Fanfic: A Bela e o Fera | Tema: Romance

Capitulo 7 – A entrevista de emprego

 Ela deixou o dinheiro do lanche em cima da mesa e se levantou, mas ela não sabia onde era a diretoria, então teve de perguntar a Renne. Ele estava atendendo uma mesa. Ela se aproximou do rapaz e disse:

- Renne.

- Emily. – falou ele se virando de frente para ela.

- Você poderia me ajudar? Não sei onde fica a diretoria. – falou Emily.

- Eu te levo até la. – falou ele.

- obrigada. – falou ela.

- de nada. vem comigo. – falou Renne e ela o seguiu.

Os dois entraram no elevador e subiram até o terceiro andar.

Quando o elevador se abriu, eles avistaram um corredor com um tapete igual ao da entrada. Ali também tinha uma cabine telefônica e de frente para o elevador, no fim do corredor, tinha uma porta.

- é naquela porta ali. – falou Renne.

- obrigada. – falou Emily e sorriu.

- de nada. – falou Renne e sorriu também.

A moça foi na direção da porta, respirou fundo e bateu na porta em seguida.

Logo ela ouviu uma voz mandando ela entrar e foi o que ela fez.

A moça entrou na sala da diretoria e a mulher que estava sentada na cadeira a olhou.

- boa tarde. – falou a mulher.

- boa tarde. – falou Emily e sorriu.

Renne entrou no elevador novamente, mas parou no segundo andar.

O segundo andar, era um espaço reservado para festas e eventos importantes. Ali aconteciam muitas festas legais para as comemorações da cidade, mas as pessoas também alugavam o salão para casamentos, formaturas e festas do tipo.

O rapaz foi para o fundo do salão, onde tinha uma porta. Atrás dessa porta, ficava o deposito onde ficavam os ingredientes que não precisavam ficar na geladeira e que não estavam sendo usados no momento.

Algum tempo depois, Emily estava saindo da sala da diretora e esbarrou com Renne pelo corredor.

- ei cuidado ai. – falou Renne.

- parece que a gente só se encontra no meio de acidentes. – falou Emily.

- pois é. – falou Renne e eles riram.

- o que ainda esta fazendo aqui? Você ficou me esperando esse tempo todo? – perguntou Emily.

- não fica se achando não. – falou Renne. – eu só vim entregar esse relatório sobre os mantimentos do estoque para a diretora saber o que esta faltando.

- obrigada pelo relatório Renne. – falou a diretora e voltou para a sala dela.

- como foi? Você conseguiu o emprego? – perguntou Renne.

- Então colega de trabalho, eu consegui sim. – falou Emily sorrindo.

- parabéns. – falou ele sorrindo e ele parecia realmente feliz por ela ter conseguido.

- nunca imaginei que você ficaria feliz com isso. – falou Emily.

- Você acha que eu te odeio não é? – perguntou Renne.

- acho. – falou Emily.

- posso brigar com você as vezes... – falou Renne.

- as vezes? – perguntou Emily.

- ta eu posso brigar com você sempre, mas eu não te odeio. – falou Renne. – nunca desejaria nenhum mal a você.

- também não desejo nenhum mal a você. – falou Emily e eles sorriram um para o outro.

- vamos descer? – perguntou Renne.

- Vamos sim. – falou Emily e os dois entraram no elevador.

Renne apertou o botão térreo para descerem, mas assim que ele apertou as luzes do elevador se apagaram.

- Renne o que você fez? – perguntou Emily.

- eu apertei o botão para descer para o térreo. – falou Renne.

- então porque as luzes apagaram? – perguntou Emily.

- eu não sei, deve ter acabado a energia. – falou Renne.

- a fala sério. – falou Emily.

- isso não é bom. – falou Renne e Emily acendeu a luz do celular para iluminar o local.

- o que você quis dizer com isso não é bom? – perguntou Emily.

- Eu estou com medo. – falou Renne e Emily não conseguia acreditar no que estava ouvindo. 

- então quer dizer que você sente medo? – perguntou Emily.

- muito medo. Todo mundo sente medo. – falou Renne respirando super rápido.

- Renne você esta bem? – perguntou Emily ficando um pouco preocupada. – você não tem claustrofobia, tem?

- não, eu não tenho. É só medo mesmo. – falou Renne. – eu vou ficar bem. Eu acho.

- fica calmo. – falou Emily e segurou a mão do rapaz.

Ele a olhou surpreso, pois era a primeira vez que ela encostava nele por vontade própria.

- vamos sentar no chão do elevador, acho que você vai se sentir mais calmo assim. – falou Emily e os dois sentaram no chão do elevador.

- sabia que elevadores são ótimos cenários para filmes de terror? – perguntou Renne.

- você gosta de filmes de terror? – perguntou Emily e acendeu a luz do celular outra vez.

- eu tenho medo de filmes de terror. – falou Renne. – eu estou imaginando que a qualquer momento vai aparecer um psicopata no escuro e vai me matar.

- fica tranqüilo que eu não sou uma psicopata disfarçada. – falou Emily e ele riu. – viu só te fiz rir.

- Você esta sendo super legal comigo. – falou Renne.

 - fica tranqüilo. Estamos seguros. Não vai acontecer nada de mal. – falou Emily e em um impulso, o abraçou.

Ele não fugiu do abraço, muito pelo contrario, ele a abraçou também.

Quando terminaram o abraço, eles se olharam meio constrangidos um com o outro e Emily disse:

- desculpa ter te abraçado assim.

- tudo bem. – falou Renne. – fiquei mais calmo depois do seu abraço.

- que bom. – falou ela.

- então, você já conhece um medo meu. – falou Renne. – agora me diga do que você tem medo.

- eu tenho medo de escuro. Por isso não paro de acender a luz do celular e quase entrei em pânico quando tudo apagou. – falou Emily.

- que bom que você soube controlar o seu pânico. – falou Renne.

- pois é, se não estaríamos perdidos. – falou Emily e eles riram.

- você curte filmes de terror? – perguntou Renne.

- Curto sim, mas ainda prefiro os romances. – falou Emily.

- romance é a sua cara. – falou Renne.

- verdade. – falou Emily. – e qual tipo de filme é a sua cara?

- comédia. – falou Renne.

- concordo. – falou Emily e eles riram de novo.

- o meu filme de comédia favorito é Se beber, não case 3. – falou Renne.

- esse filme conta a história da sua vida. – falou Emily.

- nem tanto. – falou Renne. – eu costumo me lembrar do que faço quando estou bêbado.

- sério? – perguntou Emily.

- é sério. – falou Renne.

- mas, você beijou a Flávia e disse que nem se lembrava. – falou Emily.

- aquele dia eu bebi muito mais do que estou acostumado. – falou Renne. – fiquei bêbado além da conta.    

- Vocês dois estão namorando? – perguntou Emily.

- não, nada a ver. – falou Renne achando aquela pergunta absurda. – eu e aquela louca namorando? Eu precisaria estar com sérios problemas mentais para fazer uma coisa dessas.

- não precisa mentir. Eu vi vocês se beijando ontem a noite. – falou Emily. – e antes que pergunte, eu não estava te espionando. Só passei em frente a janela e acabei vendo.

- acredito em você. – falou Renne. – nós nos beijamos ontem sim. Ela me roubou um beijo.

- mas você estava curtindo. – falou Emily. – admite logo que gosta dela.

- eu devia odiá-la, mas acabei correspondendo ao beijo. Acho que ainda não tirei a Flávia da cabeça como eu havia imaginado. Mas, eu não estou namorando com ela.

- ela deve ter feito algo muito ruim mesmo para você gostar dela, mas mesmo assim não querer ficar com ela. – falou Emily.

- é.  Ela fez sim. – falou Renne.

Enquanto isso, na praia, Alexia e Léo estavam tendo mais uma aula de surf.

- Você aprende rápido. – falou Léo.

- você acha? – perguntou Alexia.

- acho. E acho que já da até para entrar no mar. – falou Léo.

- você ficou louco? Vou me afogar. – falou Alexia.

- eu acho que você esta pronta, mas se não se sente segura, o melhor é esperar mesmo. – falou Léo. – se você não tiver segurança no mar, você nunca vai conseguir parar em cima da prancha.

- eu prefiro esperar mais um pouco. – falou Alexia.

- tudo bem. Você que manda. – falou Léo. – vamos tomar um suco?

- vamos sim. – falou Alexia e os dois se aproximaram de um quiosque onde vendia sucos.

- Uva. – falaram os dois ao mesmo tempo e então se olharam.

- eu amo suco de uva. – falou Léo.

- é o meu preferido. – falou Alexia e a atendente trouxe os sucos.

Léo pagou os dois sucos e os dois foram sentar em uma mesinha perto do quiosque.

- aqui o dinheiro do refrigerante. – falou Alexia tirando o dinheiro da bolsa.

- não precisa Alexia. – falou Léo. – eu já paguei.

- mas não é justo você pagar o meu suco. – falou Alexia.

- quer dizer que você não gosta que paguem as coisas para você em um encontro? - perguntou Léo.

- isso é um encontro? – perguntou Alexia.

- não, mas eu gostaria de saber se tenho chance de ter um encontro com você. – falou Léo.

- tem sim. – falou Alexia e sorriu.

- eu vou pensar em alguma coisa e te ligo. – falou Léo sorrindo.

- mas pega o dinheiro. – falou Alexia voltando ao assunto anterior.

- eu não vou pegar o dinheiro. Guarda para você tomar um suco com as suas amigas. –falou Léo.

- ta bom. Já vi que você não vai aceitar mesmo. – falou Alexia e guardou o dinheiro na bolsa outra vez.

Voltando a Emily e Renne, os dois continuavam sentados no chão do elevador e estavam em silencio.

- será que essa luz não vai voltar nunca? – perguntou Renne.

- não sei. Eu quero sair daqui já cansei de ficar presa. – falou Emily.

- será que vamos ter que passar a noite aqui? – perguntou Renne.

- o que? Nem brinca com isso. – falou Emily. – mas, será que já anoiteceu?

- você esta com o celular, que horas são? – falou Renne e ela olhou para a tela do celular.

- seis horas. – falou Emily.

- tudo isso já? – perguntou Renne surpreso.

- pois é. – falou Emily e a luz finalmente acendeu outra vez. – finalmente.

- voltou. – falou Renne e o elevador começou a se movimentar.

Logo a porta se abriu e eles finalmente estavam novamente no primeiro andar, ou andar térreo do Boulevard Café.

- Renne estávamos preocupados procurando por você nessa escuridão. – falou a chefe deles. – onde você estava?

- eu fiquei preso no elevador. – falou Renne. – a Emily estava comigo.

- que bom que esta bem. – falou ela.

- bom eu vou indo então. – falou Emily.

- vai la. – falou Renne e sorriu.

- até amanhã Emily. – falou a chefe.

- até amanhã. – falou Emily agora sorrindo e saiu do Boulevard Café.

Assim que chegou em casa, se deparou com seus pais sentados no sofá da sala com aparência preocupada.

- minha filha onde você estava? – perguntou Marcia se levantando do sofá e foi até a filha.

- estamos preocupados. Onde você estava. – falou Rodrigo também se levantando.

- eu sai da entrevista de emprego e fiquei presa no elevador durante a queda da energia. – falou Emily.

- quase nos matou de susto filha. – falou Marcia e abraçou a filha.

- desculpa mãe. Mas não deu para avisar, o celular estava sem torre dentro do elevador. – falou Emily.

- esta desculpada meu amor. – falou Marcia terminando o abraço e sorriu.

- que bom que esta bem. – falou Rodrigo e sorriu também.

- tem duas pessoas la no seu quarto super preocupadas com você. – falou Marcia.

- quem esta no meu quarto? – perguntou Emily.

- A Alexia e a Mikaela – falou Marcia.

- elas devem estar pirando. Eu vou até la. – falou Emily e correu até as escadas da casa subindo-as imediatamente.

Ao chegar no andar de cima, ela foi direto para o quarto dela e quando abriu a porta viu as duas amigas sentadas na cama.

- que invasão é essa aqui? – perguntou Emily e as duas a olharam.

- Emily você esta bem. – falou Mikaela se levantando da cama e abraçou Emily.

- o que aconteceu com você? – perguntou Alexia e Mikaela terminou o abraço.

- eu fiquei presa no elevador do Boulevard Café depois da entrevista. – falou Emily. – por causa da queda de energia.

- ficamos super preocupadas. – falou Alexia e abraçou a amiga também.

Assim que terminaram o abraço, as três sentaram na cama de Emily e Emily disse:

- vocês não vão acreditar quando eu contar quem ficou preso no elevador comigo.

- quem ficou preso no elevador com você? – perguntou Alexia toda curiosa.

- o Renne. – falou Emily. – passei mais de quatro horas presa no elevador com ele.

- nossa que tortura. – falou Mikaela.

- tadinha de você amiga. – falou Alexia.

- ele até que não estava chato.  Falou Emily. – ele estava morrendo de medo do escuro.

- um cara desse tamanho com medo de escuro? – falou Alexia e começou a rir. – que figura.

- é parece que para o medo não existe idade. – falou Emily. – ele estava tão fofo com medo do escuro. Até esqueci por uns momentos o sem noção que ele é. Até dei um abraço nele para acalmá-lo.

- Não acredito que você abraçou ele. – falou Mikaela.

- fiquei com pena dele. Ele estava com muito medo mesmo. – falou Emily.

- mas e ai como foi na entrevista? – perguntou Mikaela. – você conseguiu o emprego?

- consegui. – falou Emily e sorriu toda empolgada. – começo amanhã.

- parabéns amiga. – falou Mikaela sorrindo.

- parabéns, você merece. Queria tanto esse emprego. – falou Alexia sorrindo.

- o único problema é ter que agüentar o Renne como colega de trabalho. – falou Mikaela.

- eu vou dar um jeito de aturá-lo. – falou Emily.

- mas agora vamos parar de falar dele. Eu tenho um comentário para fazer sobre outro gatinho. – falou Alexia.

- de quem você esta falando? – perguntou Emily.

- só pode ser do Léo. – falou Mikaela.

- o Léo é lindo, mas não é dele que eu estou falando. – falou Alexia. – estou falando do nosso Harry Potter.

- Fala sério Alexia até você vai ficar chamando ele de Harry Potter?  - falou Emily.

- é um elogio. O Harry Potter é lindo e o Harry parece muito com ele com aqueles óculos redondinho e os olhos azuis. – falou Alexia.

- realmente o Harry é bem bonito. – falou Mikaela.

- eu acho que ele ficou interessado na Emily. – falou Alexia.

- ficou louca? Ele nem me conhece, como pode estar interessado em mim? – perguntou Emily.

- ele te olhou de uma maneira especial. – falou Alexia.

- ele estava agradecido por eu ter defendido ele. – falou Emily. – não viaja Alexia.

- ta, parei. – falou Alexia e elas riram.

- mas você ainda não nos contou como foi hoje com o Léo. – falou Emily para Alexia.

- foi perfeito. – falou Alexia e sorriu. – tivemos a aula de surf e depois fomos tomar um suco. Ele não me deixou pagar o suco, pagou tudo sozinho e depois me chamou para sair com ele.

- sério? – perguntou Mikaela. – ai que fofo.

- e onde vocês vão? – perguntou Emily.

- ele ainda não disse. Falou que assim que tiver uma idéia legal, ele me liga. – falou Alexia.

- que fofos. – falou Emily sorrindo.

- E você hein amiga? Alguma novidade com o Bruno? – perguntou Alexia.

- nenhuma. Eu acho que o Bruno só quer ser meu amigo mesmo. – falou Mikaela e fez uma carinha triste. – quanto mais eu fico perto dele, mais percebo que quero ele perto para sempre. Eu estou apaixonada por ele.

- isso é ótimo. – falou Alexia. – você já descobriu o que sente por ele de verdade.

- isso é uma droga. Agora vou sofrer de amor não correspondido. – falou Mikaela.

- ou talvez ele te ame também e vocês acabam se casando. – falou Alexia.

- só que não. – falou Mikaela.

- nossa já esta tarde, eu tenho que ir. – falou Alexia.

- eu vou com você. não quero andar sozinhas pelas ruas a noite. – falou Mikaela.

- então nós já vamos indo. Tchau Emily. – falou Alexia e abraçou a amiga rapidamente.

- tchau Alexia. – falou Emily.

- tchau amiga. – falou Mikaela e a abraçou rapidamente também.

- tchau amiga. – falou Emily e as duas foram embora deixando Emily sozinha.

Emily tomou banho, colocou o pijama, jantou e depois ficou em seu quarto lendo mais um pouco do seu livro quem é você Alasca até que dormiu.