Fanfic: Mentes Criminosas : a doce vingança | Tema: Alfonso Herrera, Anahí, Christopher Uckermann, Dulce María, Originais

Durante a parte da madrugada, Dulce María se revirava na cama. Precisava ter a plena certeza de que Anahí, Maite e Angelique estavam dormindo e não voltariam a acordar. Se elas a pegassem fora da cama, estaria muito encrencada.

Olhou para ambos os lados. As garotas pareciam estátuas. A única coisa que indicava que ainda estavam vivas era o peito delas que se movia languidamente de cima para baixo. Precisava escapar naquele momento para ver Christopher. Era a vez dele pregar uma peça bem dada em Alfonso.

Retirou o cobertor de cima de si e tomando o maior cuidado do Mundo, desceu da cama. Ficou olhando para as outras enquanto ia saindo do quarto. Girou a maçaneta com movimentos mínimos, rezando para que a porta não fizesse barulho.

Infelizmente, a porta soltou um rangido em estilo fantasmagórico alto o suficiente para fazer Dulce pular para trás e quase tropeçar em suas próprias pernas. A ruiva segurou o fôlego.

Com as mãos suando, virou-se para ver se alguém havia despertado. Por sorte elas ainda dormiam. Só May se revirara. Dul prendeu a respiração e abriu a porta de uma vez só. Pulou para fora soltando um respiro de alívio. Olhou da esquerda para a direita. O corredor estava muito escuro. Ninguém a veria parada como pedra bem ali.

Correu escada á baixo, a mão no corrimão. Por pouco não tropeçou no último degrau. Quando pousou no primeiro andar, viu uma luz invadir a sala de estar. Já sabia quem a esperava.

Christopher estava esparramado pelo sofá. Seu cabelo caindo ao redor dos olhos. Os braços e pernas esticados. Ele era tão grande, que o sofá parecia com o de uma boneca. Dulce se sentou á seu lado e esticou a mão. Ele entrelaçou os dedos de ambos.

Na outra mão do garoto, um tubo se encontrava. Ele sorriu de modo displicente. Agitou o negócio, fazendo um barulho de água ser ouvido. Mas Dulce tinha pleno conhecimento de que o estava ali dentro não era esse tipo de líquido.

Chris havia misturado o xampu de Poncho com água oxigenada. Ou seja, Herrera seria á partir do dia seguinte louro, mas muito louro mesmo. Dulce ria por dentro só de pensar no que ele faria assim que se olhasse no espelho e descobrisse o que havia ocorrido.

- Que horas fez isso?

- Quando voltamos da praia. Afinal, todos estavam preparando a janta e nem sequer pensaram nisso. Entrei no banheiro e misturei. Amanhã, assim que ele lavar o cabelo vai ficar maluco.

- Você é malvado.

- Bem, tenho que concordar com você. Mas é para ele aprender á ser menos vaidoso.

- Acho que deveríamos ter raspado o cabelo dele, isso sim.

- Bem, podemos fazer isso mais para frente. Vai ser hilário. Alfonso é tão narcisista que sairia por aí com uma máscara para se esconder caso ficasse careca.

- Não duvido disso. – A ruiva olhou por um momento para o nada. Precisava falar algo á seu namorado com urgência. Estava pensando naquilo há tempos. Era apenas um esboço, mas poderia dar certo. – Chris... Estava pensando aqui em uma coisa.

- O que seria? – O garoto se aproximou da namorada. Seu braço esticado no encosto do sofá.

- Podíamos mandar algumas mensagens para eles.  Pelo celular, quero dizer.

Os olhos de Christopher ficaram iluminados pela compreensão. Sorriu de modo perverso.

- Acho que estou te entendendo. Vamos subordiná-los, ou melhor, chantageá-los via sms. Se eles não fizerem o que queremos, iremos espalhar seus segredos por aí.

- isso mesmo. Porém, não podemos usar nossos números originais. Teremos de pegar chips clonados ou falsos. Se eles rastrearem, damos um fim ao celular.

- Ótimo. Sei de alguém que pode fazer isso por nós.

- Você e seus contatos!

- Bem... – Uckermann deu de ombros. - Preciso ter alguém de confiança ao meu lado. É sempre bom. E saí mais barato.

Dulce abriu a boca para falar algo, mas barulhos de passos a fizeram se calar imediatamente. Christopher escondeu o frasco de xampu atrás de suas costas e se sentou ereto á fim de ocultar o objeto melhor. Eles se entreolharam, pergunto á si mesmos quem seria. E a resposta veio junto á uma Angelique sonolenta. A loura olhou para Uckermann e Saviñón sem entender nada.

- O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou com a voz sonolenta.

- Estamos sem sono. – Foi Chris quem falou.

- Ah. Achei que tinha acontecido alguma coisa.

- Estamos bem. – Garantiu Dulce, sorrindo para que Angel se acalmasse.

- Desculpe pelo susto. É que Anahí acordou e entrou em desespero.

- A coitada está assim desde o sumiço de Zoraida. – Comentou Ucker como se sentisse uma pena profunda por Anny. – Não podemos culpá-la por nada.

- É verdade. – Angelique suspirou, fechando os olhos e massageando as têmporas. – Mas é melhor eu voltar lá para cima. Vou avisar que a Dul está bem. Não  quero que Anny chore de novo.

- Diga á ela que se precisar estamos aqui. – Dulce María falou com ternura.

- Obrigada.

Quando Angelique saiu, Dulce María fez uma cara de nojo e fez um gesto como se fosse vomitar. Rolou os olhos e deu de ombros. Que a Portilla se danasse. Queria mais que chorasse mesmo.

- Ainda bem que estou a deixando louca. – Comentou Candy cheia de escárnio. – É o que realmente queria. Agora vamos falar de outra coisa : Como iremos pegar Christian desprevenido?

- Estava pensando em chamá-lo para ir á minha casa de campo. Você sabe que lá é um lugar isolado. Se for para lá, ninguém o achará tão fácil. E quero te pedir uma opinião.

- Pode falar.

- Como posso feri-lo.

Dulce franziu o cenho. Ela achava que Christopher já possuía alguma noção de como se vingaria.

- Conte-me você.

- Pensei em mantê-lo amarrado e passando fome. Não quero matá-lo rápido. Preciso torturar Christian até que ele implore pela morte. Porém irei feri-lo fisicamente também. Nada que algum corte não resolva. Ou até mesmo chicotadas.

- Adorei. – Dulce pensou no amigo de Alfonso sofrendo, contorcendo-se de dor e agonia. Se ele chorasse, Dul iria rir na cara dele. Bateu palmas para o plano de seu namorado. – E posso ajudar com as armas.

- Seria excelente. E, aliás, quem será a sua próxima vítima?

- Angelique. Estou me retorcendo para fazê-la sofrer um acidente. E sabe, podíamos levar tanto o Christian quanto a Angelique para sua casa. Fazer com que um visse o outro sofrendo.

- Ótimo. Podemos trancafiá-los no porão. E, aliás, que tipo de acidente quer criar?

- Pensei em cortar o pescoço dela, mas seria sem graça e comum.

- Tenho uma boa ideia para te dar.

- Pode dizer. Estou aberta á ideias novas.

- Esquartejamento.

- Ah, vai ser tão divertido arrancar algumas partes de Angelique. Imagine eu tirando os dedos dela um por um. E ela vai gritar e como vai. Vou fazer com que ela chore e veja seu  próprio corpo sendo despedaçado.

- Hum... E sabe o que seria bom?

- O que?

- Apagá-los. Vamos fazer com que eles desmaiem antes de os prendermos.

- E quando eles acordarem já estarão no porão e sem poder fazer nada.

- Isso aí.

- Então vamos esperar mais um pouco. Não quero que morram agora para que não haja suspeitas.

- Quanto tempo?

- Três semanas no máximo. Afinal, ainda falta muito para nossas aulas acabarem. E não precisamos ter pressa. Vamos nos divertir primeiro.

- Sim. Diversão é claro.

- É melhor irmos dormir agora.

- Então vamos.

Os dois retornaram aos seus quartos. Dulce María acomodou-se em sua cama sorrindo como nunca. E quando finalmente dormiu, sonhou com um sótão, sangue , gritos e risadas diabólicas vindas dela.