Fanfic: Amor por acaso

Eu mostrei meu vestido a ela, que começou a me ajudar com algumas modificações. Eu gostei de resultado final. 
Iasmin: Faz roxo, mamãe, roxo. – ela disse animada, me entregando os lápis de cor. – E preto. – ela me entregou outro lápis e eu comecei a pintar. Quando eu terminei, eu dei para a Iasmin olhar. – Eu quero um desse, mamãe. – ela disse sorrindo. 
Thiago: O que é que vocês estão fazendo aí? – ele estava parado na porta, com o jaleco branco. Iasmin sorriu e pulou da cama para abraçá-lo. 
Iasmin: Mamãe voltou a desenhar. – ele a pegou no colo e a colocou em cima da cama, de pé. 
Thiago: Eu nem sabia que você desenhava. – eu arqueei a sobrancelha e ele pegou odesenho. Ele arregalou os olhos e eu mordi o lábio inferior. – Você quem desenhou? – eu assenti. – Você desenha muito bem, Laís. Devia estar trabalhando com isso. – meu rosto começou a ficar vermelho. Fiquei com mais vergonha ainda quando a minha mãe entrou no quarto, trazendo comida pra mim e ficou olhando para o Thiago, como se fosse uma visão maravilhosa. Eles se cumprimentaram e eu neguei de leve com a cabeça para a minha mãe, que eu tinha certeza que falaria alguma coisa. 
Susana: Então é isso, Laís. Você vai pra casa e eu fico com essa coisa linda. – minha mãe pegou a Iasmin e a rodou, fazendo-a rir. 
Thiago: Tenho que ir agora. – ele disse rapidamente, me entregando o desenho. – Você deveria investir nisso. – foi a ultima coisa que ele falou antes de sair do quarto. Minha mãe me olhou sorrindo e eu revirei os olhos. 
Susana: Viu? Eu falei que você deveria fazer alguma coisa relacionada a desenhos. Faça mais desses e eu dou um jeito de ganhar dinheiro com isso. – ela disse sorrindo. Eu adorava desenhar, isso ocupava a minha mente, o que era perfeito, então eu não fiquei discutindo com a minha mãe. Ela prometeu ver com algumas amigas dela para fazer com que meus desenhos me dessem dinheiro. Minha mãe acabou me expulsando do hospital, mas eu sabia que não iria ficar lá por muito tempo. Estava todo mundo na faculdade ou fazendo alguma coisa e eu estava lá, sentada no sofá, sem fazer nada. Acabei gostando da ideia de ficar desenhando vestidos. Quando me dei conta, estava muito tarde e eu estava morrendo de fome. Fiz um miojo pra mim e quando estava comendo meu celular tocou. Era o Jean me chamando para sair. Eu não queria sair, então disse para ele que não iria. Continuei desenhando e logo a campainha tocou, era a Hanna. Eu revirei os olhos quando ela entrou. 
Hanna: Vamos nos arrumar, nós vamos sair. Não sei como, mas o Jean conseguiu fazer com que o clube abrisse para ele hoje de noite e nós não podemos perder isso. – eu comecei a dar risada. Clube. Festas. Piscina. Água. Eu. Aquilo não tinha dado certo da ultima vez, não sei porque daria agora. 
Laís: Pode esquecer, Hanna, eu não vou. Minha filha está doente e vocês querem que eu fique saindo. – disse revirando os olhos. Hanna me deu um tapa forte na coxa, me fazendo gritar. 
Hanna: Nós não fazemos isso duas vezes na vida, Laís. E não vai muita gente. E o Thiago vai estar lá. – ela disse sorrindo. 
Laís: Que bom pra vocês. Mas eu não vou. Eu não sei nadar, Hanna, isso não vai dar certo como a ultima vez, não deu certo. 
Hanna: Não precisa entrar na água só porque vai em um clube. – ela disse revirando os olhos. Eu acabei não indo com a Hanna, o que fez com que ela ficasse furiosa. Hanna saiu pisando fundo do meu apartamento e eu neguei com a cabeça. Eu desenhei mais um pouco e depois fui deitar no sofá. Estava passando um desenho e eu senti uma falta enorme da Iasmin. Resolvi entrar no facebook para olhar algumas coisas. Eu me arrependi rapidamente. Havia uma foto, com o Thiago marcado nela, junto com a Andressa. Ela estava beijando o canto dos lábios dele, no clube, deu para ver por causa do biquine que apareceu na foto. Eles pareciam um casal, com uma legenda de casal, ”O que seria de mim sem você? <3”. Eu balancei a cabeça e outra foto apareceu, agora, ela estava no meio das suas pernas, alguém tirou aquela foto e ela havia postado. Vagabunda. Vagabundo. Eu fechei o notebook com raiva e o joguei no sofá, indo para o meu quarto, trocar de roupa. Eu iria até o hospital, pelo menos eu tinha o que fazer lá. Eu fui pegar a roupa e o cabide acabou caindo com a ponta em cima do meu pé. 
Laís: Mas que droga. – eu bufei e peguei a roupa. Coloquei uma calça, uma blusa e saí. Eu estava tão brava. Dirigi rapidamente até o hospital e fui direto para o quarto da Iasmin. Eu abri a porta e a minha mãe se assustou. Ver a Iasmin dormindo ali, me acalmou de algum forma. 
Susana: O que está fazendo aqui? – ela disse ríspida, como se eu tivesse feito alguma coisa de errado. 
Laís: Eu não quero ficar em casa sozinha. – eu me sentei no sofá emburrada. 
Susana: Eu mandei você sair com seus amigos, Laís. – ela disse brava, como se eu fosse uma criança. Eu não respondi a minha mãe, só fiquei ali, sentada, emburrada e pensando nas fotos do Thiago com a vaca da Andressa. Ele ainda me disse que ela só era amiga dele. Estão quase namorando já e eles são só amigos? Idiota, idiota. Eu nem sabia por que estava tão brava, mas eu estava e queria que o Thiago nunca mais olhasse para mim. Ele havia mentido pra mim. Minha mãe acabou dormindo primeiro do que eu. Quando era quase duas horas da manhã, meu celular apitou. Era uma mensagem do Thiago pelo meu facebook, que estava conectado pelo celular. ”Senti falta de uma morena que não sabe nadar aqui no clube”. Eu revirei os olhos e deixei o celular de lado. Fechei os olhos e fiquei ouvindo meu celular apitar, muitas vezes, até ele finalmente desistir. Eu não iria falar com ele. Depois de algum tempo, li todas as mensagens que ele havia me mandado, a maioria era perguntando se eu estava brava com ele porque eu havia visto e não tinha respondido. Ele disse que me veria cedo. Eu revirei os olhos. Ele não dormia nunca? 
Susana: Vai dormir, Laís. – ela disse autoritária, mas ao mesmo tempo, muito sonolenta, o que fez tudo isso ficar engraçado. – Estou falando sério, garota, você precisa dormir, precisa descansar. – ela disse baixo e eu assenti. 
Laís: Eu sei, mãe. Mas você sabe como é, não sabe? Quando eu ficava doente, no hospital? – ela assentiu. – Não dá para dormir, não dá para descansar. Minha cabeça está rodando rápido de mais. – eu fiz beicinho e a minha mãe se levantou de onde estava e me abraçou. 
Susana: Eu sei que é difícil, querida, mas você precisa estar bem para ajudá-la. – eu já tinha ouvido aquilo antes. Várias vezes para ser sincera. Eu acabei dormindo no colo da minha mãe. Ela estava mesmo preocupada comigo e eu não a culpava por isso, devia ser difícil pra ela. Eu odiaria ver a Iasmin nessa situação. Mas eu estava fazendo o possível para ficar bem, para comer, mas era difícil, quase nada parava no meu estomago e eu não sentia fome para comer. Estava perdendo o gosto pela comida. Eu acordei com a minha mãe me chamando. O café da manhã havia chegado. Assim que eu senti o cheiro do café, fiquei enjoada. Me encolhi no sofá e pouco tempo depois fui para o banheiro. Quando eu saí, Thiago estava na porta. Ele estava com olheiras profundas, pelo jeito não havia dormido nada. Iasmin ainda estava dormindo, então não saiu correndo para abraçá-lo como sempre fazia. Eu arqueei a sobrancelha enquanto olhava para ele. Thiago cruzou os braços e ficou me olhando, furioso. 
Laís: O que foi, Thiago. – disse revirando os olhos e me sentando no sofá. 
Thiago: O que foi digo eu. Porque não me respondeu? 
Laís: Eu não vi. – dei um sorriso irônico para ele. Só então eu percebi que a minha mãe não estava ali. 
Thiago: Você viu sim, Laís. Apareceu como lida a minha mensagem. Eu fiz alguma coisa pra você? – cínico idiota. 
Laís: Não, querido, não fez nada. – eu andei em direção ao sofá, mas Thiago me puxou pelo pulso e colou nossos corpos, me segurando firme pela cintura. – É assim que você diz bom dia? 
Thiago: É assim que eu pergunto o que está acontecendo. – ele disse firme, olhando nos meus olhos. – Eu fiz alguma coisa pra você me tratar desse jeito? 
Laís: Só não estou pra clima de contos de fada hoje, Thiago. – eu o empurrei. Ele me olhou feio e me soltou. Iasmin acabou acordando, fazendo com que desviássemos nossa atenção para ela. Iasmin pulou no colo do Thiago e eu a mandei ir escovar os dentes. Ela foi fazendo birra, mas foi. Iasmin costumava ser chata quando acordava. Ela escovou os dentes rapidamente e foi falar com o Thiago, que ainda estava parado no mesmo lugar. Ele pegou a Iasmin e a abraçou, mas olhou diretamente nos meus olhos. Eu desviei o olhar e a enfermeira entrou no quarto, perguntando se poderia levar meu café. 
Thiago: Não. Ela ainda não comeu. – disse respondendo por mim. 
Laís: Pode levar sim, eu não vou comer. – disse o olhando feio. Thiago fez cara feia pra mim e a enfermeira deu risada. Ela acabou deixando a bandeja em cima da mesinha. – Eu não vou comer isso. 
Thiago: Você precisa comer, Laís. – ele disse firme. 
Laís: E você precisa dormir e nem por isso eu fico jogando na sua cara e te obrigando a ir dormir. Que eu saiba você já é de maior e sabe o que faz, assim como eu. – ele me olhou ainda pior e eu mordi o cantinho do lábio inferior. 
Thiago: Hoje você sai não é? – ele perguntou olhando para a Iasmin, que assentiu rapidamente com a cabeça. – Então eu venho aqui buscar você de tarde, para tomarmos um sorvete, o que acha? – Iasmin me olhou e eu assenti de leve. 
Iasmin: Eu posso tomar um de chocolate? – ele assentiu rapidamente. – Você vai embora agora? 
Thiago: Eu vou dormir um pouco, aí de tarde, quando eles te liberarem, eu venho te buscar para nós tomarmos um sorvete, juntos. – ela sorriu de orelha a orelha, fazendo-o sorrir também. Porque seu sorriso tinha que ser tão bonito? Que droga.