Fanfics Brasil - 8° ato O início de tudo...

Fanfic: O início de tudo... | Tema: William Bonner Fátima Bernardes


Capítulo: 8° ato

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                Fátima acorda na manhã de natal e não vê William ao lado dela na cama. Ouve movimentação no banheiro e sorri sozinha. Levanta sem fazer barulho e caminha pé por pé até lá. Quando entra, o vê de costas para ela, completamente nu tentando ajustar a temperatura do chuveiro. Fátima entra dentro do boxe, surpreendendo William.


                - Bom dia, lindo!


                - Que susto! Bom dia! – ele gargalha e a beija.


                - Algum problema aí com meu chuveiro?


                - Esse seu chuveiro é psicopata! Ele tem duas temperaturas: sucursal do inferno ou inverno do Alasca. – Fátima dá uma crise de riso.


Ela fuça nas torneiras até que, com muita dificuldade, encontra uma temperatura ideal. Fátima atravessa na frente de William e entra debaixo do chuveiro antes dele, deixando a água escorrer pelo corpo todo. Toda encharcada, ela cede o lugar para William se molhar.


                - De todas as formas mais excitantes que eu já te vi, essa bateu recorde! Toda molhadinha, hum...


Fátima ri. Querendo provocá-lo mais ainda, ela pega o sabonete e entrega na mão dele, insinuando que era pra ele ensaboá-la. William flameja pelos olhos. Ela tinha um jeito muito simples e incomum de atiçá-lo, mas ao mesmo tempo, muito eficaz. Ela conseguia ser sensual em momentos totalmente corriqueiros e isso deixava William desestabilizado completamente. Sem pestanejar, ele pega o sabonete e começa a alisar os braços dela. Passa pelos ombros e desce até os seios, lambuzando-os de espuma. Fátima observa muda, mas muito excitada. Analisa cada movimento dele, que passeia com o sabão pelo corpo dela sem desviar o olhar dos olhos dela. Desce até o bumbum e, com as duas mãos, ele ensaboa cada curva de seu corpo. Rodeia as coxas de trás pra frente, alcançando a virilha dela. Sobe levemente, chegando exatamente onde queria. Fátima sente a mão dele e geme baixinho, revirando os olhos. William encosta a boca no lóbulo da orelha dela e respira ofegante, pra que ela ouça o quanto ele estava excitado. Se beijaram loucamente no banho, enquanto a  água do chuveiro se mistura com a saliva deles e seus corpos encostados escorregam com a espuma do sabonete. Foi um banho deliciosamente inesquecível.


                Enquanto William se enxugava, Fátima acabava de retirar todo o condicionador do cabelo.


                - Ah amor, ontem eu não tive oportunidade de te falar e depois eu acabei me esquecendo... Minha mãe me ligou antes de eu ir para a casa dos seus pais, para me desejar Feliz Natal e perguntar o que eu iria fazer, enfim... Aí acabei contando pra ela de nós. – diz William.


                - Mesmo? E ela?


                - Ih, ela adorou! Ficou mega feliz, disse que fica mais tranquila sabendo que não estou mais tão solitário aqui. – William riu – Está louca para te conhecer.


                - É? Eu também quero muito conhecer sua família.


                - Então... É isso que eu queria te falar... Ela nos convidou pra irmos passar o Reveillon no Guarujá com eles. O que você acha?


                - Puxa... Eu adoraria!


                - Mesmo? De verdade?


                - Claro, porque não?


William explicou que sua família possui uma casa de veraneio na praia de São Pedro, no litoral de São Paulo. A casa foi dos avós paternos de William e todos os anos tinha a tradicional a festa de Reveillon onde toda a família Bonemer se reunia. Era bem animado, mas William andava um pouco displicente com essas reuniões familiares, por conta do trabalho. Seria uma ótima oportunidade de matar a saudade dos parentes e ainda apresentar Fátima a eles. Ficou animado.


               


 


***


 


                31 de dezembro de 1989. Último dia do ano. Eram quase oito da manhã quando William interfonou no apartamento de Fátima. Subiu e encontro-a no quarto, terminando de fechar a mala.


                - Bom dia, princesa! – eu deu-lhe um beijo na boca. – Pronta?


                - Quase! Ainda não tomei café e você?


                - Também não, mas acho que é melhor tomarmos no caminho. Na saída tem uma padaria ótima, a gente para lá e compra alguma coisa...


                - Ah, então pode ser. Me ajuda com essa mala?


                - Claro!


William carregou a mala dela até o elevador, e ela foi fechando janelas e trancando a porta. No percurso até a rodovia, compraram salgadinhos e café e água para lancharem rapidamente. A viagem durava cerca de seis horas e optaram por sair cedo para viajarem com o dia ainda claro.


                Chegaram em Guarujá por volta de três da tarde. William foi mostrando os lugares que gostava de frequentar nas férias que passava na cidade, a praia onde faziam luau na adolescência, os supermercados que a família costumava comprar, a barraca de côco onde encontrava as namoradinhas guarujaenses. Fátima riu e fingiu um ciuminho. William riu dela. Pegaram o acesso ao condomínio onde ficava a casa dos Bonemer. Quando chegaram, Fátima observou. Era uma casa enorme, de dois andares, com uma varanda gigantesca circundando-a toda. Era pintada de bege com rosa e tinha sacadas de grade branca na parte de cima. Parecia muito com uma casa de boneca. Em frente, havia um gramado muito verde com vários carros estacionados em diferentes posições. Pela quantidade de veículos, Fátima presumiu que a casa estava lotada. Ficou feliz, timidez nunca foi um problema para ela. Assim que William estacionou, os pais dele saíram na porta apressados e amistosos. O casal desceu do carro e logo foi rodeado de muitas mensagens de boas vindas. A mãe de William abraçou Fátima com muito carinho.


                - Seja bem vinda, querida! É um prazer receber você aqui!


                - Muito obrigada! – Fátima sorriu um pouco envergonhada, mas com muita simpatia.


O pai de William era mais sério, mais formal. Mas era uma graça também! Cumprimentou Fátima com um aperto de mão e desejou boas vindas. Os dois eram muito amorosos com William.


                - Vocês demoraram, meu filho! Eu já estava preocupada! – disse a mãe.


Entraram na casa. Era imensa mesmo. Tinha uma sala de TV grande, com uma escadaria de madeira com dois patamares. Tinha uma decoração levemente rústica. A sala de jantar tinha uma mesa enorme, Fátima teve a impressão de que tinha cerca de 20 cadeiras. Na cozinha, umas cinco mulheres muito compenetradas montavam uma tábua de frios. Seguiu-se a linha de apresentações a tias, primas e a ex-babá de William, que era considerada como um membro da família. Todas elogiaram Fátima efusivamente:


                - Você é ainda mais linda pessoalmente!


Ela sorria agradecida e ligeiramente constrangida. A cozinha era gigantesca e muito bem organizada. Saíram da cozinha em direção a área de lazer da casa. Em um lindo jardim, várias mesas plásticas salpicadas, todas elas abarrotadas de pessoas comendo e bebendo. Uma piscina não muito grande na lateral direita, onde várias crianças brincavam devidamente equipadas com suas boias e sob os olhos atentos dos pais. E no fundo do jardim, a praia, isolada da casa apenas por uma cerca baixa de tocos e cordas.


                Fátima cutucou William com o cotovelo e, baixinho, perguntou:


                - Todos aqui são da sua família ou tem pessoas de fora, amigos por exemplo?


                - Não, todos da família!  É muita gente, né? Minha família é imensa!


Fátima foi apresentada a todos. Era uma família muito animada e muito diversa. Foi uma  tarde divertidíssima e muito tranquila. Comeram churrasco e alguns petiscos que estavam deliciosos. Ouviram várias histórias sobre a infância de William e de como ele era um garotinho arteiro. Quando anoiteceu, todos começaram a se arrumar para a virada do ano em um ritmo frenético. Fátima achou engraçadíssimo o entra e sai de pessoas dos banheiros e dos quartos. Era uma confusão  divertida. A mãe de William acomodou Fátima no mesmo quarto onde iriam dormir uma das irmãs dele e duas primas. Mas a essa altura, ela já estava se sentindo a vontade com todas elas. Fátima estava deslumbrante, com um vestido branco curtinho, todo rendado, com um decote canoa e com as mangas caídas nos ombros. Tinha um estilo bem praiano, ela havia comprado-o especialmente para aquela ocasião. Ela usou um batom rosa claro, fez uma maquiagem bem leve, deixou os cabelos soltos e calçou uma sandália sem salto, com as tiras bordadas com pequenos strass. A porta do quarto estava aberta, mas William deu três batidinhas para anunciar sua entrada.


                - Meninas... Estão prontas, vamos descer? – A irmã de William indicou gesticulando que não estava pronta ainda e pediu pra que eles a esperassem.


William caminhou em direção a Fátima, que estava de pé guardando suas maquiagens na mala em cima da cama. Ele sorriu pra ela, encarou-a de cima em baixo, mordendo na boca sem que ninguém percebesse, apenas ela. Fátima sorriu maliciosa, reprimindo-o com o olhar. E William precisou segurar com todas as forças a vontade súbita que sentiu de agarrá-la em cima daquela cama.


                A virada de ano foi muito diferente de tudo que Fátima já havia vivenciado. Jantaram todos juntos, a ceia estava deliciosa. Por volta de onze da noite, alguns homens da família enterraram cilindros de fogos de artifício na areia da praia, enquanto todos tomavam uma distância segura para quando explodissem. Da Praia de São Pedro, Fátima conseguia avistar Iporanga e Perequê, as duas praias vizinhas com muita movimentação de pessoas. Bem distante, estavam as balsas de show pirotécnico e era possível ouvir músicas dos shows que aconteciam na região. Após a contagem regressiva, centenas de fogos explodiam ao mesmo tempo, de diversas cores, tamanhos e intensidades. Fátima e William passaram a meia noite abraçados, olhando um para o outro, presenciando um momento inesquecível para ambos. De um lado, a casa da família de William toda acesa, mas vazia. Do outro, a imensidão do mar e o céu infestado de belas explosões coloridas e barulhentas. Era um ano que se encerrava, repleto de mudanças e descobertas felizes. Mas sabiam que aquele ano que se iniciava naquele momento seria ainda mais especial. Tinham todas as expectativas possíveis de que aquele seria o primeiro de todos os próximos anos de suas vidas que estariam juntos. Juntos, felizes e apaixonados. Com taças de champagne, fizeram o brinde:


                - A nós! 


E brindaram a todos os momentos que ainda viveriam um ao lado do outro. A todos os percalços que já tiveram que superar para estarem ali, livres e podendo esperar por um futuro juntos. Ao amor deles, que se renovava a cada dia, quando se percebiam completos na presença do outro. E a essa felicidade que quando não cabia no coração, transbordava pelos olhos e sorrisos.


                - Feliz 1990!



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Autor(a): bonemerlove

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • vfsv Postado em 18/08/2014 - 00:38:13

    Vai escrever mais ou agora foi o fim???? Já pensou em escrever uma fic dos tempos atuais, presente, com as idades e ocupações atuais de cada um? ;)

  • vfsv Postado em 09/08/2014 - 23:37:20

    Mais capitulos , please!

  • vfsv Postado em 05/08/2014 - 18:37:20

    Perfeitoooooo

  • vfsv Postado em 04/08/2014 - 00:26:37

    Muito perfeita essa fic! Que talento, menina! Devia escrever um livro. Continua por favor!!!!!!!!!!!!!!!

  • neucj Postado em 03/08/2014 - 22:54:06

    Quero o próximo cap logo,ta muito boa.

  • vanessatocha Postado em 20/07/2014 - 22:14:05

    Amando a fic. vc escreve tão bem... Aguardando os próximos capítulos!

  • mibonner Postado em 16/07/2014 - 16:19:35

    Parabéns sua fic é ótima.Anciosa para ler os próximos capítulos .


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