Fanfic: Belas Artes | Tema: Isa TKM

A música

A noite passou rápido, e Isa, por incrível que pareça, estava feliz. Divertiu-se mais do que imaginava.  Quando foi dormir, mais de meia noite,  percebeu uma mensagem carinhosa de Alex:  

“Boa noite, senhorita Isa. Espero que  tenha curtido muito bem a noite. Não esqueça que te amo demais. Com amor, Alex”

Isa leu tudo com um sorrisinho no rosto.  Estava se convencendo de que a distância nada mudaria no relacionamento deles.

“Boa noite, amorzinho.  A festa foi ótima. Dancei com um estudante de grafite, Sebastian.  Só faltou você aqui. Te amo mais. Com amor, Isa”

“Hahahahaha, depois quero conhecê-lo, quando eu for aí te visitar”

“E quando você vem?” 

“Espero que logo”

“Também”

Isa então se levantou e foi se trocar. Bruna não estava no quarto, já Rafaela estava sentada na cama. Quando percebeu o olhar de Isa sobre ela, deu um sorrisinho.  Enquanto trocava de roupa, Isa não pôde  evitar se olhar no espelho.  O cabelo, liso e negro, foi preso em um coque. Depois, tirou toda a maquiagem do seu rosto. Os olhos negros e voluptuosos, seu rosto branco, agora estavam livres de toda maquiagem.  Vestiu um daqueles blusões enormes que tanto adorava e foi dormir.

Acordou cerca de 6 da manhã, com o barulho de Bruna abrindo a porta. Ela vestia um vestido justo vermelho, e saltos altos. Notou , que antes de entrar, ela estava se comunicando com alguém.

− Bom dia, Bruna. Chegou cedo para o almoço, não?

−Muito engraçadinha você. Falou ela , com as bochechas levemente rosadas.

− E então, o que estava você fazendo a essa hora? Isa disse, erguendo as sobrancelhas de forma sugestiva.

−Não é isso que você tá pensando, moça. 

−E a voz que eu ouvi? Sozinha você não estava.

−Ah. Falou ela, rindo e balançando os ombros. Então foi em direção a sua cama.

−  E então, o café é daqui a pouco mais de uma hora. Você pode pegar minha comida? Brincou.

− Só se for, princesa. 

Então Isa se levantou e foi tomar café da manhã, juntamente com Rafaela.

O dia correu normalmente. As aulas começariam dali a dois dias. No período noturno, Isa ficou sabendo que haveria um luau  no dia seguinte. Iria ocorrer na praia mais próxima, e eles não tinham uma autorização explicita para irem, mas os planos eram de escaparem nos carros dos garotos. 

Não tinha certeza se iria, no entanto, quando ela estava no quarto de Linda, assistindo um filme de terror com a amiga e mais duas meninas (Natasha e Andreza, que eram colegas de quarto da adolescente),  ouviu uma batida na porta que iria confirmar tudo.

−Quem é? Perguntou Linda.

− Sebastian.

− Você não pode entrar, já tá tarde  e se alguém o pegar aqui, pode dá zebra

−Não, não, é rapidinho. Isa tá aí? Tava procurando ela em todo canto e não a achei.

Linda fez uma expressão de advertência a Isa, enquanto ela se levantava, e sussurrou:

−Esse daí tá muito a fim de ti. Tome cuidado. Não se esqueça de Alex.

Isa girou os olhos, pois era impossível esquecê-lo, e foi ao encontro de Sebastian.

− Diz aí?

−Isa, vai ter um luau amanhã...

−To sabendo...

−Então, você planeja ir?

−Acho que não. Não quero me envolver em encrenca, sem falar que não conheço muito menino nessa escola

−Então, é justamente sobre isso que vim falar... Eu tenho um carro, e, se você quiser, posso te dá carona, juntamente com tuas amigas.

−É, pode ser.... Não é de certeza que eu vá, mas se eu for, assim, só no caso, que horas seria?

−Lá pras seis horas. Nessa hora, tá ocorrendo a troca dos seguranças, então é a hora mais fácil da gente ir.

− E quanto à volta? O diretor não está na escola á noite? E o segurança também?

−Aí a gente dá um jeitinho. Cê sabe que a filha dele, Luciana,  estuda aqui, não é? Ela vai para o luau também, então ela pode dá um jeitinho de despistá-lo.

−Ah, tá... Então Sebas, eu vou ver...

−Ok,  espero que vá! Tchau Isa. Disse Sebastian, e deu um beijo na testa da moça.

Então, ela voltou ao quarto e perguntou a Linda se ela queria ir e tal.

−ÓBVIO que eu vou. Será que dá para levar meu Reinaldo?

−É, pode ser que dê.

−E vocês meninas, querem ir? Perguntou Isa, sem querer ser mal educada, no entanto, torcendo para que elas não fossem e ela pudesse chamar Bruna e Rafaela.

−Na verdade, a gente já vai com o Julio, meu namorado. Falou Andreza.

Isa não pôde deixar de respirar aliviada. Agora sua única preocupação era que Alex achasse a ideia ruim, mas o conhecendo, ela achava isso pouco provável.

Quando o filme acabou, foi pro seu quarto, não antes de dar um abraço carinhoso na Linda.

−Se cuida, Isa, se cuida.

−O que você tá querendo dizer com isso? Pelo amor de Deus, eu não tenho nenhum interesse no Sebas, já disse.

−Eu nunca insinuei isso. Só se cuida, tá? Boa noite.

−Boa. Disse isso, dando um abraço apertado na melhor amiga.

Antes de convidar as meninas, Isa não pôde deixar de falar com Alex sobre isso

“Amor, amanhã vai ter um luau na praia. Vou no carro  do meu amigo,  Sebas,  com Linda, Reinaldo, e se possível, com duas outras meninas, Bruna e Rafaela. “

5 minutos depois, Alex respondeu:

“Ai como eu queria estar aí. Amo luaus, sabe disso.”

Como ela previu, ele não pareceu se importar que a namorada ia no carro de um amigo.

“Eu também amo. Qualquer dia desse cê vem me visitar, não é”

“Já tenho meus planos...”

“QUAIS?” Não podia deixar de conter a emoção.

“São só planos. Enfim, curta bem o sarau. Não esqueça que te amo. Beijos”

Isa suspirou. Alex viria visitá-la? Quando, como? Se não bastasse o luau, agora essa. Alguma dúvida de que não conseguiria dormir de ansiedade?

Terminada a conversa, foi logo falar com as meninas. Bruna estava sentada mexendo no celular, e  Rafaela estava ouvindo música. Sabia por conta do fone.

−Vocês já tem carro para o sarau?

−Não. Respondeu Rafaela,  extasiada.

−Querem vir com o Sebas? Ele vai me levar.

−Huum, achei que tivesse namorado. Falou Bruna, com um sorriso muito malicioso.

− Tenho. Mas ele é um só um amigo, já falei.

−Tá certo. Falou Rafaela, e as duas se entreolharam. Isa até admitia que Sebastian pudesse gostar dela, mas o coração da mesma era de Alex e ele tinha que se acostumar com isso.

Logo, entraram em outro assunto, e a noite se passou. Logo, logo, Isa iria ter uma surpresa.

No outro dia, tudo aconteceu como combinado. Isa foi ao encontro de Sebastian, que estava vestido com uma regata e um shortão, e juntamente com os outros garotos, eles foram para a praia na hora da troca de turnos.  Já na praia, eles se juntaram a um grande grupo de adolescentes e armaram uma fogueira. Isa, que estava vestida com uma blusa rendada e um short, tirou a roupa e ficou só de biquine. Notou o olhar de alguns rapazes no seu corpo definido, inclusive  Sebastian.  Ficou um pouco envergonhada, mas não pôde dizer que não gostou.

−Estamos aqui reunidos, amigos e amigas− Disse Erico, um rapaz negro e alto, que era um dos mais velhos do colégio, com cerca de 20 anos− para comemorar a volta  ás aulas. E que se comece mais um ano, mais um período de nossas vidas.

− No seu caso, mais um terceiro− Brincou Joana, uma menina que iria começar a fazer música também.

−Sim, mais um terceiro! Levou na esportiva Erico, que estava cursando pela terceira vez o terceiro ano de cinema. Ele quase nunca frequentava a aula, e era sempre o organizador das festinhas da turma.

Pegou então um violão e falou:

−E para começar com chave de ouro, vou cantar Tudo que Você Quiser.

E olhando fixamente para uma branquinha que estava ao seu lado,  cantou:

“ Tem dias que eu acordo pensando em você, em fração de segundos vejo o mundo desaparecer...”

Quando terminou, perguntou:

−Alguém quer cantar alguma coisa?

Então Rafaela, corajosamente pegou o seu violão e começou:

“O seu silêncio começa a incomodar, o seu sorriso me deixa sem ar... Conversas longas, conselhos de dei...”

Rafaela cantava, olhando para o nada e para ninguém. Isa tinha a impressão que a música era para algum garoto. Quando rolasse a oportunidade, iria perguntá-la.

Depois que ela terminou, várias outras pessoas cantaram. Ela teve a impressão de sentir os olhos de Sebas de vez em quando nela.

Erico cantava pela terceira vez, quando falou:

− E as melhores surpresas ficam para a última hora. Já é tarde, são quase 10 horas e temos de voltar. O mata leão não dura para sempre. Riu e Isa se perguntou se era essa a distração que Sebas falava.

−Vai que é tua Sebas.

Então Sebastian pegou o violão e falou:

−Eu, para quem não sabe, além de desenhar, sei cantar... E dias desses, escrevi uma canção... Gostaria de compartilhá-la com vocês.

“ És a mais bela moça a quem posso conhecer...  Desde que pude te ver, as coisas foram a acontecer...  Nunca havia amado tanto alguém, como faço para ter seu coração, meu bem?”

E enquanto cantava, olhava fixamente na direção de Isabella, que empalideceu. Ele estava cantando para ela?  Apesar de fofo, Isabella não amava Sebas, sabia disso. Sempre havia sido sobre Alex e dessa vez não seria diferente.

“ Queria eu ter a sorte de ter comigo, te ter mais que teu amor.... teu amor de amigo...”  Nessa altura, Isa já estava morrendo. Todo mundo a olhava, e ela queria enfiar a cabeça num buraco. Bruna e Rafaela a olhavam do outro lado da fogueira, como se dissessem: Eu sabia, ao passo que Linda olhava com raiva Isa.

Quando a música terminou, todos aplaudiram e Erico, olhando o relógio, falou:

−E assim termina a noite! Semana que vem tem mais! E todos foram se dispersando.

Isa, com raiva de Sebastian, perguntou á Natasha e Andreza se podia ir com elas, que aceitaram.  Ela sabia que isso tava errado, não era assim que as coisas deviam correr. Até por que, Sebas havia a conhecido há tipo, três dias. Ninguém se apaixona tão rápido assim.

Quando o carro ia chegando, percebeu que os seguranças estavam lá. Acordados. E estavam mandando todos descerem dos carros. Quando o carro foi estacionado, um segurança gorduxo e velho, foi logo mandando todos descerem e pedindo para assinarem seu nome numa lista.

− Todo mundo assina o nome na lista, depois,  é com o diretor.

Isa ficou apavorada e se perguntou se esse era o fim do seu sonho. Não tinha condição de pagar a escola, isso era óbvio. Se a bolsa fosse anulada, não sabia o que faria da vida. Não pôde deixar de culpar Sebastian. Se não fosse por ele, ela não estaria nessa emboscada.

Após assinar, recebeu um abraço carinhoso da Andreza, que falou:

−Não se preocupe, tudo vai dá certo. Não, não chora, não se preocupe.

Então foram entrando, e logo o segurança  encaminhou todos a sala do diretor.

O diretor ia chamando um a um a sala, e todos saiam com um papelzinho na mão. Quando Bruna saiu da sala, Isa correu e foi perguntar qual é a  punição.

−Cada pessoa tem uma. Como a filhinha dele também está nessa, então ele não pode simplesmente ir expulsando-nos. Ele ligou para o meu pai, falou sobre o ocorrido e me deu um cartão amarelo. Isso é, mais um desse e eu sou expulsa. Para que a gente aprenda sobre responsabilidade, ele tá mandando cada um fazer um serviço diferente, que seria dos funcionários. Eu terei de trabalhar na cozinha.

Isa arregalou os olhos e ficou se perguntando qual seria sua tarefa.  Tinha medo da reação de seus familiares, muito conservadores.  Mas ao mesmo tempo estava um pouco aliviada, visto que não seria expulsa. Agora era só não se meter em confusão de novo.

Pouco a pouco, os conhecidos de Isa foram indo. Rafaela, ficou com a arrumação das salas, teria que fazer isso por um período de uma semana. Sebas saiu e logo olhou para Isa, que  no entanto, recusou qualquer tentativa de conversa . Linda e Reinaldo ficaram respectivamente com a arrumação da sala e a limpeza dos corredores.

−Isabella Cruz Bennevutti. Chamou o diretor e Isa entrou na sala.

− Isabella, minha querida... Você é uma das alunas de música mais promissoras de música. Tem 16 anos, e já canta como muita cantora sonha . Nunca tirava notas baixas na sua antiga escola. E também nunca havia entrado em confusão. O que aconteceu, menina?

−Des-des-culpa, falou Isa, olhando para o chão

−Eu não queria, mas sabe que tenho que tomar providências. Vou ligar para o seu pai, agora.

−Certo. Falou Isabella, tensa.

O diretor então ligou e informou  eles sobre o ocorrido. Disse também que a menina era exemplar e que tinha quase certeza que isso não aconteceria novamente , o que fez Isa ficar mais relaxada.

−Como punição para o seu, disse Daniel, após desligar, você vai tomar o lugar de alguém da escola, como devem ter lhe avisado.

−Sei.

−Sabe que temos seguranças.

−Uhum.

−Você deverá tomar o lugar de um desses seguranças.

E entregou a Isa uma tabela com horários e nomes. Isa percebeu, com grande aflição, que uma certa pessoinha indesejada ia fazer turno junto com a moça. Estava tão atordoada que nem percebeu que já deveria ter saído.

−Com licença. Disse, em meio a risinhos de vergonha, e se retirou.

Logo foi para o seu quarto, e adormeceu em meio a pensamentos. Nem percebeu, que haviam três mensagens do seu namorado no celular.

A música

A noite passou rápido, e Isa, por incrível que pareça, estava feliz. Divertiu-se mais do que imaginava.  Quando foi dormir, mais de meia noite,  percebeu uma mensagem carinhosa de Alex:  

“Boa noite, senhorita Isa. Espero que  tenha curtido muito bem a noite. Não esqueça que te amo demais. Com amor, Alex”

Isa leu tudo com um sorrisinho no rosto.  Estava se convencendo de que a distância nada mudaria no relacionamento deles.

“Boa noite, amorzinho.  A festa foi ótima. Dancei com um estudante de grafite, Sebastian.  Só faltou você aqui. Te amo mais. Com amor, Isa”

“Hahahahaha, depois quero conhecê-lo, quando eu for aí te visitar”

“E quando você vem?” 

“Espero que logo”

“Também”

Isa então se levantou e foi se trocar. Bruna não estava no quarto, já Rafaela estava sentada na cama. Quando percebeu o olhar de Isa sobre ela, deu um sorrisinho.  Enquanto trocava de roupa, Isa não pôde  evitar se olhar no espelho.  O cabelo, liso e negro, foi preso em um coque. Depois, tirou toda a maquiagem do seu rosto. Os olhos negros e voluptuosos, seu rosto branco, agora estavam livres de toda maquiagem.  Vestiu um daqueles blusões enormes que tanto adorava e foi dormir.

Acordou cerca de 6 da manhã, com o barulho de Bruna abrindo a porta. Ela vestia um vestido justo vermelho, e saltos altos. Notou , que antes de entrar, ela estava se comunicando com alguém.

− Bom dia, Bruna. Chegou cedo para o almoço, não?

−Muito engraçadinha você. Falou ela , com as bochechas levemente rosadas.

− E então, o que estava você fazendo a essa hora? Isa disse, erguendo as sobrancelhas de forma sugestiva.

−Não é isso que você tá pensando, moça. 

−E a voz que eu ouvi? Sozinha você não estava.

−Ah. Falou ela, rindo e balançando os ombros. Então foi em direção a sua cama.

−  E então, o café é daqui a pouco mais de uma hora. Você pode pegar minha comida? Brincou.

− Só se for, princesa. 

Então Isa se levantou e foi tomar café da manhã, juntamente com Rafaela.

O dia correu normalmente. As aulas começariam dali a dois dias. No período noturno, Isa ficou sabendo que haveria um luau  no dia seguinte. Iria ocorrer na praia mais próxima, e eles não tinham uma autorização explicita para irem, mas os planos eram de escaparem nos carros dos garotos. 

Não tinha certeza se iria, no entanto, quando ela estava no quarto de Linda, assistindo um filme de terror com a amiga e mais duas meninas (Natasha e Andreza, que eram colegas de quarto da adolescente),  ouviu uma batida na porta que iria confirmar tudo.

−Quem é? Perguntou Linda.

− Sebastian.

− Você não pode entrar, já tá tarde  e se alguém o pegar aqui, pode dá zebra

−Não, não, é rapidinho. Isa tá aí? Tava procurando ela em todo canto e não a achei.

Linda fez uma expressão de advertência a Isa, enquanto ela se levantava, e sussurrou:

−Esse daí tá muito a fim de ti. Tome cuidado. Não se esqueça de Alex.

Isa girou os olhos, pois era impossível esquecê-lo, e foi ao encontro de Sebastian.

− Diz aí?

−Isa, vai ter um luau amanhã...

−To sabendo...

−Então, você planeja ir?

−Acho que não. Não quero me envolver em encrenca, sem falar que não conheço muito menino nessa escola

−Então, é justamente sobre isso que vim falar... Eu tenho um carro, e, se você quiser, posso te dá carona, juntamente com tuas amigas.

−É, pode ser.... Não é de certeza que eu vá, mas se eu for, assim, só no caso, que horas seria?

−Lá pras seis horas. Nessa hora, tá ocorrendo a troca dos seguranças, então é a hora mais fácil da gente ir.

− E quanto à volta? O diretor não está na escola á noite? E o segurança também?

−Aí a gente dá um jeitinho. Cê sabe que a filha dele, Luciana,  estuda aqui, não é? Ela vai para o luau também, então ela pode dá um jeitinho de despistá-lo.

−Ah, tá... Então Sebas, eu vou ver...

−Ok,  espero que vá! Tchau Isa. Disse Sebastian, e deu um beijo na testa da moça.

Então, ela voltou ao quarto e perguntou a Linda se ela queria ir e tal.

−ÓBVIO que eu vou. Será que dá para levar meu Reinaldo?

−É, pode ser que dê.

−E vocês meninas, querem ir? Perguntou Isa, sem querer ser mal educada, no entanto, torcendo para que elas não fossem e ela pudesse chamar Bruna e Rafaela.

−Na verdade, a gente já vai com o Julio, meu namorado. Falou Andreza.

Isa não pôde deixar de respirar aliviada. Agora sua única preocupação era que Alex achasse a ideia ruim, mas o conhecendo, ela achava isso pouco provável.

Quando o filme acabou, foi pro seu quarto, não antes de dar um abraço carinhoso na Linda.

−Se cuida, Isa, se cuida.

−O que você tá querendo dizer com isso? Pelo amor de Deus, eu não tenho nenhum interesse no Sebas, já disse.

−Eu nunca insinuei isso. Só se cuida, tá? Boa noite.

−Boa. Disse isso, dando um abraço apertado na melhor amiga.

Antes de convidar as meninas, Isa não pôde deixar de falar com Alex sobre isso

“Amor, amanhã vai ter um luau na praia. Vou no carro  do meu amigo,  Sebas,  com Linda, Reinaldo, e se possível, com duas outras meninas, Bruna e Rafaela. “

5 minutos depois, Alex respondeu:

“Ai como eu queria estar aí. Amo luaus, sabe disso.”

Como ela previu, ele não pareceu se importar que a namorada ia no carro de um amigo.

“Eu também amo. Qualquer dia desse cê vem me visitar, não é”

“Já tenho meus planos...”

“QUAIS?” Não podia deixar de conter a emoção.

“São só planos. Enfim, curta bem o sarau. Não esqueça que te amo. Beijos”

Isa suspirou. Alex viria visitá-la? Quando, como? Se não bastasse o luau, agora essa. Alguma dúvida de que não conseguiria dormir de ansiedade?

Terminada a conversa, foi logo falar com as meninas. Bruna estava sentada mexendo no celular, e  Rafaela estava ouvindo música. Sabia por conta do fone.

−Vocês já tem carro para o sarau?

−Não. Respondeu Rafaela,  extasiada.

−Querem vir com o Sebas? Ele vai me levar.

−Huum, achei que tivesse namorado. Falou Bruna, com um sorriso muito malicioso.

− Tenho. Mas ele é um só um amigo, já falei.

−Tá certo. Falou Rafaela, e as duas se entreolharam. Isa até admitia que Sebastian pudesse gostar dela, mas o coração da mesma era de Alex e ele tinha que se acostumar com isso.

Logo, entraram em outro assunto, e a noite se passou. Logo, logo, Isa iria ter uma surpresa.

No outro dia, tudo aconteceu como combinado. Isa foi ao encontro de Sebastian, que estava vestido com uma regata e um shortão, e juntamente com os outros garotos, eles foram para a praia na hora da troca de turnos.  Já na praia, eles se juntaram a um grande grupo de adolescentes e armaram uma fogueira. Isa, que estava vestida com uma blusa rendada e um short, tirou a roupa e ficou só de biquine. Notou o olhar de alguns rapazes no seu corpo definido, inclusive  Sebastian.  Ficou um pouco envergonhada, mas não pôde dizer que não gostou.

−Estamos aqui reunidos, amigos e amigas− Disse Erico, um rapaz negro e alto, que era um dos mais velhos do colégio, com cerca de 20 anos− para comemorar a volta  ás aulas. E que se comece mais um ano, mais um período de nossas vidas.

− No seu caso, mais um terceiro− Brincou Joana, uma menina que iria começar a fazer música também.

−Sim, mais um terceiro! Levou na esportiva Erico, que estava cursando pela terceira vez o terceiro ano de cinema. Ele quase nunca frequentava a aula, e era sempre o organizador das festinhas da turma.

Pegou então um violão e falou:

−E para começar com chave de ouro, vou cantar Tudo que Você Quiser.

E olhando fixamente para uma branquinha que estava ao seu lado,  cantou:

“ Tem dias que eu acordo pensando em você, em fração de segundos vejo o mundo desaparecer...”

Quando terminou, perguntou:

−Alguém quer cantar alguma coisa?

Então Rafaela, corajosamente pegou o seu violão e começou:

“O seu silêncio começa a incomodar, o seu sorriso me deixa sem ar... Conversas longas, conselhos de dei...”

Rafaela cantava, olhando para o nada e para ninguém. Isa tinha a impressão que a música era para algum garoto. Quando rolasse a oportunidade, iria perguntá-la.

Depois que ela terminou, várias outras pessoas cantaram. Ela teve a impressão de sentir os olhos de Sebas de vez em quando nela.

Erico cantava pela terceira vez, quando falou:

− E as melhores surpresas ficam para a última hora. Já é tarde, são quase 10 horas e temos de voltar. O mata leão não dura para sempre. Riu e Isa se perguntou se era essa a distração que Sebas falava.

−Vai que é tua Sebas.

Então Sebastian pegou o violão e falou:

−Eu, para quem não sabe, além de desenhar, sei cantar... E dias desses, escrevi uma canção... Gostaria de compartilhá-la com vocês.

“ És a mais bela moça a quem posso conhecer...  Desde que pude te ver, as coisas foram a acontecer...  Nunca havia amado tanto alguém, como faço para ter seu coração, meu bem?”

E enquanto cantava, olhava fixamente na direção de Isabella, que empalideceu. Ele estava cantando para ela?  Apesar de fofo, Isabella não amava Sebas, sabia disso. Sempre havia sido sobre Alex e dessa vez não seria diferente.

“ Queria eu ter a sorte de ter comigo, te ter mais que teu amor.... teu amor de amigo...”  Nessa altura, Isa já estava morrendo. Todo mundo a olhava, e ela queria enfiar a cabeça num buraco. Bruna e Rafaela a olhavam do outro lado da fogueira, como se dissessem: Eu sabia, ao passo que Linda olhava com raiva Isa.

Quando a música terminou, todos aplaudiram e Erico, olhando o relógio, falou:

−E assim termina a noite! Semana que vem tem mais! E todos foram se dispersando.

Isa, com raiva de Sebastian, perguntou á Natasha e Andreza se podia ir com elas, que aceitaram.  Ela sabia que isso tava errado, não era assim que as coisas deviam correr. Até por que, Sebas havia a conhecido há tipo, três dias. Ninguém se apaixona tão rápido assim.

Quando o carro ia chegando, percebeu que os seguranças estavam lá. Acordados. E estavam mandando todos descerem dos carros. Quando o carro foi estacionado, um segurança gorduxo e velho, foi logo mandando todos descerem e pedindo para assinarem seu nome numa lista.

− Todo mundo assina o nome na lista, depois,  é com o diretor.

Isa ficou apavorada e se perguntou se esse era o fim do seu sonho. Não tinha condição de pagar a escola, isso era óbvio. Se a bolsa fosse anulada, não sabia o que faria da vida. Não pôde deixar de culpar Sebastian. Se não fosse por ele, ela não estaria nessa emboscada.

Após assinar, recebeu um abraço carinhoso da Andreza, que falou:

−Não se preocupe, tudo vai dá certo. Não, não chora, não se preocupe.

Então foram entrando, e logo o segurança  encaminhou todos a sala do diretor.

O diretor ia chamando um a um a sala, e todos saiam com um papelzinho na mão. Quando Bruna saiu da sala, Isa correu e foi perguntar qual é a  punição.

−Cada pessoa tem uma. Como a filhinha dele também está nessa, então ele não pode simplesmente ir expulsando-nos. Ele ligou para o meu pai, falou sobre o ocorrido e me deu um cartão amarelo. Isso é, mais um desse e eu sou expulsa. Para que a gente aprenda sobre responsabilidade, ele tá mandando cada um fazer um serviço diferente, que seria dos funcionários. Eu terei de trabalhar na cozinha.

Isa arregalou os olhos e ficou se perguntando qual seria sua tarefa.  Tinha medo da reação de seus familiares, muito conservadores.  Mas ao mesmo tempo estava um pouco aliviada, visto que não seria expulsa. Agora era só não se meter em confusão de novo.

Pouco a pouco, os conhecidos de Isa foram indo. Rafaela, ficou com a arrumação das salas, teria que fazer isso por um período de uma semana. Sebas saiu e logo olhou para Isa, que  no entanto, recusou qualquer tentativa de conversa . Linda e Reinaldo ficaram respectivamente com a arrumação da sala e a limpeza dos corredores.

−Isabella Cruz Bennevutti. Chamou o diretor e Isa entrou na sala.

− Isabella, minha querida... Você é uma das alunas de música mais promissoras de música. Tem 16 anos, e já canta como muita cantora sonha . Nunca tirava notas baixas na sua antiga escola. E também nunca havia entrado em confusão. O que aconteceu, menina?

−Des-des-culpa, falou Isa, olhando para o chão

−Eu não queria, mas sabe que tenho que tomar providências. Vou ligar para o seu pai, agora.

−Certo. Falou Isabella, tensa.

O diretor então ligou e informou  eles sobre o ocorrido. Disse também que a menina era exemplar e que tinha quase certeza que isso não aconteceria novamente , o que fez Isa ficar mais relaxada.

−Como punição para o seu, disse Daniel, após desligar, você vai tomar o lugar de alguém da escola, como devem ter lhe avisado.

−Sei.

−Sabe que temos seguranças.

−Uhum.

−Você deverá tomar o lugar de um desses seguranças.

E entregou a Isa uma tabela com horários e nomes. Isa percebeu, com grande aflição, que uma certa pessoinha indesejada ia fazer turno junto com a moça. Estava tão atordoada que nem percebeu que já deveria ter saído.

−Com licença. Disse, em meio a risinhos de vergonha, e se retirou.

Logo foi para o seu quarto, e adormeceu em meio a pensamentos. Nem percebeu, que haviam três mensagens do seu namorado no celular.

A música

A noite passou rápido, e Isa, por incrível que pareça, estava feliz. Divertiu-se mais do que imaginava.  Quando foi dormir, mais de meia noite,  percebeu uma mensagem carinhosa de Alex:  

“Boa noite, senhorita Isa. Espero que  tenha curtido muito bem a noite. Não esqueça que te amo demais. Com amor, Alex”

Isa leu tudo com um sorrisinho no rosto.  Estava se convencendo de que a distância nada mudaria no relacionamento deles.

“Boa noite, amorzinho.  A festa foi ótima. Dancei com um estudante de grafite, Sebastian.  Só faltou você aqui. Te amo mais. Com amor, Isa”

“Hahahahaha, depois quero conhecê-lo, quando eu for aí te visitar”

“E quando você vem?” 

“Espero que logo”

“Também”

Isa então se levantou e foi se trocar. Bruna não estava no quarto, já Rafaela estava sentada na cama. Quando percebeu o olhar de Isa sobre ela, deu um sorrisinho.  Enquanto trocava de roupa, Isa não pôde  evitar se olhar no espelho.  O cabelo, liso e negro, foi preso em um coque. Depois, tirou toda a maquiagem do seu rosto. Os olhos negros e voluptuosos, seu rosto branco, agora estavam livres de toda maquiagem.  Vestiu um daqueles blusões enormes que tanto adorava e foi dormir.

Acordou cerca de 6 da manhã, com o barulho de Bruna abrindo a porta. Ela vestia um vestido justo vermelho, e saltos altos. Notou , que antes de entrar, ela estava se comunicando com alguém.

− Bom dia, Bruna. Chegou cedo para o almoço, não?

−Muito engraçadinha você. Falou ela , com as bochechas levemente rosadas.

− E então, o que estava você fazendo a essa hora? Isa disse, erguendo as sobrancelhas de forma sugestiva.

−Não é isso que você tá pensando, moça. 

−E a voz que eu ouvi? Sozinha você não estava.

−Ah. Falou ela, rindo e balançando os ombros. Então foi em direção a sua cama.

−  E então, o café é daqui a pouco mais de uma hora. Você pode pegar minha comida? Brincou.

− Só se for, princesa. 

Então Isa se levantou e foi tomar café da manhã, juntamente com Rafaela.

O dia correu normalmente. As aulas começariam dali a dois dias. No período noturno, Isa ficou sabendo que haveria um luau  no dia seguinte. Iria ocorrer na praia mais próxima, e eles não tinham uma autorização explicita para irem, mas os planos eram de escaparem nos carros dos garotos. 

Não tinha certeza se iria, no entanto, quando ela estava no quarto de Linda, assistindo um filme de terror com a amiga e mais duas meninas (Natasha e Andreza, que eram colegas de quarto da adolescente),  ouviu uma batida na porta que iria confirmar tudo.

−Quem é? Perguntou Linda.

− Sebastian.

− Você não pode entrar, já tá tarde  e se alguém o pegar aqui, pode dá zebra

−Não, não, é rapidinho. Isa tá aí? Tava procurando ela em todo canto e não a achei.

Linda fez uma expressão de advertência a Isa, enquanto ela se levantava, e sussurrou:

−Esse daí tá muito a fim de ti. Tome cuidado. Não se esqueça de Alex.

Isa girou os olhos, pois era impossível esquecê-lo, e foi ao encontro de Sebastian.

− Diz aí?

−Isa, vai ter um luau amanhã...

−To sabendo...

−Então, você planeja ir?

−Acho que não. Não quero me envolver em encrenca, sem falar que não conheço muito menino nessa escola

−Então, é justamente sobre isso que vim falar... Eu tenho um carro, e, se você quiser, posso te dá carona, juntamente com tuas amigas.

−É, pode ser.... Não é de certeza que eu vá, mas se eu for, assim, só no caso, que horas seria?

−Lá pras seis horas. Nessa hora, tá ocorrendo a troca dos seguranças, então é a hora mais fácil da gente ir.

− E quanto à volta? O diretor não está na escola á noite? E o segurança também?

−Aí a gente dá um jeitinho. Cê sabe que a filha dele, Luciana,  estuda aqui, não é? Ela vai para o luau também, então ela pode dá um jeitinho de despistá-lo.

−Ah, tá... Então Sebas, eu vou ver...

−Ok,  espero que vá! Tchau Isa. Disse Sebastian, e deu um beijo na testa da moça.

Então, ela voltou ao quarto e perguntou a Linda se ela queria ir e tal.

−ÓBVIO que eu vou. Será que dá para levar meu Reinaldo?

−É, pode ser que dê.

−E vocês meninas, querem ir? Perguntou Isa, sem querer ser mal educada, no entanto, torcendo para que elas não fossem e ela pudesse chamar Bruna e Rafaela.

−Na verdade, a gente já vai com o Julio, meu namorado. Falou Andreza.

Isa não pôde deixar de respirar aliviada. Agora sua única preocupação era que Alex achasse a ideia ruim, mas o conhecendo, ela achava isso pouco provável.

Quando o filme acabou, foi pro seu quarto, não antes de dar um abraço carinhoso na Linda.

−Se cuida, Isa, se cuida.

−O que você tá querendo dizer com isso? Pelo amor de Deus, eu não tenho nenhum interesse no Sebas, já disse.

−Eu nunca insinuei isso. Só se cuida, tá? Boa noite.

−Boa. Disse isso, dando um abraço apertado na melhor amiga.

Antes de convidar as meninas, Isa não pôde deixar de falar com Alex sobre isso

“Amor, amanhã vai ter um luau na praia. Vou no carro  do meu amigo,  Sebas,  com Linda, Reinaldo, e se possível, com duas outras meninas, Bruna e Rafaela. “

5 minutos depois, Alex respondeu:

“Ai como eu queria estar aí. Amo luaus, sabe disso.”

Como ela previu, ele não pareceu se importar que a namorada ia no carro de um amigo.

“Eu também amo. Qualquer dia desse cê vem me visitar, não é”

“Já tenho meus planos...”

“QUAIS?” Não podia deixar de conter a emoção.

“São só planos. Enfim, curta bem o sarau. Não esqueça que te amo. Beijos”

Isa suspirou. Alex viria visitá-la? Quando, como? Se não bastasse o luau, agora essa. Alguma dúvida de que não conseguiria dormir de ansiedade?

Terminada a conversa, foi logo falar com as meninas. Bruna estava sentada mexendo no celular, e  Rafaela estava ouvindo música. Sabia por conta do fone.

−Vocês já tem carro para o sarau?

−Não. Respondeu Rafaela,  extasiada.

−Querem vir com o Sebas? Ele vai me levar.

−Huum, achei que tivesse namorado. Falou Bruna, com um sorriso muito malicioso.

− Tenho. Mas ele é um só um amigo, já falei.

−Tá certo. Falou Rafaela, e as duas se entreolharam. Isa até admitia que Sebastian pudesse gostar dela, mas o coração da mesma era de Alex e ele tinha que se acostumar com isso.

Logo, entraram em outro assunto, e a noite se passou. Logo, logo, Isa iria ter uma surpresa.

No outro dia, tudo aconteceu como combinado. Isa foi ao encontro de Sebastian, que estava vestido com uma regata e um shortão, e juntamente com os outros garotos, eles foram para a praia na hora da troca de turnos.  Já na praia, eles se juntaram a um grande grupo de adolescentes e armaram uma fogueira. Isa, que estava vestida com uma blusa rendada e um short, tirou a roupa e ficou só de biquine. Notou o olhar de alguns rapazes no seu corpo definido, inclusive  Sebastian.  Ficou um pouco envergonhada, mas não pôde dizer que não gostou.

−Estamos aqui reunidos, amigos e amigas− Disse Erico, um rapaz negro e alto, que era um dos mais velhos do colégio, com cerca de 20 anos− para comemorar a volta  ás aulas. E que se comece mais um ano, mais um período de nossas vidas.

− No seu caso, mais um terceiro− Brincou Joana, uma menina que iria começar a fazer música também.

−Sim, mais um terceiro! Levou na esportiva Erico, que estava cursando pela terceira vez o terceiro ano de cinema. Ele quase nunca frequentava a aula, e era sempre o organizador das festinhas da turma.

Pegou então um violão e falou:

−E para começar com chave de ouro, vou cantar Tudo que Você Quiser.

E olhando fixamente para uma branquinha que estava ao seu lado,  cantou:

“ Tem dias que eu acordo pensando em você, em fração de segundos vejo o mundo desaparecer...”

Quando terminou, perguntou:

−Alguém quer cantar alguma coisa?

Então Rafaela, corajosamente pegou o seu violão e começou:

“O seu silêncio começa a incomodar, o seu sorriso me deixa sem ar... Conversas longas, conselhos de dei...”

Rafaela cantava, olhando para o nada e para ninguém. Isa tinha a impressão que a música era para algum garoto. Quando rolasse a oportunidade, iria perguntá-la.

Depois que ela terminou, várias outras pessoas cantaram. Ela teve a impressão de sentir os olhos de Sebas de vez em quando nela.

Erico cantava pela terceira vez, quando falou:

− E as melhores surpresas ficam para a última hora. Já é tarde, são quase 10 horas e temos de voltar. O mata leão não dura para sempre. Riu e Isa se perguntou se era essa a distração que Sebas falava.

−Vai que é tua Sebas.

Então Sebastian pegou o violão e falou:

−Eu, para quem não sabe, além de desenhar, sei cantar... E dias desses, escrevi uma canção... Gostaria de compartilhá-la com vocês.

“ És a mais bela moça a quem posso conhecer...  Desde que pude te ver, as coisas foram a acontecer...  Nunca havia amado tanto alguém, como faço para ter seu coração, meu bem?”

E enquanto cantava, olhava fixamente na direção de Isabella, que empalideceu. Ele estava cantando para ela?  Apesar de fofo, Isabella não amava Sebas, sabia disso. Sempre havia sido sobre Alex e dessa vez não seria diferente.

“ Queria eu ter a sorte de ter comigo, te ter mais que teu amor.... teu amor de amigo...”  Nessa altura, Isa já estava morrendo. Todo mundo a olhava, e ela queria enfiar a cabeça num buraco. Bruna e Rafaela a olhavam do outro lado da fogueira, como se dissessem: Eu sabia, ao passo que Linda olhava com raiva Isa.

Quando a música terminou, todos aplaudiram e Erico, olhando o relógio, falou:

−E assim termina a noite! Semana que vem tem mais! E todos foram se dispersando.

Isa, com raiva de Sebastian, perguntou á Natasha e Andreza se podia ir com elas, que aceitaram.  Ela sabia que isso tava errado, não era assim que as coisas deviam correr. Até por que, Sebas havia a conhecido há tipo, três dias. Ninguém se apaixona tão rápido assim.

Quando o carro ia chegando, percebeu que os seguranças estavam lá. Acordados. E estavam mandando todos descerem dos carros. Quando o carro foi estacionado, um segurança gorduxo e velho, foi logo mandando todos descerem e pedindo para assinarem seu nome numa lista.

− Todo mundo assina o nome na lista, depois,  é com o diretor.

Isa ficou apavorada e se perguntou se esse era o fim do seu sonho. Não tinha condição de pagar a escola, isso era óbvio. Se a bolsa fosse anulada, não sabia o que faria da vida. Não pôde deixar de culpar Sebastian. Se não fosse por ele, ela não estaria nessa emboscada.

Após assinar, recebeu um abraço carinhoso da Andreza, que falou:

−Não se preocupe, tudo vai dá certo. Não, não chora, não se preocupe.

Então foram entrando, e logo o segurança  encaminhou todos a sala do diretor.

O diretor ia chamando um a um a sala, e todos saiam com um papelzinho na mão. Quando Bruna saiu da sala, Isa correu e foi perguntar qual é a  punição.

−Cada pessoa tem uma. Como a filhinha dele também está nessa, então ele não pode simplesmente ir expulsando-nos. Ele ligou para o meu pai, falou sobre o ocorrido e me deu um cartão amarelo. Isso é, mais um desse e eu sou expulsa. Para que a gente aprenda sobre responsabilidade, ele tá mandando cada um fazer um serviço diferente, que seria dos funcionários. Eu terei de trabalhar na cozinha.

Isa arregalou os olhos e ficou se perguntando qual seria sua tarefa.  Tinha medo da reação de seus familiares, muito conservadores.  Mas ao mesmo tempo estava um pouco aliviada, visto que não seria expulsa. Agora era só não se meter em confusão de novo.

Pouco a pouco, os conhecidos de Isa foram indo. Rafaela, ficou com a arrumação das salas, teria que fazer isso por um período de uma semana. Sebas saiu e logo olhou para Isa, que  no entanto, recusou qualquer tentativa de conversa . Linda e Reinaldo ficaram respectivamente com a arrumação da sala e a limpeza dos corredores.

−Isabella Cruz Bennevutti. Chamou o diretor e Isa entrou na sala.

− Isabella, minha querida... Você é uma das alunas de música mais promissoras de música. Tem 16 anos, e já canta como muita cantora sonha . Nunca tirava notas baixas na sua antiga escola. E também nunca havia entrado em confusão. O que aconteceu, menina?

−Des-des-culpa, falou Isa, olhando para o chão

−Eu não queria, mas sabe que tenho que tomar providências. Vou ligar para o seu pai, agora.

−Certo. Falou Isabella, tensa.

O diretor então ligou e informou  eles sobre o ocorrido. Disse também que a menina era exemplar e que tinha quase certeza que isso não aconteceria novamente , o que fez Isa ficar mais relaxada.

−Como punição para o seu, disse Daniel, após desligar, você vai tomar o lugar de alguém da escola, como devem ter lhe avisado.

−Sei.

−Sabe que temos seguranças.

−Uhum.

−Você deverá tomar o lugar de um desses seguranças.

E entregou a Isa uma tabela com horários e nomes. Isa percebeu, com grande aflição, que uma certa pessoinha indesejada ia fazer turno junto com a moça. Estava tão atordoada que nem percebeu que já deveria ter saído.

−Com licença. Disse, em meio a risinhos de vergonha, e se retirou.

Logo foi para o seu quarto, e adormeceu em meio a pensamentos. Nem percebeu, que haviam três mensagens do seu namorado no celular.