Fanfics Brasil - Capítulo Onze: Mentes Criminosas : a doce vingança

Fanfic: Mentes Criminosas : a doce vingança | Tema: Alfonso Herrera, Anahí, Christopher Uckermann, Dulce María, Originais


Capítulo: Capítulo Onze:

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No dia seguinte todos na escola já estavam sabendo do sumiço repentino de Zoraida Gomez. Não se falava de nada mais. E até os professores pareciam não se concentrar no que explicavam. A diretora Albuquerque passou em todas as salas para avisar que quem tivesse notícias dela era para falar com ela diretamente.


Os pais de Zoh apareceram pela parte da manhã na escola e lá permaneceram até Albuquerque lhes informar que não havia conseguido nada ainda. Eles foram embora se sentido derrotados. Colocaram a polícia no caso, mas não achavam aquilo o suficiente. Espalharam cartazes, escreveram e-mails e postaram até mesmo em várias redes sociais.


Angelique, Maite e Anahí nem sequer conseguiam conversar direito. Anny estava com os olhos injetados e inchados. Olheiras profundas e de um tom púrpura em tom de meia-lua se inclinavam em sua pele bem abaixo dos olhos. Ela passara a noite toda acordada e chorando. Ficou andando de um lado para o outro em seu quarto. Sua cabeça latejava como se um touro tivesse lhe pisoteado o crânio. Ela nem sequer se arrumou para ir á escola. Tampouco comeu. Estava prestes á passar mal. 


Maite e Angelique choramingavam baixinho, abraçadas uma á outra. Dulce ficara as consolando, dizendo palavras de apoio; abraçando as três como uma mãe. Dul chegava até mesmo a afagar os cabelos de Anahí. Agia como uma irmã mais velha, acalmando-a. E Anny caia a cada palavra dita por Dulce María. Aconchegava-se nos braços dela e chorava mais um pouquinho.


Dul dizia que Zoraida déia estar bem; que ela iria voltar. Chegou até mesmo a jurar que faria de tudo para achá-la.  Prometeu  que apoiaria os pais de Zoh e se soubesse de algo iria até as autoridades. Chegou até mesmo á falar que Zoh podia ter fugido de casa ara pregar uma peça em todos. Eram tentas mentiras que ela mal podia contar nos dedos.


Christopher se mantinha neutro, apenas falava uma coisa ou outra para Christian, Alfonso e Diego. Os garotos pareciam querer fugir da realidade. Diego não parava de falar sobre o teste de Uckermann que seria na sexta. Enchia-os de expectativa. Já sonhava com prêmios. Porém, Alfonso e Christian bem como Chris não pareciam ouvi-lo de verdade. Deixavam que o Capitão falasse sozinho com a pose de um campeão criando fantasias sobre a taça dos colégios. Ninguém queria interrompê-lo e acabar com sua alegria. Não tinham coragem.


Chris somente apoiava o queixo nas mãos, uma pose séria e tecia comentários discretos , estimulando Diego.  E o capitão era todos sorrisos. Poncho se cansou daquilo e decidiu dar apenas um basta. Disse que Diego deveria pensar no estado de Zoraida. Que todos lá estavam preocupados de fato. Christian apoiou Alfonso. Diego fingiu não ouvir. E Chris farto de tantos discursos moralistas por parte de Chávez e Herrera, apenas disse com a voz baixa, gélida e afiada como uma faca:


- Não fiquem tão alarmados, tenho certeza de que ela está muito bem. Claro que é estranho, mas vamos rezar por ela e esperar pelos resultados. Temos de pensar em nossas vidas também, por mais que isso soe muito egoísta.


Os outros se calaram na mesma hora. Uckermann tinha razão, precisavam pensar como campeões se queriam ser um. E Christopher traria muita sorte á eles.


 Dois dias depois:


Christopher pegou seu uniforme no armário do vestiário. Sentia-se muito nervoso, precisava ir bem. Retirou sua roupa para poder trajar a camisa avermelhada e o short branco do time de futebol. Aquelas roupas pareciam muito largas nele. Enfiou as meias e socou as chuteiras nos pés.


Respirou fundo, andando de um lado ara o outro. Ficou rondando aquele espaço por um longo tempo. Precisava ter foco, manter a mente apenas na grama, na bola e em seus companheiros. Parou em frente ao espelho, encarando-se de cima á baixo. Parecia anos mais novo ou seria apenas impressão?


Mordeu o lábio inferior e esfregou as têmporas, tentando se livrar da repentina dor de cabeça. Abasteceu-se de mais água e ficou sentado em um dos bancos. Balançava as pernas de modo frenético.  Ficou encarando o teto.


Vai dar tudo certo, dizia mentalmente. Suspirou de modo bem lento e caminhou mais um pouco. Ficou naquele estado de inércia por mais dez minutos até Alfonso meter-se no vestiário. Poncho se encontrava muito suado, as bochechas em brasa e os olhos brilhando. Sorriu como um cúmplice para Christopher.


- Ai está você! – Falou com certa animação. – Achei que iria chegar mais tarde. Estamos te esperando. O treinador está pronto.


- Tudo bem. – Foi tudo o que Christopher conseguiu dizer. Sua boca estava seca. – Estou indo.


- Muito nervoso?


- Sim.


- Acalme-se. Você joga bem, o treinador com certeza vai te aceitar. – Herrera deu um tapinha no ombro de Uckermann.


- Espero que sim. – Chris sussurrou, olhando para o chão.


Os garotos saíram do vestiário, caindo diretamente no campo aberto que o Elite Way possuía. O terreno era de forma retangular, coberto por um gramado especo que roçava nos calcanhares dos jogadores. Quatro arquibancadas cercavam o local. Dois gols postavam-se ao lado norte e sul do campo.


O Sol estava ardente naquele dia. O céu azul era exibido sem nuvem alguma. Os outros garotos já se postavam dos lados opostos. Chris reconhecia todos os rostos. O time do Elite Way nunca fora renovado pelo que soubera. Ou seja, ele seria o primeiro novato no local. Os meninos o olhavam com os olhos enrugados.


O treinador Martín foi conversar com Christopher. O garoto engoliu em seco, seu estômago gorgolejava alto. O homem de meia-idade sorri torto. Ele era um tanto entarracado, dez centímetros mais baixo do que Ucker. Lembrava um padre. O rosto marcado pelo bronzeado;  seu cabelo era demasiado branco, formando uma espécie de halo ao redor de seu rosto arredondado. Pequenas rugas rondavam seu olhar. Tinha uma barriga protuberante e arredondada e quando falava, a voz era cordial, polida e um tanto arrastada pelo tempo:


- Senhor Uckermann, fico feliz que tenha vindo. – Martín bateu corajosamente nas costas de Christopher, ficando bem perto do garoto. Ele cheirava á sabonete e xampu. – Hoje estarei torcendo por você garoto. Faz anos que não vejo um rosto novo neste gramado. E sinceramente... – Ele fez um gesto para que Uckermann se abaixasse. O garoto se inclinou, ficando cara á cara com Martín. – Você é minha última esperança. – O treinador retirou o boné da cabeça, coçando a mesma. – Então, por favor, jogue como nunca antes o fez.


Chris apenas meneou a cabeça, afastando-se do treinador. Juntou-se ao time de Diego, Alfonso, Eddy e Christian. Eles teriam de vencer se quisessem Christopher no time. Eles se dividiram. Chris ficou com a posição de atacante. Os outros se espalharam. O time de Poncho ficou na parte norte.


Os garotos fizeram um pré-aquecimento antes de a partida começar, e quando Martín apitou, o jogo de verdade se iniciou. O time de Christopher era bom em relação ao outro e o jogo fluía muito bem.  Chris jogava agilmente, era difícil alguém lhe arrancar as bolas dos pés. E Alfonso não ficava longe. Diego e Christian eram bons na defesa. Eles marcaram dois pontos apenas no primeiro tempo.


Uckermann jogava como nunca na vida. Sentia-se livre, desimpedido. Era como se houvesse ele, o sol, a grama e a bola. Ele era rápido, as pernas trabalhando em conjunto com os pés. O garoto passava fácil pelos demais. Dava dribles que ninguém jamais vira e sabia que passe devia fazer e na hora certa.


Todos estavam impressionados com sua capacidade. Ele se sobressaíra em todos os sentidos, não decepcionou ao time vez alguma. E ao fim do treino, estava suado. Suas pernas doíam e seus pulmões pareciam em brasa. Em seu rosto, um sorriso de vitória.


O treinador Martín acenava positivamente para ele com seu polegar, sorrindo de ponta á ponta. Ucker fora aprovado no time. Iria finalmente entrar ara a equipe. E a notícia não poderia ter sido recebida de uma forma melhor. Os outros ergueram Chris do chão, colocando-o em seus ombros. Carregaram-no até o vestiário com muita gritaria e confusão. Até mesmo o treinador batia palmas e assobiava alto.


Christopher sentia-se como um verdadeiro herói. Nunca fora recebido com tanta alegria por parte dos garotos. Eles o desceram, abraçando-o de modo apertado e apertando sua mão.


- Sabe do que precisamos? – Perguntou Diego já sem fôlego. – De uma grande festa! Uma daquelas muito boas mesmo. Vamos comemorar a passagem do Ucker. Finalmente nosso time vai para frente. E ah, tenho uma ideia. Podemos ir á minha casa de praia e passar o fim de semana por lá. Não temos nada para fazer mesmo.


- É uma ótima ideia. Vamos chamar as garotas também. – Alfonso encontrava-se já na ducha e gritava por cima do barulho de água caindo. - E podemos aproveitar e fazer um churrasco.


- É claro. – Disse Christopher, despindo-se para entrar na ducha. Enrolou-se em uma toalha e seguiu para o Box ao lado do de Alfonso. – A Dulce vai adorar ficar com a Anahí, com a Maite e a Angelique. Elas precisam disso. Estão muito abaladas com o desaparecimento da Zoraida.


De repente todo o vestiário estava mergulhado em um profundo silêncio. Aquele assunto ainda era delicado. Dois dias se passaram e nada ainda de Zoh dar as caras. Os pais da garota nem dormiam.  Anahí, Angelique e Maite até pararam de zombar das outras pessoas. E enquanto tudo aquilo acontecia, Dulce María e Christopher Uckermann mantinham-se no jogo da mentira.  


Dul foi dormir na casa de Anny nas últimas noites, fingindo tomar conta dela. Chris ficou mais perto de Poncho e de Chávez. Christopher disfarçou um sorriso de conquista. Mais alguns passos, e a granada iria explodir.


No dia seguinte:


Dulce María acordou bem cedo. Precisava organizar sua bagagem e comer algo. Ela iria esperar Christopher para que eles buscassem Anahí e Maite. Mal podia esperar para ir á praia. Seria uma oportunidade perfeita para aprontar outra vez com aqueles idiotas.


Ergueu-se da cama nas pontas dos pés. Por sorte, no dia anterior havia ido com Chris comprar algumas roupas. Ainda se sentia culpada por ser tão mimada. Não podia se acostumar nem um pouco com aquilo. Era errado.


Abriu seu armário e retirou a mala e as peças do mesmo. Dobrou tudo e arrumou as coisas. Pegou sua maletinha, enfiando produtos de higiene dentro da mesma. Ao término, tomou apenas uma ducha rápida. Optou por colocar um biquíni por baixo de uma blusa e um shorts. Fez uma trança, jogando-a por cima do ombro. Colocou sua sandália, desceu para a cozinha.


Comeu seu cereal com um pouco de leite e tomou um pouco de suco. Depois, despediu-se dos pais. Chris estava a esperando pontualmente, o teto solar abaixado. Usava seus óculos escuros e tinha os cabelos jogados para trás. Dulce colocou seus próprios óculos e depositou sua bagagem no porta-malas. Sentou-se ao lado de Christopher, que sorriu para ela, dando-lhe um beijo de bom dia.


- E aí, preparada?


- Mas é claro. – A garota sorriu, encostando-se ao banco. – Mal posso esperar para aprontar mais.


- Você é muito má garota. – Provocou Chris, arrancando uma risada da namorada.


- É , eu sei. – Ela deu de ombros, fazendo um biquinho.


Uckermann partiu, ligando o rádio. Uma música eletrônica saia á partir dos alto-falantes. Dul balançava a cabeça no ritmo da batida, enquanto Christopher cantava junto da canção.


A mansão de Anahí era cinco quarteirões á frente. O trânsito estava tranquilo aquele dia. A temperatura amena apesar do Sol. Uma brisa fresca soprava a pele de Dulce e de Christopher. Eles estavam relaxados, deixando o clima quente os levar.


Chegaram á morada de Anny dez minutos depois. Dulce passou a mão no celular e ligou para Portilla.


- Oi Anny, estou aqui.


- Tudo bem. Nós e a May já estamos indo.


- Tudo bem. Até mais.


- Até.


Dulce encerrou a ligação, lembrando-se do quão difícil fora convencer as amigas á irem. Até mesmo alguns garotos resistiram no começo. Mas Dulce e Christopher souberam ser bem convincentes. No fim, somente algumas pessoas continuaram a negar.


Quando Anahí Portilla desceu acompanhada por Maite Herrera, Dulce María se surpreendeu ao ver que ambas pareciam bem descansadas. Até mesmo sorriam. E eram sorrisos genuínos. Pareciam estar ficando menos preocupadas. E Dul deu graças á Deus. Não agüentava mais tanto drama e choro, estava ficando farta de tanto consolá-las.


Anny e May pareciam duas modelos. As roupas eram parecidas, usavam óculos de marca e sandálias com salto alto. Chapéus pendiam da cabeça de ambas. Anahí acenou e Maite fizeram o mesmo. Uckermann e Saviñón corresponderam ao gesto.


- Oi queridos! – Gritou Anahí. – Chegaram na hora, hein?!


- Eu disse que seríamos pontuais. – Rebateu Dul, sorrindo. – Querem ajuda com as bagagens? – Questionou Candy olhando para as duas malas imensas que as duas meninas carregavam. Pelo tamanho, já dava para saber a quantidade de roupas que levavam.


- Ah, não se incomode. – Assegurou Maite. – Somos fortes.


- Percebi. Ucker abra o porta-malas.


O garoto desceu do carro e acabou ajudando Maite e Anahí que sorriram para ele e trocaram risinhos, ficando coradas. Chris balançou a cabeça, piscou para as garotas. Por fim, partiram para a praia. Seriam três horas completas de viagem.


Durante o trajeto os quatro ficaram conversando e cantando. Pareciam amigos de infância. Anny e May até choraram de rir com Dul e Chris. Estavam se dando muito bem. A estrada não foi problema. Estavam muito distraídos. Nem notaram o quanto o tempo havia passado até chegarem ao condomínio.


Deram os nomes ao porteiro que os liberou. Dulce María e Christopher Uckermann estavam oficialmente na lista de convidados permanentes da casa de Diego. Mais uma conquista.


A casa do capitão de time de futebol era uma das últimas. O condomínio era imenso. Imensas casas se aglomeravam em torno de altas árvores, cujas folhas balançavam ao vento. Os tons pastel adornavam as construções. As ruas eram asfaltadas. Crianças corriam por todo o local. Quintais gramados, carros caros, jardins pequenos, piscinas. Aquilo parecia um mundo á parte. O ar tinha um cheiro de maresia agradável. O Sol banhava os telhados, deixando-os dourados. Era uma visão incrível. Acharam por fim, a de Diego. Era uma das maiores, de um tom bem claro de verde com um portão dourado.


E ele já estava lá parado para recebê-los. Christopher estacionou seu carro ao lado de um modelo mais antigo de BMW. Uma Ferrari também se encontrava por lá. Chris desligou o motor. Eles saltaram do veículo. Cumprimentaram o capitão do time de futebol. Pegaram suas bagagens e entraram na casa.


A sala de estar era imensa, demasiada moderna. Móveis polidos cobriam a área. Uma TV de tela plana pendia da parede branca como leite. Dois sofás de tom creme postavam-se na forma de um “L” encostados á parede.  Uma escadaria levava ao segundo andar. Eles a subiram, caindo em um corredor amplo com oito portas reunidas em uma única fileira.


Diego mostrou no quarto em que eles ficariam. Maite, Dulce, Angelique e Dulce María ficariam com o que dava de frente para a escada. Diego, Alfonso, Christian, Eddy e Christian ficariam ao lado delas.


Os quartos eram grandes o suficiente para abrigarem duas camas de casal e mais uma de solteiro. Dulce preferiu ficar com a cama pequena. Anahí e Maite iriam dividir a cama e Angelique ficaria sozinha. As garotas arrumaram suas coisas nas estantes que ficavam logo acima das cabeceiras das camas. Dulce deixou sua mala logo aos pés da cama. Precisava tomar cuidado com ela, afinal, lá dentro uma embalagem frágil podia se partir. Tinha de manter a bagagem bem segura. Se algo desse errado... Não podia nem pensar naquilo.


- Bem Dul, como é a sua primeira vez aqui na casa do Diego, pensei em te mostrar o lugar. – Anny disse, sentando-se em sua cama.


- Vai ser ótimo.


- Você vai amar aqui. – Angel sorriu, ajeitando o coque preso no alto de sua cabeça. – A piscina é a melhor parte da casa.


- O que estamos esperando? – Maite perguntou já parada junto á porta.


As quatro desceram. Anahí, Angelique e Maite iam mostrando cada local á Dulce María. Passaram pela sala de jantar, pela cozinha, pela sala de jogos. Do lado de fora, a churrasqueira ficava no mesmo lugar que a piscina. Cadeiras de plástico se espalhavam ao redor da piscina. Dulce achou a casa incrível. Se pudesse, ficaria lá para sempre.


- Amei a casa. – Disse, olhando para o gramado verde que circundava o lado de fora. Era aparada e cheirava á chuva. – É... Incrível!


- Sim. Espere só para ver a praia. – Maite disse, parando ao lado de Dulce. – É a vista do Paraíso.


- Sim. Mal posso esperar para irmos. – Concordou Angelique Boyer já se deitando em uma das cadeiras de plásticos. As pernas bem esticadas; os braços cruzados abaixo da cabeça; os óculos de sol lhe ocultando as vistas. – Enquanto isso, vamos curtir um tempinho só nosso.


As outras fizeram o mesmo, decidindo pegar um pouco de Sol enquanto os outros ainda chegavam. Dulce se deitou de costas, apoiando seu rosto nos braços. Anahí sentou-se na beira da piscina, mergulhando as pernas até a altura de suas canelas.  Ficaram por lá por cerca de duas horas conversando. Após pegarem um pouco de cor, decidiram entrar para ver o resto do pessoal. A maioria já havia chego, então decidiram ir á praia que ficava bem ao lado do condomínio. Eles só precisavam pegar um atalho de terra batida e cairiam diretamente no local. Levaram cerca de cinco minutos, carregando bolsas e duas tendas e algumas cadeiras.


Ao chegarem, Dulce María ficou pasma. A praia era imensa, maior do que ela imaginara. A areia dourada e fofa era lambida por uma água de um intenso azul turquesa. A espuma das ondas parecia um pó branco que flutuava o mar. Palmeiras altas e delgadas se estendiam do chão, as copas esverdeadas tocando o céu límpido e claro. Gaivotas subiam e desciam.


Os garotos ergueram as tendas brancas para que todos pudessem se abrigar nas sombras e curtir a vista para o mar. As meninas os ajudaram a organizar as cadeiras. Após terminarem de arrumar tudo, montaram uma mesinha dobrável no meio das duas tendas e colocaram alguns petiscos para que pudessem beliscar até a hora do almoço.


Dulce se postou entre Christopher e Anahí, ficando apenas de biquíni. Tentou dar o máximo de atenção que pode aos dois. Vez ou outra pegava uma coisinha para comer. Tirou um breve cochilo, conversou mais um pouco. E então começou a se sentir extremamente entediada. Queria entrar na água para dar um mergulho. Chamou Christopher que nem hesitou ao pegar sua mão. Juntos, caminharam até a beira da água.


O mar lambia os pés de ambos. A água estava gelada, fazendo com que ficassem arrepiados. Chris passou o braço ao redor do ombro dela, puxando-a para perto. Dulce María encostou sua cabeça ao ombro dele, sentindo seu cheiro de mar, loção pós-barba e perfume. Queria ficar daquele jeito para sempre.


- Sabe Chris? – Sussurrou em seu ouvido, sorrindo. – Quando acabarmos nossa missão quero muito ir morar na Califórnia. Lá é como ver um pedaço no céu na Terra. Sempre ensolarado, praias divinas. Nada melhor.


- Não vai sentir falta daqui?


- Não. Apenas de meus pais, mas sair daqui vai ser como escapar do nosso passado. – Dulce disse com o olhar perdido no alto mar. Ela observava as ondas quebrarem. – Vamos nos livrar de tudo. Repagar nossa história.


- Tem razão. Mas o que diremos para nossa família? – Aquela dúvida vinha rondando a mente de Christopher por várias e várias noites.


- Saberemos assim que a hora chegar. – Dulce apertou suas bochechas contra a curva do pescoço do namorado. – Podemos voltar para visitá-los. Iremos ficar bem.


Uckermann apertou a mão de sua namorada. Ela sempre o acalmava. O garoto suspirou e beijou a testa da ruiva. Então a puxou em direção ao mar. Ela o acompanhou. Eles mergulharam juntos, deixando que a água os carregasse.


Algumas horas mais tarde, todos decidiram voltar para casa. Dulce María arrastava sua cadeira, os cabelos grudavam-se junto á seu rosto e testa. Sua pele cheirava á sal. Precisava de um banho com muita urgência.


Ao chegarem na casa de Diego, Dul subiu diretamente para o banheiro. Ligou a ducha e se despiu. Entrou debaixo da água, deixando a sujeira ir ralo á baixo. Lavou seu cabelo e retirou o sal de sua pele. E quando acabou, enrolou-se na toalha e foi para o quarto. As outras garotas ainda não estavam lá, o que lhe deu a oportunidade de abrir sua bagagem sem precisar tomar cuidado. Caçou entre suas roupas o pote que havia colocado lá mais cedo, retirando-o da mala.


Pegou o objeto de vidro nas mãos, observando-o com um sorriso lascivo no rosto. Mirou o aracnídeo dentro do objeto. A aranha lutava para sair de dentro do pote, parecia extremamente letal. Era grande com as patas compridas. Negra como um abismo sem fim.


Dulce e Christopher haviam conseguido comprá-la de última hora pela internet. Uckermann negociou com um homem um tanto quanto hippie que vendia animais exóticos. Chris deu uma boa gorjeta á ele para que a aranha chegasse sã e salva nas mãos dele e de Dul. O homem misterioso levou o aracnídeo alguns minutos depois e pegou o dinheiro e saiu feliz da vida.


Dul sacudiu levemente o pote. Precisava pensar onde colocaria aquela aranha. Tinha que dar um belo susto nas garotas. E como sabia que Anahí podia subir á qualquer minuto para tomar banho, podia colocá-la no banheiro.


Não queria matar Anny, apenas fazê-la gritar. Com cuidado, retornou ao outro cômodo. Para que nada ficasse suspeito demais, abriu a janela do banheiro. Tinha de fazer com que todos pensassem que o animal havia entrado por lá. Abriu o pote e cuidadosamente, depositou a aranha perto da janela e se afastou. Saiu correndo e entrou no quarto, enterrando o pote no fundo de sua bagagem. Secou o cabelo e agiu normalmente. Alguns segundos mais tarde, Portilla entrou no quarto.


- E aí, vai tomar banho? – Dul perguntou casualmente.


- Sim. Estou fedendo á maresia. – Resmungou Anny pegando uma mecha de cabelo. – E meu cabelo está duro. Espero que não resseque, odeio ficar com meu cabelo em estado péssimo.


- Nem me fale. – Dulce María disse, fingindo concordar plenamente. – Nada melhor do que manter nosso penteado em dia e bonito.


- Pois é. – Anahí apertou suas roupas contra si. Olhou ara a porta para ver se ninguém entrava. Aproximou-se de Dulce como se fosse contar um segredo e murmurou: - Você já viu como o cabelo da Angelique está? – Franziu o nariz, formando um vinco em sua testa. – Ai, aquelas mechas coloridas dela. Acho aquilo tão horrível e fora de moda. Não sei como ela usa aquilo. Mas pelo menos é uma cor boa. – E rolou os olhos. – Mas bem, se a Angel quer isso, que seja. E por favor, não conte á ela que eu te disse isso.


- Pode deixar. Será nosso segredinho.


- Ótimo. – Anahí sorriu e piscou. – Bem, agora preciso ir.


- Tudo bem. – Dulce María se virou para se vestir enquanto Anny saia do quarto.


Espiou por cima do ombro e ao constatar que a loura havia saído, rolou os olhos e bufou, formando uma carranca. Aquela garota era muito, mas muito falsa mesmo. Nem mesmo sua amiga escapava de seus comentários maldosos. Terminou de se vestir bem á tempo de ouvir um grito sufocado de terror por parte de Anahí Portilla. Segurou o riso e foi verificar a cara dela. Não podia de jeito nenhum perder aquela cena. Quando chegou perto o suficiente, viu Anahí pulando dentro do banheiro. Estava pálida feito cera, os olhos arregalados de terror. A aranha estava parada á alguns metros dela.


Fingindo estar surpresa também, Dulce María gritou. Logo, todos estavam na parte de cima da casa tentando ver o que estava acontecendo. Assim que Maite e Angelique viram o animal, começaram a chorar como crianças assustadas. Anahí saiu do banheiro, a cara vermelha de tanto gritar. Diego teve de empurrar todos para poder matar a aranha.


E quando ele finalmente conseguiu acertá-la, todos saíram da porta do banheiro. Dulce e Christopher estavam segurando a gargalhada. Tiveram de sair de lá e ir até a sala de estar para poderem rir.


- Você viu a cara dela? – Sussurrou Dul, dobrando-se de rir.


- Sim. Isso foi épico, deveríamos ter tirado uma foto.


- Verdade. – Dulce tentava parar para retomar o fôlego. Jogou-se no sofá. – Sabe... Nunca fiquei tão feliz em pregar uma peça em alguém.


- Você é genial Dul.


- Na verdade, você que é. Eu nunca iria pensar em usar uma aranha.


- Sorte que ela não picou a Anny.


- Sim. – Concordou Dul olhando suas unhas. – Da próxima vez acho que vou usar uma cobra.


- Bem, acho que uma cobra sairia o dobro do preço, mas seria engraçado ver a Anahí chorar mais um pouco. Ela merece ser picada e sofrer até a morte.


- Se bem que a cobra e a Anahí podem se dar muito bem. Do jeito que essa garota é venenosa só falta mesmo se rastejar e sibilar. – Dulce María sorriu com amargura. – Ela falou mal de Angelique para mim.


- Ela é uma vadia. – Observou Ucker, a voz fria e gutural como a de uma besta. – E bem, sabe o que vadias merecem?


Candy encarou o namorado, o rosto iluminando-se. Ela sabia muito bem o que ele queria dizer.


- Morrer. Elas precisam morrer.


- Exatamente querida. Exatamente.


Mais tarde naquele mesmo dia, todos se reuniram em torno de uma fogueira acessa no meio da praia. Acomodaram-se em cima de toalhas de frente para o fogo que incendiavas toras de madeira. As chamas curvavam-se para o céu, emanando uma fumaça branca.


A noite estava silenciosa, permitindo que todos ouvissem apenas o som do mar e de alguns insetos nas palmeiras. Uma brisa fresca passava pelo local. O céu estava negro e algumas estrelas queimavam na imensidão. Uma Lua Cheia pendia redonda e enorme lançando raios prateados contra a superfície da água.


Diego tocava seu violão enquanto Alfonso, Christian e Christopher cantavam em conjunto. Aquilo lembrava a cena de um acampamento. Dulce estava bem na frente de seu namorado. As pernas levantadas, os braços cruzando as mesmas e o queixo apoiado contra seus joelhos. Anahí não parava de olhar para os lados, como se algo pudesse saltar da escuridão e pegá-la. Depois do acidente com a aranha, Anny ficou agitada o dia todo.


- Anny, você está bem? – Murmurou Dul tocando o ombro da garota.


Ela deu um leve salto, olhando alarmada para Dulce María. Piscou um tanto atônita, mas conseguiu exibir um sorriso que mal chegou a mover seus lábios.


- Estou sim. É que depois de quase ter sido atacada pela aranha, estou louca. – Ela pareceu um espectro contra a luz do fogo. – É que tenho alergia á picada de qualquer tipo de aracnídeo. Se a aranha tivesse me picado, eu podia morrer.


Dulce estava sorrindo por dentro. O susto então fora um dos grandes. Aquela era sua intenção e só precisava confirmar aquilo. Porém, manteve uma expressão de susto, levando a mão junto aos lábios. Arregalou os olhos e falou:


- Ai meu Deus! – Exclamou parecendo muito aflita. – Ainda bem que nada te aconteceu.


- É. Nem me fale.


- Sorte que temos o Diego para nos salvar. – Anny falou enquanto prendia um cacho atrás de sua orelha. Seu olhar se fixou em Alfonso. As bochechas da loura adquiriram um tom forte de vermelho. Os olhos de Portilla ficaram iluminados.  Dulce María entendeu muito bem aqueles sinais.


- Hum... Você gosta do Alfonso? – Perguntou Dulce sorrindo de orelha á orelha.


- O que? – Anahí quase engasgou. – Não. Claro que não. Ele é só meu amigo.


- Sei. – Replicou Candy com ironia. – Não precisa mentir Anny. Dá para ver claramente.


- Sério? – Anahí ficou alarmada, tentando disfarçar mexendo na ponta de sua toalha.


- Sim. Seriíssimo. E se quiser pode me contar. Juro que guardarei esse segredo.


- Você jura, mas jura mesmo?


Dulce María fez um gesto em promessa. Anahí chegou mais para o lado á fim de ficar mais próxima da garota ruiva.


- Tudo bem. Vou confiar em você. – Anny respirou fundo, ficando tímida e muito sem jeito. Dul nunca á vira daquele modo. – Sim. Eu amo o Alfonso. Desde o dia em que o conheci.


- Ai mais que bonitinha. – Dulce disse, zombando de Anny.


- Ah, cale a boca.


As duas riram. Orem, mal sabia Anahí que a risada da Dulce era de satisfação. Agora que tinha mais uma informação de Anny em mãos, poderia usar mais uma coisa contra a loura. Só precisava pensar bem no que fazer. E então... Adeus romance.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • ib_vondy Postado em 11/07/2014 - 10:35:12

    Quem vai ser a próxima vítima? Posta mais*-*, to ansiosa--^!!!!!

  • ib_vondy Postado em 10/07/2014 - 20:06:55

    Nossa, to amando*-*!!! Cortar os dedos O.o! Posta mais, to ansiosa-^!!!

  • camilla_gabriel Postado em 10/07/2014 - 11:48:54

    Meu deus ela é louca, mais curiosa

  • candy_wilt Postado em 10/07/2014 - 11:41:48

    Dío mío! Ela é completamente louca!!! Claro que eu já desejei espremer o coração das inimigas até transformar eles em pó, mas era no sentido figurado! Agora sim tô com curiosidade, quero saber o que acontece com o casal de psicopatas no final. Posta maisss

  • ib_vondy Postado em 10/07/2014 - 11:23:05

    Oie! Nunca tinha achado uma web igual a sua, amei*-*!!! Posta mais, quero mais capítulos, to morrendo de ansiedade^o^!!!!

  • camilla_gabriel Postado em 10/07/2014 - 08:06:25

    Em cada capitulo fico mais curiosa, adorando posta mais

  • candy_wilt Postado em 10/07/2014 - 00:42:19

    ri mt com o Ucker humilhando a vendedora kkk impressionante o que o dinheiro não faz! Dul obvio que vai ficar diva, mas claro que td isso além de ser louco é perigoso. Em cada capítulo fico com mais curiosidade. Posta maisss

  • candy_wilt Postado em 08/07/2014 - 20:33:50

    eles são tão lindos juntos :' pena que estão perturbados... posta maisss

  • candy_wilt Postado em 08/07/2014 - 11:48:10

    nossa ele são maluquinhos... posta maisss

  • candy_wilt Postado em 07/07/2014 - 13:02:54

    tudo bem sim. Amei o capítulo, continua.


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