Fanfics Brasil - 4° ato O início de tudo...

Fanfic: O início de tudo... | Tema: William Bonner Fátima Bernardes


Capítulo: 4° ato

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Fátima correu pro camarim, tirou o terninho vermelho e vestiu sua saia-lápis preta e uma blusa de cetim azul clara, que ela embutiu por dentro da saia. A saia delimitava a curva do bumbum e do quadril, deixando o corpo dela estonteante. Saiu do camarim apressada, pegou a bolsa e desceu pra encontrar com William no lugar de sempre. Tentou descer lentamente para que os saltos do sapato não fizessem muito barulho na escada, mas foi em vão. Parou, olhou para os lados e não viu William. –“Que estranho, ele desceu antes de mim...”. Quando acabou de pensar nisso, William saiu de dentro de um armário de vassouras que ficava embaixo da escada e agarrou ela por trás. Fátima soltou um berro de susto e William fez sinal pra ela ficar calada, rindo.


                - Fica quieta, escandalosa! – Fátima deu tapas nos braços dele de raiva.


                - NOSSA WILLIAM, seu pivete! Que susto! – William abraçava ela, gargalhando. – Te odeio! – A essa altura, ela já estava rindo também.


Caminharam juntos até o carro abraçados e rindo da brincadeira de William.


                Decidiram jantar em uma cantina italiana muito charmosa. Era toda decorada de madeira, com cadeiras estofadas de estampas florais e iluminação com delicados candelabros de velas. –“Parece casa de vó”, dizia William. A comida era deliciosa e a cartela de vinhos era impecável. A noite foi ótima, como sempre eram os encontros dos dois. Conversaram e comeram tanto que conseguiram beber apenas metade da garrafa de vinho. Ao entrar no carro, pra irem embora, William fez uma proposta indecente:


                - O que acha de irmos lá pra casa pra terminarmos de beber essa garrafa de vinho? – Ele sugeriu com um sorriso nos lábios.


                - Ah tá, muito engraçado você! Claro que não, me leva pra casa! – Fátima disse, rindo.


                - Ah, mentira que você vai me deixar com meia garrafa de vinho? Vai avinagrar! Eu não vou beber sozinho!


Fátima ri da cara de William e nem se dá o trabalho de respondê-lo. William segura no queixo dela e gira seu rosto na direção dele, ficando cara a cara com ela.


                - Ei... Você não confia em mim não? Acha que eu seria capaz de fazer com você algo que você não queira?


                - Lógico que confio! Senão eu nem estaria aqui, dentro do seu carro a essa hora da madrugada. Lembra que eu sou CA-SA-DA? – e levanta a mão esquerda, apontando pra aliança. William franzi a sombrancelha e faz cara de emburrado, tentando uma chantagem emocional. Fátima ri da cara dele e responde:


                - Tá bom, mas é só um pouquinho heim? Se me embebedar, acabo com a sua raça!


William acelera o carro e pega o caminho pra casa.


 


 


 


***


 


 


                - Entra, fica a vontade!


Fátima entrou no apartamento de William pela primeira vez. Ela imaginava um pouco diferente, mais bagunçado talvez. Se parecia mesmo com um quarto de hotel, só que era maior. Tinha uma estante com a TV, um sofá enorme logo em frente a porta. Quando passava, ela quase tropeçou em dois pares de chinelos de William que estavam jogados no meio da sala. Sentiu vontade de rir. No canto esquerdo da mesma sala, uma mesa redonda com quatro cadeiras e uma cozinha americana logo de frente. Alguns poucos copos e pratos estavam empilhados na pia para lavar. Enquanto William pegava as taças e servia o vinho para eles, Fátima circulou pela sala. Foi até a sacada. A vista era incrível! Mas como uma pessoa que tem medo de altura resolve morar em um apartamento no 4° andar? Na mureta da sacada, um cinzeiro cheio bitucas de cigarro. Ele nunca havia fumado perto dela. Provavelmente também não fumaria naquela noite. Ficou pensando em como seria ser casada com ele. Teria que consertá-lo com essas manias de espalhar chinelos pela casa, por exemplo. Ou não. Gostava do jeito que ele era. Sentia que amava até os defeitos dele. Devia ser divertido viver ao lado de um cara tão pra cima e tão inteligente como ele. Sorriu.


                Ventava muito na sacada quando Fátima sentiu William te envolvendo.


                - Está com frio, amor? – Ele nunca havia chamado-a de amor. Ela sorriu e fez que sim com a cabeça. – Deixa que eu te esquento... – sussurrou no ouvido dela. Ela arrepiou, mas não sabia se era de frio ou de excitação.


                Ficaram alguns minutos abraçados na sacada. Mas ela percebia que William não olhava para o horizonte e sim pra baixo. Gargalhou sozinha.


                - Você tem medo mesmo de altura? – disse ela, olhando pra ele.


                - Medo não. Tenho horror! – Fátima gargalhou mais alto.


Foram pra sala. William se agachou, fuçou nos CDs e escolheu um, Rod Stewart. Enquanto isso, Fátima o esperava no sofá com a taça de vinho na mão. Conversavam, contavam histórias de infância e de situações embaraçosas. A cada taça de vinho, o assunto fluía mais. Começaram a falar sobre relacionamentos, sexo e primeira vez. William contou algumas experiências de forma muito cômica, Fátima se curvava pra trás de tanto rir.


                - Posso te fazer uma pergunta um pouco indiscreta? – questionou William.


                -  Ai meu Deus... Pode.


                - Você casou virgem? – William franziu a testa, um pouco temeroso que ela ficasse constrangida com a pergunta. Mas ela respondeu de forma muito natural.


                - Sim.


                - Hum...


                - Porque?


                - Por nada. Curiosidade. – William sorriu um pouco sem graça.


William pensou um pouco no que acabara de ouvir. Era muito comum moças se casarem virgens. Mas será que Fátima era feliz na cama? Será que Ricardo realizava todos os seus desejos? Era carinhoso, era paciente, sabia satisfazê-la? Ela não tinha parâmetro de comparação tendo apenas um homem na vida dela. A ideia de fazer amor com Fátima deixou William muito excitado.


                - Porque você ficou calado de repente? – Fátima estranhou, mas achou graça.


                - Nada não. Sei lá, acho que essa conversa me deixou com tesão. – Fátima se assustou um pouco com a sinceridade dele, mas sorriu maliciosamente e mordeu na boca. – “Para de fazer essa cara! Assim você me enlouquece...” – Ela o ignorou e deu uma golada no vinho.


                William inclinou o corpo em direção dela. Apoiou a mão esquerda em sua coxa e puxou o rosto dela pra si. Sussurrou baixinho, com a boca rosada do vinho:


                - Você me enlouquece.


Fátima sentiu arrepiar os cabelos da nuca. William a beijou devagar e foi reclinando-a para trás, até que ela encostasse as costas no sofá. Continuaram se beijando ardentemente. Fátima sentiu o sapato cair do próprio pé e foi perdendo totalmente a capacidade e vontade de interromper aquele transe. Sentia as mãos de William deslizarem por sua panturrilha e irem subindo lentamente. Passeava pelas coxas dela e apertava-as com força, mas sem machucá-la. Fátima sentiu seu coração disparado como nunca antes. William começou a beijar e lamber seu pescoço, o que fazia com que ela arrepiasse seguidamente. Ele estava muito ofegante e ela sentia o hálito quente dele expirando nela. Sem perceber, ela cravava as unhas nas costas dele e descia as mãos arranhando por cima da camiseta. William parou e olhou para o rosto dela. No som, um saxofone desfiava as notas musicais de “My funny valentine”. Mas o único som que Fátima conseguia ouvir com clareza era a respiração de William. E, em seguida, o sussurro dele:


                - Faz amor comigo... Me faz o homem mais feliz desse mundo... Por favor...


Fátima, no fundo, sabia que deveria ter negado. Mas ela não tinha forças pra isso. Queria tanto  quanto ele. Já havia abdicado de tantas coisas na vida, resolveu que daquela vez seria diferente. Iria se entregar por inteira. Seria a primeira vez, mas ela temia que também fosse a última. Não se importava, decidiu ouvir mais o coração do que a razão. Apenas uma vez. Sorriu pra ele. E não precisou dizer mais nada.


                William ficou de joelhos em cima de Fátima. Puxou a camiseta pela gola e arrancou, deixando o tórax exposto. Ela o viu sem camisa pela primeira vez. Ele era ainda mais lindo do que ela imaginava. Não era muito sarado, mas não tinha barriga. Tinha pêlos no peito e na linha do umbigo toda, o que era ótimo, porque ela detestava homem depilado. Novamente ele deitou-se em cima dela e ela pôde sentir o calor do peito dele. Ela ouviu quando os sapatos dele caíram no chão. Depois de muito tatear, William conseguiu encontrar os botões da blusa dela e, lentamente, foi desabotoando um por um, até que abrisse por completo. Puxou pra frente, tirou as mangas e deixou Fátima de sutiã. Ele engatinhou pra trás, beijo os seios dela por cima do sutiã e foi descendo até o cós da saia. Abriu o zíper lateral, retirou a saia pelos pés dela e atirou pra trás. Ela estava com uma lingerie linda, preta de renda com uma pequena transparência. William sentia o corpo inteiro vibrar. Quase não acreditava que aquilo estava acontecendo. Ela era perfeita, linda, deliciosa. Tinha um corpo escultural. Era a mulher mais linda que já esteve com ele nessas circunstâncias. A única que ele queria se lembrar.  Queria registrar aquela visão pra não se esquecer nunca mais.


                William desafivelou o cinto. Desabotou a calça jeans e a deixou aberta, com as duas abas penduradas, de forma que dava pra ver a cueca por dentro. Fátima tratou logo de olhar, mas só deu pra ver que era branca e tinha o elástico escrito de preto, Calvin Klein. A essa altura, Rod Stewart entoava “Sailing” e isso deixava a atmosfera ainda mais romântica e excitante. William tirou a calça por completo, deixando a mostra sua cueca boxx justa. Ela desenhava todas as curvas que Fátima gostaria de ver e viu. Ele beijava todo o corpo dela e dava lambidinhas, começando pelos pés e subindo até a boca. O corpo dela formigava, ela nunca havia sentido nada parecido, nem na sua primeira vez. Com muito cuidado, segurou cada alça do sutiã dela e desceu, deixando sobrepostas nos ombros. Trespassou os braços ao redor do corpo dela, acariciando a nuca e descendo até desabotoar o sutiã. Os seios dela eram os mais lindos que ele já havia visto. Suavemente, segurou os dois seios, cada um com uma mão e passou a língua ao redor dos mamilos. – Você é linda! – sussurrou várias vezes. Tirou a calcinha dela devagar, olhando de perto cada detalhe do que ele via. Estava encantado. Mais apaixonado ainda do que antes, sentindo uma felicidade desmesurada. Fátima gemia baixinho a cada toque dele. Ela sentia um pequeno choque desfibrilar por todo seu corpo cada vez que ele a encostava. Quando ele a penetrou, sentiu seu corpo se partindo em um milhão de pedaços. Estava concentrada sentindo William, mas não conseguia parar de pensar nas palavras dele: -“Me faz o homem mais feliz desse mundo?” – e ela não sentia nenhuma carga de responsabilidade naquilo. Sabia que só o fato de fazerem amor já era suficiente pra satisfazê-lo. E naquele momento, entre um gemido dela e uma respiração ofegante de William, ela tinha certeza que também era, sem sombra de dúvidas, a mulher mais feliz do mundo.


 


 


***


 


 


                 O dia amanheceu mais lindo que o de costume. O sol brilhava, as nuvens se esconderam e deixaram reinar um céu azul turquesa. Fátima abriu os olhos. Estava completamente nua no sofá deitada de bruços, com a própria saia preta cobrindo só o bumbum. Notou que William não estava no sofá com ela. Olhou para o chão e avistou a camiseta dele. Esticou o braço, vestiu a camiseta e sentou. Deu uma batidinha no cabelo, que tava todo desgrenhado. Olhou pra trás e o viu. Ele estava agora com uma cueca preta, com o modelo justo, idêntico ao da noite anterior. Estava cantarolando na cozinha uma música que ela nem conseguiu identificar qual era. Montava uma mesa de café da manhã, que muito provavelmente, ele tinha encomendado no restaurante do flat. Observou-o de costas transferindo o café para uma garrafa térmica. Como ele conseguia ser ainda mais lindo seminu? Apesar de compridas, ele tinhas as coxas grossas e peludas e um bumbum redondinho.  Quando ele a viu, abriu o sorriso mais lindo do mundo, que fez com que o coração dela se desmanchasse por inteiro.


                - Bom dia, meu amor! Como passou de ontem? – caminhou até ela e lhe deu um selinho na boca e um cheiro no pescoço.


                - Bem! Muito bem, na verdade. – E sorriu, maliciosa.


                - Se tiver sido um terço da minha noite, então foi perfeita! – e riu pra ela, piscando um olho só.


                - O que você tá aprontando aí heim? – E esticou o pescoço em direção a mesa, curiosa.


                - Queria muito poder te falar, meu amor, que fui eu quem fiz isso tudo. Mas não foi não, liguei lá na recepção e pedi pra mandarem um café completo.


                - Ah e você deixou o garçom entrar aqui comigo pelada no seu sofá? Que legal... – e fechou a cara pra ele, de brincadeira.


                - Claro que não, tá louca? Olha aqui eu de cueca também. Pedi pra deixar o carrinho lá de fora e só dar uma batidinha na porta pra eu saber que chegou, aí esperei um pouquinho e peguei.


                - Hum... E o que tem aí de bom? Suco, café, isso ali nesse potinho branco é iogurte?


                - É! Iogurte, pão, presunto e mussarela, rosquinhas, tem uns morangos... Leite, chocolate pra botar no leite, bolo...


                - Eba, bolo! Nossa, mas quem vai tomar café aqui, o batalhão do exército? – os dois riram.


Tomaram café juntos, William roubou a cobertura de chocolate do bolo de Fátima e ela tacou um guardanapo embolado nele. Riram muito, foi uma manhã apaixonante. Quando Fátima levantou da mesa pra colocar os pratos na pia, William observou que ela estava só com a camiseta dele, sem calcinha.


- Já te contei que você fica deliciosa vestida com a minha camiseta? Principalmente sem calcinha. – E mordeu nos lábios, fazendo cara de safado. Fátima gargalhou.


- Você que sumiu com a minha calcinha, cadê ela?


- Vem cá que eu já te mostro! – E a puxou para o sofá novamente.


Ficaram deitados se beijando após um café delicioso. Fátima, deitada por baixo de William, enroscou as pernas ao redor da cintura dele, que levantou a camiseta até acima do umbigo dela, deixando-a nua novamente.


                - Hummm... Meu Deus Fá, como foi que eu vivi sem você tanto tempo?  – Ela sorriu e o puxou pra sim. Fizeram amor novamente, com o mesmo fervor e a mesma felicidade da noite anterior. A incerteza de como seria o amanhã para o amor dos dois era o que mais impulsionava-os a fazerem cada momento juntos valer a pena.



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Autor(a): bonemerlove

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • vfsv Postado em 18/08/2014 - 00:38:13

    Vai escrever mais ou agora foi o fim???? Já pensou em escrever uma fic dos tempos atuais, presente, com as idades e ocupações atuais de cada um? ;)

  • vfsv Postado em 09/08/2014 - 23:37:20

    Mais capitulos , please!

  • vfsv Postado em 05/08/2014 - 18:37:20

    Perfeitoooooo

  • vfsv Postado em 04/08/2014 - 00:26:37

    Muito perfeita essa fic! Que talento, menina! Devia escrever um livro. Continua por favor!!!!!!!!!!!!!!!

  • neucj Postado em 03/08/2014 - 22:54:06

    Quero o próximo cap logo,ta muito boa.

  • vanessatocha Postado em 20/07/2014 - 22:14:05

    Amando a fic. vc escreve tão bem... Aguardando os próximos capítulos!

  • mibonner Postado em 16/07/2014 - 16:19:35

    Parabéns sua fic é ótima.Anciosa para ler os próximos capítulos .


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