Fanfics Brasil - 1º Cretino Irresistível (Vondy)

Fanfic: Cretino Irresistível (Vondy) | Tema: Vondy/Comédia/Adaptada


Capítulo:

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Meu pai sempre dizia que a melhor maneira para aprender uma profissão é passar cada segundo observando alguém a exercendo.


"Para conseguir chegar ao topo, você precisa começar lá embaixo", ele me disse. "Seja a pessoa sem a qual o CEO não pode viver. Seja seu braço direito. Aprenda tudo sobre seu mundo, e ele irá te contratar assim que você receber o diploma."


Eu me tornei indispensável. E definitivamente me tornei o braço direito. Acontece que, neste caso, o braço direito frequentemente queria estrangular o pescoço daquele maldito. Meu chefe, o sr. Christopher Uckermann. Um cretino irresistível. Meu estômago se embrulha só de pensar nele: alto, bonitão e completamente cruel. Ele era o babaca mais egocêntrico e convencido que eu já tinha conhecido. Eu ouvia as outras mulheres do escritório fofocando sobre suas escapadinhas e ficava pensando se um rosto bonito era tudo que ele precisava. Mas meu pai também dizia: "Você vai perceber cedo na vida que a beleza é apenas superficial, mas a feiura se estende até os ossos". Eu tive minha quota de homens desagradáveis nos últimos anos, namorei alguns no colegial e na faculdade. Mas esse foi o campeão.


– Olá, srta. Saviñón! – o sr. Uckermann estava de pé ao lado da porta da minha sala, que servia de recepção para o escritório dele. Sua voz estava melosa, mas era uma doçura toda errada... Como mel que foi congelado e que agora estava começando a rachar.


Depois de derramar água no meu celular, deixar cair meu par de brincos na lixeira, receber uma pancada na traseira do meu carro na via expressa e ter de esperar a polícia para ouvir aquilo que eu já sabia – que a culpa foi do outro motorista –, a última coisa que eu precisava naquela manhã era aguentar o mau humor do Christopher.


Pena que ele não tem nenhum outro tipo de humor.


Eu respondi o "Bom dia, sr. Uckermann" de sempre, esperando que ele respondesse com seu habitual aceno de cabeça.


Mas, quando eu tentei passar, ele murmurou:


– Bom dia? Será que você não quer dizer "boa tarde", Dulce? Que horas são nesse seu mundinho?


Eu parei e encarei de volta seu olhar gelado. Ele era uns bons vinte centímetros mais alto do que eu, e, antes de trabalhar para ele, eu nunca tinha me sentido tão pequena. Fazia seis anos que eu trabalhava para a Uckermann Media Group, a UMG. Mas, desde o retorno do sr. Christopher para a empresa de sua família, há nove meses, eu começara a usar salto alto para poder encará-lo no mesmo nível. Mesmo assim, ainda precisava levantar o queixo para olhar em seus olhos, e ele claramente sentia satisfação com isso, deixando escapar um certo brilho naqueles olhos castanhos.


– Tive uma manhã meio desastrosa. Não vai acontecer de novo – eu disse, aliviada por minha voz sair sem tremer.


Nunca me atrasei antes, nem uma vez, mas é claro que ele tinha de fazer uma cena na primeira vez que aconteceu. Passei por ele, guardei minha bolsa e o casaco no armário e liguei o computador. Tentei fingir que ele não estava ali de pé na frente da porta, assistindo a cada movimento meu.


– Uma "manhã desastrosa" é uma descrição muito apropriada para o que eu tive de passar com a sua ausência. Tive de pedir desculpas a Alex Schaffer por ele não ter recebido os contratos assinados quando prometido: às nove da manhã, no horário da costa leste. Tive de ligar para Madeline Beaumont pessoalmente para confirmar que iríamos sim prosseguir com o trabalho como descrito. Em outras palavras, fiz o seu trabalho e o meu nesta manhã. Tenho certeza de que, mesmo com uma "manhã desastrosa", você conseguiria chegar às oito. Tem gente que começa a trabalhar antes mesmo do café da manhã.


Levantei a cabeça para encará-lo enquanto ele me julgava com os braços cruzados acima do peito grandioso – e tudo por eu estar apenas uma hora atrasada. Então desviei os olhos, para não ficar encarando a maneira como o terno escuro e bem cortado envolvia seus ombros largos.


No primeiro mês em que trabalhamos juntos, houve uma convenção e fiz a besteira de visitar a academia do hotel – dei de cara com ele sem camisa e todo suado ao lado de uma esteira. Ele tinha o rosto que qualquer modelo gostaria de ter e o cabelo mais incrível que eu já vi em um homem. Cabelo de quem acabou de transar. Era assim que as garotas do andar de baixo chamavam aquele cabelo e, de acordo com elas, o título era bem merecido. A imagem dele passando a camiseta no peito ficou para sempre marcada na minha memória.


Mas, é claro, ele teve de estragar o momento abrindo a boca: "É bom ver que você finalmente está tomando interesse em cuidar do seu corpo, srta. Saviñón".


Filho da pu/ta.


– Desculpe, sr. Uckermann – eu disse, deixando escapar um pouco de veneno na voz. – Eu entendo o sacrifício que foi para o senhor usar um fax e atender ao telefone.


Como já disse, não vai acontecer de novo.


– Exatamente, não vai mesmo – ele respondeu, com o sorriso pretensioso firme no lugar.


Se pelo menos ficasse de boca fechada, ele poderia ser perfeito. Um pedaço de fita adesiva resolveria o problema. Eu tinha um rolo no meu armário que às vezes eu pegava e acariciava, pensando que um dia eu poderia fazer bom uso dele.


– E, só para que você não se esqueça desse incidente, eu gostaria de ver a situação completa dos projetos da Schaffer, da Colton e da Beaumont na minha mesa até as cinco. E então você vai compensar a hora perdida desta manhã simulando uma apresentação da conta da Papadakis na sala de conferência às seis. Afinal, se você vai cuidar dessa conta, terá de provar para mim que sabe o que está fazendo.


Meus olhos se arregalaram enquanto eu assistia ele ir embora e bater a porta do escritório. Ele sabia muito bem que eu estava apenas começando esse projeto, que também seria minha tese no MBA. Ainda teria meses para terminar os slides depois que os contratos fossem assinados... o que ainda não havia acontecido. Ainda não tinham nem sido rascunhados. Agora, com tudo o mais jogado no meu colo, ele queria que eu arrumasse uma apresentação em... olhei para o relógio. Ótimo, sete horas e meia, se eu pulasse o almoço. Então abri o arquivo da Papadakis e comecei a trabalhar.


[...]




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Autor(a): melindrosa

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Enquanto as pessoas começavam a sair para o almoço, eu fiquei colada na minha mesa com meu café e um pacote de salgadinho que peguei na máquina. Normalmente, eu trazia comida de casa ou saía junto com os outros estagiários para almoçar, mas naquele dia o tempo não era meu amigo. Ouvi a porta abrir e olhei com um sorriso ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • lalita_vondy Postado em 18/07/2014 - 13:26:59

    Leitora nova!! Posta por favor!! nao abandona nao!! Posta pliz!! Por favor posta!! Bjoes

  • dul23456 Postado em 02/07/2014 - 15:04:24

    posta+++!!!!!


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