Fanfic: Amor por acaso

Eu não iria contar o que eu estava pensando ali, Iasmin poderia acordar e ouvir tudo, e se ela ouvisse não iria ser surpresa, não é? Hanna ficou brava comigo por eu não querer contar, mas ela sempre estava brava comigo. Nós saímos da sala e eu contei, rapidamente, o que eu estava pensando em fazer. Ela adorou a ideia e disse que iria arrumar as coisas ainda essa semana. Precisava ser rápido, para poder convidar as pessoas na segunda festa dela. 
Hanna: Eu acho o tema lindo, sem contar que ela sempre fica falando que queria ter o cabelo grande igual o dela. – eu assenti. 
Laís: Pensei nisso também. E estava pensando também em alugar ou comprar, sei lá, uma fantasia pra ela. – Hanna pulou, ainda mais animada. 
Hanna: Eu sei onde conseguir. Tenho uma amiga lá na faculdade que a mãe dela faz essas coisas. Esse vai ser um dos meus presentes pra minha princesinha. – ela bateu palminhas e eu revirei os olhos. – O que foi? 
Laís: Você fica estragando a minha filha, você e o Thiago, ficam dando presentes pra ela e tudo que ela quer, sem dizer não. 
Hanna: O problema é seu se você é uma mãe horrível e não dá as coisas que a sua filha pede. – eu revirei os olhos e entrei no quartinho. Hanna entrou logo atrás. – Eu preciso falar com você. – ela sussurrou. – Preciso falar de uma coisa que eu descobri. – ela falando ainda mais baixo. Eu fiquei olhando para ela, esperando ela continuar. – Descobri que o Jean é gay. – ela disse muito, muito baixo, eu quase não ouvi e acho que ela se surpreendeu com a minha reação que foi: nenhuma, não tive reação nenhuma já que eu já sabia que ele era gay, o que a deixou irritada. Hanna ficou me olhando muito feio enquanto eu contei para ela que já sabia que ele era gay, Hanna ficou muito, muito, muito brava. Acho que ela só não me xingou porque a Iasmin estava no quarto e poderia acordar se ela gritasse. Eu contei que havia visto ele com um cara em uma lanchonete qualquer e ela ficou ainda mais brava. 
Laís: Pára de drama, Hanna, ele nunca te deu moral e você quem ficava no pé dele o tempo todo. E eu prometi pra ele que não iria falar nada e eu não tenho nada a ver com a vida dele, não vou sair espalhando as coisas da vida dele pra todo mundo como uma velha fofoqueira. 
Hanna: Você deveria ter me avisado, Laís. Eu... – ela olhou para a Iasmin. – Eu o beijei. – ela sussurrou. – Eu o beijei e ele é gay. – ela colocou as mãos na cabeça. 
Laís: Quanto drama. Na hora tu não quis nem saber não é? O beijou e nem quis saber se ele queria beijar você ou não. – disse revirando os olhos. – Pára de drama e deixa o garoto beijar outros garotos sem ficar enchendo o saco dele. – ela fez cara feia e eu revirei os olhos novamente. 
Hanna: Se você revirar novamente os olhos, sua idiota, eu vou dar na sua cara. – eu revirei os olhos novamente e ela tentou me bater, mas eu dei risada e me esquivei. Ouvi a Iasmin acordando e a olhei. Hanna parou de tentar me bater e se levantou para dar um beijo na Iasmin, que se sentou e a abraçou apertado. 
Iasmin: Mamãe. – eu a olhei. – Quero água. – ela fez biquinho. – Não, não, quero suquinho de maçã. – ela piscou algumas vezes antes de ter uma ânsia. Iasmin acabou não ficando com o suco no estomago e também não quis comer nada o dia todo, eu tentava fazer ela comer qualquer coisa, mas ela não conseguia segurar. Acabei pedindo uma sopa pra ela e a sopa, ela aguentou mais de uma hora, o que foi muito bom, um grande começo. Hanna ficou ali com a gente e começou a discutir com a Iasmin o que ela queria de presente. Iasmin começou com uma lista enorme e a Hanna só ficava aumentando a lista de presentes da Iasmin. 
Iasmin: Mamãe, eu queria ver o Thi. – ela disse depois de um tempo. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, minha mãe entrou no quarto, cheia de sacolas. Iasmin gritou, pulou da cama e foi abraçar a minha mãe, que soltou as sacolas no chão e a pegou no colo. 
Susana: Que saudades que eu estava de todas vocês. – ela disse soltando a Iasmin e me abraçando. – Hanna, querida. – ela sorriu e a abraçou a Hanna, que sorriu e retribuiu o abraço da minha mãe. Às vezes a minha mãe dava mais atenção para a Hanna do que para a própria filha. 
Iasmin: Vovó, vovó... – ela começou a pular na cama. – Vovó, eu... eu queria... eu... – ela parou, pra pensar, ou para tentar concluir a frase. – eu queria um doce. – ela disse finalmente, parando de pular. 
Susana: Por algum acaso, eu encontrei com um mocinho lá em baixo. Ele disse que estava atrasado e sentia não poder te ver, então ele mandou isso aqui pra você. – ela começou a revirar a sacola e de lá, tirou uma caixa de chocolate. Os olhos da Iasmin brilharam. – Como era o nome dele mesmo? Thi.... Thiandro, não... 
Iasmin: Thiago. 
Susana: Isso, Thiago. – Iasmin sorriu, animada. Iasmin pediu para que eu abrisse a caixa de chocolate, então, enquanto ela comia, minha mãe me puxou mais para um canto e me entregou alguns papeis. 
Susana: Como eu disse, eu falei com um amigo meu e ele simplesmente adorou seus desenhos, disse que você poderia trabalhar como desenhista facilmente e disse que paga um preço bom caso você queira vender esses seus looks para ele. – eu parei de respirar por um tempo. – Ele disse também que você tem muito futuro se quiser ser estilista. 
Laís: Mãe. Eu... Eu não sei... O que? – ela deu uma risadinha e eu fechei os olhos por um tempo. – Pra fazer qualquer uma dessas coisas, eu teria que dar menos atenção para a Iasmin e eu não quero isso, não posso fazer isso, ainda mais agora. O Josh vai fazer a cirurgia e ela está se sentindo mais sozinha do que nunca e que tipo de mãe eu seria se a deixasse ainda mais sozinha em um momento assim? Ele pode ficar com os looks, não vou fazer nada com eles. – assim que eu terminei de falar, suspirei e me sentei no sofazinho que havia ali. 
Susana: Eu posso falar com ele e você pode desenhar quando der e... Porque você não tenta ser desenhista? Você pode ganhar só um dinheiro por cima, não precisa ficar fazendo isso o tempo todo, sem contar que a Iasmin adora desenhar com você. Você pode fazer isso por hobbie e eu posso dar um jeito... 
Laís: Eu não sei, não quero começar uma coisa e não terminar e ainda não ser uma mãe completa, não quero fazer as duas coisas pela metade. 
Susana: Eu sei que não quer, mas você tem que fazer alguma coisa pra ocupar a sua cabeça enquanto você está aqui, é isso que eu quero que você faça Laís.