Fanfic: Still Into You. | Tema: AyA
PRIMEIRA FASE:
Esta história é dedicada a Fernanda Passine e Jade Pêgas, por sempre acreditarem no amor, e por sempre acreditarem em mim.
Um obrigada especial a Rafaela Santos, por toda a ajuda que ela me deu, sem nem saber.
PRÓLOGO:
Era início de primavera. As flores acabavam de desabrochar nas árvores, e o Sol banhava todo o bosque do colégio com uma luminosidade branda, o suficiente para aquecer e aconchegar quem estivesse ali, buscando abrigo da loucura que era o dia lá fora, repleto de buzinas e pessoas estressadas. Era o caso de Anahí. Sentada ao pé de uma árvore, ela rezava para que não tivesse que voltar tão cedo para o caos da rua: aquele caos que se instalara dentro de si já era o suficiente. Não precisaria de mais um conflito de ruídos que a fizessem se sentir ainda mais confusa e enraivecida. Bufou. Alfonso conseguia isso por si só; às vezes, apenas por respirar mais pesadamente ao seu lado, pronto para soltar algum de seus comentários desnecessários. Sobre pessoas desnecessárias, das quais ela não fazia muita questão de suportar. Mas, ao que parece, o hobby favorito de Alfonso Herrera era irritá-la, deixá-la possessa, estupidamente fora de si, apenas porque gostava de saber que ele era capaz de deixá-la vulnerável daquela maneira.
Como se fosse explodir o mundo. E como se fosse implodir.
Para ser sincera, Anahí não se lembrava muito bem qual fora o exato momento que acendera a discussão. Provavelmente, era algo bobo e que não merecia mais atenção do que teve, bem como costumavam ser suas discussões com o pseudo-namorado. O problema foram as acusações que se sucederam e a quantidade exacerbada de impropérios gritados, quando Poncho deixou escapar, por aqueles lindos e malditos lábios, que Anahí e suas neuroses não eram as únicas que gostariam de estar ao lado dele. E que ele, obviamente, estava disponível para todas elas. Nem mesmo o tom debochado e o divertimento no olhar dele foram capazes de abrandar o que viera depois.
A primeira reação de Anahí fora entrar em choque. A segunda foi virar-lhe um imensurável tapa na cara, em meio ao corredor – graças a Deus, vazio – do colégio. Poncho soltou um palavrão realmente feio, mas antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, a loira já andava a passos largos e fundos em direção à saída. E, desde então, ninguém mais vira Anahí durante as aulas que se seguiram, e ao final do turno muito menos. Estava nervosa demais para aparecer novamente, e sabia que, caso se encontrasse com Alfonso, certamente coisas boas não aconteceriam. Ela estava honestamente muito cansada de todo aquele jogo infindável, de sarcasmo e egos feridos que havia se tornado sua “relação”.
- Anahí? – uma voz inconfundível surgiu atrás dela, abafada entre as árvores. Ela suspirou pesadamente, mas não respondeu. – Vamos lá, eu sei que você está aqui.
Entretanto, ao que parecia, Poncho estava motivado a encontrá-la. A bochecha direita ainda ardia como se o tapa fosse recente, mas seus nervos estavam mais controlados e, enquanto procurava a namorada, já era capaz de fazer alguma piada inconveniente sobre a vermelhidão do rosto. Ele fingiu um bufo pesado, impaciente, mas sorriu ao ver a silhueta de Anahí mais a frente, toscamente escondida. Ela era assim, ele pensou. No final, sempre quer ser encontrada.
- Any, por favor! – Poncho caminhou mais alguns passos. – Você não pode me bater e depois sumir assim. – finalmente parou atrás dela. – Tenho certeza de que existe uma lei sobre mulheres que batem em homens.
- Também deveria existir uma lei sobre qual é a punição mais adequada para homens idiotas com suas atitudes imbecis – ela respondeu, ríspida, surpreendendo-o. – Um tapa foi pouco, Herrera.
Alfonso sorriu. Ela estava irritada, certamente, mas não era nada que ele não pudesse contornar – ele soube disso assim que a encontrou, justo ali, no lugar onde eles freqüentemente iam esconder-se do mundo juntos. Sentou-se em sua frente, sem cerimônia, e pela primeira vez fitou-a diretamente nos olhos. Arrepios percorreram-lhe a espinha. Os olhos de Anahí sempre eram capazes de deixá-lo sem fala, um tanto quanto esbaforido, principalmente quando mergulhava de vez naquele azul profundo, sem nenhuma preparação. Poncho tinha a teoria de que os olhos dela sugavam almas. Tentou não parecer tão abalado, e quando propôs-se a falar, um sorriso afetado já figurava em seu rosto.
- Ah, sim, e você pode me descrever quais crimes absurdos são esses que cometi? – ele arqueou uma sobrancelha.
- Eu não quero falar com você, Alfonso. – ela respondeu. – Dê o fora daqui.
Poncho segurou uma risada. Sabia que ela tinha ficado realmente magoada, e que, talvez (e essa era só uma remota possibilidade) ele tivesse exagerado um pouco na “brincadeira”. Ainda mais nas atuais circunstâncias, quando a relação dos dois passava por crises e mais crises e sofria abalos consideráveis. A discussão havia começado porque, supostamente, Poncho vinha evitando-a o tempo todo, apesar de ”parecer estar disponível para todas as outras pessoas do mundo”, como Anahí fazia questão de enfatizar. Ele não conseguia entendê-la, é claro. Apenas agia como um garoto normal, tinha responsabilidades maiores e pouco tempo livre. O fato é que eles não tinham nenhuma relação oficial, “porque tudo era mais complicado do que parecia”, e isso era grande parte do que fazia Anahí sentir-se renegada. Mais uma.
- Meu Deus, Anahí, o que foi que eu fiz para você? – ele disse, enfadado. – Eu estava brincando quando disse que têm outras garotas atrás de mim... bem, existem... – ela lançou-lhe um olhar cortante. Poncho riu, mas percebeu a irritação da amada, e recompôs-se: - mas eu não quero nenhuma delas. Eu quero apenas você. – completou seriamente.
Ela não se mexeu e continuou em silêncio, fitando-o diretamente nos olhos. Borbulhava de raiva; mas raiva de si mesma por sentir as próprias barreiras cedendo, enquanto mirava aqueles olhos cor de mel esverdeados, que a faziam perder o prumo... Repreendeu-se: Alfonso não ia vencê-la tão facilmente! Não tão longe dali, um passarinho cantou. O coração de Anahí amoleceu mais uma vez. Ela sentiu o ego murchar, quase completamente vencido. Não era justo.
- E, além do mais, eu faço isso apenas porque adoro te ver irritada. – ela encarou-o, incrédula. Poncho sorriu. – Você realmente não sabe o quão sexy fica quando está possessa comigo.
Any sentiu-se impelida a dar-lhe um outro tapa, mas a verdade é que já estava se sentindo culpada por tê-lo agredido. Acreditava plenamente que relacionamentos a base de respeito não exigiam atitudes drásticas como aquela. Mas simplesmente não conseguia se controlar: Alfonso sabia que exercia gigantescos poderes sobre ela, e ainda assim abusava daquilo com seus joguetes. Por natureza, Anahí era intensa e entregue, em qualquer extremidade: seja ela feliz ou triste. Em amá-lo, e justamente por isso, às vezes odiá-lo.
- Não importa, Poncho. Você me machuca quando faz questão de jogar na minha cara que o que temos não é nada importante. – Any disse, por fim. Desviou o seu olhar do dele e fingiu estar muito interessada na tarefa de brincar com uma flor caída no chão.
- Mas quem diabos disse isso, Anahí? – ele perguntou, impaciente. Não esperou a resposta. – Eu nunca quis dizer qualquer idiotice dessas, por Deus!
- Mas é o que você dá a entender quando fala de todas as garotas que você pode pegar a hora que bem entend... – ela não conseguiu terminar a frase
Antes que pudesse dizer qualquer coisa ou lutar de alguma forma, Alfonso puxou-a para si, colando seus lábios de maneira um pouco brutal. Roubou-lhe um beijo. De início, Any resistiu aos pontapés – ora, ainda estava irritada! -, mas aos poucos o toque quente dos lábios de Alfonso destruíram o restante de sensatez que ainda possuía. Sentiram o coração encher-se de um calor inexplicável – estavam novamente grudados, abraçados, e não havia briga nenhuma que ganhasse de todas aquelas sensações. Não era apenas o corpo – embora cada célula de Anahí clamasse por cada célula de Alfonso, e vice-versa –, era principalmente alma. Sentimento. O beijo fora cheio de sentimento, línguas e mãos. Quando o ar se fez necessário, separaram-se, mas os narizes ainda se tocavam e Anahí mantinha os olhos fechados. Eles ofegavam. Poncho sorria alegremente... passara a manhã toda com saudade do sabor daquela boca. Ela foi a primeira a falar:
- Você não pode resolver tudo com um beijo, toda vez que estivermos com problemas, Poncho...
- E por quê não?
Ela suspirou. Talvez devesse ser sincera com ele e consigo mesma pelo menos uma vez.
- Já reparou que só temos brigado, ultimamente? Nós não estamos fazendo isso dar certo! – ela disse, vencida. Poncho a encarava com uma expressão indecifrável, séria, como se reprovasse o comentário de Anahí. – Não somos sequer um casal de verdade porque... eu nem sei por que! Ah, sei sim! Porque você não quer me assumir!
- Assumir o quê, garota? Todo mundo sabe que estamos juntos!
- Mas não é assim, Poncho. Não pode ser do seu jeito sempre. Nunca parou para pensar como eu me sinto? – derrotada, Anahí encostou-se no canto da árvore. – Nunca vamos dar certo.
Ele parou por uns instantes, olhando-a. Poncho percebeu um vacilo dos lábios dela, que tremularam. Os olhos pareciam nebulosos. Um estranho aperto no estômago tomava-o. Por um momento, sabia o que ela estava prestes a fazer. E sabia que tinha que impedi-la, já que a simples ameaça de perdê-la já o deixava amedrontado, assustado e, muito possivelmente, perdido. Não entendia como e porque, afinal de contas, Anahí não compreendia que ele a amava e que isso bastava. E, por Deus, como a amava! Ele fez com que ela o mirasse diretamente nos olhos.
- Não seja tão chata. – fez uma careta. – Permita-se sonhar, amor... Sei que nós não somos fáceis, mas nos amamos. E eu não posso perder você. Se o problema é o fato de não sermos oficiais, eu mudo isso hoje...
- Poncho, entenda que...
- Xiu! – ele colocou um dedo a frente dos lábios dela. Aproximou-se, e sussurrou: - Não estou mais bravo pelo tapa que levei. Nem vou denunciar você. Acho que mereço um beijo por isso, não?
Any encarou-o e sorriu. Num instante parecia ter esquecido toda a sua fúria de antes. E, quando as bocas se tocaram e se possuíram novamente, ela tinha certeza de que, ao lado dele, sempre se permitiria sonhar, cada vez mais. Um dia de cada vez.
Autor(a): lphistorias
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
CAPITULO 1 ANOS DEPOIS Anahí, anos depois Anahí Giovanna Puente Portilla sempre fora, sem sombra de dúvidas, uma mulher muito determinada. Desde que conseguia se lembrar, sabia muito bem o que queria e aonde gostaria de chegar. Embora seus sonhos de menina nem sempre parecessem palpáveis, aqueles que estavam em suas mãos, cedo o ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 134
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franmarmentini♥ Postado em 30/04/2016 - 16:36:18
CADE VC???????
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franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 16:17:34
OLÁAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso
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lory_herrera Postado em 19/08/2015 - 19:55:16
abandonou?
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carine_s. Postado em 25/05/2015 - 13:31:50
Continua...
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franmarmentini♥♥ Postado em 08/05/2015 - 14:02:12
tadinha da any tomara que de tudo certo...quero ponny juntossssssssssssssssssssssssssssssss
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franmarmentini♥♥ Postado em 08/05/2015 - 13:40:56
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Angel_rebelde Postado em 05/05/2015 - 23:45:10
Agora q vem a vdd ! Anny precisa da maior quantidade de provas possível, mais acredito q Laurinha ficará com ela sim pq é quem vem a criando desde então e como disse a advogada, tudo q Laurinha precisa a Anny sempre supriu e nunca faltou nd pra menina. Poncho td preocupado com as duas é a coisaaa maais lindaaaaaaaaa. Tudo dará certo. Talvez Amanda atrapalhe um pouco no começo mas logo ela volta pro buraco dela. Conttttttt
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carol.aya Postado em 05/05/2015 - 18:14:47
ah tomara que não tirem a Laura da Any :\ to amando o Poncho todo preocupado <3 continuaaaaaa
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franmarmentini♥♥ Postado em 30/04/2015 - 15:39:57
esse poncho não tem jeito kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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franmarmentini♥♥ Postado em 30/04/2015 - 15:18:13
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