Fanfic: Mentes Criminosas : a doce vingança | Tema: Alfonso Herrera, Anahí, Christopher Uckermann, Dulce María, Originais

Dulce acordou algumas horas depois. O Sol já ia se esvaindo na tênue linha do horizonte. O céu estava imerso em tons quentes fundindo-se desde um rosa até um vermelho sangue. Nuvens espessas em tom lilás iam se espalhando na paisagem.

A garota se desprendeu de seu namorado com muito cuidado. Não queria acordá-lo, ele parecia em paz. Retirou os braços dele de seu redor. Ergueu-se com cuidado, fitando-o.

Christopher dormia feito uma pedra. Suas feições lembravam as de uma criança: serenas; um pequeno sorriso nos lábios. As bochechas estavam coradas. As pálpebras bem apertadas.

Dulce levantou a mão, levando os dedos aos cachos macios de Christopher. Acariciou os mesmos. Ele se remexeu. A garota sorriu e saiu da cama. Vestiu-se com sua lingerie, pegando suas roupas no banheiro.

Procurou por seu celular, retirando-o de seu bolso. Verificou o aparelho, vendo que havia algumas mensagens e uma chamada perdida. Checou as mensagens. Todas eram de Anahí. A garota parecia um tanto desesperada, não parava de perguntar por Zoraida, afirmando que ela devia estar em sua casa.

Dulce ignorou os sms’s e retornou a ligação de sua mãe. Blanca atendeu ao telefonema no terceiro toque. Ela parecia desesperada. Sua voz estava esganiçada, alta. Dul ficou assustada, achando que algo poderia ter ocorrido á sua mãe.

- Mãe?! Você está bem?

- Minha filha, ainda bem que atendeu. Estava preocupada.

E foi só então que Dulce María se lembrou de que não havia dito aonde iria. Como podia ser tão estúpida? Quase deu um tapa em sua própria testa. Deixara sua mãe preocupada á toa.

- Ai mãe, perdoe-me. – Falou com sinceridade. – Estou na casa do Christopher. Vim aqui para fazermos um trabalho. Esqueci de te avisar. Foi sem querer.

- Ah, tudo bem querida. Se estiver bem é o que importa. Vai voltar cedo?

- Claro! Estou aí para o jantar.

- Ok. Beijos.

- Beijos mãe. Tchau.

Candy encerrou a ligação. Decidiu falar com Anny. Discou para a garota, colando o celular na orelha. Ficou transferindo o peso de uma perna para a outra. Ela sabia o que tinha de fazer. Respirou devagar, soltando o ar aos poucos. A voz de Anahí Portilla vazou para seu tímpano.

- Dulce, ainda bem que me ligou. – Parecia que Anny estava chorando. Sua voz estava arrastada, quase um sussurro. Dulce escutou um soluço longo. – Estou tentando falar com a Zoh, mas ela não me atende.

- Nossa. O que será que aconteceu? – Perguntou Dulce, fingindo preocupação.

- Não sei. Liguei no celular e nada. E tentei até na casa dela, mas os pais não sabem de nada. Será que ela foi seqüestrada? Ou está machucada?

Dulce conteve seu desejo de simplesmente falar “ ela está morta meu bem “ . Apertou o celular fortemente. Fez um barulho parecido com uma exclamação de puro medo. Fingiu soluçar. E com sua melhor voz de choro, prosseguiu:

- Ai meu Deus! – Ela gritou como se estivesse desesperada. – Espero que a achem logo. Tentou falar com a Maite e com a Angelique?

- Elas também não sabem de nada. – Anahí soluçava abertamente. Mal conseguia falar direito. – Espero que ela não esteja em algum hospital ferida. Ou morta.

Dulce mordeu o lábio inferior, o que podia falar? Tinha de ser ainda mais convincente. Estava indo bem. Mentia tão bem que conseguia convencer á si mesma. Era uma boa atriz.

- Acalme-se Anahí. Zoraida vai voltar bem. Ás vezes ela foi á algum lugar muito importante.

- É, pode ser. – Anny fungou. – Se souber de algo me avise.

- Pode deixar. Agora, não pense negativo. Acalme-se.

- Tudo bem. Obrigada Dul.

- Por nada. Tchau.

- Tchau.

Quando Dulce desligou, deu de ombros. Deixaria que Anny ficasse se remoendo por dentro. Eles não a achariam. Nunca descobririam o que realmente houve. Ela tirou tudo de seu caminho. A polícia não podia resolver aquele caso.

Pobre Anahí! Se soubesse a verdade iria ficar totalmente louca. Sorrio com o pensamento. Já até sabia quem seria a próxima: Angelique. E depois, Maite. E então, seria a vez de Anahí.  As palmas de suas mãos coçavam. Estava ávida por mais. Sentia-se louca.

Foi até a lavanderia. Colocou suas roupas na máquina, deixando-as serem lavadas. Ficou parada um pouco, pensando em nada. Parecia fora de sintonia. Sentia-se uma estátua humana. Sentia-se como uma pessoa de coração de pedra.

Ficou olhando para o chão, mexendo os dedos dos pés. Depois, andou de um lado para o outro, um tanto inquieta. Ficou relembrando do que fizera com o Chris. Sentiu-se estranha, mas muito bem e até de certo modo mais adulta.

Ele era fantástico. As mãos dele eram quentes, macias e confortáveis. Os lábios dele pareciam seda. O cheiro dele era inebriante. Amava o jeito como ele a beijava. A pele dele era suave e cálida e muito lisa. Dulce nunca o trocaria por outro homem. Ucker fora feito para ela. Eram um do outro e ponto.

Mal podia esperar para acabar com tudo de uma vez por todas e fugir com ele. Seria ele, ela e o infinito. Imaginava os dois entrando no avião, partindo para algum lugar distante. Podia vislumbrar ambos se casando e tendo uma vida normal.

Ela queria escapar do México. Da rotina massacrante. Dos mesmos lugares. Quebrar a realidade. E não iria parar até conseguir tudo o que desejava. Ela era uma máquina impiedosa. Se precisasse, destruiria tudo pela frente.