medo do que pudesse acontecer, nada poderia ser pior do que o que eu já havia passado. 
- Cala a boca. - ele fechou o punho e me deu um murro, que naquele mesmo instante perdi os sentidos de tudo, mas ele fez questão de me acordar novamente, me jogando no chão e logo em seguida um balde de água fria em cima de mim. 
- Acorda vagabunda. - ele me puxou pelo cabelo e fez-me sentar. - agora você vai aprender que não deve me desrespeitar.. - falou ele se aproximando com um canivete na mão. 
-O que você vai fazer? para, não faz isso.. por favor. - falei já com os olhos marejados, temendo o que poderia acontecer, eu não queria morrer, mas pro meu azar e sorte, ele não me matou, apenas começou a deslizar aquele afiado canivete pelo meu braço me fazendo um corte não gigantesco mais bastante doloroso. - PARA, TA ME MACHUCANDO, PARA POR FAVOR.. - eu falava engasgada pelo choro e ele só ria. 
Ele cortou meu braço, minha barriga e minha coxa. Eu ja não tinha mais por onde sangrar quando ele me puxou pelo cabelo e me jogou no quartinho em que eu estava com a Melanie, pra falar bem a verdade, eu acho que ela tinha razão, fugir não seria a coisa mais fácil do mundo, poderia dar tudo errado mais eu tentaria, nem que fosse a ultima coisa que eu fizesse, eu iria tentar fugir, pois estou a um dia aqui e já to assim... se continuar desse jeito não vou longe. Fiquei ali e acabei adormecendo.