Fanfic: Still Into You. | Tema: AyA
FLASHBACK
Anos atrás – Lucas
- Ela é sua filha, Lucas, está no DNA, você viu. Cuide dela. – Amanda disse, dura, sem qualquer emoção na voz. Observava a própria filha nos braços do ex namorado com certo nojo. – Eu não a quero.
- Amanda, pelo amor de Deus, ela é sua filha também! Você está rejeitando a sua própria filha? – Ele respondeu, exasperado, enfurecido, dividido entre continuar a segurar a filha nos braços e protegê-la, ou avançar em cima daquela mulher, que mais se parecia com um monstro. O choque de tantas emoções estava o deixando confuso, mas o instinto o impedia de se aproximar dela, de deixar a filha vulnerável àquela desprezível mulher.
Amanda, na verdade, não se importava. Sua carreira no exterior era mais importante do qualquer outra coisa... Não podia deixar que uma criança indesejável atrapalhasse seus planos agora. Quando envolveu-se com Lucas, ele já era melhor do que aquele adolescente inseguro do ensino médio, agora tinha uma carreira promissora, uma família com bens consideráveis. Amanda não duvidava de que cedo ou tarde estaria mais bem sucedido do que qualquer um dos homens com quem já se envolveu. Mas aquilo era muito pouco perto do futuro que a esperava. Por Deus, sentia nojo de pensar em prender-se a ele graças a um bebê, quando poderia estar ganhando muito dinheiro na Europa, fazendo seus próprios trabalhos. Definitivamente, ela não queria aquela cópia de Lucas Veronelli chorando em seu ouvido.
- Não me venha com sentimentalismo agora, Lucas. – ela respondeu, seca. – Se não quiser a criança, me dê aqui que eu a dou para quem se interessar. – aproximou-se, mas Lucas desviou. Não deixaria ela tocar sua filha nunca mais!
- Rá, que bom que você não quer vendê-la, não é mesmo? Estou surpreso!
- É uma boa idéia. – ela divertiu-se. – Mas isso me levaria para a cadeia. Você a quer, ou não?
- Quero. – a voz dele saiu decidida, mas estava em pânico por dentro. Deus, como cuidaria de uma criança? – Vou ficar com ela. Mas quero você longe de nós dois. Quero que você desapareça, Amanda, e não volte nunca mais. Ouviu? – ele era ameaçador. – A menina é minha, e você não vai se aproximar dela jamais!
Amanda gargalhou. Bom, não seria um incômodo muito grande se manter longe dali. Daquele país, daquelas pessoas... Mas bem que poderia tirar proveito da situação.
- Claro, eu o farei. – os músculos do rosto de Lucas relaxaram, para logo depois endurecerem novamente. - Mas tenho um preço. Quero que você me mande quantias consideráveis de dinheiro, ao menos até que eu me estabilize na Europa. Isso não deve demorar.
- Eu não vou ceder a nenhuma chantagem sua. Qualquer coisa que você faça, se voltará contra você. Você é a mãe que está abandonando a própria filha. – convicto, Lucas esforçava-se para mandar a voz baixa, não queria assustar a filha.
- Ah, não? Então eu voltarei. Me aproximarei da sua filha... Será um terrível trauma para ela saber que a mãe a abandonou, não é? Em todos os jornais... Coitada... Viverá a sombra de uma polêmica... Há tantas formas de tê-la de volta, Lucas. Você nem pode imaginar. – o olhar de Amanda continuava compenetrado. – Mas eu não me sinto muito a vontade, não quero gastar energias com tudo isso. É só até eu me estabilizar, eu já disse. Como garantia de que não terei que voltar ao Brasil tão cedo...
Lucas rosnou. Maldita seja, vagabunda! Como pôde ser apaixonado por ela durante tanto tempo de sua vida? Como deixou-se enganar pela beleza física, quando havia todo aquele veneno correndo nas veias daquela mulher?
- Está bem. Eu providenciarei isso. Mas você não vai chegar perto dela... – jogando a cabeça para trás, afim de arrumar os cabelos e como quem não se importa, ela assentiu. Em seguida, disse friamente:
- A garota ainda não tem nome.
- O que? Você não teve coragem de registrá-la? Que espécie de ser é você?! – ela revirou os olhos. – Não fazem isso no hospital?
- Me poupe, Lucas. Eu não quis. Eu nem sequer a amo. – ele gelou. Podia enxergar a verdade nos olhos dela. – Carreguei esta garota nove meses na barriga porque não tive coragem de fazer um aborto. Doeria demais. Tenho pavor a sangue e clínicas clandestinas! Fui devidamente sedada e não vi nada, quando ela nasceu, de maneira limpa. Fiz o papel de mãe perfeita, você tinha que ter visto! Emocionada, quando ela estava em meus braços... – zombou.
- Você tinha planejado tudo, sua cachorra! Ia me arrancar dinheiro, não é? – Amanda deu de ombros. Na verdade, só tinha cogitado aquilo há pouco. O papel de mamãezinha havia sido feito porque, enquanto mãe e grávida, os clientes não a procurariam. Estava livre por um tempo, até conseguir fugir. Mas ganhar dinheiro de Lucas era muito bom, também... Melhor que a encomenda! Lucas continuou: - Ela só terá meu sobrenome.*
- É um favor que me faz, coração.. – Amanda recolheu a bolsa, pronta para partir. Deixou em cima da mesa apenas um cartão, com seu telefone e outras informações. Lucas sorriu debochadamente: puta de luxo. – Passar bem, Lucas.
- E você, bem longe, Amanda. – grunhiu. A ex, por sua vez, gargalhou e rumou para a porta, fechando-a com cuidado.
Lucas parou no meio da sala, com a bebê de um mês em seus braços, dormindo tranqüilamente. Aconchegou melhor a filha, cobrindo-a com a manta branca. Observou seus traços – embora bebês tenham cara de joelho, Lucas achou que ela se parecia um pouco com ele. Um instante depois, estava apaixonado. As pernas ainda tremiam muito e ele achava que a qualquer momento ia quebrar os ossinhos dela. Cheirou-lhe os cabelos (ela nascera bem cabeluda), passou a mão pelo seu rostinho. Deus, como sua filha era linda, e graças a Deus saudável. O pânico o tomou por inteiro. Não sabia como faria aquilo, como criaria uma criança, como seria um bom pai... Mas ia fazê-lo, decidiu fervorosamente. Nada ia atingi-la. Ela nunca ia sofrer, se dependesse dele. Ainda desorientado, pegou o celular no bolso e ligou para alguém.
- Dul? – silêncio. – Preciso que você venha aqui pra casa imediatamente. – silêncio. – Aconteceu uma coisa inacreditável. Eu preciso da sua ajuda. – silêncio. – Pra resumir? Você é tia agora.
(*judicialmente, não encontrei nada que permitisse que uma criança fosse registrada apenas com o nome do pai, mas para fins de “força maior”, assim ficou na web. No entanto, o nome de Amanda consta na certidão de Laura).
FIM DE FLASHBACK
Lucas secou uma lágrima que insistia em cair, teimosa, pelo canto do olho. Lembrava-se perfeitamente daquele dia, de como Amanda o abordara dias antes daquela notícia (e sentiu-se enojado por ter pensado que era bom vê-la, antes de saber o que ela fizera), pegando fios de seu cabelo para o teste de DNA que jogou em sua cara, mesmo antes de ele pedir. Lembrava-se perfeitamente de como Laura abrira os olhinhos para ele, de como agarrava seus dedos; lembrava-se do cheirinho dela, da roupa que usava. De como ficou assustado por ser pai de uma hora pra outra. Lembrava-se até de Dulce gritando em seu ouvido (“você é um irresponsável! Como pôde engravidar essa vadia??”), mas depois apaixonando-se igualmente pela sobrinha, e prometendo ajudá-lo a criá-la. Lucas se aproximou de Laura, quieto, e beijou-lhe a face.
- Papai te ama tanto, filha... Você é a coisa mais preciosa do mundo para mim. – contendo o impulso de abraçá-la, para não acordar a pequena, Lucas puxou o cobertor da filha. Sorrindo, levantou-se com cuidado e saiu do quarto.
Anahí preparava-se para tomar banho, ainda pensativa. Não gostava nada da idéia do marido viajar assim. Estavam em temporada de tempestades, afinal de contas. Sentia-se perturbada só de pensar nele dirigindo no meio de um temporal, mesmo que não fosse para tão longe. Ainda pensava nisso enquanto retirava os brincos e o marido apareceu, sorrateiro, atrás de si, abraçando-a pela cintura. Anahí não conseguiu evitar sorrir de canto.
- Você está tão cheirosa, querida... – ele disse, a voz abafada no pescoço dela. – Laurinha já dormiu, sabe?
Any gargalhou, virando-se para ele. Os olhos de Lucas olhavam-na com certo fascínio e adoração; Anahí sentiu o coração derreter. O próprio corpo enchia-se de amor, quando ele a olhava assim. Sentia-se amada. E frustrada: por que simplesmente não conseguia amá-lo de volta com a mesma paixão? Por que tinha que amá-lo tão calmamente, todos os dias de sua vida, sim, mas por que não sentia aquela paixão de querer rasgar-lhe a roupa e possui-lo? Amava-o de um jeito que preferia manter-se abraçada a ele, ser protegida e protegê-lo, mas ora, era mulher! O toque dele arrepiou sua pele. Mas sabia onde Lucas queria chegar: queria fazê-la esquecer o assunto da viagem.
- Você não vai conseguir. – ela respondeu, convicta, brincando com os óculos dele. – Ainda não quero que você vá.
- Any... – ele começou. – Para com isso, amor. Eu volto amanhã mesmo, você sabe.
- Eu sei, mas... você sabe que não gosto que dirija na chuva! – ela ralhou. – Laura também não quer que você vá.
- Ela disse isso? – ele arqueou a sobrancelha. Anahí suspirou, derrotada.
- Não, mas ficou chateada. Ela achou que íamos passar o final de semana juntos. Você não pode ir outro dia?
- Não há como. O contratante fica no Brasil apenas até amanhã. – ele depositou um beijo na orelha dela. – E eu sei dirigir muito bem, Ok?
- Eu sei que sabe, mas... – ele continuou olhando-a. Não gostava quando Anahí fazia isso: bastava ela piscar, e ele atendia seus pedidos. Mas aquela era uma oportunidade única, e, maldição, estava pensando no futuro dela e da filha. Ela percebeu certa chateação no olhar dele. – Tudo bem, Lu. – ele sorriu. – Promete que vai me ligar assim que chegar lá? E que vai tomar cuidado?
- Prometo o que você quiser. – ele disse, voltando a beijá-la no pescoço. Anahí riu, deixando-se levar, enquanto os dois caminhavam para a cama.
Amaram-se como nunca antes haviam feito. Anahí e Lucas sentiram uma certa necessidade mais fervorosa um do outro, naquela noite. Ele quis decorar cada aroma do corpo dela e ela não relutou em senti-lo inteiramente. A última coisa que ela se lembrava de ter pensado foi que era muito, muito feliz. Tinha um marido incrível, uma filha linda, uma carreira que amava... Antes de fechar os olhos e se entregar ao sono, ele abraçou-a pela cintura. Anahí jamais se esqueceria do cuidado e o carinho dele ao tocá-la... naquela que sentiria uma noite inesquecível.
Autor(a): lphistorias
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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CAPITULO 5 Lucas estava feliz. Inteiramente feliz. Passara o dia longe da mulher e da filha, em meio a reuniões e mais reuniões, assinando termos de responsabilidade, visitando espaços de obra, esboçando aquele que seria seu mais ambicioso projeto na cabeça. Firmando um contrato milionário. Mas estava sentindo-se feliz e reali ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 134
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franmarmentini♥ Postado em 30/04/2016 - 16:36:18
CADE VC???????
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franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 16:17:34
OLÁAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso
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lory_herrera Postado em 19/08/2015 - 19:55:16
abandonou?
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carine_s. Postado em 25/05/2015 - 13:31:50
Continua...
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franmarmentini♥♥ Postado em 08/05/2015 - 14:02:12
tadinha da any tomara que de tudo certo...quero ponny juntossssssssssssssssssssssssssssssss
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franmarmentini♥♥ Postado em 08/05/2015 - 13:40:56
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Angel_rebelde Postado em 05/05/2015 - 23:45:10
Agora q vem a vdd ! Anny precisa da maior quantidade de provas possível, mais acredito q Laurinha ficará com ela sim pq é quem vem a criando desde então e como disse a advogada, tudo q Laurinha precisa a Anny sempre supriu e nunca faltou nd pra menina. Poncho td preocupado com as duas é a coisaaa maais lindaaaaaaaaa. Tudo dará certo. Talvez Amanda atrapalhe um pouco no começo mas logo ela volta pro buraco dela. Conttttttt
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carol.aya Postado em 05/05/2015 - 18:14:47
ah tomara que não tirem a Laura da Any :\ to amando o Poncho todo preocupado <3 continuaaaaaa
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franmarmentini♥♥ Postado em 30/04/2015 - 15:39:57
esse poncho não tem jeito kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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franmarmentini♥♥ Postado em 30/04/2015 - 15:18:13
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