Fanfic: A Bela e o Fera | Tema: Romance

Capitulo 14 – Efeitos colaterais

Emily acordou cedo como todos os dias, se arrumou, tomou café da manhã com sua família e logo já estava na faculdade para mais um dia de aula.

Ela estava sentada em um banco conversando com as amigas e Bruno e Harry também estavam com elas.

- Você chegou bem em casa ontem? – perguntou Harry para Emily.

- cheguei sim. – falou Emily e sorriu.

- Eu queria te levar, mas fiquei com vergonha de oferecer carona na frente de todas aquelas pessoas. – falou Harry.

- Não tem problema. – falou Emily.

- é Harry. Não tem problema. Ela e o Renne estão se dando bem agora. – falou Sofia.

- eu nunca vou me dar bem com aquele garoto. – falou Emily olhando na direção do portão com cara de brava.

Todos olharam para o portão também e viram Renne chegando na faculdade com os amigos e quando ele a viu, a olhou sem deixar transparecer nenhum sentimento.

- amiga o que aconteceu depois que vocês sairam da festa? – perguntou Mikaela.

- Não aconteceu nada. – falou Emily.

- Aconteceu sim. Nós perdemos alguma coisa. – falou Alexia. – Durante o fim de semana e ontem na festa, você e o Renne estava se dando bem.

- Estávamos tentando ser simpáticos um com o outro, mas isso nunca ia dar certo. – falou Emily.

- e porque desistiram de continuar tentando? – perguntou Bruno. – deve ter acontecido alguma coisa para vocês perceberem que não ia dar certo.

- Não aconteceu nada. – falou Emily e Léo se aproximou deles

- oi linda. – falou Leo e deu um selinho em Alexia.

- oi lindo. – falou Alexia e sorriu.

- Ae Emily, eu sempre suspeitei que aquelas brigas entre você e o Renne era sinal de amor. – falou James quando passou perto de Emily.

- Do que ele esta falando? – perguntou Emily.

- Você ainda não viu? – perguntou Léo para Emily.

- Vi o que? – perguntou Emily e todos olharam para ele.

- Nenhum de vocês viu ainda. – falou Léo percebendo a reação da galera.

- viu o que Léo? Fala logo. – falou Alexia.

- Emily não pira. – falou Léo. 

- eu vou tentar não pirar, mas fala logo. – falou Emily.

- esta circulando uma foto no facebook onde você e o Renne estão se beijando. – falou Léo.

- Não acredito. Droga. – falou Emily e todos a olharam surpresos.

- Que história é essa? – perguntou Mikaela.

- Como assim você beijando o Renne? – perguntou Alexia. – quando você ia contar para a gente?

- eu pretendia contar quando estivéssemos só as garotas. – falou Emily. – eu não acredito que isso esta acontecendo.

- Vocês estão gostando um do outro. – perguntou Harry tentando esconder sua decepção enquanto Sofia sorria discretamente. – quero dizer, estão apaixonados?

- Não estou apaixonada por ele. Ele me roubou um beijo. Eu bati nele em seguida. – falou Emily e agora foi a vez de Harry sorrir discretamente. – mas é claro que todo mundo vai pensar que estamos apaixonados. Que droga isso.

- mas porque ele te beijou? – perguntou Mikaela. – essa história esta mal contada.

- Ele disse que ontem quando ele pensou que eu não ia voltar a respirar, ele percebeu que eu era mais importante para ele do que ele imaginava. E disse que sabia que eu estava mexendo com ele, mas não imaginava que era tanto assim. – falou Emily. – ele disse que ainda esta confuso com relação aos seus sentimentos, mas que acha que esta se apaixonando por mim.

- que fofo. – falou Mikaela sorrindo. – o Renne esta apaixonado por você.

- Ele devia estar bêbado. – falou Harry.

- Faz sentido. – falou Bruno. – ele e os amiguinhos vivem bêbados. O Renne não faz o tipo que fica falando frases bonitinhas e românticas.

- Ele não estava bêbado. – falou Emily. – ele disse que tinha tomado só uma latinha de cerveja e que não estava bêbado.

- Isso foi o que ele disse. – falou Harry.

- Porque quer tanto convencer a Emily de que o Renne estava bêbado? – perguntou Sofia a Harry.

- não estou tentando convencer ninguém. Eu só estou tentando ajudar. – falou Harry. – não quero que a Emily se iluda caso ela comece a gostar da idéia de ter o Renne apaixonado por ela.

- Eu nunca começaria a gostar dessa idéia. – falou Emily. – mas, da para perceber quando uma pessoa esta bêbada e ele não estava mesmo. eu já conversei com Renne bêbado. Tenho certeza que ontem ele estava sóbrio e consciente de tudo o que ele me disse.

- Que fofo. – falou Mikaela sorrindo novamente.

- enroscou o disco? – perguntou Alexia.

- chataaa. – falou Mikaela.

- eu não sou chata. Mas, você já disse que achou fofo. E definitivamente isso não é fofo. – falou Alexia. – estamos falando do Renne.

- As pessoas podem mudar por amor. – falou Mikaela

- isso só acontece nos filmes de romance que você assiste e em contos de fadas. – falou Alexia. – isso aqui é vida real. É sério Mikaela você tem que sair um pouco desse mundinho cor de rosa e perfeitinho. Não é assim que as coisas funcionam.

- Poxa Alexia me deixa sonhar. – falou Mikaela com uma carinha triste.

- Você pode sonhar. – falou Alexia. – não leve a mal o que eu disse. Eu só não quero ver você sofrer.

- eu sei que não quer. – falou Mikaela e sorriu.

- galera esta na hora da aula. – falou Bruno.

- então vamos la agüentar as piadinhas de toda a turma. – falou Emily e eles foram para as salas de aula.

Assim que chegaram na sala de arquitetura, todos olharam na direção de Emily e Flávia disse:

- Quem você pensa que é para beijar o meu Renne?

- Acorda queridinha, ele não é seu. – falou Emily. – e só para constar, foi ele que me beijou. Eu nunca passaria por aquela tortura por vontade própria. Ele beija muito mal.

- Você só pode estar brincando. – falou Flávia. – o beijo dele é maravilhoso.

- é normal. – falou Emily. – Foi você que postou a foto?

- foi. – respondeu Flavia.

- Você estava nos espionando? Como conseguiu a foto? – perguntou Emily.

- eu segui vocês. – falou Flávia.

- Bom dia galera. – falou o professor entrando na sala e todos falaram bom dia.

A galera que estava em pé se sentou imediatamente e Renne entrou na sala todo apressado.

- o que eu perdi? – perguntou ele.

- a educação. – falou Emily e ele a olhou com cara feia.

- Professor será que da para obrigar essa garota a tomar uma remédio contra TPM antes de entrar na sala todos os dias. – falou Renne. – quem sabe assim esse mau humor melhora.

- Só para te informar, isso não existe. – falou Emily.

- então esta na hora de inventarem. – falou Renne e foi para o lugar dele.

- ok galera vamos acalmar nossos humores. – falou Daniel.

- Professor eu vou ler o livro Cinquenta Tons de cinza, você acha que é uma boa leitura? – perguntou Rafael.

- No seu caso onde a leitura é extremamente necessária, qualquer livro que você ler esta ótimo. – falou Daniel.

- Mas eu queria uma opinião. a história é boa? – perguntou Rafael.

- eu não gostei. Minha sincera opinião. Acho que o Chistian Grey é um imbecil. – falou Daniel.

- e aquela menina deve ser retardada. – falou Emily. – Para se submeter a todas aquelas palhaçadas para satisfazer o cara. Esse livro é uma porcaria. É sério Rafael se você quer ler um bom livro, desista desse. É perca de tempo.

- falou a megera dona da verdade. – falou Renne.

- Vai se ferrar Renne. – falou Emily.

- Mandar se ferrar é típico para quem fica sem resposta. – falou Renne.

- Não estou sem resposta. Só estou com preguiça de discutir com quem não vale a pena. – falou Emily.

- Nossa ontem estavam se pegando e hoje estão brigando igual gato e rato. Vocês tem sérios problemas. – falou James.

- ele me roubou um beijo. – falou Emily.

- Eu devia estar bêbado. – falou Renne.

- eu sei muito bem quando você esta bêbado e ontem não era o caso. – falou Emily. – admita o que você fez.

- ta bom. Eu senti vontade de beijar e te beijei. Mas você devia admitir que amou o beijo. – falou Renne.

- eu odiei. você beija muito mal. – falou Emily.

- Você parecia estar gostando. – falou Renne.

- eu sei disfarçar muito bem. – falou Emily.

- vamos parar com a discussão galera. – falou Daniel. – eu deixei vocês trocarem alguns elogios, mas agora vamos focar em arquitetura.

As aulas se passaram sem muitas novidades e todos foram para suas casas. Emily e Renne foram para o Boulevard café e como estavam brigando sempre, não foram juntos.

Durante todo o dia de trabalho, ficaram atendendo as mesas  normalmente e não trocaram uma palavra.

Na hora de ir embora, Renne decidiu que não podia mais ficar assim e foi até Emily para conversar.

- Emily. – falou ele e ela o olhou.

- o que foi Renne? – perguntou ela.

- Você quer carona para casa? – perguntou Renne.

- eu estou de carro. – respondeu Emily. – mas obrigada.

- de nada. – falou Renne e ela ia se virando mas ele a chamou outra vez. – o que foi agora?

- até quando vamos ficar assim? – perguntou Renne.

- assim como? – perguntou Emily.

- Brigados. – falou Renne.

- é melhor assim. – falou Emily.

- eu não acho. Eu estava gostando da idéia de que nós finalmente estávamos nos entendendo e nos tornando amigos. – falou Renne.

- e ai você estragou tudo. – falou Emily.

- eu não estraguei nada. – falou Renne. – ainda pode ser como antes. É só você querer.

- Renne acredite. Estou fazendo isso por você. – falou Emily. – Eu não quero que você sofra mais do que já sofreu.

- se você acha que esta me fazendo bem, esta muito enganada. – falou Renne.

- Você acha que esta se apaixonando por mim e isso não pode acontecer. – falou Emily.

- porque não? Porque eu não posso amar você? – perguntou Renne.

- Porque eu não poderia corresponder a esse amor e você ia sofrer. – falou Emily.

- porque não poderia? – perguntou Renne. – você esta apaixonada por outro? Pelo Harry talvez.

- não. Nada a ver. Eu não estou apaixonada por ninguém e eu e o Harry somos só amigos. – falou Emily. – você sabe quais são os meus motivos.

- Eu sou um alcoólatra. – falou Renne.

Emily o olhou com uma carinha triste. Dava para ver que ela estava com certa pena do rapaz, mas ela precisava ser sincera com ele.

- Ta eu vou indo para a minha casa. – falou Renne.

- Desculpa pela sinceridade. – falou Emily.

- é melhor assim. – falou Renne e foi para o estacionamento.

Ela foi para o estacionamento também, entrou em seu carro e foi para casa.

Chegando la, ela trocou de roupa e resolveu ir até uma livraria perto da casa dela para comprar um novo livro.

Chegando na livraria, ela já foi logo para a sessão de romances que eram os seus favoritos e começou a ler os títulos dos livros.

- Emily. – falou alguém ao se aproximar dela.

- Harry. – falou Emily e sorriu.

- que coincidência nos encontrarmos aqui. – falou Harry.

- esse é o lugar preferido dos nerds. – falou Emily sorrindo e ele riu.

- é verdade. – falou Harry. – e então? Esta procurando um livro especifico ou esta a procura de novidades?

- Gosto muitos dos livros do John Green e ainda não li Will e Will. – falou Emily. – estou procurando por este livro. Quero muito ler.

- Pela sinopse, esse livro parece ser bem legal. – falou Harry.

- e você? já encontrou o livro que procurava? – perguntou Emily.

- o Teorema Katherine. – falou Harry e mostrou a Emily o livro que tinha em  mãos.

- eu já li. Esse livro é muito bom. – falou Emily.

- ouvi falar muito bem dele. – falou Harry. – então resolvi ler. E também já li outros livros do autor e gostei bastante.

- então você gosta de romances? – perguntou Emily.

- Gosto sim. Meus livros favoritos na verdade tem um pouco de ficção ou alguma coisa nerd. – falou Harry. – mas, também gosto de romances.

- é difícil achar um homem que goste de romances. – falou Emily.

- é eu sou uma exceção. Algumas pessoas acham que eu sou gay. – falou Harry.

- Acham isso só porque você gosta de romances? – perguntou Emily.

- Por isso e pelo fato de eu nunca ter namorado. – falou Harry.

- você nunca namorou? Esta brincando né? – perguntou Emily.

- não, é sério. Eu nunca namorei. – falou Harry.

- Porque nunca namorou? – perguntou Emily. – você nunca se apaixonou?

- já me apaixonei sim, mas no mundo dos nerds, as vezes isso não é o bastante. – falou Harry.

- Porque diz isso? – perguntou Emily.

- Quando eu tinha quinze anos, eu sofria buylling no colégio por ser nerd. Meus óculos e minha aparência não ajudavam então eu era o alvo perfeito para as piadinhas. – falou Harry. – e então eu conheci ela. Nicole era a garota mais bonita que eu já tinha visto até então, mas ela nem sabia que eu existia. Ela era uma patricinha e eu era o nerd feio que vivia com a cara nos livros e era zoado por todos. E mesmo estudando na mesma sala, nunca conversávamos. Quando isso aconteceu, ela foi simpática pois não era uma patricinha metida, mas ela não se apaixonou por mim como eu gostaria que tivesse acontecido.

- eu sinto muito. – falou Emily.

- Obrigado. – falou Harry. – e você?

- eu o que? – perguntou Emily.

- Você já namorou? – perguntou Harry.

- Já, mas a experiência não foi muito boa. – falou Emily.

- o que aconteceu? – perguntou Harry.

- eu achava que ele era o meu príncipe encantado e ele me traiu. – falou Emily.

- nossa que péssimo. Sinto muito. – falou Harry.

- obrigada. – falou Emily.

- e o Renne? Você sente alguma coisa por ele? – perguntou Harry.

- o Renne mexe comigo de uma forma que esta me deixando confusa. – falou Emily. - uma hora ele é super legal e em outra é um completo sem noção. Eu nunca namoraria um cara como ele, mas também não quero que ele sofra.

- entendo. – falou Harry. – essas coisas do coração são muito complicadas.

- pois é. – falou Emily. – achei o livro.

- Que bom – falou Harry e sorriu.

- Vamos ao caixa. – falou Emily e os dois foram até o caixa.

A fila não estava tão grande então eles logo pagaram e sairam da livraria em seguida.

- Então eu vou indo. – falou Emily. – é perigoso ficar andando sozinha essas horas.

- Quer que eu te acompanhe até em casa? – perguntou Harry.

- não precisa. Minha casa é na rua de baixo. – falou Emily e sorriu. – mas, obrigada.

- de nada. – falou Harry e sorriu. – então eu vou indo também. Até amanhã.

- Até amanhã.  - Falou ela e ele se afastou.

Emily começou a caminhar, mas quando deu o terceiro passo, esbarrou em alguém.

- ei você não olha por onde anda? – perguntou Emily para a pessoa e quando viu o rosto da pessoa, pode perceber que era Renne. – tinha que ser você.

- desculpa, eu estava distraído. Não vi você. – falou Renne.

- esta me seguindo agora? – perguntou Emily.

- Não eu só estava indo para casa. – falou Renne.

- Mas parece que esta me seguindo. Em todo lugar que eu vou você aparece. – falou Emily.

- deve ser porque temos a mesma rotina. Estudamos na mesma faculdade, no mesmo curso, na mesma sala, trabalhamos juntos e ainda somos vizinhos. – falou Renne.

- ta, mas sempre que não estamos nem na faculdade e nem no trabalho, a gente acaba se esbarrando. – falou Emily.

- Coincidências. Como eu disse, eu só estou indo para casa. Você não quer que eu mude o caminho só para não esbarrar em você né? – falou Renne.

- Não seria uma má idéia. – falou Emily.

- então pode começar a se conformar porque isso não vai acontecer. – falou Renne. – o que você esta fazendo na rua sozinha a uma hora dessas?

- Eu estava na livraria. – falou Emily. – o Harry estava comigo até agora.

- Já estão indo juntos para as livrarias? – perguntou Renne e podia se notar claramente que ele estava com ciúmes.

- nos encontramos na livraria por acaso e ficamos conversando. – falou Emily e percebeu que ele estava com ciumes. – você esta com ciúmes Renne?

- É eu estou. – falou Renne. – e eu não estou gostando disso. Eu não quero me apaixonar. Você já deixou bem claro que eu não tenho chance.

- eu sinto muito. – falou Emily. – Vamos para casa?

- você quer que eu vá com você? – perguntou Renne.

- Estamos perto de casa e vamos andar pelo mesmo caminho. – falou Emily. – então, vamos juntos.

- ta. vamos. – falou Renne e os dois começaram a caminhar juntos.

Logo eles já estavam na frente da casa de Renne e ela disse:

- eu vou entrar na minha casa. Boa noite.

- Boa noite. – falou Renne e ela entrou na casa dela.

Renne também entrou na dele e foi direto para o quarto onde deitou em sua cama e começou a pensar.

- droga. Eu senti ciúmes dela. Eu estou mesmo me apaixonando. – falou Renne e uma lagrima escorreu. – eu não posso me apaixonar. A Emily nunca namoraria alguém como eu.

Ele deixou mais lágrimas rolarem e logo acabou dormindo.

gente quero esclarecer que não tenho nada contra o livro cinquenta tons de cinza, não me xinguem rsrsrs

só usei ele aqui na história porque é um livro que divide muito a opinião do publico. enquanto uns amam, outros odeiam. :D