Fanfic: A Bela e o Fera | Tema: Romance

Capitulo 10  - traído

Mais um dia estava começando. Apesar de ter ido dormir tarde na noite anterior devido a festa, Emily não acordou tão tarde, ainda eram nove horas da manhã.

Ela acordou, foi até o banheiro escovar os dentes e depois desceu as escadas de sua casa sem nem se incomodar com o fato de estar de pijama afinal ali na casa só estariam os seus pais.

Mas ela estava enganada.

Assim que chegou na sala com seu pijama, ela teve uma grande surpresa ao ver Renne e Viviam sentados no sofá conversando com Márcia.

Os três a olharam e ela arregalou os olhos fazendo Renne rir.

- mãe porque você não me avisou que tinha visita? – perguntou Emily. – que vergonha eu estou de pijama.

- relaxa Emily. Não ligamos para isso. – falou Viviam sorrindo.

- eu fiquei com dó de te acordar. você parecia um anjinho dormindo. – falou Márcia. – mas pelo visto você e a Viviam já se conhecem.

- é conheço. Eu fui na casa dela outro dia pedir para o Renne baixar o som que estava incomodando. – falou Emily.

- foi mal por aquele dia. – falou Renne um pouco envergonhado por Márcia ter ouvido que ele estava incomodando Emily.

- Não tem problema. – falou Emily.

- eles são amigos de faculdade. – falou Viviam para Márcia.

- Emily vamos dar uma volta? Não agüento mais ouvir essas duas falando sobre culinária. – falou Renne.

- Vamos sim. – falou Emily. – mas antes eu tenho que trocar de roupa.

- ta, vai la. – falou Renne e a moça foi trocar de roupa, mas logo já estava na sala outra vez.

- Vamos? Perguntou Emily e agora ela já não estava mais de pijama.

- Vamos la. – falou Renne e os dois sairam da casa antes que as duas pudessem falar alguma coisa.

- Caiu da cama hoje? – perguntou Emily enquanto eles estavam na varanda.

- não. – falou Renne. – porque esta me perguntando isso?

- Porque você odeia acordar cedo. – falou Emily.

- como você sabe disse? – perguntou Renne. – não me lembro de ter te contado.

- Você é meu vizinho agora. Sua janela fica de frente para a minha e você ama dormir com a janela aberta. – falou Emily. – Eu vi a sua mãe jogando água no seu rosto outro dia para te acordar.

- não acredito que você viu isso. Que mico. – falou Renne.

- Então estamos quites. Você me viu de pijama e eu vi sua mãe te jogando agua para você acordar. – falou Emily e ele riu.

- Verdade. – falou ele rindo. – então, para onde vamos?

- não sei. Você conhece algum lugar legal? – perguntou Emily e depois pensou um pouco nas possíveis respostas de Renne. – Um lugar legal que não envolva, bebidas, cigarros e drogas.

- eu não uso drogas. – falou Renne. - Eu sou um cara de família.

- Que bom que não usa. – falou Emily.

- Podíamos ir até a pracinha. – falou Renne.

- pode ser. – falou Emily e os dois começaram a caminhar na direção da pracinha. – fazia tempo que você estava la em casa?

- fazia uma meia hora. As duas ficaram falando de culinária o tempo todo. – falou Renne. – eu fiquei muito feliz quando te vi descendo a escada.

- ficou feliz por eu te salvar dali. – falou Emily.

- é. – falou Renne. – falando em salvar, sobre ontem você ficou bem mesmo né?

- fiquei sim. Ele não me fez nada. – falou Emily. – mas você viu o que aconteceu ontem né?

- vi. – falou Renne.

- é por isso que odeio tanto as bebidas alcoólicas. Elas mudam as pessoas. – falou Emily.

- foi ridículo o Jack ter feito aquilo. Não se deve tratar uma mulher daquela forma. – falou Renne e Emily o olhou parecendo surpresa.

- Que fofo. – falou Emily e sorriu.

- Eu tenho que aprender muito ainda para ser fofo. - falou Renne e eles chegaram na pracinha.

Então, eles sentaram em um banco e começaram a observar o movimento enquanto continuavam conversando.

- Essa praça é bem bonita. – falou Renne.

- é bonita mesma. – concordou Emily.

- eu costumo vir aqui quando preciso pensar. – falou Renne.

- você pensa? – perguntou Emily provocando Renne.

- é claro que eu penso. – falou Renne. – você não perde a mania de me provocar.

- desculpa. não resisti a piadinha. – falou Emily rindo. – mas eu e você no mesmo ambiente e sem provocações é bem estranho.

- pois é. – falou Renne e riu. – mas acho que eu não penso muito mesmo. se eu usasse o cérebro para alguma coisa , talvez eu não tivesse entrado em tantos vícios. Eu sei que isso só me faz. E as vezes até me afasta de algumas pessoas. Você mesmo não queria nem me ver pintado de ouro.

-  você é uma prova de que precisamos dar uma chance para as pessoas. – falou Emily. – as pessoas podem ter defeitos e vícios, mas nós  nunca sabemos o que esta por trás disso. Só agora que eu comecei a conversar com você é que percebi que você não é só o bêbado das festas. você tem sentimentos e tem o seu lado bom.

- sério? Pensa mesmo isso de mim? – perguntou Renne parecendo estar surpreso.

- sim. Vendo você nas festas, eu nunca imaginaria que você defendesse as mulheres e nunca poderia imaginar você sendo um cavalheiro. – falou Emily. - sinceramente, achei que você era um cafajeste.

- Nossa a imagem que passo para as pessoas é péssima mesmo. – falou Renne.

- pois é. – falou Emily e eles ficaram em silêncio por uns instantes.

Renne começou a observar alguma crianças brincando ali perto e logo disse:

- infância. Era a melhor fase da nossa vida e nem sabíamos disso.

- verdade. Quando éramos crianças, queríamos ser adultos. Agora queremos é voltar no tempo e viver toda aquela fase de novo. – falou Emily sorrindo enquanto olhava as crianças brincarem.

- Você parece gostar de crianças. – falou Renne.

- eu gosto bastante. – falou Emily. – elas podem fazer bagunça e te deixar quase louca, mas são muito fofas. Não consigo ficar brava com uma criança por muito tempo. E você? gosta de crianças?

- Eu gosto. Mas as vezes acabo ficando bravo por causa das artes. Eu tenho um priminho mais novo que me deixa quase louco. – falou Renne. – mas eu o amo.

- é sempre assim. Nos estressamos, mas amamos. – falou Emily. – mas relaxa. Ele é seu priminho. Você vai ficar bravo mesmo com as artes quando tiver um filho. se é que já não tem.

- o que te faz pensar que eu tenho um filho? – perguntou Renne. – eu sou solteiro.

- ser solteiro hoje não impede ninguém. – falou Emily.  – sei que você disse que não é um cafajeste, mas nunca se sabe. As vezes pode acontecer.

- Eu não tenho filhos. – falou Renne.

- não tem, ou não tem que você saiba? – perguntou Emily e ele riu.

- eu não tenho. Eu nunca... – falou Renne e Emily o olhou surpresa entendo o que ele queria dizer antes mesmo que ele terminasse a frase.

- Você nunca fez? – perguntou Emily surpresa.

- nunca. – falou Renne.

- ta brincando né? – perguntou Emily.

- não, eu não estou brincando. – falou Renne. – eu quero esperar a hora certa. Quero me entregar só para a pessoa que eu amar de verdade e que for passar o resto da vida comigo.

- que lindo isso Renne. – falou Emily e sorriu. – cada vez eu me surpreendo mais com você. e dessa vez, me surpreendi positivamente.

- pelo menos esse valor não se perdeu. – falou Renne.

- mais uma coisa que eu nunca poderia imaginar. – falou Emily.

- pois é. Essas festas que eu freqüento sempre acabam em sexo para algumas pessoas. – falou Renne. – eu só não sou igual aos outros homens. O meu namoro acabou por causa disso.

- não acredito que ela te deixou por causa disso. Todas as garotas sonham em encontrar um cara com essa qualidade. – falou Emily.

- Não foi o que aconteceu com ela.  – falou Renne e fez uma carinha triste. – a Flávia é a minha ex namorada.

- você namorou a Flávia? – perguntou Emily parecendo surpresa e ele assentiu com a cabeça. – agora entendi porque ela não larga do seu pé.

- pois é. ela vivia me pressionando e querendo que eu cedesse, mas eu não fiz. No começo do ano passado, recebi umas fotos e foi ai que meu mundo virou de pernas para o ar. – falou Renne.

- Sobre o que eram as fotos? – perguntou Emily e uma lagrima escorreu do olho de Renne. – não precisa contar se não quiser.

- Eu quero contar. Sinto que posso confiar em você. – falou Renne. – nas fotos, a Flávia estava beijando o meu melhor amigo. O James.  É por isso que eu não falo com ele e ele me odeia.

- que péssimo. – falou Emily.

- mas o pior é que quando eu fui na casa dela para terminar tudo, eu a peguei no flagra beijando o James. – falou Renne. – ela tentou negar. Tentou falar que estava necessitada e que o James a seduziu. E que ela não resistiu e era a primeira vez que acontecia. Ai eu falei das fotos e eles acabaram me confessando tudo. Já fazia um mês que eles estavam tem do um caso. Depois dessa descoberta, meu mundo desabou.  

Comecei a beber, fumar e ir para as baladas todos os dias. Eu já conhecia o Rafael na época e nós íamos juntos. Quando eu estava nas festas e bebado, eu esquecia por algumas horas a minha decepção. Era um refugio. Eu sei que me refugiei da maneira errada.

- eu sinto muito. – falou Emily.

- tudo bem. – falou Renne. – dificilmente você se casa com a primeira pessoa com quem namora.

- é verdade. – falou Emily e fez uma carinha triste.

- o que foi? – perguntou Renne vendo a carinha triste que ela fez.

- Comigo aconteceu uma história parecida. – falou Emily.

- sério? – perguntou Renne. – você também foi traída?

- ele me traiu pelo mesmo motivo. – falou Emily. – só que tem mais coisa.

- quer dividir? – perguntou Renne.

- Seria bom contar isso a alguém, mas não estou preparada para te contar. – falou Emily.

- Você esperou o meu tempo para te contar sobre mim. – falou Renne. – eu espero você estar pronta para contar. Me conta quando se sentir a vontade.

- obrigada. – falou Emily e sorriu.

- De nada. Nossa hora voa.  - falou Renne. - Já são onze horas.

- nossa eu tenho que ir. Daqui a pouco já é hora do almoço. – falou Emily.

- é uma pena termos que ir. – falou Renne. – eu estava gostando da nossa conversa.

- eu também estava gostando. Mas vamos ter outras oportunidades. – falou Emily.

- é verdade. Então, vamos? – perguntou Renne.

- vamos. – falou Emily sorrindo e os dois começaram a caminhar na direção de suas casas novamente.

Os dois andaram o caminho todo em silencio, provavelmente procurando um novo assunto e assim que chegaram na frente de suas casas, Renne disse:

- chegamos.

- é. – falou Emily e sorriu. – então eu vou entrar. Tchau.

- tchau. – falou Renne sorrindo e ela entrou na casa dela. Ele também entrou na casa dele com um enorme sorriso no rosto.