Fanfics Brasil - 9° ato O início de tudo...

Fanfic: O início de tudo... | Tema: William Bonner Fátima Bernardes


Capítulo: 9° ato

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                O dia 1 de janeiro de 1990 amanheceu ensolarado. A família Bonemer pulou da cama cedo, como era de costume. Com a casa cheia, ficava impossível dormir até tarde. Fátima acordou quase oito da manhã. Colocou um robe branco e foi até o banheiro se trocar. Vestiu um short branco de cós alto e uma regata amarela. Por baixo da roupa, vestiu seu biquíni. Caso dessem um pulo na praia, já estava prevenida. Deu um nó no próprio cabelo, formando um coque improvisado no topo da cabeça. Tratou de se apressar, antes que algum outro hóspede quisesse usar o banheiro e precisasse esperá-la. Ao sair do quarto, caminhou até o fim do corredor e observou que a escada desembocava em um hall que dava acesso a dois grandes corredores cheios de portas. Não sabia exatamente em que quarto William estava acomodado, mas lembrou-se dele dizendo que a mãe colocou-o para dormir  no quarto que ela e o pai estavam hospedados. Torceu pra que ele já estivesse acordado.


                Desceu as escadas tentando ser discreta, mas não conseguiu. Todos da mesa de café da manhã se voltaram para ela, desejando bom dia e chamando-a para se juntar a eles. Percebeu que era uma das últimas pessoas a acordar e ficou levemente constrangida por isso. Quando caminhou até a mesa, viu William sair de dentro da cozinha com uma jarra de suco na mão. Os olhos dela se iluminaram. Ele estava muito bonito, mas isso nem a surpreendia mais. De bermuda cinza, camiseta verde clara e chinelos, ele conseguia ficar ainda mais charmoso quando estava com roupas despojadas. Ele sorriu, se aproximou dela e a beijou na boca docemente, na frente da família toda. Fátima sentiu que ficou vermelha. Foi a primeira vez que ele fez aquilo em público. Mas ela não se importou, foi uma atitude surpreendente e excitante.


                Tomaram café todos juntos, rindo e conversando. William e Fátima decidiram ir até o mar. Desceram de mãos dadas, gargalhando e empurrando um ao outro. A mãe de William observava silenciosa. –“Nunca vi meu filho com esse sorriso antes...”, pensou ela. A praia estava muito vazia, mas segundo William, essa não era a praia mais badalada de Guarujá por conta dos condomínios residenciais que praticamente dominavam a orla. Fátima retirou a blusa e o short e os jogou em cima dos chinelos de William para que não se sujassem tanto na areia. Com muita malícia, ele analisou todo o corpo dela de biquíni. –“Meu Deus, como ela consegue ser tão linda?”. Ela usava um biquíni tomara que caia preto, sem estampa. O sutiã tinha os bojos retorcidos e a calcinha era de amarrar nas duas laterais, com finas cordinhas entrelaçadas. Entraram no mar juntos até uma profundidade que cobria William até a altura do quadril.


                - Eu amo tanto você... Estou tão feliz que veio comigo! Não sabe como foi importante pra mim! – disse William.


                - Eu sei, meu amor. Também amei ter vindo, está sendo incrível! Estou tão feliz!


                - Eu também! Lógico que a minha felicidade seria ainda maior se eu tivesse conseguido fugir para o seu quarto, mas minha mãe trancou a porta do quarto que dormimos, acredita? – Fátima gargalhou.


                - Mentira! – ela riu mais ainda.


                - Verdade, é sério! Dormi transtornado de vontade de fazer amor com você no primeiro dia do ano... – William mordeu na boca e olhou no fundo dos olhos dela, que se desconcentrou de desviar das enormes ondas do mar.


Fátima enroscou as pernas na cintura dele e ficou pendurada, envolvendo os braços no pescoço dele. William aproveitou-se da situação ara passar a mão nas coxas e no bumbum dela, que estavam submersos. Ela ria e o beijou com um selinho. Já estavam em uma fase em que não sentiam mais necessidade e nem vontade de esconderem o romance de ninguém. Queriam mesmo era gritar para o mundo inteiro a felicidade que estavam sentindo. Mas naquele momento, gritaram apenas um para o outro.


                Mas o primeiro dia do ano na praia foi curto. Precisavam voltar para o Rio para retomarem a rotina de trabalho. Após o longo banho de mar, Fátima e William se arrumaram e organizaram as malas. Almoçaram, colocaram a bagagem no carro e começaram a se despedir de todos. A mãe de William insistiu para que levassem salgadinhos e docinhos da noite anterior para comerem na viagem e eles acabaram aceitando. Acharam que seria ótimo poderem viajar direto, sem precisar parar para comer. Fátima agradeceu a todos pela hospitalidade, principalmente a mãe de William. Desejou até breve e seguiram viagem.


                William voltou contando dezenas de histórias engraçadas sobre outros réveillons da família naquela mesma casa. Eventualmente, pausavam a história para cantarem músicas que tocavam no rádio. Chegaram ao Rio no entardecer, com a ligeira sensação de que tinham viajado apenas dez minutos, o que aumentava ainda mais a vontade dos dois de conseguirem parar o tempo quando estavam juntos.


               


 


***


 


 


                O ano de 1990 já começava a todo vapor. Em ano de Copa do Mundo, a rotina era cheia de tribulações.


                Fátima e William lentamente faziam com que as outras pessoas que conviviam diretamente com eles tomassem conhecimento da relação dos dois. Não era proposital, apenas não conseguiam mais disfarçar que chegavam e iam embora juntos do trabalho e, eventualmente, esbarravam com algum conhecido em algum restaurante da cidade. A família toda de Fátima já sabia do namoro dela com William e aceitaram muito bem. Ela chegou a levá-lo no aniversário de um primo, oficialmente como namorado. O divórcio dela já havia saído desde novembro, mas ainda tinham algumas assinaturas de partilha pendentes, que Fátima rapidamente deu um jeito de resolver. Estava totalmente desvinculada de Ricardo para sempre e isso deu a ela uma motivação e uma certa tranquilidade para que assumisse William de uma vez por todas. Não fazia nenhuma questão de mostrar, mas também não tentava esconder.


                A rotina depois do trabalho continuava a mesma, apesar de Fátima e William nunca sentirem que seguiam uma rotina. Cada dia era único e sempre surpreendiam um ao outro com pequenos gestos. Mas viviam em um impasse de troca-troca de casas, que era muito desgastante. Fátima nunca sabia onde determinada roupa estava, se na sua casa ou se na casa dele. Certo dia quando atravessou a portaria do prédio de William, o novo porteiro pediu que ela subisse com algumas correspondências que haviam chegado pelo correio para ele.


                - A senhora pode fazer a gentileza de subir com essas correspondências para o seu marido?


Fátima não falou nada, mas subiu sorrindo sozinha. –“Meu marido”, pensou. Gostou de ser considerada esposa dele. Mais tarde, no mesmo dia, depois de fazerem amor, estavam deitados ainda ofegantes na cama de William. Fátima lembrou-se do acontecido e quis comentar com ele:


                - O porteiro novo está achando que somos casados... – ela deu uma pequena risadinha.


                - Sério? Ele te disse alguma coisa? – William levantou a cabeça do travesseiro rapidamente e virou-se de lado, de frente para ela, apoiando o queixo na mão esquerda e sorrindo, curioso.


                - Sério. Ele me deu aquela papelada que chegou para você e pediu que eu entregasse ao meu MARIDO. – enfatizou a palavra “marido”. – Acho que é porque vivo aqui. Praticamente moro mais aqui do que na minha casa.


William concordou com a cabeça. Ficaram calados e pensativos. Pensavam exatamente na mesma coisa, mas foi William que teve coragem de sugerir:


                - E se de repente eu fosse mesmo? – William tremeu por dentro com medo de ter se precipitado.


Fátima virou-se pra ele séria, mas com um olhar suave.


                - Como assim? Eu acabei de ser pedida em casamento assim, do nada? - William ri e continua:


                - Sim! Quer dizer, não é o pedido oficial na verdade. Se você não quiser casar mesmo de fato no papel agora, eu entendo... Mas podíamos pensar na hipótese de começarmos uma vida só nossa... – ele pausa, esperando a reação dela.


                - Tipo morarmos juntos? É isso?


                - Sim. É isso.


Fátima sentiu um frio na barriga. Fazia menos de três meses que o  divórcio dela tinha saído definitivamente, só a partir dessa data que eles começaram a contar como namoro oficial. Era muito pouco para começarem a viver juntos. Mas por outro lado, já dividiam quase tudo no dia-a-dia, não suportavam a idéia de ficarem separados. Dormiam e acordavam juntos, almoçavam e jantavam, planejavam uma viagem de férias, guardavam dinheiro para investimentos futuros, pensavam nos filhos e sonhavam com uma casa na serra para passarem férias. Isso era muito mais do que dividir a vida, era dividir sonhos. Não importava o quão diferente fossem um do outro, mas a forma com que conduziam a vida e as escolhas que faziam tinha muito em comum. Fátima olhou para ele. Estava totalmente nu ao lado dela, e em seu rosto uma clara ansiedade pela resposta.


                - William, isso é... muito sério. Você sabe que convivência é muito difícil, né? Por enquanto, se tivermos algum desentendimento, por menor que seja, temos nossas casas para corrermos e esperarmos a cabeça esfriar. Se morarmos juntos, não teremos mais refúgio. Você já pensou nisso? Pensou na seriedade do que está me propondo?


William sentou na cama, extasiado com aquela nova idéia que pairou na mente dele.


                - Amor, você é tudo o que eu mais quero na vida. Eu te quero exatamente como você é, sem tirar nem pôr. Incluo você em todos os planos que faço para o meu futuro. Não sei como será nossa vida depois de casados, mas em algum momento vamos ter que fazer essa escolha, certo? Então que seja agora, que estamos na nossa melhor fase, cheios de gás para fazermos com que a nossa relação dê certo. Posso encontrar aqui um milhão de motivos para não tomarmos essa decisão agora, mas existe um único motivo que me leva a crer que nós seremos muito felizes, que é: eu e você queremos que dê certo e é isso que importa.


Fátima ficou zonza. Mil coisas se passavam pela cabeça dela, mas existia algo martelando lá fundo insistindo para que ela aceitasse. Seria mágico tê-lo ao lado dela todos os dias, só tinha medo de que fosse cedo demais. Mas pensou muito no que ele disse. Poderiam tentar e desde que os dois quisessem, já seria meio caminho andado. E a relação deles era uma das coisas mais preciosas na vida dela. Ela queria muito que durasse para sempre. Ela se levantou de supetão, ajoelhou-se e andou de joelhos na cama em direção a William. Sentou-se no colo dele, com as pernas cruzadas em suas costas. Ficaram juntos, abraçados. Os seios nus de Fátima estavam encostados no peito dele. William passava carinhosamente as mãos pelas costas dela. Ela acariciou-lhe o cabelo, respirou fundo e olhou no fundo dos olhos dele.


                - Acho que a gente podia tentar... – ela quase não acreditava que tinha concordado. Sorriu de leve, mordeu nos lábios e fechou os olhos, demonstrando um misto de tensão e empolgação. – Vamos tentar um mês e aí a gente faz um balanço de como foi, se está dando certo, se achamos que devemos continuar. E vamos ver no que que dá...


                William arregalou os olhos pra ela, sorrindo. Encostaram as testas e ficaram olhando um para o outro, extasiados. Foi uma decisão muito repentina para duas pessoas tão ponderadas como eles, mas estavam se sentindo animados. Era uma ligeira sensação de que eram aventureiros. William trespassou as mãos ao redor de Fátima, envolvendo os seios dela e alisando os mamilos com o dedo polegar. Olhava fixamente para ela, começando a ficar com o olhar excitado. Subiu uma das mãos até a base da nuca dela, juntando todo o cabelo de Fátima como um rabo de cavalo. Firmou e puxou o cabelo pra trás, inclinando a cabeça dela na mesma direção. Correu a ponta da língua por todo o pescoço dela, percebendo que ela arrepiou o corpo todo. Ela gemia a cada vez que ele beliscava suavemente as pontinhas dos mamilos dela, provocando-a. Mordeu o queixo de Fátima e penetrou-a lentamente. Permaneceram naquela posição, ela sentada nas coxas de William, que também estava sentado na cama. Seus corpos se remexiam em um ritmo lento e sincrônico. Fizeram amor pela segunda vez, quase seguida. Era uma sublime e deliciosa comemoração pela decisão que acabavam de tomar. Decisão que mudaria a vida de ambos. Pra sempre. 



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Autor(a): bonemerlove

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • vfsv Postado em 18/08/2014 - 00:38:13

    Vai escrever mais ou agora foi o fim???? Já pensou em escrever uma fic dos tempos atuais, presente, com as idades e ocupações atuais de cada um? ;)

  • vfsv Postado em 09/08/2014 - 23:37:20

    Mais capitulos , please!

  • vfsv Postado em 05/08/2014 - 18:37:20

    Perfeitoooooo

  • vfsv Postado em 04/08/2014 - 00:26:37

    Muito perfeita essa fic! Que talento, menina! Devia escrever um livro. Continua por favor!!!!!!!!!!!!!!!

  • neucj Postado em 03/08/2014 - 22:54:06

    Quero o próximo cap logo,ta muito boa.

  • vanessatocha Postado em 20/07/2014 - 22:14:05

    Amando a fic. vc escreve tão bem... Aguardando os próximos capítulos!

  • mibonner Postado em 16/07/2014 - 16:19:35

    Parabéns sua fic é ótima.Anciosa para ler os próximos capítulos .


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