Fanfic: Just a Kiss .. ♪ | Tema: Just a Kiss .. ♪
As horas passam, os dias passam, os meses passam o tempo passa... Mas tudo aquilo que foi importante um dia volta, mesmo não estando presente volta, ou em forma de lembrança ou em forma de saudade.
Fazia calor e a noite era importante, Laura fontes completará 5 aninhos, não quis festa, tudo o que quis foi passar o dia ao lado do pai, que era a única coisa que ela tinha.
— Amanhã vamos comprar o meu presente, né? – A menina perguntou ao pai.
— Outro presente? – ele perguntou surpreso.
— Aquele foi o seu, a gente vai comprar um pra você dar no lugar da mamãe – ele sentiu um nó se formando na garganta.
— Acho que já está tarde né? Melhor você ir dormir – desconversou ajeitando os travesseiros da filha.
— Como ela é papai?
— A sua mãe? – ela assentiu e ele sorriu a lembrar-se – ela é linda!
— Linda como o céu estrelado?
— Mais linda que isso!
— Mais linda de todas? – perguntou animada
— Não, ela perde pra você – sorriu – acho melhor você se deitar – a menina se deitou e olhou pra ele.
— Será que a mamãe me ama?
— A gente não já conversou sobre isso? – ela assentiu – E como é que o papai ama você?
— Um bastantão assim – ela abriu os braços e ele riu.
— Exatamente, um bastantão assim. Agora você vai dormi né?
— Vou. – A menina assentiu.
— Então boa noite, princesa. Um feliz aniversário. – deu um beijo na testa dela a cobrindo. – eu te amo.
— Eu também papai – Sorriu e ele apagou o abajur saindo do quarto.
E enquanto uns se deliciavam com a paternidade, outros choravam com saudade daquilo que na verdade, nunca esteve presente...
— Eu quero o meu filho – Anna gritou em seu quanto enquanto dormia abraçada ao marido – tragam o meu filho – ele esfregou os olhos assustado e olhou pra ela que delirava – A culpa não foi minha, foi um acidente... Não, eu não o matei... Guilherme eu não o matei... Gui não, por favor não...
— Anna acorda – a chamou – Anna... – - ele a sacudiu – Anna – gritou e ela abriu os olhos e o encarou o abraçando em seguida.
— Eu o matei amor, eu matei o nosso bebê, matei.
— Não você não o matou, meu amor.
— Ele era só um bebezinho, e eu... me perdoa? Me perdoa por ter tirado a felicidade de você, me perdoa – pediu chorando desesperadamente enquanto ele abraçava apertado.
— Não tem o que perdoar, tá tudo bem. Eu to aqui.
— Não me deixa nunca.
— Nunca, eu jamais vou deixa você. – beijou-lhe o cabelo – Agora se acalma, tá tudo bem. – suspirou.
— Me abraça, por favor, me abraça.
A noite não fácil pra Guilherme, que teve que se desdobrar pra poder fazer a esposa não se lembrar da tragédia a qual, ainda estava longe de ter um fim. Mas do outro lado da cidade, outro alguém também tinha pesadelos, não eram pesadelos culposos, mas também traziam saudades daquilo que na verdade, foi tirado antes mesmo de pertencê-la.
— Isaaaaaaaaaa – acordou assustada, ela olhou pro lado e acendeu o abajur, percebendo que foi só um sonho. Respirou fundo tentando matar um pouco da saudade e da dor que mesmo após cinco anos, ainda parecia recente – Feliz aniversário meu anjinho – ela olhou pro teto como se olhasse pro céu, levou as mãos até o rosto e pode ver o anel que tinha ganhado a anos de seu grande amor, o qual ela não sabia o paradeiro – Se ao menos você estivesse aqui, pra poder me consolar hoje quando nosso anjinho completa 5 anos... Como eu sinto a sua falta Miguel, seria tudo tão mais fácil se não tivesse partido meu amor, talvez ela ainda estivesse aqui – suspirou com o coração cheio de saudade e deitou-se novamente, e depois de ter várias lembranças do passado, conseguiu dormi.
Anna Lizarga Narrando:
— Acorda amor – sacudi ele que dormia feito uma pedra, afinal, passou a noite tentando me fazer dormi – Gui acorda... – ele apertou os olhos.
— Que horas são? – perguntou rouco.
— 8:15 da manhã.
— E porque você quer acordar as 8:15 da manhã – esfregou os olhos sonolento
— A gente não ia a praia?
— Você ainda quer ir a praia, pensei que depois de ontem ia desistir – disse com os olhos fechados ainda.
— Você prometeu passar o dia inteiro comigo. Vai levanta – falei puxando o braço dele que abriu os olhos me encarando.
— Você tá melhor? – assenti – tem certeza?
— Tenho. Agora levanta vai. – ele sorriu e levantou, chegou na porta do banheiro e votou me dando um selinho.
— Esqueci amor, bom dia – ri
— Bom dia – Sorri e ele entrou no banheiro.
Eu vestia somente um roupão, não consegui dormir e logo cedo já estava de pé então me precipitei e tomei um banho. Ele saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e foi até o closet voltando vestido em uma bermuda bege e uma camisa polo vermelha.
— A gente vai tomar café e logo depois vamos né? – assenti – Não vai se trocar?
— Vou sim.
Me levantei e fui até o closet, vesti um biquíni tomara que caia listrado e a parte de baixo branca. Coloquei um short jeans branco e uma regatinha verde, calcei uma chinelo e prendi o cabelo em um coque. Quando sai o Guilherme falava ao telefone, parecia bravo mais desligou assim que me viu.
— Pronto? - assenti
— Algum problema? – negou rapidamente
— Nada que você possa resolver – falou impaciente.
— Desculpa não tá mais aqui quem falou – falei sem graça.
Descemos e tomamos um café rápido e silencioso, ele ultimamente só sabe me tratar mal e nunca pede desculpas, então eu relevava porque não adiantaria de nada mesmo, porque no final sempre dava briga.
[...]
— Que caminho é esse? – ele riu – Há Guilherme você tinha prometido que íamos a praia.
— E vamos.
— Então porque ainda estamos andando se a praia é logo ali, atrás?
— Qual é a atração da praia? – perguntou sem tirar os olhos da estrada.
— O Mar?
— Exatamente, e não precisamos da areia, de gente falando, de homens olhando pra sua bunda, certo?
— Guilherme o que foi que você aprontou?
— Nada, nós só iremos a uma praia sem areia, só a gente. – ri
— Até parece, nunca vi praia sem areia, só se a gente estivesse indo pra uma passeio de barco ai sim seria... – ele riu – a gente vai andar de barco? – perguntei séria.
— Era uma surpresa. – coloque a mão na boca assustada.
— Você sabe que isso não é uma boa ideia que dá ultima vez eu... – me interrompeu agora me olhando.
— Da ultima vez eu não estava lá, quando foi que as coisas deram errado comigo?
— Nunca.
— Então pronto, a gente vai sim e você vai adorar.
— Não vou não.
— Vai, é claro que vai. E fique você sabendo que não engoli até hoje esse seu passeio de barco com a Isabel.
— Guilherme eu tinha 14 anos.
— Não importa, foi com ela e não comigo. – revireis os olhos e ele sorriu.
Quando chegamos ao porto ele estacionou o carro e tapou minhas vistas com uma venda preta. Saímos do carro e ele me abraçou pro trás, me guiando.
— Posso tirar? – perguntei impaciente.
— Não, já estamos chegando.
— Eu não vejo a hora de tirar essa faixa. – resmunguei.
— E eu de tirar esse seu biquíni. – sussurrou no meu ouvido.
— Eu deixo você tirar depois – ele riu e desamarrou a facha
— Fecha os olhos – fechei e ele tirou a facha – pode abrir agora.
Abri os olhos e era uma lancha, não era grande mais também não era pequena, era perfeita.
— Hoje eu vou ser o menino por quem você se apaixonou. – sussurrou me abraçando apertado – Quero me redimir por todos os dias que tem chorado.
— Você sabe que essas coisas que faz são lindas, mas que talvez uma só palavra mudasse o rumo das coisas. Ás vezes a gente tem que assumir quando erra e...
— Não peço desculpas porque não me arrependo de nada que faço Anna. Um homem de verdade, não se arrepende das escolhas que toma.
— Um homem de verdade, erra e assumi seus erros, ninguém é perfeito.
— Mas o dia está perfeito – me deu um beijo no pé da orelha – e eu quero passar ele com você – sorri e me virei pra ele
— Quando foi que arrumou tudo isso hein?
— Um pouco antes de dormimos, sabe que nunca fui tão fã de praia né?
— Eu sei.
— E então, vamos entrar?
— Quem vai pilotar esse troço?
— A Lancha? – Ele perguntou confuso e assenti – qual a parte do só eu e você o dia inteiro, você não entendeu?
— Você sabe? – perguntei surpresa.
— Tem tanta coisa sobre mim que você não sabe – falou animado e quando eu fui abrir a boca pra perguntar quês coisas são essas que eu não descobrir em todos esses anos, ele não deixou, me interrompendo – Você tem a vida toda pra descobrir. Agora vem...
A gente subiu na lancha e não era tão grande assim, quer dizer. Pras duas pessoas ela era perfeita, tinha um quarto uma sala cozinha pequenas, a que andei com a Isabel era quase assim, mais só tinha uma mini cabine, não era igual essa, na verdade eu não me lembrava bem, fazia tanto tempo.
— Sério que sabe pilotar isso? – perguntei pra ele que mexia em umas coisas, ele riu.
— Se eu não souber a gente fica no meio do mar ué.
— Se tá de brincadeira né? – perguntei assustada.
— Relaxa vai – ligou a bandita lancha – se vai gostar, tenho certeza!
Tá que eu estava com medo, mas não podia negar que ele ficava um gato dando uma de marinheiro. O Gui era na maioria das vezes sério, até comigo ele era sério, mais também quando sorria derreteria uma geleira e faria qualquer pessoa, por mais fria que fosse, sorrir também. Ele estava de óculos escuros e logo tirou a camisa sorrindo pra mim. E depois da andar bastante ele parou, já estávamos muito longe da praia, melhor dizendo, não pegamos a lancha na praia, mas já estávamos bastante longe de onde tínhamos pego.
— Tá fazendo o que? – perguntei pra ele que tirava a bermuda que vestia.
— Vou entrar na água, não vem?
— Pode ir na frente, eu vou logo atrás – ele riu
— Vem logo caipira.
— Eu não sou caipira. – resmunguei.
— Se você não pular comigo, eu vou achar que é.
— Então tá, eu sou! – ele riu e se aproximou – não, pode se afastando de mim.
— Vamos entrar vai, não viemos aqui á toa. – ele pediu cauteloso.
— Gui escuta, eu não sei nadar direito, eu tenho medo. – choraminguei.
— Ah minha caipira, não precisa ter medo. – riu – Você não vai tirar a roupa não? Ou vai entrar de roupa e tudo? – eu ia falar, mas ele não deixou – e não, não vou pular sem você.
— Você é um chato – choraminguei tirando a blusa e logo o short – Você vai ter que ficar perto de mim.
— É claro que vou ficar, agora vem – riu e estendeu a mão pra mim – tá tremendo Anna?
— Eu to com medo. Eu nunca mergulhei de uma altura tão grande, em mar aberto. – fiz bico dando a mão pra ele.
— Fecha os olhos e pula, vai dar tudo certo.
— E se eu me afogar?
— Eu vou estar lá em baixo caipira, vai acontecer nada não – ele riu e foi pra beirada mee arrastando junto.
— Gui – choraminguei.
— Eu te amo – sorriu – e te espero lá em baixo – piscou soltando minha mão e se jogou em seguida, num mergulho dos deuses, devo admitir. Ele voltou a superfície – vem amor. – gritou.
— Eu não vou não – choraminguei.
— Vem que eu te seguro. – neguei – você confia em mim?
— Confio Gui mas...
— Então pula, vem...
— Tá eu vou pular. – ele riu
— No três então? – assenti e respirei fundo – um, dois, e...
— HAAAAAAAAAAAAA – Pulei.
A água tava muito gelada e eu afundei, literalmente. Só pude sentir quando o Gui me puxou pra cima, ele tinha as duas mãos na minha cintura e me abraçou forte.
— Tá tudo bem? – perguntou preocupado enquanto me trazia a superfície. Assenti desesperada e ele acariciou meu rosto.
— Eu vou matar você – rosnei e ele riu – e não me solta. – pedi o agarrando mais.
— Quem disse que vou soltar? Mas fala a verdade, nem foi tão ruim assim, não é? – selinho.
— É, com você aqui pra ir me buscar lá no fundo, não foi mesmo não.
— Seu primeiro banho de mar aberto ao meu lado.
— Ao seu lado e o primeiro né?
— Ué, não entrou na água quando veio com a Isabel? – falou irônico.
— Não, foi exatamente isso que deu errado, amarelei na hora.
— Mas é uma provinciana mesmo. – dei um tapa nele – uma provinciana linda, devo admitir, linda e minha – sorri – mas não me importo de ter sido o primeiro a dar um mergulho no mar com você.
— Você e essa sua fascinação em querer ser o primeiro em tudo na minha vida.
— É que o primeiro a gente nunca esquece – riu.
— Mas é o ultimo que realmente faz a diferencia.
— Não tenho problemas com isso, posso te ver velinha ao meu lado.
— É mesmo? – ele assentiu – e como eu estou?
— Ainda é meio provinciana, mas continua linda.
— Você é um bobo. – ri
— Mas é o bobo que você ama. – ele roçou nosso narizes.
— Não, eu amo você. – Beijei seu nariz.
— Eu também Anna, eu também – sorriu e me deu um selinho, que deu inicio a um beijo. Calmo e apertado, já que eu entrelacei pernas e braços nele. O beijo estava tão bom que quando encerrávamos um eu já começava outro, gostava de sentir esse calor do corpo dele, essa proteção e ele sabia disso, por que me abraçou forte durante um beijo e mergulhou... É ele mergulhou. E eu juro que nunca tinha experimentando sensação melhor.
A gente ficou bastante tempo ali na água e depois de muito ele insistir, eu mergulhei novamente, é eu subi na lancha de novo e pulei, achando lindo ele se achando dizendo que foi ele quem me ensinou Eu nem queria mais sair da água, mas me deu fome e a gente subiu na lancha novamente. Me sentei na frente da lancha, o vento batia nos meus cachos úmidos e o sol estava incrível, igualzinho a visão do mar.
— E então, o que tem pra comer? – perguntei pra ele que vinha com uma bandeja cheia de coisas, ele se sentou ao meu lado.
— Tem eu, serve? – perguntou divertido.
— Quando você disse que iria ser o meu menino hoje, eu não imaginava que seria tão real assim. To começando a sentir falta do meu Gui homem. – provoquei.
— Amor decida-se. – fiz careta pra ele – Mas já que voc~e quer uma demonstração masculina – falou malicioso – Então podemos comer depois, a gente ainda tem tempo mesmo. – deu de ombros.
— Não, eu to com fome – ele arqueou uma sobrancelha – sério! – fiz bico.
— Tá bom – suspirou – temos peixe a escabeche e um vinho, maravilhoso.
— Você também fez isso? – perguntei surpresa.
— Não, mas eu pedi pra que fizessem no capricho – ri.
Ele colocou a bandeja na minha frente e serviu o vinho. Almoçamos na maior paz possível, com ele tentando me agarrar a cada garfada que eu dava. Terminamos de comer e ele levou a bandeja, quando voltou ele se deitou e me colocou em cima dele com a cabeça em seu peitoral enquanto fazia carinho na mesma. O sol já estava um pouco fraco, o vento era um pouco mais forte, e fiz questão de me enroscar nele o máximo possível para ficar aquecida.
— Amor – chamei
— Oi
— Quem te ligou hoje de manhã? – perguntei levantando a cabeça para olha-lo.
— Era coisa de trabalho. – deu de ombros.
— Que tipo de coisas?
— Coisas que não vão interessar você Anna, tenho certeza. – me sentei.
— É a sua vida Amor, e ela me interessa. – ele bufou irritado – e então?... – insisti.
— Era o Richard.
— Em pleno domingo?
— Era importante.
— Aconteceu alguma coisa?
— Ainda não, mas acho que vai acontecer – se sentou também e eu o olhei confusa – tem 6 meses que a empresa vem sofrendo alguns desvios de dinheiro, não são quantias altas.
— E você já tentou descobrir quem é?
— Esse é o problema, a conta pra onde está indo se desloca de 5 em 5 horas, então é quase impossível saber pra onde está indo.
— E você tá com medo de que comecem a desviar quantias altas?
— Exatamente, porque isso é só um teste, e se não estamos conseguindo rastrear a conta, se caso sofrermos um desfalque perderemos sem chance nenhuma de encontrar.
— Não desconfia de ninguém?
— Eu desconfio de muita gente, mais não posso sair acusando todos, entende?
— Entendo sim – sorri – mais vai dar tudo certo, se vai ver.
— Tomara, mas não quero falar disso, tirei o dia pra relaxar.
— Quer que eu te relaxe? – perguntei presunçosa avançando pra cima dele.
— Quero, quero muito – riu e eu sentei em seu colo, com uma perna de cada lado.
— Eu amo tanto você – falei enquanto distribuía beijos molhados pelo seu pescoço.
— Ah Anna, você ainda vai me deixar louco. – ri – mas eu também te amo – ele passou uma mão por dentro do meu cabelo e levou a minha boca até a dele, roçando nossos lábios – muito – me beijou.
Eu me inclinei em cima dele e o mesmo foi deitando novamente, sem parar o beijo. Subi uma das minhas mãos até a nuca dele e a outra eu arranhava a sua barriga de leve enquanto ele tinha as duas mãos na minha cintura me apertando. Ele nos virou de modo com que ficasse por cima de mim e agora beijava o meu pescoço, enquanto invadia a calcinha do biquíni com uma mão, soltei um gemido alto quanto senti seus dedos se encontrarem com o meu sexo, ele me acariciava e me dava beijos molhados no pescoço enquanto eu arranhava devagar as suas costas e gemia baixinho em seu ouvido. Desci minhas mãos até a sunga dele e a puxei pra baixo, ele riu contra o meu pescoço e desamarrou a parte de cima do meu biquíni, beijando um dos meus seios bem delicadamente enquanto massageava outro revezando entre os dois. o Gui continuava me acariciando lá em baixo, e logo introduziu um dedo dentro de mim, me fazendo soltar um gemido um pouco mais alto, e eu soltei um grito rouco quando ele introduziu outro, fazendo um movimento de vai e vem rápido e muito gostoso, eu gemia descontroladamente e ele tinha uma cara séria me encarando e quando eu estava quase gozando o Gui retirou os dedos de mim e me deu um beijo estalado. Terminei de retirar a parte de baixo do biquíni e ele também retirou a sunga com os pés, abrindo as minhas pernas e se encaixando no meio delas em seguida, ele alinhou seu membro na minha entrada e o fato de estarmos no maio do mar, sozinhos, era muito, mas muito excitante. Ele me encarou sorrindo.
— Jeito bom de relaxar – fechei os olhos e apartei os lábios com força, com a sensação maravilhosa dele entrando em mim...
Fim de narração
Cristine Beistorf Narrando:
Toda a raiva existente no mundo estava em mim no momento, eu me preparei pra ser esposa dele, eu vivi a minha vida pra isso. e ele chega em casa todo apaixonado, feito um adolescente ao lado daquela coisa dele, como, como meu Deus? A vida que ela vive me pertence, a família que ela tem me pertence, o nome que carrega me pertence e o marido, há, esse sempre me pertenceu. Inventei qualquer desculpa pra Veronica e fui embora, já que quando ela está por perto ele me ignora. No caminho liguei pro Marcos, somente pra avisa-lo que os planos dele estão péssimos, na verdade ele é um imprestável e acha que envenenando o Guilherme vai conseguir, separa-lo da coisinha simples e sonsa.
— Como assim, estão bem? – O Marcos perguntou irritado, estávamos na sala do meu apartamento e ele andava de um lado pro outro.
— Estando ué, chegaram feito um casal patético de adolescentes.
— Você não disse que eles não estavam bem?
— Pelo menos quando eu sai da casa dele ontem, ela me pareceu brava, muito brava.
— E você acha que isso iria separa-los? Eu não sei como ainda confio em você, inútil demais, amadora demais.
— Amadora?
— Claro, essas provocações ridículas que você faz não causa efeito algum sobre ela.
— E o que você quer que eu faça? Que a atropele de novo? – ele parou de andar e me encarou bravo.
— Nunca mais repita isso, está me ouvindo? – veio em minha direção – se alguém escuta você dizer isso, acabou entende? Acaba pra mim e acaba pra você.
— Tá me ameaçando? – desafiei
— Não vou precisar te ameaçar se caso um dia o Guilherme descobrir isso, ele pode ser o que for, mas quando sente ódio de alguém, ele não pensa duas vezes antes de acabar com a vida da pessoa.
— E mesmo assim você ainda quer roubar a mulher dele? – perguntei irônica – me poupe das suas ameaças e dos seus medos Marcos, se tem tanto medo assim do Guilherme, desiste da caipira do agreste e vá ser o capacho dele pro resto da vida.
— Eu não posso desistir dela, não posso.
— O que você viu naquilo hein?
— O que eu não vejo em você. Anna é um anjo, você é um demônio.
— Somos. – Pisquei.
— Eu fiz por amor.
— Você fez por gana, você a deseja porque não pode tê-la.
— Um dia isso vai mudar Cristine.
— É mesmo, e o que pretende fazer pra mudar isso? O Guilherme não vai encostar um dedo se quer em mim, enquanto estiver vivendo o conto de fadas com ela.
— Mas ele não confia nela, e podemos nos aproveitar disso. – disse presunçoso
— Eu não sei, ela é perfeita demais, nunca erra, nunca mente. Talvez devêssemos desistir.
— Não, isso não – falou bravo – começamos e agora vamos até o fim, com tudo.
— E se descobrirem, hum? Já parou pra pensar nisso?
— Nunca vão descobrir, não há como descobrir. – me tranquilizou.
— Eu quero o Guilherme de volta, nem que pra isso eu tenha que mata-la, ou tentar...
— Não ouse encostar um dedo nela. Claro, se não quiser que nada aconteça ao seu amor.
— Eu não suporto mais esperar caramba.
— E pretende fazer tudo precipitado? Entenda que pra ter vitoria é preciso de calma, se você for com muita cede ao pote, todos vão perceber.
— E o que você quer que eu faça?
— Volte lá, converse, descubra tudo ai sim, poderemos agir novamente sem deixar pistas e sem machucar ninguém, quer dizer, sem machucar minha Anna.
— É a ultima vez que te dou chances...
— Não vai desperdiça-las.
Fim de narração.
Anna Lizarga Narrando:
Dias depois...
[...]
— Trabalhar? Como assim Celo? E a vida ai, como anda? E você quando é que volta, eu estou com saudades... – Eu perguntava tudo muita rápido, mas era verdade, eu realmente estava morrendo de saudades dele.
— Logo Aninha, eu também estou com saudades de você.
— E a vida ai, como é que é?
— Não é a mesma coisa do Brasil, é muita fome, muita dificuldade.
— Eu queria tanto poder ajudar de alguma forma.
— Já ajuda muito saber que gostaria de poder ajudar, minha Aninha.
— Eu to sentindo tanto a sua falta. – senti meus olhos marejarem.
— Eu também minha flor, mais logo eu vou estar ai de novo.
— E a ligação – funguei – quer dizer, qual o motivo da ligação?
— Além da saudade, eu estou precisando da sua ajuda.
— Claro, com o que?
— Lembra aquele hospital em que eu trabalhava?
— Sim, me lembro.
— Abriu uma vaga lá de ajudante de enfermeira, sei que você gosta de crianças, tem jeito com idosos e procura algo pra fazer.
— Perai, você tá me dizendo que...
— Eles estão precisando de alguém e me ligaram pedindo uma indicação, então indiquei você.
— Tá falando sério?
— Claro, só me resta saber se você aceita.
— É claro que aceito, pra quando?
— Calma, acho melhor você dizer isso ao seu marido primeiro, ai sim poderá me dar a resposta.
— Ele vai aceitar, tenho certeza. – falei animada – seria muita maldade me negar isso.
— Anna... – me repreendeu.
— Ele me ama Celo, e vai concordar com isso, eu to tão feliz, e acho que ele vai ficar feliz por mim. Vai entender que preciso me sentir realizada novamente.
— E se não entender?
— Ele vai entender. – confirmei – é só me dizer onde e quando.
— Como já sabe aonde é o hospital eu vou indicar seu nome e você fala com a enfermeira chefe, pode dizer que fui eu que te indiquei.
— Tá com essa pose toda é? – ele riu – obrigada meu anjinho.
— O que eu não faço pra ver um sorriso no seu rosto em Aninha?
— Volta logo – pedi.
— Eu vou voltar meu anjo
[...]
Já eram sete horas da noite, horário que o meu marido chega. Eu estava no quarto o esperando ansiosa pra contar a novidade, depois de tanto tempo eu voltaria a trabalhar. Eu já trabalhei de tanta coisa, já fui vendedora, secretaria, até faxineira eu já fui. Mas depois do casamento eu parei, na verdade o Guilherme não admitia mulher dele trabalhando, talvez por isso eu esteja tão nervosa assim, não é um emprego grande, lá só ficam crianças e idosos que realmente precisam de atendimento, eu acho que nem cobraria o salário, só por ajudar eu já me sentia feliz e cobrar pra fazer algo do tipo, me parece injusto, já que tenho tanto. Estava sentada na cama com um livro nas mãos quando ele entrou no quarto e sorriu assim que me viu, ele veio em minha direção e me deu um beijo rápido.
— Saudade? – perguntou acariciando meu rosto.
— Muita – sorriu – Ele se afastou da cama e foi até o banheiro afrouxando a gravata. – Amor... – chamei
— Eu – respondeu de dentro do banheiro.
— Como foi o seu dia?
— O de sempre, nada de interessante. – falou desanimado.
— Entendi – suspirei – Gui – chamei novamente.
— Pode falar, eu estou ouvindo.
— É que eu tava pensando umas coisas e queria pergunta pra você.
— Perguntar? O que é, está precisando de algo?
— Não amor, não é isso – ele voltou vestindo só calça e meias agora.
— O que é então? – perguntou interessado se sentando na cama.
— É que... Lembra que antes da gente se casar eu trabalhava, e eu tive que parar por causa da gravidez?
— Claro que lembro, mas porque isso agora? – perguntou confuso.
— É que eu tava pensando, que como a gente já casou e eu perdi o nosso bebê, eu tenho tempo de sobra e...
— Não, seja o que foi pedir a resposta é não – falou sério e eu o encarei incrédula.
— Eu só pensei que... – me interrompeu
— Não pensou Anna, não tem que pensar – falou bravo se levantando – já tínhamos conversado sobre isso.
— Eu sei mas, eu queria ocupar meu tempo com alguma coisa.
— Ocupar teu tempo? Você sabe muito bem que não admito que trabalhe, quando eu te pedi em casamento eu deixei isso muito claro. Você deixou aquela vida pra viver a minha vida e então, porque isso agora? Quer-se distrair? Vá fazer as pazes com a minha mãe, isso sim séria muito útil, resolveria um terço dos meus problemas.
— Eu não tenho culpa dos teus problemas, Guilherme – falei irritada – e também não larguei a minha antiga vida pra viver a sua, eu a deixei pra viver uma vida ao seu lado, a nossa vida.
— Você acha que é tudo na brincadeira né Anna? – perguntou irônico – eu tenho um nome a zelar caramba, nenhuma das mulheres dos meus amigos trabalham, e olha que eles são meus funcionários. E como é que vou me sentir se a minha esposa começar a trabalhar, é isso que você quer Anna, que eu me sinta um fracassado diante de todos?
— Não precisa exagerar, eu só queria trabalhar Guilherme, será que você é tão machista a ponto de não entender isso? As mulheres dos seus amigos são fúteis, acostumadas com a vida boa, eu não.
— E você quer o que? Viver como pobre a vida inteira? - perguntou irônico.
— Não Guilherme, eu quero deixar de me sentir inútil dentro dessa casa.
— Sua única obrigação é exercer seu papel de mulher, não precisa de mais – falou rude.
— O que? – perguntei incrédula – você acabou de dizer que a minha única obrigação... ain meu Deus você...
— Não foi isso que eu quis dizer Anna, não inverte as coisas. – falou calmo.
— Você me disse que eu só sirvo pra te satisfazer na cama, foi isso que eu entendi?
— Eu não quis dizer isso.
— Mas disse.
— Você me deixa nervoso, fica querendo trabalhar, brigando com a minha mãe, passando por cima de tudo o que eu falo.
— Não tenta amenizar o que você acabou de dizer Guilherme, foi nojento demais, machista demais, egoísta demais.
— Você não entendeu o que eu quis dizer Anna, foi um mal entendido.
— É mesmo? Então explique-se. – ele ficou calado – vamos Guilherme, explica...
— Não vou explicar nada, eu sei o que falei, o que você entendeu é problema seu.
— Que ótimo, é bom ver que se preocupa com o que eu penso sobre você. – falei irônica.
— Ironia não combina com você, Anna.
— E nem machismo com você, mas ultimamente parece que é disso que você é feito.
— Se você soubesse ser uma boa esposa, nada disso estaria acontecendo.
— E por um acaso você se preocupa em ser um bom marido? – desafiei.
— Ah não? Eu trabalho feito uma maluco pra não deixar nada faltar a você e como é que me retribui? Querendo sair feito uma louca por ai atrás de emprego, como se precisasse. Me diz Anna, o que é que tá te faltando? - me calei - realmente, você não sabe dá valor ao que tem.
— Você virou um monstro - falei incrédula.
— Você alimentou o monstro. - falou bravo indo até o banheiro, mas parou na porta do mesmo - E ah, pode ir tirando essas ideias malucas da sua cabeça, mulher minha faz o que eu quero - entrou no banheiro batendo a porta com força. – Escutei o barulho de chuveiro e alguns minutos depois ele saiu e entrou no closet, voltando já arrumado, diria arrumado até demais. – Não me espera pra jantar - falou rude pegando as chaves do carro.
— Pra onde é que você vai? - Perguntei quando ele abriu a porta do quarto.
— Boa noite Anna... - saiu
Ele saiu e eu fiquei ali na cama, me rasgando de ódio. Tudo bem que ele realmente não me deixa faltar nada, mas eu não sou assim, não nasci pra ficar a vida inteira dependendo dele pra tudo. E o pior é que eu já tinha combinado com o Celo, ele me fez prometer que não daria pra traz, ele me indicou fez tudo com a mais boa vontade, claro, eu também tinha dito que o Guilherme não se importaria. Tola é isso que sou! Mas como ele faz o que quer, não vai se sentir mal se eu começar a fazer o que quero também, né? A Ruth veio me chamar pra jantar, mas eu estava com tanta raiva, na verdade eu estava preocupada com ele e então, não jantei. Liguei pra ele trezentas vezes, mas o mesmo não atendeu, já passava da meia noite e nada. Eu já estava arrependida porque a gente estava bem, mas não, eu e a minha boca grande estragamos tudo. E como sou boba, tenho certeza de que se ele pedisse com jeito, eu realmente desistiria. Fui dormir uma e meia da manhã, com o telefone na mão tentando acha-lo, mas foi inútil e nem sei como, mais peguei no sono.
Acordei e ele ainda dormia, virado pro outro lado. Não faço ideia da hora que ele chegou, e também não vou perguntar. Me levantei, tomei um banho e como estava frio vesti uma calça jeans clara, uma regata e um suéter preto por cima, calcei uma sapatilha e deixei o cabelo solto mesmo. Desci e a Bel estava na sala, com um livro nas mãos.
— Bom dia – A Bel me olhou e sorriu.
— Bom dia Aninha, tá tudo bem?
— Se você continuar a me chamar de Aninha vou ficar péssima, to com saudade do Marcelo. – me sentei ao lado dela.
— Ele nunca mais ligou pra você?
— Me ligou ontem.
— Foi por isso que o Guilherme chegou ás 3:00 horas da manhã?
— Ele chegou esse horário? - perguntei assustada e ela assentiu - não, dessa vez não brigamos por isso.
— Pelo que foi então?
— Quero trabalhar Bel, eu cresci trabalhando. Cansei de arrumar essa casa com a minha mãe, eu não sou acomodada.
— Mas agora você é dona da casa Anna, tem quem faça isso por você.
— Isabel você não, por favor, tenta entender.
— Eu entendo! Mas ele não.
— Ele me disse coisas horríveis ontem.
— Cê sabe que ele é assim, quando tá nervoso fala besteira.
— Um dia eu vou me cansar de escuta-las.
— Ah não Anna, vamos parar com isso vai, vocês são minha inspiração de casal perfeito - falou se fazendo de brava e eu ri – mas me conta? O que aquele gato com cara de nerd do Celo falou?
— Ele não é nerd, mas te mandou um beijo - ela riu - e disse que daqui a 7 meses volta.
— 7 Meses? – Assenti - cara vou desistir de pega-lo viu, - ri - ele me enrola.
— Você o enrolou durante bastante tempo.
— Eu era noiva do Richard.
— Ano passado também? - perguntei irônica.
— Ah Anna, eu achava que ele gostava de você. – revirei os olhos.
— A família de vocês tem certos problemas de confiança viu - ri - e por falar em família, cadê a Verônica?
— Não dormiu em casa.
— Tá falando sério? - perguntei assustada
— Acho que tá de namorado novo. - ri - mas pensa pelo lado positivo...
— E qual é? – perguntei desinteressada.
— Ela não vai mais se meter no teu relacionamento.
— Duvido – suspirei – mais o que é que tá lendo?
— A senhora, já ouviu falar?
— Já sim, é muito bom.
— Já leu?
— Amei e me encantei, a história é linda.
— Concordo, mas no lugar dela eu dava uns belos amassos naquele Fernando Seixas – piscou e eu ri
Fiquei mais um tempo ali, mas logo a Ruth veio chamar a gente pra tomar café, nos sentamos na mesa e nada da Verônica chegar. Eu me servi um copo de suco e um pedaço de torrada quando o Guilherme entrou, com a maior cara lavada, mais ainda sim, sério.
— Bom dia – se sentou ao lado da Isabel, achei até bom ele manter distancia.
— Bom dia Gui. – sorriu e eu continuei o meu café, normalmente.
— Cadê a dona Veronica? – perguntou olhando pra Bel
— Saiu ontem e até agora nada.
— Não sabe pra onde ela foi?
— Não, mas também não dormiu em casa.
— Estranho, mas depois ela vai me explicar – falou sério – Anna me passa o suco, por favor? – não respondi – Anna eu estou falando com você.. Anna – falou bravo.
— Eu pego o suco – falou impaciente pegou o suco e entregou pra ele, dramático, porque nem tava tão longe assim. – vocês dois deveriam parar com essas brigas semanais sabiam?
— Isabel você não tem nada a ver com a nossa vida – falou mal humorado.
— Pensei que era sua vida querido, não sabia que existia a nossa vida? – dei ênfase no nossa.
— Ah, resolveu falar?
— Resolvi, na verdade hoje eu resolvi fazer muitas coisas, sabe por quê? Estou disposta, pois ao contrario de uns e outros, eu não cheguei as três da manhã, não sei se notou querido, mas você se atrasou pra serviço hoje.
— Não estou com pressa, quero conversar com você primeiro.
— Não tenha nada pra conversar com você, na verdade, meu único papel é te satisfazer a noite, né? Então, não me envolvo mais com a sua vida – a Isabel me olhou assustada.
— Anna – me repreendeu
— Guilherme, termina seu café e me deixa em paz, por favor. –ele bufou irritado.
— Você erra e quer estar certa. Não é assim.
— Claro, você é perfeito, eu tinha me esquecido disso – ironizei irritada.
— Gente, vamos tentar tomar café da manhã sem brigas, pode ser? – ninguém respondeu – como eu amo ser ignorada – riu – esse bolo de milho tá uma delicia né Anna?
— Esta sim – dei de ombros. O Guilherme me encarava com uma cara péssima e a Bel puxava assunto com os dois e nada, o telefone dele tocou e ele saiu pra atender.
— Eu não sei porque ficam brigando feito cão e gato.
— Ele não me entende.
— Mas também pra que trabalhar Anna, melhor, trabalhar de que?
— Eu arrumei um emprego temporário no antigo hospital aonde o Marcelo trabalhava.
— Pra?
— Cuidar de bebês sabe, bebês – falei animada e ela sorriu torto – eu preciso Bel, tenta entender.
— Mas ele não vai entender.
— Normal, ele nunca entende – falei desanimada.
Ele não voltou então terminamos o café e depois voltamos pra sala, a Bel disse que o livro dela estava interessante demais. Nos sentamos no sofá e ele desceu, já vestido socialmente com uma maleta nas mãos.
— Ué, já vai? – perguntou quando ele parou em nossa frente.
— Já sim, eu ia somente depois do almoço, mas o Richard precisa falar comigo então vou mais cedo.
— O Richard é? – perguntou interessada e o Guilherme a olhou, bravo.
— Que inferno, será que ninguém pode falar dele perto de você Isabel, que já fica assim, toda interessada?
— Ué então não fala.
— Então não pergunte – falou bravo- quando a mamãe chegar, fala pra ela me ligar.
— Sim senhor – ironizou.
— Então tchau. – deu um beijo na testa dela.
— Tchau.
— Tchau Anna – não respondi – Anna – chamou e se aproximou – não vai me dar tchau?
— Tchau – Falei seca e ele se aproximou para me dar um selinho, mas virei o rosto, ele riu e segurou meu rosto com força juntando nossos lábios, empurrei o mesmo com os braços mas ele é mais forte que eu então foi inútil. Não correspondi ao beijo, mas ele insistiu tanto que abri a boca dando passagem a língua dele. O beijo foi calmo e eu encerrei mordendo seu lábio inferior com força – ogro – falei irritada por não saber resistir. Ele me deu um beijo na testa
— Até mais tarde Bel – me ignorou.
— Até maninho – falou rindo e ele se afastou de mim pegando a maleta novamente e saindo em seguida.
— Que foi que tu tá me olhando? – perguntei brava.
— Nem tá mais com raiva dele né? – riu – tá estampado na sua cara.
— Ah, ele ainda me mata – suspirei me jogando no sofá por cima dela que riu.
A verônica chegou um tempo depois, toda sorridente. Acho que tava tão feliz que nem fez questão de implicar comigo hoje. À tarde o Marcelo retornou a ligar, e eu não consegui dizer pra ele que não vou, na verdade eu quero tanto ir, quero tanto sair, quero voltar a viver que não pude recusar a proposta, e ele ainda deixou bem claro que é temporário, e que uma das enfermeiras está com o pé quebrado e ficarei no lugar dela enquanto se recupera, e eu? Não pude recusar. Assim que desliguei o telefone o Guilherme me ligou e ainda fez o maior drama pra saber com que eu estava falando e quando disse ficou com raiva, mas logo passou, porque como eu já disse, quando ele precisa de mim não existe briga, desentendimento e nem nada do tipo que o faça ficar bravo. Ele disse que a noite eu deveria estar arrumada, pois o Afonso viria jantar aqui com a esposa e o Richard e a Lorena também, confesso que fiquei aliviada pelo Marcos não acompanha-los.
Ele chegou por volta de umas sete horas da noite, eu já havia tomado banho e estava terminando de me vestir, ele falou uma ou duas palavras comigo e entrou no banheiro. Eu vestia um vestido branco soltinho e um pouco curto, com um cinto marrom de couro por cima, calcei uma sandália trançada toda em bege e deixei o cabelo solto mesmo e quando estava terminando de passar o perfume, o Guilherme saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e foi até o closet. Ele voltou vestido em um suéter azul bebê, uma calça jeans e foi calçar os sapatos, aproveitei pra passar maquiagem, na verdade eu nunca usava maquiagem, achava desnecessários, mas as vezes um rimel, um blush ou um batom não faziam mal a ninguém. Quando estava quase terminando senti duas mãos quentes me envolverem a cintura num abraço.
— Já estamos de bem, né? – perguntou calmo me fitando pelo espelho.
— Não fui eu quem começou uma briga desnecessária.
— Mas eu já até esqueci – me deu um beijo no pescoço – tá cheirosa.
— Obrigada – sorri e peguei um batom rosa clarinho e outro cor de boca – e então, qual dos dois? – Perguntei pra ele.
— Não sei pra que passa essas coisas, você já é tão linda – sorriu pro espelho, lindo – chega ser apelação passar algo pra realçar a beleza. – falou roçando os lábios na minha bochecha.
— Ué, as mulheres que virão aqui hoje são lindas, não custa nada ficar a altura delas...
— Você a altura delas? – riu – Elas que não estão a sua altura, Anna.
— Sabe que a Isabel vai enlouquecer quando ver a Lorena com o Richard né? – ele desmanchou o sorriso.
— Ele é casado com ela, amor. Não posso deixar de convida-los pra alguma coisa pelo o que a Isabel supostamente, ainda sinta pelo Richard. – ele apertou os lábios.
— Não deve ser nada fácil ver o homem que se ama ao lado de outra.
— Felizmente isso você nunca vai saber. – me virei pra ele.
— Amor
— Eu...
— Se algum dia o nosso casamento acabasse, você seria capaz de trazer outra aqui, de coloca-la no meu lugar?
— Por que isso agora? – perguntou desconfiado.
— Sei lá, tive medo.
— Não precisa – sorriu a acariciou meu rosto – se algum dia nossa casamento viesse a acabar, o que eu sei que jamais aconteceria. Eu jamais colocaria outra em seu lugar, jamais deitaria na nossa cama com uma mulher que não fosse você.
— Eu tenho medo. – Suspirei – tenho medo que aconteça algo...
— Não tenha, nada vai nos acontecer – sorri e ele me deu um selinho – agora venha, eles já devem estar chegando.
— Mas e o meu batom?
— É linda da maneira que é! Vem, vamos descer – sorri e dei a mão a ele para sairmos do quarto.
Quando chegamos a sala a minha sogra já esperava ansiosa e muito bem vestida, não sei pra que o Guilherme faz tanta questão que eu os receba já que a casa é da Veronica e ela faz questão de demonstrar isso a todo momento. O Richard e a Lorena chegaram um pouco depois que descemos, ela sempre bem vestida e maquiada, com joias e tudo mais, já ele estava completamente desconfortável, não sei se pela Isabel morar ali, ou por ser sentir cafajeste o suficiente. O Afonso chegou logo após com a esposa Jaqueline, linda como sempre. Ele nos cumprimentou e perguntou sobre a Isabel e minha sogra respondeu dizendo que ela estava indisposta e então não jantaria conosco, pura mentira, pois quem conhece Isabel Lizarga sabe que ela nunca fica indisposta. Fomos todos para a sala de jantar enquanto minha sogra relembrava os velhos tempos junto com Afonso, e era visível a falta que o DR. Gustavo fazia na vida de todos, até mesmo na minha. Eles falavam de negócios e a Jaqueline já cansada, resolveu puxar assunto.
— Que pena que a Isabel está indisposta, eu vim especialmente para conhecer a amada afilhada do meu marido. – sorriu – imagino como deve ser linda.
— E ela é querida. Mas oportunidades não iram lhe faltar. – O Afonso falou.
— Você poderia vir mais vezes aqui. – Minha sogra sugeriu, até que não seria má ideia.
— Eu adoraria, cidade nova não conheço quase nada.
— Eu também não conhecia, mas agora já estou praticamente um guia turístico – A Lorena disse e então rimos. O Guilherme beijou minha testa e entrelaçou nossos dedos.
— Mas me contem como andam os negócios? Afonso que é veterano no assunto – a Veronica disse e depois o olhou pro mesmo – como é que meu Herdeiro anda se saindo? – ele que estava sentado ao lado do Gui lhe deu dois tapinhas nas costas.
— Seguindo os passos do pai perfeitamente, ainda me vejo a frente de uma empresa comandada por um grande homem, um pouco mais moderna devo admitir, mas ainda sim, um grande homem. – o Gui sorriu e eu me enchi de orgulho dele e como ele mesmo tinha dito, deixou de ser um menino pra virar um homem, meu homem.
O Jantar foi tranquilo e logo a Ruth trouxe as sobremesas, eu queria poder ajuda-la coitada, mas se saísse da mesa o Guilherme surtaria. Eu não fazia ideia que o Afonso era padrinho da Isabel e muito menos que já foi viúvo. Ele falava do Dr. Gustavo com uma saudade, e também relembrou a esposa e o Guilherme e a Isabel quando pequenos, a Lorena até que não se importava com os comentários sobre a Isabel, mas o Richard ficava apreensivo, parecia incomodado. Depois de terminar o jantar fomos todos para a sala, as meninas eram divertidas, diziam até que engraçadas. A Jaque me confessou que pretende engravidar e a Lorena claro, disse que se depender dela a família acaba ali, que jamais teria um filho e estragaria o maior patrimônio dela que é o corpo, achei um absurdo, mas me calei. Os homens como sempre conversavam sobre negócios e eu passei a prestar atenção quando escutei um nome bastante conhecido...
— Eu não sabia que era o delegado Lemos que está à frente do caso do desvio.
— O Richard achou melhor porque... – o Gui coçou a falar, mas eu o interrompi
— Desculpa mas... Delegado Lemos? – perguntei interessada e o Gui assentiu – não é o mesmo que cuida do caso do atropelamento? – ele apertou os lábios e olhou pro Richard – Claro que é ele, eu tinha me esquecido o nome, e queria mesmo saber noticias sobre o caso.
— Caso? – perguntou confuso – caso do atropelamento? – assenti
— O Guilherme não te contou querida? – a Verônica perguntou e eu olhei pro Guilherme confusa o mesmo desviou o olhar e a sala toda já estava em silencio, até a Lorena e a Jaque que conversavam pararam pra ouvir.
— Não, ele não me contou nada! Alguma novidade? – perguntei pro Richard, ele ficou mais desconfortável ainda.
— Eles não acharam provas e nem nada que pudesse levar ao carro e nem ao motorista Anna...
— O que tá querendo dizer com isso? – ele olhou pro Guilherme e depois pra mim
— Arquivaram o caso Anna, sinto muito. – ele apertou os lábios e eu olhei pro Guilherme que se mantinha calado.
— É... – respirei fundo – com licença. – falei rápido me levantado e saindo da sala o mais rápido possível. Fui direto ao jardim, na verdade eu estava tão desnorteada que nem sabia pra onde ir, eu só queria gritar, só queria pensar.
Tudo parecia tão inútil e porque, porque escondem às coisas de mim? Eu tinha o direito de saber que desistiram que pararam de procurar o assassino do meu filho, que não puderam fazer justiça e isso só me mostrava que ele achava sim que eu havia sido a culpada pela morte do meu bebê, ele só sabia me mostrar isso todos os dias desde o acidente. O Guilherme não veio atrás de mim, nem ele nem ninguém, achei até melhor, eu precisava desse tempo pra mim. E se antes eu estava decidida a ir trabalhar, agora que nada me impediria mesmo, se ele pode esconder as coisas de mim, eu também posso esconder as coisas dele.
Fim de narração.
Guilherme Lizarga Narrando:
A Anna saiu da sala feito um furacão e eu senti vontade de matar o Richard.
— Foi mal cara, eu juro que pensei que ela sabia. – se desculpou.
— Sério? Será que não percebeu a cara de espanto dela? – perguntei bravo.
— Uma hora ela ia ter que ficar sabendo. – Minha mãe disse.
— É mas não agora, ela ainda tá fragilizada demais. – falei me levantando – eu vou falar com ela.
— Não Guilherme – até então a Jaqueline que estava calada se manifestou e eu a olhei – se eu tivesse no lugar dela iria querer ficar sozinha, a deixa.
— Mas... – como explicar que vê-la sofrendo me atormenta? Que sou incapaz de deixa-la sozinha.
— Mas nada meu anjo, a moça já não disse que é melhor deixa-la sozinha? Então, quanto ela se cansar de fazer drama ela entra novamente. – minha mãe novamente, bufei irritado.
— Desculpa ter tocado no assunto do delegado, eu não imaginava que estavam movendo um caso com ele.
— A culpa não foi sua não – respirei fundo e me sentei novamente – a culpa foi minha – disse mais pra mim mesmo.
— É... eu acho que vou ao banheiro – o Richard falou se levantando.
— La em cima quarta porta a esquerda. – avisei.
— É acho que ainda me lembro – ri – assim que eu voltar a gente vai embora – avisou a Lorena que assentiu e voltou a conversar com a Jaqueline, e ele saiu da sala.
Fim de narração.
Autor(a): Writer Sophi
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Isabel Lizarga Narrando Eu não desci pra tal janta, eu sou forte, guerreira, mas não o suficiente pra encarar o Richard com outra, jamais. Tomei um banho vesti um baby doll e sentei-me na cama pra terminar de ler o meu livro, estava distraída com a leitura quando dei de cara com alguém parado no pé da cama me olhando, de inicio lev ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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annakarolliny Postado em 22/04/2016 - 13:26:22
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annakarolliny Postado em 22/04/2016 - 13:26:03
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annakarolliny Postado em 22/04/2016 - 13:24:40
Porque não postou mais ? É ótima ! Comecei minha leitura no orkut , só que você não postou mais lá e disse que iria postar aqui .. Desde então estou aguardando e até agora nada :(((
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laisse_florencia_da_cruz Postado em 21/10/2014 - 14:22:17
Web ótima...Mas pq não posta mais?? Abandonou???:/
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samanta_shulz Postado em 09/09/2014 - 20:44:28
uuuuuuuup