Fanfic: Just a Kiss .. ♪ | Tema: Just a Kiss .. ♪
Tatiana Petrovick Narrando:
Já fazem quase um mês que estou aqui em Natal, a cidade é agradável, o tempo é agradável tudo é lindo. Tirando algumas pessoas que trabalham na sala ao lado da minha tudo é lindo.
E me arrependo por ter visto a cidade como uma volta ao passado, afinal o que o quem ficaria relembrando o passado? Quem esperaria anos por alguém, ninguém faria isso, na verdade eu nem gostaria que fizesse ou sei lá, talvez eu esteja com tanta medo de encontra-lo, que tudo parece não fazer sentido.
Tudo aqui é diferente de como eu estava acostumada, na minha empresa eu mandava e desmandava, aqui não, não que eu não possa fazer isso, porque faço, mesmo não tendo direitos. Mas é que aqui as pessoas lambem o chão que o todo poderoso anda, chega a dar enjoo. O pior não é nem isso ele se acha, ele quer mandar em tudo, controlar tudo e é um puta de um chato. O cara me atormenta, ele é grosso, rude e mal educado. E como se isso fosse pouco, ainda é machista, o que é o cumulo pra um homem tão bem sucedido, tão bonito, tão interessante e tão esnobe. O Richard é bem legal, ele é engraçado, bem educado e me mostrou alguns hotéis aos quais eu poderia me hospedar junto com a minha fiel secretaria a Keyla, eu trouxe somente ela, que é a minha funcionaria mais fiel. Ela se hospedou em uma apartamento ao lado do meu, eu até insisti que ficasse no mesmo comigo mas ela gosta de privacidade então decidimos cada uma ficar sozinha mesmo. Minha mãe me liga todos os dias pra saber como eu estou, se conheci gente nova, e ela acha que sou tonta e não percebo o porque dos interesses das ligações, mas relevo. E como já disse a cidade é maravilhosa, pessoas hospedeiras, homens bonitos e a fábrica dos Lizarga rende muito, não só a fabrica como a empresa e tudo em si, sinto que fiz um bom negocio, apesar de ter sido feito com um alguém... Tão insignificante.
Hoje é terça feira, tenho uma reunião marcada pras duas da tarde, é uma reunião sobre lucros e eu estou super interessada, vai ser uma das primeiras reuniões onde eu vou estar bem a frente, na mesma altura que o Guilherme. E isso me deixa pra lá de feliz. O relógio marcava meio dia e eu já estava morta de fome, então avisei a Keyla que estava saindo pra almoçar. Fui pra um Shopping um pouco distante da empresa, porque esse aqui perto enche de gente na hora do almoço todos os funcionários da cidade aprecem que vão comer lá. Fui pra um que ficava uns minutos da empresa, fui de carro não tinha transito então cheguei rápido. Fui no primeiro restaurante que achei, pedi umas primeiras coisas que vi no cardápio, acho que era Suflê de abobora que estava divino. Não pedi sobremesa, paguei a conta e fui dar uma passeada no shopping antes de ir pra empresa. Tinha cada loja linda e não resisti quando achei um scarpin vermelho bem de frente na vitrine, na verdade não só o Scarpin mas a maioria dos sapatos que tinha ali eram lindos. A vendedora vinha caminhando em minha direção quando ouvi risos animados, na verdade era uma risada de criança, uma risada contagiante, olhei pro lado pra ver de onde vinha aquela risada e avistei uma menininha loirinha saindo de uma loja de brinquedos, ela saiu rindo e logo em seguida uma moça loira saiu atrás dela, sugeri que fosse a mãe, sorri ao olhar a menina, se a minha Isabela estivesse viva estaria mais ou menos do tamanho daquela garotinha. Continuei olhando as duas e logo em seguida saiu um homem atrás delas, cheio de sacolas e...
— Ei lindas, não vão nem me ajudar? – desmanchei o sorriso e todo o ar do mundo havia sumido, não sentia o meu coração e nem as minhas pernas, parecia que estava pisando em falso. Era ele, ele estava ali. Depois de tanto tempo, depois de ter sumido por anos ele estava ali. Na minha frente, mais lindo do que nunca. Eu pensei em chama-lo ou provocar algum som que o fizesse olhar pra mim, mas não o fiz quando vi a menininha voltando correndo pra ele. A moça que era linda ficou parada lá em pé olhando pra eles enquanto sorria.
— Papai eu quero uma boneca de presente... – A Menina pediu.
— Mais presentes? – ele falou numa voz calma, que saudade da voz dele.
— Esse é no lugar da mamãe. – a menininha que era linda e me lembrava alguém falou.
— Atá, eu tinha esquecido – sorriu e a encheu de beijos a pegando no colo e saindo dali em direção a moça que estava um pouco mais a frente esperando-os.
A vendedora que estava do meu lado me olhou.
— Ele casou – falei em um sussurro. E me apoiei na vitrine pois minhas pernas tremiam.
— Está tudo bem com você moça? – perguntou me amparando e eu assenti meio desnorteada lembrando do rosto dele e cambaleie novamente.
— Desculpa – falei pra ela.
— Tá tudo bem? – ela perguntou preocupada.
— Está sim. – sorri torto – eu só me lembrei de algo... – falei desnorteada, eu nem saia o que estava falando – desculpa, mas eu preciso sair daqui – falei de qualquer jeito e sai dali o mais rápido que pude.
Sai do shopping o mais rápido possível e parei em uma pracinha que avistei, o estacionamento era do outro lado mas a minha cabeça rodava demais pra pensar em outra coisa, em qualquer outra coisa..
Flashback On:
— Ah não, filha mulher não. – falei emburrada e ele riu
— Por que não? – estávamos sentados em uma praça, eu no meio das pernas dele enquanto fazíamos juras de amor e planejávamos o futuro.
— Porque eu não vou dividir você com outra mulher. Imagina se ela puxar a mim? – ele me olhou confuso – você vai sofrer com os garotos que vão querer namora-la.
— Pensei que fosse dizer que ela ia ser chata, ciumenta, mimada, dramática..
— Nossa amor, quanto afeto – ele riu e me deu um beijo na bochecha.
— Boba – riu – e nossa casa, que cor vai ser?
— Branca né? Tipo aqueles castelos, sabe? – ri – você vai ser o príncipe, eu vou ser a princesa e vamos viver felizes para sempre. Com um monte de frutos do nosso amor correndo pela casa..
— Um monte é? – perguntou presunçoso.
— 2 – falei rápido me dando conta da besteira – um menino e uma menina.
— Isabela e Felipe? – sugeriu.
— Não, eu gosto de Laura – sorri – Laura e Lucas, o que se acha?
— Prefiro Isabela..
— Você não prefere nada, eu que vou segurar por nove meses.
— Mas você sabe de onde o filho é gerado, né? Daquele lugar que fica... – o interrompi gargalhando.
— Tá bom amor, me poupe dos detalhes sórdidos.
— E você vai querer o que? Quantos andares?
— Que?
— A nossa casa amor, quantos andares?
— O que caber no seu bolso amor. Podem ser dois cômodos, quatro cômodos, dois andares, cinco andares. O importante é a gente estar junto.
— Não, o importante é a gente se amar, sempre..
— Então isso não vai ser problema... – falei presunçosa.
— Tenho certeza que não... – sorriu e eu me virei para beija-lo.
[...]
— Eu não quero tirar o meu filho. – gritei.
— O seu filho não tem pai – Meu pai respondeu no mesmo tom.
— Isso não é verdade, ele tem pai sim.
— Tá bom, então onde está o pai do teu filho? – perguntou irônico – ele sumiu no mundo filha. Nem quis saber que você estava esperando um bebê dele.
— Isso não é verdade, ele não faria isso comigo. Você disse que tinha falado com ele...
— E eu falei, mas ele não deu ouvidos, não quer esse bebê. – tampei os ouvidos com medo do que ele fosse dizer.
— Eu não quero mais ouvir nada, não quero – pedi chorando descontroladamente – O Miguel não faria isso, não faria.
— Ele não vai voltar querida. – falou calmo.
— Sai do meu quarto, sai do meu quarto agora... – gritei com ele – SAAAAAAAAAAAAAAAAAI, EU MANDEI VOCÊ SAIR..
— Tudo bem, eu tentei – levantou as mãos se rendendo – você não quer me ouvir, mas um dia você vai entender que tenho razão.
— Sai daqui – falei em um sussurro.
— Depois a gente conversa filha..
— Eu não quero conversar com você, eu só quero que você me deixe em paz com meu bebê. – disse chorosa, mas ele já havia saído do meu quarto, caminhei até o closet e peguei uma foto minha e do Miguel, sentei-me no chão e passei a mão em seu rosto. – você não me abandonaria, né? Eu sei que não amor, é o nosso bebê. lembra? Se for menina eu juro que coloco o nome de Isabela, mais vem me buscar. Me leva pra morar com você, mais me tira daqui. Por favor....
Fui despertada dos meus pensamentos com o meu telefone tocando...
Flashback Off.
— Keyla? – atendi o telefone chorosa.
— Tati cadê você?
— Aconteceu uma coisa, muito, muito chata.
— Tão chata a ponto de te fazer esquecer da reunião? O todo poderoso tá bufando aqui.
— Meu Deus a reunião – funguei, sim estava chorando e pelo jeito iria chorar o resto do dia. – meu Deus eu esqueci.. É que aconteceram umas coisas, eu juro que esqueci.
— Ele tá muito bravo, te chamando de incompetente.
— Eu estou indo, mas a reunião não eram duas horas? Não são duas horas..
— Foi antecipado, alguns acionistas tiveram imprevistos e então ele adiantou pra meia hora antes.
— E você não me avisou por quê?
— Eu até tentei, mas o teu telefone só dava fora de área. E todos estavam aqui, menos você.
— E você não fez nada?
— Te representei, sei que não devia mas se não fizesse isso ficaríamos totalmente de fora de tudo.
— Fez bem, fez muito bem – suspirei.
— Vem pra cá, eu tenho muitas coisas pra te dizer e você precisa arrumar algumas outras, vem já pra cá.
— Eu to indo, não vou demorar. – falei desanimada.
— Tati espera – ela falou antes de eu desligar – aconteceu alguma coisa muito séria?
— Depois eu te explico – desliguei o telefone.
Levantei daquela pracinha e fui em direção ao estacionamento, paguei o mesmo, peguei o carro liguei e sai dali o mais rápido possível. O caminho todo pra empresa foi triste, eu via o Miguel em todas as vitrines, em todos os carros, em todas as ruas. Parecia que eu o via feliz, ao lado da família feliz dele, família que ele me prometeu construir ao meu lado. E eu tinha me esquecido como ele era lindo, como era carinhoso. Tão alegre nem parecia lembrar da minha existência ou que algum dia tivemos algo.
Ao chegar na empresa, antes de sair do carro eu peguei um óculos escuro dentro do porta luvas e coloquei o mesmo, coisa que nem adiantou muito já que a minha cara estava inchada. Entrei na mesma e subi direto pro andar aonde ficava minha sala, a Keyla estava por lá e me viu passando...
— Tati eu...
— Depois a gente conversa Keyla, eu quero ficar sozinha – a interrompi.
Entrei na minha sala, empurrei a porta acho que nem fechou, só sei que fui direto pra minha cadeira e me debrucei sobre a mesa, eu sabia que ele vivia outra vida aqui mas não queria ver, não queria. Fiquei alguns minutos ali, pensando, mas fui despertado dos meus pensamentos quando alguém abriu a porta com força a fechando da mesma forma.
— Que tipo de criança você acha que comanda isso aqui? – O Guilherme perguntou bravo se aproximando da minha mesa – chegou toda cheia de marra, dizendo que eu era incompetente.
— Guilherme eu...
— Você nada – me interrompeu – contrato é contrato, você deveria estar aqui na hora marcada e em qualquer outra hora, você tem responsabilidades como todos aqui dentro. Você não é melhor do que ninguém pra achar que deve ou não deve aparecer em uma reunião. E não me venha com desculpas esfarrapas, disse que era competente, mas até agora só me deu motivos pra julgar a sua competência e todo o resto. Isso aqui não é cozinha, isso aqui não é um casa de bonecas, isso aqui é vida real! Todos aqui dependem disso e vivem disso. Você não é melhor do que ninguém pra deixar todos esperando, ou se dar ao luxo de faltar em algo tão importante. – ele gritava – se você veio pra brincar sinto muito, mas pode dar meia volta e voltar de onde veio, porque eu não tenho tempo pra crises de mulher e muito menos pra incompetência, não tenho tempo, não tenho paciência e não tenho porque ficar acobertando os seus furos. – ele falou sério – eu espero que isso não se repita de novo, você pode até ter um contrato comigo, mas não deixa de ser funcionaria da empresa como todos aqui, então se coloque no seu lugar, você não é melhor do que ninguém. – falou agora calmo, mais eu preferia quando gritava – e pode ir pra casa tirar o resto do dia, aproveita e leva essa tu secretaria, vocês não tem nada o que fazer aqui hoje. Espero que isso não se repita.
Falou arrogante e saiu batendo a porta, taquei a primeira coisa que achei pela frente e joguei na porta, desgraçado.
— Imbecil, idiota, trouxa – falei voltando a chorar quando abriram a porta.
— Tá tudo bem? – perguntou preocupada e eu levantei os óculos.
— Pareço bem? – Perguntei com ignorância.
— Ei calma, só queria ajudar – apoiei os braços na mesma e coloquei minha cabeça no meio deles – o que aconteceu Tati? – perguntou se aproximando – eu quero ajudar. – suspirei e levantei a cabeça.
— Eu vi o Miguel. – falei o mais rápido que consegui.
— Aquele Miguel? – perguntou confusa – aquele que sumiu?
— É – assenti – eu procurei ele por tanto tempo e ele hoje estava ali, pertinho.
— E então porque você tá chorando? – sorriu fraco, no fundo ela sabia porque.
— Ele tá casado Keyla, ele tem uma filha – limpei uma lagrima que caiu – você pode não entender, você pode achar que é loucura da minha cabeça mas, a gente sonhou tanto em ter uma filha, em construir e uma família e agora ele tá construindo uma família com outra mulher. Ele seguiu a vida dele...
— Oh amiga – ela veio me abraçar – não fica assim.. – colocou uma cadeira no meu lado e deixou que eu me encostasse nela, eu não tinha amigas, eu não tinha quase ninguém e ela era a única que estava ali, que sabia do Miguel. Desde que meu pai morreu ela virou mais que uma secretaria, ela virou uma grande amiga.
— Eu não tenho ninguém Keyla, a minha filha morreu, o meu pai morreu e a minha mãe – ri entre o choro – a minha mãe nem liga pra nada, vive por viver e pra gastar dinheiro. Tudo o que eu tinha era ele, entende? Ou a esperança de encontra-lo um dia.
— Mas você o encontrou.
— Casado e feliz. A filha dele é linda Keyla, a menina é linda...
— Não fica assim vai..
— E pra acabar de completar ainda tem esse cara, escroto que acha que o mundo gira em torno dele.
— Ele tá furioso com você.
— Eu vi, ele fez questão de me mostrar isso. Mas tudo bem, amanhã eu me viro com ele. Agora eu só quero colocar os pensamentos no lugar e ir pra casa.
— Como assim? – perguntou confusa.
— Eu vou pra casa, ele me mandou ir, mas eu vou porque não estou com condições de ficar aqui, to ficando maluca..
— Quer que eu vá com você? – assenti
— Preciso desabafar com alguém. – suspirei e levantei – você vem? – ela assentiu e então saímos daquele lugar..
Cheguei em casa e me joguei no sofá, a Keyla decidiu passar a noite comigo, e eu precisava mesmo, tudo o que eu precisava era não me sentir sozinha. Conversamos a noite toda e depois de chorar muito eu consegui pegar no sono.
Fim de narração
Guilherme Lizarga Narrando.
— Incompetente, é isso que ela é. – falei irritado batendo a caneta na mesa.
— Você nem esperou pra saber a versão dela. – O Richard disse. Estávamos na minha sala, comentando o corrido do dia anterior.
— Para com essa mania de defender todo mundo caramba. Tá errada e pronto, não é só porque ela é mulher que não merece levar uma advertência como todos aqui.
— Você não foi só por isso Guilherme, a moça representou ela perfeitamente. Você ficou todo irritado porque ainda não aceitou que assinou contrato com uma mulher.
— Que? – perguntei confuso/irritado – isso é loucura da sua cabeça, e aquela maluca de vez me provar que estava errado não, só me prova ao contrario.
— Acho que tu tem uma queda por ela.
— Queda? – ri – eu tenho um tombo – falei irônico – mulher mais chata, cheia de si, odeio mulheres cheias de si.
— Prefere aquelas submissas, né? – falou presunçoso.
— Vai começar? Porque se for pra começar podemos falar da parte em que a Lorena é super independente. E ela parou de estourar os seus cartões de crédito? – perguntei irônico
— Tá afiado hein?
— Não, só acho que você não deveria jogar pedras no telhado alheio, sendo que o teu é de vidro.
— Ok, não está mais aqui quem falou. – se rendeu.
— Ótimo. – falei pra encerrar o assunto, porque se der corda ele fala até...
— Vai almoçar agora?
— Estou sem fome. Por quê?
— Por que a gente combinou de ir a uma churrascaria agora no almoço.
— A gente quem?
— Leandro, Ricardo.
— Ué, o Marcos não vai?
— Marcos tá estranho, a gente não quis chamar..
— Também tenho notado o comportamento dele.
— Você sabe que por mais que ele seja seu amigo, a gente não pode passar a vida acobertando o que ele faz, o Marcos praticamente torrou tudo o que o João deixou pra ele.
— Eu sei que não, mas fomos criados Juntos Richard, fomos criados como irmãos. Eu não posso virar as costas pro Marcos, nossos pais construíram isso aqui juntos.
— Você não deveria defender tanto o Marcos, ele não faria metade do que você já fez por ele.
— Eu não entendo essa tua implicância com ele, o cara é teu amigo.
— Você é meu amigo, eu sou teu amigo. O Marcos não é amigo de ninguém. Nem da esposa dele.
— Deu pra bater papo com mulher agora Richard?
— A Lorena me contou que a Natalia falou pra ela que não dorme com o Marcos, que ele mal frequenta a casa.
— Isso não é da nossa conta. O que ele faz ou deixa de fazer com a Natalia diz respeito somente a eles e ao Leandro que é irmão dela.
— Só estou dizendo que temos que abrir o olho com ele cara, se não é fiel em casa, não é confiável em qualquer outro lugar, na verdade o marcos nunca foi de tanta confiança, desde quando éramos pequenos ele sempre se metia em fria. E eu tenho algumas desconfianças.. – falou presunçoso..
— Puta que o pariu, você também desconfia de todos.. – falei irritado.
— Eu acho que a gente devia investigar o Marcos, saber do nome e das contas dele aqui do Brasil e fora do Brasil. A pessoa que tá roubando a empresa conhece isso aqui melhor do que ninguém, sabe de todo o esquema de segurança, sabe de tudo. E quem melhor do que eu, você e o Marcos pra saberem disso? Eu não fui, você não foi...
— Eu não vou investigar o Marcos, é sujo. – o interrompi.
— Mais sujo é rastrear sua esposa e você fez isso. – falou rápido – Rastrear o Marcos não é nada comparado a isso.
— Mania de meter a Anna em todos os assunto caramba – falei irritado.
— Eu sei o que eu acho, eu não tenho certeza e quero não ter, porque apesar de tudo, ele foi um grande amigo – olhou o relógio. – Tá na minha hora. E pensa no que eu te falei. – falou sério.
— Vai embora Richard, e depois desse almoço vai pra casa, você tá precisando de mulher.
— Só não diz que não avisei – continuou sério e se levantou saindo em seguida.
Eu continuei o meu trabalho, não estava com fome. Estava olhando umas multas da Isabel e já passava das meio dia, quando uma louca entrou na minha sala batendo a porta com força atrás de si.
— Ficou maluca, ou tá achando que aqui é sua casa pra fazer isso? – perguntei calmo voltando a minha atenção aos meus papeis.
— Deixa de ser sínico que você não fez muito diferente ontem quando entrou na minha sala. – a olhei e a mesma tinha um sorriso no canto dos lábios.
— A empresa é minha, Tatiana ! – falei simples.
— Mas a sala é minha, e você como cavalheiro deveria saber que não se grita com uma mulher.
— Com uma boa mulher – acrescentei – não se grita com uma dama.
— Oh belo exemplo de homem cavalheiro que você é, pra vir me dizer “com uma boa mulher” – falou com malemolência me imitando – sem educação e ainda é machista, faça-me o favor.
— Até agora eu não entendi porque você entrou na minha sala feito uma maluca, batendo tudo e achando que tá com moral.
— Você entrou na minha ontem, me tratou como um simples funcionário e ainda me chamou de incompetente.
— E fiz errado? Por um acaso você estava aqui na hora marcada pra reunião?
— Sínico – gritou – você tinha marcado a reunião para as duas da tarde, e não para a uma e meia.
— Você não apareceu a uma e meia e nem as duas, ou seja, i n c o m p e t e n t e .
— Você é muito sínico, nem quis saber o porque e se... – ela parou de falar e fixou o olhar em minha mesa.
— Se o que? – ela olhava vidrada pra minha mesa – o que foi? Gostou? – perguntei rude.
— É ela... – sussurrou.
— Hã? – Perguntei confuso.
— A moça que eu vi ontem, é ela – apontou pra minha mesa e só então eu pude ver pra onde olhava – quem é essa mulher? – perguntou pegando a foto da Anna de cima de minha mesa. – quem é ela?
— Minha esposa.
— Sua o que? – perguntou confusa.
— Minha esposa, tá surda? – Ela já estava me irritando com esse papo.
— Essa mulher não pode ser sua esposa. – falou confusa.
— Por que não? – perguntei irritado.
— Porquê eu a vi ontem, no shopping com um homem e uma criança, essa mulher é casada.
— Você bebeu? – perguntei bravo – coloca essa quadro ai vai, você deve estar maluca e confundiu a minha esposa com outra mulher.
— Não foi. É ela tenho certeza. Loira, alta, olhos claros... Meu Deus eu não me enganaria, é ela sim. Ela estava no shopping ontem com o Miguel e uma garotinha.
— Miguel? – perguntei confuso – que Miguel?
— Olha Guilherme, me desculpa. Mas se essa mulher é mesmo sua esposa, ou ela te chifra ou deve existir alguém idêntica a ela. – falou debochada.
— Quem é esse Miguel, inferno? – perguntei bravo me levantando.
— Miguel Azevedo. – eu lembrava do nome e só conhecia um Miguel em toda a cidade, mas não era Azevedo, era Miguel... Meu Deus.
— O fontes? – ela me olhou confusa, parecia mais confusa que eu – como esse cara é? - ela não respondeu – responde Tatiana. – falei bravo.
— Loiro alto, tem os olhos azuis e uma filha.. Ain meus Deus, eu já não sei de mais nada.
— Você deve estar enganada.
— Eu não estou – ela apontou para o retrato – É ela, eu tenho certeza. Essa mulher é a mesma que eu vi no shopping. É ela, só pode ser ela. e agora você vem dizendo que essa mulher é tua esposa..
— Ela é minha esposa! – falei irritado – Anna de Oliveira Lizarga, minha mulher, minha esposa.
— Eu não sei mais de nada.
— Eles estavam juntos? Como casal? – não esperei ela responder – é claro que sim, pra você pensar que ela é mulher dele eles só podem...
— Então ela não é mãe da garotinha?
— Mas é claro que não – levei as mãos na cabeça sem ter o que pensar – sai da minha sala, eu quero ficar sozinho. – ela colocou o retrato em cima da mesa.
— Desculpa, eu não queria que soubesse assim – a cara dela não exibia um pingo de arrependimento.
— Sai daqui – falei bravo e ela saiu.
Olhei pro retrato com desespero, eu não deveria acreditar nela, mas eu não sei da Anna, não sei da vida dela, não sei o que ela anda fazendo. Meu Deus eu não sei como e nem onde está a minha esposa. Peguei o celular as presas e disquei o numero do Richard.
— Fala... – Atendeu entediado.
— Eu quero o endereço, com quem anda, o que faz, que horas faz, e como faz. Quero saber tudo da vida do fontes agora..
— Agora? – perguntou assustado.
— Pesquisa tudo, levanta a vida dele inteira. – falei rápido.
— O que foi que aconteceu?
— Só faz o que eu te pedi, preciso descobrir algo.
— Tá falando do que?
— Vou desligar.. tenho que ir pra casa. – falei sério e desliguei em seguida.
Fim de narração.
Isabel Lizarga Narrando.
— Vai sentir saudades? – O Marcelo perguntou. Estávamos em frente de casa, ele estava encostado na moto e eu em sua frente com os braços enlaçados em seu pescoço.
— Depois dessa noite eu mal vou conseguir dormi – ele riu e me deu um selinho demorado.
— Você sabe que sempre sonhei com isso, não sabe?
— Que sonho gostoso – ele riu – a gente podia sonhar juntos mais vezes, né? – perguntei com dengo.
— Tenho plantão a semana inteira. – Fez bico e me deu um beijo no pescoço – e eu vou morrer de saudade..
— Ain meu Deus... Vem todo fofo pra depois ir embora e me deixar aqui nessa casa de loucos! – Resmunguei manhosa.
— E por falar em ir embora, acho que tá na minha hora.
— Vou quebrar a perna pra você me atender – falei emburrada e ele riu.
— Eu sou cardiologista, cuido de coração.
— Então fica, fica e cuida do meu que tá precisando muito dos teus cuidados.. – fiz bico e sorri.
— O meu tá bom e deixo ele aqui com você, quer?
— Não me acha meio maluquinha pra deixar seu coração comigo?
— Eu gosto de aventuras.. – sorriu – te adoro Isabel, e você ainda vai me deixar maluco. – riu fazendo sinal de negativo.
— Também adoro você, seu bobo – falei em um sussurro me aproximando dele e rocei nossos lábios – promete não esquecer de mim? – falei com as nossas bocas bem próximas e ele assentiu e me roubou um selinho. E sim, estava vamos dizer que apaixonada. Um dia desses marcamos de sair pra tomar sorvete com a Anna e a Laura, e acabou que quando elas foram embora rolou um beijo, o primeiro beijo. No começo eu achei que fosse só brincadeira, mas no outro dia quando acordei com a voz dele no meu ouvido, eu desejei com todas as forças que aquela voz me acordasse pro resto da vida. E desde então estamos um grude, ele tem um jeito doce, sabe conquistar, sabe ser legal, engraçado. Ele não é o Richard, não tem o jeito dele, não parece com ele, e essa é a melhor parte, com ele era somente eu e ele, não tinha magoa, não tinha amor antigo, só eu e ele!
— Tá bom Bel, agora você já pode me soltar.. – falou após encerrarmos um dos beijos que sempre eram os últimos.
— Não sei se consigo. – falei chorosa.
— Logo a gente fica junto de novo vai – assenti – agora me da um beijo que tenho que ir.
— O ultimo? – ele negou sorrindo.
— O ultimo de hoje – sorri e o beijei.
[...]
Quando entrei em casa depois de muito sacrifício a Ruth estava na sala, e soltou um suspiro quando me viu.
— Aonde vocês estava meu doce? – perguntou preocupada.
— Com o Marcelo ué, por quê?
— O seu irmão tá louco atrás de você..
— Atrás de mim? – perguntei confusa.
— Disse que é urgente, e ele não pareceu estar brincando.
— Ele já foi trabalhar?
— Não foi trabalhar hoje, tá te esperando...
— Fala pra ele que cheguei, só vou tomar um venho e já, já desço pra conversar com ele. No mínimo deve vir com reclamação, cara chato. – falei irritada e subi as escadas.
Entrei no quarto, tomei um banho rápido pensando no meu Marcelo, só sei fazer isso agora. Vesti um short jeans escuro e uma regata preta, calcei um chinelo, prendi o cabelo em um coque, passei perfume e sai. Quando cheguei no pé da escada pude ver o Guilherme sentado no sofá olhando pra baixo, ele estava esfregando uma mão na outra e batia as pernas freneticamente, parecia atormentado.
— Queria falar comigo? – perguntei quando cheguei ao final da escada, ele levantou a cabeça pra me olhar.
— A noite foi boa pelo visto, né? – falou me olhando de cima a baixo.
— Era isso então? Não me enche Guilherme. – falou mal humorada deitando em um dos sofás.
— A verdade te incomoda tanto? – perguntou irônico. Os olhos dele estavam vermelhos.
— Já comentei que a sua ironia é ridícula? Você é insuportável, cara. Não percebe? – ele abaixou a cabeça, estava tristonho, esquisito.
— Acho que a gente precisa conversar, né? – falou levantando a cabeça e me olhando triste.
— Sobre? – perguntei calma e ele respirou fundo
— A Anna. – se eu não o conhecesse diria que ele estava prestes a chorar.
— Você já não atormentou a vida dela o suficiente? Não basta?
— Eu quero saber onde ela está.
— Eu não vou contar.
— Ela é minha esposa, eu tenho o direto de saber onde ela está. Você não acha?
— Não Guilherme, eu não acho. Você vai fazer o que se souber onde ela está? Demolir a casa onde mora, humilha-la mais? Sim, porque é só isso que falta. De resto você já fez tudo.
— Será que não entende que ela tem meu nome, e que por dever eu tenho direito de saber o que ela fez e por onde anda com ele? – ele é um babaca.
— Você menti muito bem, Guilherme. – bati palmas – parabéns! – me levantei.
— Isabel espera... – ele chamou
— Me diz a verdade e eu falo aonde ela está Guilherme. Diz o que sente e porque quer vê-la? Se você continuar agindo assim o Máximo que vai conseguir saber dela é que tá feliz, ao lado de outro. – ele fez sinal de não coma cabeça, não entendi bem o porque, mas também ele não respondeu mais nada. – quer saber? Eu to com fome, com sono e quando resolver falar a verdade a gente conversa – dei de ombros e caminhei em direção a cozinha.
— EU PRECISO DELA! – parei de andar – preciso vê-la, ouvir a voz dela. Saber se está bem, se sente minha falta. Preciso dizer pra ela o nada que me tornei desde que ela se foi Bel. – me virei pra olha-lo, e só então enxerguei o meu irmão ali – Preciso saber se ela ainda me ama como eu a amo. – esfregou o rosto com as mãos – Quero trazê-la de volta.
— Tá falando sério?
— Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida.
— Promete que não machuca-la mais? Sim porque o fazer o que fez com ela em relação aos empregos já foi demais.
— Ela sabe? comentou algo com você?
— Você é um homem influente, sai em jornais, sites, revistas e todos dessa cidade amam beijar o chão que você pisa, acha mesmo que alguém negaria informações pra ela? A Anna não é burra, Guilherme.
— Dessa vez eu só a quero de volta, Bel. Preciso dela aqui. Eu prometo não machuca-la, nunca mais.
Falou sério e eu respirei fundo. Fui até uma mesinha que tinha uma agenda com uma caneta. Me sentei no sofá novamente e escrevi o endereço, e arranquei uma folha estendo-a pra ele.
— Que isso? – perguntou confuso.
— O endereço da pensão aonde ela está hospedada. Casa amarela, lado direito da rua.
— Pensão? – Perguntou inojado.
— Devia ficar feliz que ela ainda encontrou um lugar pra ficar. Não se esqueça de que você proibiu todos os comércios, fabricas e empresas da cidade de darem um emprego á ela. Devia agradecer a Deus por ela ter achado um lugar aonde ficar, por pouco dinheiro.
— Eu não sabia. – falou sincero – por mim ela ainda estaria aqui.
— Se quisesse tanto ela aqui, devia tomar decisões com mais calma Guilherme. – eu ia saindo de novo.
— Isabel – olhei pra trás – O que eu faço quando eu chegar lá? O que eu digo?
— Sério que não sabe? – perguntei irônica.
— Você sabe que a Anna é teimosa e eu não sei como anda o temperamento dela e muito menos como ela vai reagir com a minha presença.
— Você a ama?
— Mais do que tudo na minha vida!
— Isso basta pra ela, tenho certeza. Mas se quiser levar um buque de flores e um pedido de desculpas no bolso. – dei de ombros..
— Eu a quero de volta Bel. Não importa o que eu tenha que fazer pra que isso aconteça.
— Então faz...
— Desculpa atrapalhar – A Graça chegou na sala me interrompendo – Mas é que chegou um homem querendo falar com o senhor. E ele disse que não podia esperar.
— Homem? Que homem – perguntou confuso.
— Eu não sei senhor, ele não se identificou.
— Pois bem, mande-o entrar. – deu de ombros.
— Como quiser. Licença. – se retirou
— Quem será? – perguntei confusa.
— Não faço ideia. – deu de ombros.
Me sentei no sofá novamente com o Guilherme me perguntando da Anna quando o tal homem pisou sala a dentro.
— Licença Dr. Guilherme? – O Moço alto falou
— Sim eu. – O Guilherme respondeu seco.
— Eu me chamo Eduardo. Sou advogado das empresas Fontes.
— Miguel fontes? – Ele perguntou sério.
— Sim. – O rapaz respondeu.
— E o que faz aqui? Veio a mando dele? – Perguntou irritado.
— Não exatamente. – Olhei confuso pra ele – hoje eu não vim aqui no nome do senhor Fontes. Eu vim em pedido dele.
— Não estou te entendendo. – falou confuso.
— Vim no nome de Anna oliveira Lizarga. Que no entanto é esposa do senhor.
— É o que? – perguntou confuso.
— Eu tenho aqui em mãos, uma ação de pedido de divorcio da senhora Anna oliveira. – Vi o Guilherme coçar a barba e formar um soco com as mãos..
— A Anna tá me pedindo o divorcio, é.. isso? – engoliu seco.
— Esperai, a Anna quer o divorcio? – perguntei mais confusa ainda.
— Sim, pelo menos é o que ela pede nesses documentos e no processo que já está sendo encaminhado. – o Advogado disse.
— Encaminhado? – perguntou incrédulo e o advogado assentiu – a quanto tempo este processo está sendo encaminhado? Porque ninguém me avisou antes?
— Tem exatamente uma semana que comecei a mexer com o caso dela, levantar documentos, mas só hoje pude vir aqui informa-lo.
— Isso só pode ser brincadeira – O Gui falou agoniado, ele passou a mão nos cabelos meio atormentado.
— A senhora Anna, tem pressa na separação. Então eu vim aqui tentar ser o mais objetivo possível. – o Guilherme arqueou a sobrancelha pra ele. – A senhora Anna não deseja nada além do divórcio, e andei dando uma olhada na documentação do casado e vocês tem um ano e 9 meses de casado, ou seja, ainda dá tempo de anular.
— Anular? – Tá, ai ela está pegando pesado.
— Sim, tirar o teu nome do nome dela, e anular o casamento. A união deixa de existir, como se nunca tivesse acontecido.
— Ela pediu isso pra você? – perguntou confuso
— Não senhor, só estou dando uma sugestão do que possa acontecer.
— E se caso eu não quiser dar o divorcio? – O Gui perguntou.
— Entraremos na justiça pedindo o divórcio litigioso. – sugeriu e o Guilherme se calou, e respirou fundo.
— E o que ela quer? Dinheiro? Casa? Ações? – disparou do nada alterado.
— Nada foi pedido da parte da minha cliente, nada além da separação – o Guilherme ficou um tempo parado, olhando pro advogado. A testa dela estava franzida, os lábios estavam apertados e os olhos vermelhos. E o cara estendeu um envelope pra ele, que pegou e deu uma analisada rápida.
— Eu não vou dar o divorcio, não assino e não quero anulação de nada – falou sério –e pode entrar com um processo, como que quiser. Eu não dou o divórcio pra ela, e pode falar isso, que se ela quer o divorcio, ela vai ter que vir aqui e me pedir pessoalmente. – falou sério – Era só isso?
— Sim senhor.
— Então já pode sair da minha casa – falou rude – Graça –gritou e logo ela apareceu.
— Sim..
— Acompanhe esse senhor até porta.
— Sim senhor – olhou pro advogado – queria me acompanhar por favor.. – o homem a seguiu deixando o envelope nas mãos do Guilherme que me olhou com uma expressão que eu não soube identificar.
— Eu não sabia que ela...- falei sem jeito.
— Isabel por favor – me interrompeu – eu não quero ouvir mais nada.
— Mas e...
— Se alguém me chamar diga que não estou em casa – falou sério me interrompendo novamente – não quero ser incomodado.
— Guilherme... – ele segurou firme o envelope e subiu as escadas, nem aprecia o cara que a alguns minutos estava me perguntando todo feliz da esposa.
— O senhor Guilherme subiu? – A Graça perguntou assim que voltou.
— Sim – falei virando-me para olha-la. – e não quer ser incomodado por ninguém.
— Era coisa da Anna, não era? Ela vai voltar?
— Não – sorri fraco – Ela vai deixar a gente de vez Graça...
— Sinto falta dela. – apertou os lábios, e quem não sentia falta da Anna nessa casa tirando a dona Veronica?
— Todos sentem Graça.. Todos sentem – sorri e sai da sala.
Eu brigo com o Guilherme, xingo ele, fico dias sem querer trocar uma palavra com ele. Mas é o meu irmão, e eu estava triste por ele estar triste. Na verdade aqui um sempre se apoiou no outro, todos nos nós apoiamos no meu pai, e quando ele se foi o Guilherme tomou a frente de tudo e protegeu todos, e eu me perguntava de onde ele tirava tanta força e acho que agora, eu sei de onde. Peguei o telefone de casa e liguei pra Anna, eu sabia que ela estava triste, que queria pensar, mas nesses últimos dias ficamos afastadas, acho que fiquei tão feliz com o Marcelo que esqueci dela e olha só no que deu. Chamou diversas vezes mas ela não atendeu, liguei de novo e nada, então desisti. O Guilherme era orgulhoso demais pra aceitar ajuda e ficaria furioso se eu fosse até a Anna pedir para que ela reconsidera-se, e por mais que eu quisesse ajudar, só ele a faria desistir de tudo.
Fim de narração
Autor(a): Writer Sophi
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Richard Binsfield Narrando: Minha vida tá péssima, minha esposa mais briga comigo do que conversa e sem contar no arrombo que ela anda fazendo com a minha conta bancaria. E pra melhorar ainda mais, Guilherme Lizarga, o todo poderoso não aparece na empresa a três dias, tá uma bagunça só, e ele não dá nem sinal de ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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annakarolliny Postado em 22/04/2016 - 13:26:22
Volta a postar
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annakarolliny Postado em 22/04/2016 - 13:26:03
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annakarolliny Postado em 22/04/2016 - 13:24:40
Porque não postou mais ? É ótima ! Comecei minha leitura no orkut , só que você não postou mais lá e disse que iria postar aqui .. Desde então estou aguardando e até agora nada :(((
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laisse_florencia_da_cruz Postado em 21/10/2014 - 14:22:17
Web ótima...Mas pq não posta mais?? Abandonou???:/
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samanta_shulz Postado em 09/09/2014 - 20:44:28
uuuuuuuup