Fanfic: Still Into You. | Tema: AyA

Quando Alfonso acordou, o corpo todo doía. Célula a célula, a impressão que tinha era de que tinha sido atropelado por um caminhão vinte vezes. Ele abriu os olhos devagar, e as pálpebras ardiam – o asfalto havia ralado alguns pontos do rosto. Estava em um lugar diferente, não se lembrava bem do que aconteceu... Lembra-se vagamente dele mesmo pilotando a moto, depois de um clarão e um barulho ensurdecedor. Poncho se moveu e descobriu que estava deitado em uma cama extremamente confortável e, por fim, os olhos focalizaram melhor os equipamentos médicos a sua volta. Não conseguiu movimentar o braço direito pois este pesava, imobilizado pelo gesso.

 Muito provavelmente, depois do baque, desmaiara. Ele sentia uma sede enlouquecedora, mas não havia nenhuma jarra d’água por perto, então localizou uma campainha ao lado de sua maca e acionou. A cabeça doía, mas era mais como um incômodo. Pouco tempo depois, uma enfermeira jovem e sorridente entrou no quarto.

 - Olá, Sr. Herrera. – a enfermeira disse. – Como o senhor está?

- Com dor por todos os lados. O que aconteceu?

- O senhor se lembra de estar pilotando uma moto nesta noite? Lembra-se da batida? – Poncho assentiu. – O motorista do carro que quase colidiu com o senhor chamou uma ambulância. – a enfermeira estava preparando um analgésico enquanto falava. – O senhor desmaiou devido à pancada e chegou aqui desacordado; quebrou o braço direito e teve pequenas escoriações pelo corpo. O médico já vem explicar melhor o ocorrido.

 A enfermeira entregou-lhe um copo com água e o remédio, que, mesmo a contragosto, Alfonso tomou. Ela fez algumas recomendações a Alfonso e em seguida saiu do quarto, deixando-o só, com uma dor de cabeça incômoda. Poncho esperava o médico para sair daí, já que haviam-no impedido de arrancar os aparelhos e sair andando. Mas não foi exatamente um médico quem apareceu na porta de seu quarto, embora também vestisse um jaleco branco e usasse um estetoscópio.  Com um sorriso sarcástico nos lábios, escorada no batente da porta estava ninguém mais, ninguém menos que Maite.

 Alfonso gemeu.

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