Fanfic: Algún Dia (Adaptada Ponny) | Tema: Ponny

Anahí

Meu Deus!

Isso não era pra ter acontecido. Não que eu não quisesse, mas... Não, eu não queria! Ainda bem que a Mai apareceu, me lembrem de agradecê-la depois. Eu conheço o cara há um mês e meio e já somos grandes amigos. Se esse beijo tivesse acontecido isso mudaria e, sinceramente, não queria que essa amizade acabasse. Eu gosto muito dele, me sinto segura ao seu lado.

Assim que Maite deixou o quarto, meio envergonhada, eu saí atrás dela indo na sala, já que ela disse que o Ucker queria falar com todos lá. Alfonso chegou logo depois, então Ucker, que estava em pé ao lado do sofá começou.

— Bom... nem sei por onde começar. - percebi que ele estava nervoso.

— Creio que pelo começo é uma boa opção. - disse Christian divertido.

— Cala a boca. - Maite sussurrou. - Continua Ucker.

Ele sorriu agradecendo.

— Então, como vocês sabem, há quatro anos atrás eu e a Any ficamos durante um tempo, mas percebemos que como "namorados" - fez aspas com os dedos - éramos ótimos amigos e nossa amizade dura até hoje, ela é como uma irmã pra mim. - sorriu e eu correspondi. - Então, poucos meses depois ela me convidou para uma festa na casa de uma prima. Eu fui, como o baladeiro que era. Um tempinho mais tarde a Dul disse que tinha uma amiga interessada em mim e me levou até ela. Realmente, a garota era linda, tinha os olhos mais perfeitos. E depois de uma pequena conversa, acabamos ficando. No começo, eu pensei "ah, é só mais uma", porque eu nunca fui um cara que gosta de namorar, Poncho sabe bem disso. - olhou para o mesmo que riu. - Foi uma coisa de momento, então a festa acabou e fomos embora, nem pedi o telefone dela. Mas aquela menina, aquele beijo, aqueles lábios macios... Não saíram da minha cabeça em nenhum momento. Dois dias depois, à noite, peguei o celular e liguei pra Any e pedi o telefone daquela amiga da festa, ela ficou com muita raiva e brigou comigo, eram três da manhã, mas mesmo assim ela me passou, desligando na minha cara. No mesmo dia pedi desculpas e nos resolvemos. Fiquei feito um idiota olhando o número dela sem saber o que fazer. No outro dia eu disquei e ao ouvir aquela voz... paralisei, não sabia o que dizer. Comecei todo tímido falando quem eu era e ela se lembrou. Disse que também não parava de pensar em mim. - sorriu. - Combinamos de sair e ficamos mais uma vez, e mais uma, mais uma... foi assim durante exatos três meses. Mas resolvi oficializar tudo. A chamei para jantar num restaurante que tinha acabado de inaugurar no centro da cidade. Estava lotado. Subi em cima da mesa, ela me olhava com um olhar repreensivo, sempre foi muito tímida. E lá no meio de toda aquela gente, eu a pedi em namoro. Ela não pensou nem duas vezes, subiu em cima da mesa e me beijou. E essa semana nós fizemos três anos de namoro. Claro que com brigas, separações e reconciliações, mas o nosso amor é tão forte que não se abala com qualquer coisa. - vi seus olhos ficarem cheios de lágrimas. - Ela ficou chateada comigo porque tecnicamente "esqueci" - fez aspas - de seu presente. Mas não, eu não esqueci. Jamais me esqueceria. Pedi ajuda aos meus melhores amigos aqui presentes, Chris e Poncho, para não fazer a escolha errada e o presente dela está aqui. - como? Ucker sabia de tudo isso? Chris também? - Dul, - esticou a mão para que ela se levantasse. Ucker tirou uma caixinha vermelha do bolso e se ajoelhou na frente dela que estava com o rosto molhado pelas lágrimas. - você quer ser a mãe dos meus filhos, a mulher que vai me amar todos os dias, que vai brigar comigo quando fizer uma burrada, que vai cuidar de mim quando eu estiver doente...? - ela já estava chorando descontroladamente. – Dulce Maria Espinosa Saviñón, você aceita se casar comigo?

— É claro que eu aceito, meu amor. - disse em meio a soluços. Ele se levantou a olhando nos olhos e trocaram as alianças. E se beijaram. 

Eu e Mai estávamos muito emocionados também. Desejamos felicidades aos noivos e Christian foi pedir a pizza.

Estávamos conversando na sala quando a Maite me chamou para um canto.

— Any, perdão. - pediu ela.

Não entendi.

— Pelo que?

— Por ter interrompido... Você sabe.

— Mai, relaxa! Até te agradeço por isso. - ela franziu o cenho. - Se tivesse acontecido talvez nem seríamos mais amigos como somos. 

— Any, ele te adora e jamais iria te magoar. Claro que vocês iriam continuar como estão hoje. - suspirou. - Dulce, você precisa deixar que alguém te ame.

— Não começa, ok? Foi melhor assim. É melhor assim.

Voltei para a sala me juntando a todos. A ouvi suspirar.