Fanfic: Mentes Criminosas : a doce vingança | Tema: Alfonso Herrera, Anahí, Christopher Uckermann, Dulce María, Originais

Oi gente. Tudo bem com vocês ?

Aqui está mais um capítulo para vocês. Espero que gostem. Obrigada por lerem e acompanharem. :)

Boa leitura. Beijos.

Na manhã seguinte, Dulce acordou meia hora antes de seu despertador tocar. Estava plenamente disposta. O sono evaporara muito tempo atrás. A adrenalina zunia em suas veias, fazendo o sangue bombardear como um enxame de abelhas por seus tímpanos.

A garota encarava ao teto sem ao menos piscar. Os olhos bem abertos; a respiração saia lentamente, porém seu coração se esmagava entre suas costelas. Nem dormira direito durante a noite. Tudo o que conseguiu, foi um péssimo cochilo de duas horas. Depois despertou suando, o pijama colado junto á sua pele. Rolou na cama repetidas vezes, tentando esvaziar a mente, mas foi em vão. Tudo o que conseguiu foi ficar mais nervosa ainda.

Com certa relutância, Dulce María abandonou a cama. Precisava tomar uma ducha refrescante e se maquiar. Iria caminhando até a casa de Christopher. Caminhando nas pontas dos pés, foi ao banheiro. Trancou-se no cômodo e ligou o chuveiro. Despiu-se, entrando embaixo da água quente. As gotas acariciavam sua pele exposta, enquanto ela enfiava seus cabelos embaixo das mesmas.

Deixou a água cair sobre ela como mãos pesadas. Lavou os cachos espessos, deixando-os cair ao seu redor como um véu. Eles cobriam seus ombros, indo até quase o fim de suas costas. Cerrou as pálpebras, enquanto o xampu descia por suas faces.

Quando acabou o banho, enxugou-se. Enrolando-se em seu roupão felpudo, desceu á cozinha para comer algo leve. Acabou optando por uma maçã e um pouco de suco de laranja. Sentou-se sozinha á mesa, desfrutando seu café solitário. Engoliu a comida aos poucos, sentindo o estômago se revirar.

 Quando acabou de se alimentar, retornou ao quarto. Abriu seu armário e de lá tirou sua pequena maleta de maquiagem. Pegou seu rímel, lápis preto, base, pó, sombra e por fim um batom. E também o blush e cílios postiços.

Mirando-se em seu espelho, começou o trabalho. Demorou-se para aplicar corretamente os cílios postiços. Por fim, após vinte minutos corrigindo algumas falhas, delineou seus lábios fartos e aplicou um batom vermelho vivo. Ao olhar-se, não se reconheceu. Ela lembrava uma bonequinha de porcelana. A maquiagem estava perfeita. Prendeu o fôlego.

Escolheu qualquer roupa. Enfiou tudo pela cabeça com cuidado. Depois, penteou seu cabelo.

Pegou o único perfume que levara para casa, aplicando-o na base do pescoço. Decidiu usar algumas jóias também. Colocou seu melhor brinco de brilhante. Um anel pequeno de prata e um colar com pingente de coração que Christopher lhe dera de aniversário.

Decidiu deixar um bilhete avisando aos pais que iria para a casa de Christopher. Pregou o papel na porta da geladeira. Destrancou a porta e saiu para a manhã ensolarada e calma. As ruas estavam tranqüilas. Ela andou com calma, apesar de as pernas parecerem querer correr. Sorte que Chris morava á apenas dois quarteirões adiante.

Ficou olhando para o chão. E vez ou outra, sentia alguém a olhando com curiosidade. Chegou á escutar alguém assoviando para ela, o que a fez corar até a raiz do cabelo. Agora seria daquele jeito todo santo dia.

Quando se deu por conta, viu-se parada em frente á casa de Christopher. Ela conhecia muito bem aquela mansão. Sabia de cor onde coisa ficava. Cada quarto, cada banheiro. Lembrava-se do cheiro de bacon que emanava da cozinha e de que durante o inverno rigoroso, ela e Christopher se envolviam em um grosso cobertor de lã e ficavam amontoados no sofá perto á lareira assistindo á filmes antigos.

Percorreu o caminho de pedra até a porta da frente. Tocou a campainha e esperou. Ficou transferindo o peso de uma perna para outra. Após alguns minutos aguardando, Dul escutou a maçaneta girar, o barulho da chave. Uma pequena fresta se abriu e um Christopher sonolento apareceu. Seus cachos espalhavam-se de modo selvagem ao redor de seu rosto. Ele soltou um bocejo, esfregando os olhos. Sorriu timidamente para Dulce, saindo para lhe abrir passagem.

A menina entrou na sala de estar. Chris trancou a porta, tomando-a nos braços. Ele cheirava á edredom e pijama lavado. Ela o abraçou fortemente. Depois, ele a afastou gentilmente. Ela estava maravilhosa. A maquiagem fez com que seus traços ficassem ainda mais destacados. Dul lembrava a Deusa Afrodite. Anahí nem chegava á seus pés. Sentia orgulho dela. Beijou-a na testa, afagando-lhe os cabelos.

- Bom dia preguiçoso. – Ela disse, beijando-lhe levemente nos lábios. – Hoje é o grande dia! Anime-se e se arrume depressa.

- Ok, mandona. – Chris deu a língua. – Já estou indo. Pode ir ao seu closet. Vou tomar um banho.

- Tudo bem. Se quiser, posso preparar seu café depois.

- Será um prazer, minha pequena.

Dulce sorriu e seguiu ao garoto até o andar superior. Christopher foi ao banheiro e Dul seguiu até o fim do corredor. Era lá seu quarto privado. O maior de todos – fora o de Christopher. Ela havia o decorado á seu gosto. Desde as paredes com cartazes de bandas famosas até a luminária em forma de guitarra. Ela adorava ficar lá. Era um lugar confortável e a deixava com segurança.

Entrou em seu closet, deparando-se com tudo bem organizado. As roupas estavam ordenadas por cor. Os sapatos acomodavam-se nas prateleiras mais altas. Dulce estava em dúvida do que colocar. Olhou de cabo á rabo, titubeando. Depois de tanto fuçar e revirar cada peça, acabou escolhendo algo um tanto quanto provocante.

Arrancou sua roupa, deixando-a em um canto qualquer. Colocou as novas peças e calçou os sapatos. Virou-se para o espelho oval preso á parede. Chocou-se com a tremenda mulher que viu.

A blusa preta com brilhos pratas colava-se á seu corpo, destacando seus seios fartos com seu decote, deixando seus ombros finos á mostra. A saia também negra estendia-se cinco dedos acima de seus joelhos, expondo suas pernas longas e torneadas como as de uma atleta e destacando suas curvas sinuosas dos quadris largos.

Ficou se olhando com espanto, até seu cérebro despertar. Precisava calçar algo. Decidiu colocar uma sapatilha. Odiava saltos e não conseguia andar em cima de um. Colocou os cabelos ao seu redor. Estava preparada.

Saiu do closet, indo até a cozinha para fazer algo para Christopher comer. Preparou um lanche natural, uma salada de frutas e um suco. Arrumou a mesa e sentou para o esperar. Ele apareceu na cozinha deslumbrante. Estava maravilhoso. Usava uma camisa branca que destacava cada um de seus músculos. Uma calça preta justa que destacava a grossura de suas pernas e um tênis branco polido. Emanava um cheiro delicioso de perfume importado e tinha os cabelos lavados. Estava parecendo um príncipe. Dulce ficou boquiaberta.

E ele também estava chocado ao olhar Dulce. Ela estava gostosa. Sentiu um calor subir-lhe desde as pontas dos pés até as faces. Nunca imaginava ver Dulce com uma roupa tão ousada. E aquilo o deixou com um pouco de ciúmes, pois outros homens a olhariam. Sorriu para ela, tentando disfarçar o que sentia.

- Uau! Café da manhã com uma mulher maravilhosa.

Dulce riu, fazendo-o se arrepiar. Ele se sentou de frente para ela, tomando seu café da manhã. Trocavam olhares, sorrindo. Pareciam apenas um casal qualquer. Ao término do café, Dul ajudou Chris com as louças.

Foram até a garagem. Christopher e Dulce entraram na Mercedes prata conversível. Era um modelo recente e muito, mas muito caro mesmo. O carro era blindado e reluzia com sua polidez. Os bancos eram de puro couro preto. Era de dar inveja.

Chris baixou o teto solar, acomodando-se no banco de motorista. Dul colocou o conto de segurança e pegou seus óculos solar, bem como Christopher. E então, saíram.

De carro a distância para a escola diminuía. Não demorariam á chegar. Quando paravam nos faróis, pessoas assoviavam para o automóvel e para Dulce. Eles aparentavam pessoas importantes. Tinham os queixos empinados.

- Pronta?

- Mais do que pronta. E você?

- Nunca tive tanta certeza de algo em minha vida. – Foi uma resposta firme. Não havia traços de mentira. Chris estava com coragem e determinação.

- Boa resposta.

Christopher fez uma curva sutil, adrentando o Elite Way. Entrou no estacionamento asfaltado. A maioria das pessoas já estavam lá, sentadas em seus carros e quando Dulce María e Christopher Uckermann entraram, ninguém acreditava no que via.  

Todos olhavam com olhos arregalados para o conversível que rugia entre murmúrios. E quando encaravam as pessoas dentro da Mercedes, ficaram mais descrentes. Parecia uma piadinha. Eles nunca souberam que Christopher tinha um carro.  E muito menos uma Mercedes nova em folha.

Chris sorriu e estacionou com destreza em uma vaga logo abaixo de uma árvore. Desligou o motor e desceu do carro. Dulce o acompanhou. Retiraram os óculos, sorrindo para todos.

Christian, Alfonso e Diego observavam tudo de queixo caído. Aquilo deveria ser uma miragem. Mas quando Dulce e Christopher passaram por eles, acenando, ficou bem claro que era real.

Os dois tinham um caminhar em estilo confiante.  Pareciam muito seguros de si mesmos. Era como se desfilassem. Tinham um novo brilho e quando entraram no colégio, todos se viravam para vê-los passar. Tinham algo de sedutor nos olhares e os sorrisos que exibiam pareciam valer milhões.

Eles haviam mudado, mostrando um lado desconhecido por todos. Seus colegas nunca imaginaram que poderiam ser tão deslumbrantes. E ao chegarem ao armário, Anahí, Maite e Zoraida ficaram congeladas, como se tivessem visto algum espírito.

Dulce María sorriu de ponta á ponta, sentindo-se uma ganhadora. Fez questão de exibir o decote. Acenou para as três como se fosse muito amiga delas.

- Olá meninas. – Disse com doçura. - Espero que não se importem em me darem licença, preciso verificar algumas coisas em meu armário. E sabe como é, preciso retocar minha maquiagem. Odeio quando meu batom borra.

Elas não disseram nada. Parecia que todas se esqueceram de como utilizar a boca. Apenas saíram do caminho. Christopher sorriu para elas, piscando para as três apenas para se divertir um pouco. Maite chegou a ficar igual á um pimentão.

Nenhuma das três garotas havia reparado na beleza de Christopher até aquele dia. E nunca cogitaram a possibilidade de Dulce ser uma boa concorrente. Estavam impressionadas com o que viam. Seria uma oportunidade de ouro para elas aumentarem o número de sua gangue.

Anny sorriu discretamente para as amigas, apontando com a cabeça para Uckermann e Saviñón. As amigas se aproximaram da líder. Anny curvou-se para elas. A voz dela era baixa, firme. E aquilo só podia significar uma ordem.

- Vamos trazê-los até nós. Não quero perder meu posto. – Disse com um chiado. – Eles terão de se juntar conosco.

- Mas e se não quiserem? – Perguntou Maite um tanto incerta.

- Bem... Daí terei de colocá-los em seus devidos lugares. – A loura sorriu maldosa. – E então, todas de acordo?

Ninguém se atreveu a desafiar Anny. Elas sempre concordavam com tudo que Portilla dizia para não serem submetidas ás mesmas coisas que Dulce e Christopher. Anny era fria, calculista e fazia de tudo para acabar com quem era contra ela. Todos a temiam, porém, não tinham respeito. Quando Anahí não estava por perto, todos falavam horrores sobre ela.

Nem mesmo suas amigas a admiravam o tempo todo. Queriam apenas sossego, por isso deixaram que Anny fosse até Christopher e Dulce. Deixaram que ela os chamasse para se sentar com eles. Deixaram que ela desse seu sorriso falso.

Estavam acostumadas. Desde cedo aprenderam a se adaptar para sobreviver. E parecia que Chris e Dul faziam o mesmo. E nenhuma das três os culpava. A vida era daquele jeito.

Mas, havia algo um tanto suspeito também. O olhar de Dulce e de Christopher eram alterados. Zoraida podia ver algo de felino neles. O que a fez pensar mais á sério sobre a mensagem no espelho.

Aquele batom de Dulce lhe chamou a atenção. A cor parecia muito com á da frase. Um vermelho brilhante como sangue. Zoraida sentiu um intenso calafrio lhe percorrer a nuca. E se Uckermann e Saviñón estivessem se aproximando para fazer algo depois? Apertou os lábios. Não deveria ser tão paranóica. Fora tudo uma brincadeira.

Porém, quando Dulce tocou o braço de Anny como se fosse uma velha amiga, Zoraida notou que a expressão de Dulce parecia de resignação. Era como se Dulce María estivesse com nojo. Ficou alerta.

E então, Dulce e Christopher se afastaram, lançando um último olhar para trás. E quando olhar dos dois se cruzou com o de Zoraida, a garota sentiu o estômago se revirar. Eles estavam sorrindo para ela, como se soubessem o que pensava. E simplesmente se foram.  Deixando Zoraida com o coração á mil por hora.