Fanfic: Just a Kiss .. ♪ | Tema: Just a Kiss .. ♪
Você só sente falta do beijo quando ele cede, só sente falta do sol quando há chuva, só sente falta do calor quando está frio. E quando tudo acaba você percebe que aquele pouco que você tanto reclamava era o que o você tinha, porque mesmo quando se consegue o muito é inevitável não sentir falta daquele pouco, que era pouco, mas te fazia feliz. E por longos momentos você vai entender que o alguém que te causava tantos problemas sempre a solução deles, que o problema na verdade era você, e ele tentou te mostrar, mas você cego, você não soube ver.
[...]
A noite não havia sido generosa para Guilherme, o quarto tinha o cheiro dela o jeito dela. Ele nunca desde o dia em que a conheceu passou uma noite se quer sem vê-la, mesmo brigados ele tinha a necessidade de vê-la, talvez pra senti-la mais perto ou talvez pra saber que mesmo com tantos problemas que ela jamais deixaria de acreditar nele.
— Droga – disse em um sussurro baixo em quanto se abraçava ao travesseiros dela, tentando sentir o cheiro da mesma – o que é que vou fazer sem você aqui – disse com a voz arrastada, ele não chorou, mas tudo em seu corpo se arrastava sem ela, ainda mais depois de ouvir verdades escancaradas da irmã, que não hesitou em dizer que ela o deixou tarde – eu vou enlouquecer sem você Anna... – falou em um sussurro afundando o rosto no travesseiro, tentando trazê-la, nem que fosse em lembranças.
E em um lugar não tão distante dali outra pessoa se preparava para assumir um cargo que sempre a assombrou, como Guilherme carregava um peso forte nas costas, tinha metade de um mundo nas mãos, mas trocaria tudo por uma palavra amiga. Inexperiente com algumas coisas da vida, vivia por viver, ou melhor, pra agradar os outros e novamente se sentir capaz, porque como Anna, ela também sentia uma dor enorme no peito, uma dor que nem o tempo foi capaz de curar. Mas o que ela, Guilherme e Anna e qualquer outra pessoa envolvida nessa história não sabem, é que o destino prega peças nas pessoas, e que não adianta as coisas que estão aonde não devem estar, o mundo gira e bota as mesmas coisas no lugar...
— Porque eu tenho que fazer negocio com esse cara? – perguntou irritada a sua secretaria. Keyla
— As ações dele estão em alta, entramos em contato e está tudo certo, vai ser uma grande negócio não só pra gente, mas pra ele também. – ela respondeu.
— Tá – falou irritada – como é o nome do individuo? – perguntou com sarcasmo.
— Guilherme Lizarga, tem 26 anos que apesar de parecer pouco, já tem um grande nome a zelar.
— E eu preciso mesmo ir pra lá? Seria bem mais fácil se ele viesse até mim.
— Somos nos os interessados nas ações dele, então devemos ir até ele.
— Quem foi que deu a ideia de ir pra lá hein?
— Sua mãe senhora, como sucessora do seu pai, ela acha que você vai aprende muito estando lá.
— Como se eu pudesse aprender a administrar a minha empresa com outra pessoa, aposto que deve Ser um nerd feio e sem todos os dentes da frente.
— Eu não pensaria bem assim senhora – ela a olhou com indiferença.
— Por que não?
— Nos jornais ele me pareceu um homem altamente lindo.
— Mesmo? – ela assentiu – isso também não me importa. – deu de ombros – e então quando vamos?
— Daqui a alguns meses, temos que confirmar tudo primeiro e essas coisas demoram um pouco.
— Vamos ficar quanto tempo?
— Tempo suficiente pra poder expandir um pouco do nosso trabalho por lá – sorriu agoniada, se é que tinha como ficar assim – vejo que essa cidade não a agradou muito, ela não é grande como São Paulo, mas tem um mercado em alta.
— Não é o mercado que me interessa Keyla – falou entediada – tem algo na cidade que não vai me fazer bem, entende?
— Um amor? – Tati suspirou
— O grande amor – mordeu os lábios tentando desmanchar o sorriso – assine tudo o que for preciso, veja as passagens, prepara a empresa pra viagem. E avise a esse tal Guilherme Lizarga, que Tatiana Petrovick está a caminho. - riu
— Como quiser senhora.
Guilherme Lizarga Narrando.
Uma semana depois...
Entrei no meu quarto e me deparei com duas malas fechadas. Prontas pra levar o amor da minha vida pra longe de mim. E o meu show, minha crise e nem meu sofrimento não adiantaram de nada, ela estava indo embora de vez da minha vida. E não tinha nada que eu pudesse fazer pra trazê-la de volta. Sentei-me na cama e puxei uma mala pra mim. Eu sabia tudo dela, lembrava-me de cada roupa, de cada história. Sempre fui muito atento quando o assunto era ela. Lembrava-me de cada sorriso, cada corte de cabelo, a forma de andar. Todas as mudanças e costumes dela eram notáveis pra mim. Abri uma mala e a primeira peça de roupa era um vestido branco, bem simples, porem ficava lindo nela. Era a minha melhor lembrança de nós.
Inicio do Flash Back:
Eu tinha acabado de chegar do trabalho quando ela entrou no meu quarto, desesperada.
Ela veio na minha direção e me abraçou, apertado.
— Ei amor – retribui seu abraço – Aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupado.
— Aconteceu uma tragédia – falou chorando, desesperadamente. Ela me apartava no abraço.
— O que aconteceu? Foi alguma coisa com a sua mãe? – perguntei preocupado e a afastei de mim para poder olhá-la.
— Não... Gui eu... – ela se afastou de mim e começou a andar de um lado pro outro.
— Meu Deus Anna será que você pode me dizer o que está acontecendo? – ela não disse nada – Tá me deixando Maluco. – ela parou de andar e me olhou
— Tem umas semanas que eu venho sentindo enjoo e... Você se lembra aquela noite que desmaiei no jardim? – assenti confuso – hoje cedo eu fui a farmácia e fiz um exame.
— Exame... de gravidez? – ela assentiu, arregalei os olhos surpreso – O que deu no exame? – ela não respondeu. – Anna – ela respirou fundo.
— Ele deu positivo! – falou voltando a chorar de novo.
Me sentei na cama, sei lá, não estava acreditando. Estava surpreso claro, mais acima de tudo feliz. Eu sorria feito um bobo enquanto ela andava de um lado pro outro. A mesma parou de frente pra mim estralando os dedos.
— Guilherme – chamou – diz alguma coisa, não melhor, não diz... Eu só estou ferrada e... Guilherme – chamou.
— Oi amor – olhei pra ela e sorri.
— Será possível que eu estou feito uma tonta morrendo de medo e você está assim, sorrindo?
— Eu vou ser pai? – falei meio abobalhado.
— Você não entende a gravidade disso? – voltou a andar de um lado pro outro – minha mãe vai me matar, sua mãe vai te matar, a gente nem é casado, sua família me odeia e... – a interrompi.
— Eu caso com você – ela parou de andar me encarando.
— O que?
— Eu disse que eu caso com você – sorri e me levantei – no cartório, na igreja, e em qualquer outro lugar. Basta você querer.
— Tá de onda com a minha cara né?
— Não, quem gosta de onda é o mar. Eu estou falando sério uai – ela sorriu e se aproximou de mim.
— Casar assim? – arqueei a sobrancelha – sem pedido? Grávida Guilherme? Meu Deus o que vão pensar de mim? Eu não tenho sobrenome, sou filha da empregada meu amor, eu... Você tá em uma fase difícil e....
— Eu não poderia estar mais feliz, Anna. – a interrompi – Você é a mulher da minha vida e esse filho só veio pra mostrar que devemos ficar juntos.
— Mas e a sua mãe? Ela me odeia, ela não quer que... – a interrompi, na verdade eu estava parando todas as frases dela pra que ela não dissesse nada que pudesse estragar a minha alegria.
— Esquece ela. Eu caso agora e a hora que você quiser a gente casa, onde quiser, como quiser. Tudo, sempre do teu jeito. – ela sorriu e correu pra mim me abraçando apertado.
— Eu estava com tanto medo de você me deixar, de não querer esse filho, de não me querer... - choramingou
— Nunca mais pense em mi perder, Anna. Isso nunca vai acontecer!
— Mas e a sua família? Sua vida? Você acabou de perder seu pai, acabou de assumir a presidência da empresa. Um filho agora só iria atrapalhar tudo – falava desesperada e eu segurei seu rosto, encarando-a, sério.
— Eu te amo! Não importa ninguém. Minha família é você agora, você e o nosso filho. Entendeu? – ela assentiu e eu sorri – Minha senhora Lizarga – sorriu e eu a abracei beijando o topo de sua cabeça – sem drama, sem choro, eu sou seu e você é minha. Nosso filho vai ser lindo e todos vão saber que nos pertencemos.. – ela me apertou – vai ficar tudo bem.
— Acho que posso me acostumar com isso.
— Não é nem o começo! – ela levantou a cabeça pra me olhar – Deus eu vou ser pai – comemorei e ela sorriu, então fiz o que queria desde o momento em que ela disse que estava grávida, a beijei.
Flashback Off.
— Ai meu Deus essa Anna que devia estar aqui fo... – a Isabel falou entrando no quarto – Gui... Guilherme? – olhei pra mesma – não sabia que já tinha chego. – falou surpresa.
— Pelo visto a Anna cumpriu o que falou né? Vai mesmo embora?
— Ela pediu pra que eu arrumasse as coisas, não queria voltar aqui e dar de cara com você.
— Entendi – falei seco fechando a mala. – como ela quiser – me levantei.
— Ei, maninho – a Isabel falou terna – Você não deveria esconder seus sentimentos assim.
— Assim como?
— Assim – apontou – Você se esconde. Já tem uma semana que ela foi embora e eu te vejo levantar todas as noites e rodar essa casa inteira, vejo você remoendo a saudade que tá sentindo dela, mas esconde isso, nega isso pra você.
— E sofrer vai trazê-la de volta?
— Você distorce tudo – falou indo em direção as malas.
— Ela fez a escolha dela. Eu implorei pra que ficasse e ela escolheu partir, não foi? Agora não adianta chorar pelo leite derramado.
— Você estava ai quase agora, lembrando-se dela, sofrendo. Porque não pensa direito, pede desculpas, implora mais vai atrás da sua felicidade – falou indignada, e no fundo eu sei que ela me culpa pela falta que a Anna “nos” faz.
— Você já terminou e arrumar as coisas dela? – desconversei e ela assentiu – então pode sair do meu quarto, eu quero ficar sozinho.
— Não vai nem querer saber aonde ela está?
— Com certeza o amante dela deve ter arrumado algum lugar confortável pra ela. – falei irônico e ela revirou os olhos passando com as malas em seguida. Ela parou na porta.
— Gui, a Anna é uma mulher linda, simpática e muito inteligente. – eu sei disso, pensei. – E eu sei que você sabe disso. Só que um dia outros caras também vão saber, e espero que nesse dia, não seja tarde demais pra você se desculpar – falou grossa saindo logo em seguida.
Caminhei pelo quarto indo em direção ao banheiro e quando olhei a penteadeira estranhei ver as coisas da Anna ainda ali, a caixinha de joias, perfume, escova de cabelo. Ah cara, qual foi? Ela estava me testando? Querendo mostrar que não queria nada do meu dinheiro? Mal agradecida! É isso que ela é, mal agradecida! Mas o pior nem era isso, o pior era que eu queria mesmo que ela não prestasse, que viesse aqui e levasse tudo, que fosse interesseira, que quisesse somente o meu dinheiro, que tivesse algum defeito porque p.orra, tá difícil achar um motivo pro nosso fim que não seja eu.
Pequei o frasco de perfume dela, que estava na penteadeira e me condenei quando senti seu cheiro, era torturador e pra acabar de matar o perfume era suave, era um pouco doce, mas suave como ela. E eu não sei porque ainda fico surpreso de achar as coisas da Anna maravilhosas, tudo era maravilhoso, tudo era simplesmente como ela. Coloquei o perfume de volta na penteadeira, muito a contra gosto, mas coloquei. Afrouxei a gravata e dessa vez entrei no banheiro, não havia nada no mundo que eu quisesse mais do que um banho gelado, precisava relaxar.
Fim de narração.
Anna Lizarga Narrando:
— É uma dó deixar aquela caixinha de joias a Deus dará Anna... – A Isabel falou, estávamos na sala, ela havia trazido minhas roupas porque eu já estava ficando incomodada em usar as roupas da Babi. Não tinha ninguém em casa, os meninos que moravam aqui haviam ido jogar bola e as meninas foram trabalhar, só estava eu a Vó Iná e a Bel, no caso ( Não comentei mas na casa moram mais três homens além do Dani. O Rodrigo o Fernando e o Fabinho, que não é lá.. homem)
— Eu já disse Bel, é dele, não meu.
— Até o carro Anna? Poxa, eu sei que tá magoada com ele, mas aquilo é seu, te pertence. – falou indignada.
— Nada naquela casa me pertence.
— Você sabe que não é verdade – falou calma – dentro daquela casa tem muita coisa sua. Porque não sei se sabe, mais tem direito a tudo dele. – fiquei em silencio, não queria nada dele.
— E então o que foi que você trouxe na mala pra mim? – mudei de assunto e ela riu.
— Tudo – riu – todas as suas roupas, os vestidos mais caros, sapatos. Você disse para não trazer as joias, mas não falou nada sobre as roupas. – ri – só não trouxe o vestido de noiva, ele é grande demais e seria um desperdício amassá-lo.
— Fez bem, até porque o vestido só me traria sofrimento.
— Por isso não trouxe – sorriu – mas me conta, como é morar aqui? A casa é perfeita. – falou animada.
— As pessoas daqui são maravilhosas.
— Moram muitas pessoas aqui é? – perguntou interessada.
— Uhum.
— Eu deveria vir morar aqui contigo Anna, se sabe que aquela casa não tem um clima bom, estou até com inveja de você – apertou os lábios e pude ver seus olhos brilharem – Acho que eu deveria ter me acostumado a perder as coisas...
— E você vem dizer isso pra mim? – suspirei – a gente pode perder tudo Bel, mas você nunca vai me perder, sempre vou ser a sua melhor amiga, da mesma forma que você é a minha...
— Eu sei, mas... – abriram a porta da sala.
— Meu Deus – o Daniel falou animado entrando na sala interrompendo a Bel – só vem mulher bonita aqui agora? – riu
—Oh Daniel – O Rodrigo gritou se aproximando – dá o chave do carro, como é que você quer.... – falou entrando logo atrás do Dani e parou quando viu a Bel – Oi – sorriu e eu ri – outra hospede super gata?
— A qual foi gente? Vão ficar parados na passagem mesmo? – escutei a voz do Fernando atrás do Rodrigo.
— Sabe o que é Fer? – ele murmurou algo – tem duas fadas aqui na sala.
— E tão esperando o que pra sair da frente? – os meninos deram passagens ainda hipnotizados com a Bel – Ual, que gatona – ri – prazer , Fernando. – a Bel olhou pra mim confusa e eu dei risada.
— Bel – me levantei do sofá e a puxei pra que levantasse também – Esse aqui como ele mesmo disse, é o Fernando. – ela a cumprimentou – Esse é o Rodrigo – ela a cumprimentou – e esse é o Dani.
— O Mais novo, mais bonito...
— E mais convencido também – O Rodrigo disse e riu – foi um prazer conhecer você Bel. Mas ele não é nada disso não, metade é mentira...
— Você acha que menti? – perguntou provocativo pra ela e a mesma corou, todos na sala riram até a Vó Iná chegar.
— Quem quer bolo? Acabou de sair do forno. – todos assentiram e foram para a cozinha, quer dizer, menos o Dani que estava olhando pra Bel com um sorriso presunçoso – Daniel – ela o repreendeu – vai deixar a menina constrangida desses jeito – ri – anda, vem comer o bolo.
— Eu vou tomar banho primeiro Vó – O Daniel ela assentiu e ele olhou pra mim e piscou, subindo as escadas em seguida.
— Não vão comer meninas? – ela perguntou para nós duas.
— A gente já vai, eu só...
— Eu sei – me interrompeu – fiquem a vontade.
— Obrigada – Sorri e ela saiu em seguida. Sentei-me no sofá de novo e bati ao lado para que a Bel sentasse. E assim ela fez.
Era obvio o que eu queria saber, não precisava de vidente e nem de nada do tipo pra saber o que eu desejava, só se passou uma semana desde que sai daquela casa mas isso não quer dizer que eu tenha me esquecido, nem que eu levasse uma vida inteira eu não o esqueceria, nunca! Olhei pra Bel com os olhos marejados, era nítida a minha saudade.
— Não me olha assim. – A Bel me repreendeu.
— Como é que ele tá Bel? – perguntei sem jeito, envergonhada e ela suspirou.
— Ah Anna, você tá tão bem, parece tão feliz... Não seria melhor se...
— Não, não posso viver como se ele não existisse, como se não representasse nada na minha vida.
— Eu pensei que você tinha decidido viver a vida agora.
— Não posso deixar o que passamos pra trás, não enquanto ele for dono de todo e qualquer pensamento meu.
— Ele não tá bem Anna, continua agindo como se nada tivesse acontecido, levanta cedo, vai trabalhar como todos os dias mais continua na mesma, não fala com ninguém, não sai de casa. Já faz dias que não desce pra jantar com a gente, tá desolado, mas prefere não assumir. – pensar no sofrimento dele me rasgava por dentro.
— A culpa é minha!
— Não, a culpa é dele. Eu já tentei me torturar diversas vezes dizendo que a culpa de tudo não foi do Richard, mas não, a culpa foi dele. O Guilherme errou Anna, foi ele quem se deitou com outra e não você, foi ele que não soube aceitar os seus costumes, foi ele quem falhou com você, e não você com ele.
— Você tem razão, o Guilherme não merece a minha compaixão.
— Não quero que chore mais por ele Anna, porque mesmo ele sendo meu irmão, eu não aprovo as atitudes dele e muito menos a pessoa que ele se tornou. Você é boa demais pra ele, nunca se esqueça disso – assenti e abaixei a cabeça, ela estava certa, mas havia uma parte de mim que sabia, que a noite de saudade eu iria chorar – Ei – ela levantou o meu rosto – Promete pra mim que você vai ser forte, que vai lutar, que jamais vai desistir. Por você, pelo seu filho por tudo o que acredita e que nunca, nunca mais vai deixar outro homem te ferir dessa maneira, mesmo que você o ame, mesmo que ele se seja o Guilherme. – assenti, não sabia se era capaz, mais assenti. Ela me deu uma braço apertado – e então? Vamos comer o bolo? – perguntou quando desfizemos o abraço e eu fiz um “uhum” – já me apresenta os teus amigos legais, uns gatos... – sorri – se eu já estava com vontade de vir morar aqui, agora então... – falou presunçosa e eu dei risada.
A gente foi pra cozinha e todos estavam lá, atacando o bolo, quer dizer, todos menos o Dani que estava no banho, mas assim que saiu fez questão de ir pra cozinha só de toalha mesmo, que ele é um gato, eu tinha que admitir, mas é exibido que só ele. É mais novo dos meninos, e por falar em meninos eles não ficavam atrás. O Rodrigo é o mais velho de todos, cursa administração e veio parar aqui por causa de uma ex namorada, ele me contou isso uns dois dias depois que cheguei aqui, me pegou sentada nos fundos da casa repensando e apesar de mais me fazer cantadas do que conversar comigo, eu gostei muito dele! O Fernando é sério, não é de falar muito e mesmo assim não escapei de cantadas bobas. Os dois meio que tem uma paixonite pelas meninas, a Julia e a Babi que continuam duas confusas, mas muito lindas.
E não demorou muito pra que as duas chegassem do serviço, juntamente com o Binho. “Elas” se juntaram a gente e atacaram o bolo, e no meio daquilo tudo eu finalmente me senti em casa.
1 mês depois...
Um mês, já faz um mês que eu estou sem ele, sem vê-lo, sem ter noticias. E não vou mentir, eu chorei todas as noites durante 15 dias, meu corpo gritou por ele, meus pensamentos me levaram até ele, mas o orgulho é maior do que tudo. Eu nunca havia sido orgulhosa, mas tudo na vida tem limite, amor tem limite, felicidade tem limite e sofrimento também tem. Eu tinha dignidade e por mais que eu o amasse mais do que qualquer coisa no mundo eu havia aprendido com a vida a me amar também. Eu finalmente sorria, me sentia livre feito um passarinho, doía não vou negar, mas a dor ficava ali, calada, quieta, se eu não tocasse nela não ardia. E assim eu fui passando os dias, fui tentando manter a minha vida da melhor forma possível, eu havia combinado um preço com a Vó Iná, não era caro, mas o dinheiro que eu tinha não iria durar muito. Resolvi então procurar emprego, eu pensei no hospital, mas com toda a certeza não haveria vagas se não eles teriam me chamado, tenho certeza. Eu espalhei currículos por toda a cidade, em cada comercio, em cada loja, em cada empresa, não importava o emprego pra mim, eu só queria me sentir útil, queria mostrar pra mim mesma que eu era capaz.
Eu não ousei entregar currículos perto da empresa, na verdade eu tentava me manter o mais distante possível dele, de tudo que tinha vinculo com ele. Fui chamada pra três entrevistas logo na primeira semana que fui chamada, nem preciso comentar a animação que eu estava né? Duas gostaram de mim e a outra nem me deixou fazer a entrevista, disse que o cargo já tinha sido preenchido. As outras duas eram de secretaria eles disseram que iam me chamar o que me deixou muito animada, disseram que em menos de três dias eu seria chamada, mas nada, nenhum deles ligou. Fui chamada pra mas outra a primeira meio que não deu certo, e a segunda era um escritório de advocacia, como secretaria. Eles me deram certeza, combinaram valor comigo e tudo, acertamos os dias e consegui trabalhar durante dois dias, mas fui demitida no terceiro sem explicações nem nada, até tentei falar com o chefe, precisava saber aonde eu tinha errado e ele tentou desconversar mais no final da conversa pediu que eu não o levasse a mal, que o escritório dele tinha muito prestigio e tudo que ele não queria era ser prejudicado, que o credito que ele tinha era enorme e que não poderia perder, e apesar de gostar dos meus serviços ele preferia encontrar outra secretaria a perder muitos clientes.
Eu não entendi nada, fiquei pasma eu precisava do trabalho, precisava do dinheiro. Eles me pagaram pelos dias trabalhados e eu voltei pra casa, quase aos prantos, me sentindo fracassada. E dois dias depois eu voltei a ativa, espalhei mais currículos, me candidatei em tudo quanto era vaga de emprego e voltaram as entrevistas sem sucesso, quando eles viam o meu nome me dispensavam na hora, chegava a ser cômico dizer que tinha vaga mas depois dizerem que ela já havia sido preenchida, o que me deixava muito, muito confusa e irritada. Eu pensei que poderia ser o Guilherme, mas ele não ganharia nada prejudicando a minha vida, ou ganharia?
Minha nova família me apoiava muito, a Julia e a Babi até tentaram me ajudar, mas sem sucesso. A Isabel me ofereceu dinheiro diversas vezes mas era dinheiro dele, eu não aceitaria e como se não bastasse na minha ultima entrevista eu fui assaltada aqui perto da pensão, me levaram a bolsa com o celular dentro e então se eu ainda tivesse alguma chance de contato, ela foi levada junto com a bolsa.
[...]
Acordei mais desanimada do que nunca, era sábado então ninguém iria trabalhar. Quando desci todos estavam tomando café, me sentei a mesa com eles que riam e soavam uns aos outros e juro que se eu não tivesse tão desanimada estaria rindo com eles.
— Ei Anna, não gosto de te ver assim. Calma você vai achar um emprego. Essa foi só o que?
— A nona entrevista – falei desanimada – meu dinheiro está quase no fim, to com medo de não conseguir achar nada. – falei desanimada.
— Você só tá procurando ao que? Um mês? Essas coisas demoram mesmo, relaxa que tu vai achar algo bem bacana pra trabalhar. – O Fernando disse e eu suspirei com a esperança dele.
— Espero que tenha razão. – sorri fraco.
— Juro que se tivesse um lugar no salão eu te colocava. Menina imagina, ia encher de bofe o salão tudo pra ver você – o Binho disse e riu escandaloso como sempre – Bonita desse jeito, ia arruma outro boy cheio da grana – a Vó Iná deu um tapa nele – ai Vó, foi só um comentário. – se queixou e a Babi olhou pra mim.
— E no hotel também, se tivesse lugar a gente também arrumava pra você, mas não tem. – a Julia disse e apertou os lábios em um sorriso torto.
— Tudo bem gente, eu agradeço pela força.
— E... – a Vó indagou.
— Não vou desistir de nada – eles aplaudiram me fazendo rir.
— É assim que se fala Aninha, nada de desistir – O Dani disse e eu olhei pra ele com ternura, ele me chamando de Aninha me fez sentir uma saudade do Marcelo. – agora desmancha essa cara de tristeza e toma café com a gente, toma come bolo – estendeu a bandeja pra mim
— Esse bolo de laranja tá tudo – o Binho deu um gritinho histérico e todos riram.
— A Vó agora só faz bolo de laranja, só porque é o preferido do Daniel – Babi falou fazendo manha.
— Claro, eu sou o mais bonito. – se gabou e o Fernando revirou os olhos.
— nada convencido, né? – falei e ri
— Não sei de onde ele tirou isso, não faço diferencia entre nenhum de vocês. Só estou fazendo esse bolo porque não tem outra massa aqui.
— Ué, o Rodrigo e a Babi não foram fazer as compras do mês ainda? – A Julia perguntou confusa.
— O Rodrigo nunca tem tempo. – a Babi se queixou.
— Eu odeio mercado – se também se queixou – vai você e o Fernando.
— Não dá, tenho compromisso hoje – falou bebendo um pouco de leite e a Julia olhou pra ele com uma cara péssima.
— Com quem? A Julia perguntou.
— Com alguém ué. – deu de ombros e ela o olhou torto.
— Alguém quem Fernando? – perguntou impaciente.
— É Fer.. desembucha o babado – ri
— Não, engraçado que quando ela chegou aqui semana passada com um cara, ninguém pediu que ela ficasse se explicando. Por eu tenho que falar? – perguntou irônico.
— Foi só uma carona, já disse – Julia falou irritada.
— Vamos parar os dois? – A Vó os repreendeu e um olhou pra cara do outro bravos, depois voltaram a tomar o café normal – e então, quem vai no mercado?
— Eu o Rodrigo e a Anna.- A Babi disse.
— Eu? – perguntei confusa
— Cê não tá fazendo nada. E é bom que me ajuda.
— É Anna, vai com ela porque esses dois são meio desligados, ainda mais juntos. – a Julia ironizou.
— O que se quis dizer com isso? Quem fica se encontrando as escondidas aqui não sou eu. – O Rodrigo se defendeu.
— Meu Deus, tudo isso é pra ir no mercado? Nunca vi tanta má vontade pra ir comprar o que comer. – Fernando resmungou irritado.
— Eu vou com você Nando – O Binho disse e rimos – quer que eu vá? – falou manhoso.
— Meu Deus Fabio, se não se cansa é? – O Fer perguntou irritado.
— Mamãe disse pra correr atrás dos meus sonhos – falou como se fosse obvio e o Rodrigo riu.
— Tá, tá eu vou. Fica bravo com ele não Fernando. – O Rodrigo o defendeu.
— Então vamos. – a Babi falou se levantando
— Não vai terminar o café?
— Melhor não, é sábado e o mercado vai ficar cheio logo, logo. Vem com a gente Anna? Sair um pouco, conhecer as ruas.
— Eu topo. – falei animada me levantando também
— Sem tomar café amor? – A Vó perguntou carinhosa.
— Estou sem fome – apertei os lábios.
— Se vocês estão sem fome vão esperar, porquê eu estiou cheio de fome. – O Rodrigo resmungou algo de boca cheia a Babi revirou os olhos.
Esperamos cerca de 20 minutos até ele terminar de comer e se sentir satisfeito. E só então eu entendi o porque de ninguém gostar de fazer compra, pra poder alimentar ele, Dani e o Fernando tem que ser muita comida, presumi que a compra deve ser enorme. Quando chegamos ao mercado o Rodrigo pegou a parte do Açougue, que estava lotado por sinal e eu e a Babi ficamos com os outros alimentos. A gente foi pra sessão de macarrão e ela olhou a enorme lista.
— Sério que a gente consome 18 pacotes de macarrão por mês? – perguntei espantada.
— Os meninos fazem academia, praticam muito esporte então comem massa a beça. – A Babi explicou.
— Entendi – ri – se bem que macarrão é uma delicia.
— Tudo que a Vó Iná é uma delicia – eu assenti e fui pegar os macarrões e ela veio logo atrás – Anna – chamou.
— Oi – a olhei.
— Você gosta de mim, não é?
— Claro que sim.
— Se gosta, então confia em mim pra me contar o que realmente aconteceu com o seu casamento, né? – Apertei os lábios sem graça, não era meu assunto preferido.
— Meu casamento não andava muito bem, por isso acabou. – falei desconcertada colocando os macarrões no carrinho.
— Você não o amava mais, era isso?
— Não ama-lo, essa palavra nunca fez sentido na minha vida – falei pegando a lista da mão dela.
— Então porque você não tentou Anna? Se o amava, porque não lutou por ele?
— Eu lutei – olhei pra ela – lutei, mas me faltaram forças, já tava cansada de lutar sozinha por algo que parecia só meu.
— Ele te traiu, não foi? – perguntou do nada, o que fez um ardor me subir a garganta.
— Ele resolveu seguir um caminho ao qual não me incluía, o fim foi melhor.
— Como ele fez isso com você? Cara você de longe é uma das mulheres mais lindas que já vi Anna, ele tem que ser cafajeste demais pra machucar você.
— Era pra acabar – falei rápido, suspirei – será que a gente pode mudar de assunto? – ela assentiu e então fomos para a sessão da limpeza. Estava pegando desinfetantes quando ela novamente se aproximou.
— Como se conheceram?
— Não íamos mudar de assunto? – perguntei entediada.
— Por favor – fez bico.
— Na cozinha da casa dele – sorri – minha mãe era empregada da casa.
— Caraca, a empregada se casou com o patrão? – falou abismada e eu ri – e o primeiro beijo? – olhei com receio pra ele que insistiu na cara de curiosa.
— Na chuva – suspirei – no jardim da casa dele, fomos pra sessão de bolachas.
— E depois? – perguntou pegando qualquer bolacha enquanto eu falava os detalhes do meu primeiro beijo.
— Não quer saber mais nada, né? – ri
— Fala logo Anna...
— Ele apedrejou a janela do meu quarto e subiu até lá...
— E... – insistiu
— Disse que me amava, e que nunca mais ficaria longe de mim.
— E engataram um namoro e ai veio o casamento? – perguntou interessada.
— Quem dera tivesse sido fácil assim...
— Então o que aconteceu criatura?
— Eu engravidei, ele tinha acabado de perder o pai, assumido o lugar dele e ai eu engravidei.
— Então você tem um filho? – senti meus olhos arderem.
— Não, ele morreu logo após nascer.
— Como, porque? – Ela perguntou assustada e essa pergunta eu não estava afim de responder, fiquei alguns segundos pensando.
— Foi um aci...
— Com licença – uma voz masculina me interrompeu atrás de mim e eu suspirei de alivio por não ter que explicar o que havia acontecido, era torturador demais.
Me virei pro mesmo e tive a impressão que já o conhecia.
— Oi – sorri pro homem alto, loiro de olhos extremamente azuis, era lindo.
— Será que você poderia me ajudar? – Ele perguntou simpático.
— Claro – sorri – com o que? – ele estendeu dois pacotes de bolacha exatamente iguais.
— É que a minha filha é alérgica a amendoim, e me pediu para comprar bolacha de nozes só que eu não sei se essa é de amendoim ou de nozes – riu nervoso.
— Não tem o nome na capa? – A Babi perguntou.
— Não, já procurei e não encontrei.
— Essa bolacha aqui é de nozes – apontei pra uma que estava na prateleira, ele provavelmente não tinha jeito e nem fazia ideia do que estava comprando.
— Tem certeza? – Ele perguntou e eu assenti e o mesmo largou os pacotes e pegou a outra.
— Eu era viciada nesse tipo de bolacha a algum tempo atrás.
— Geralmente é a babá dela que faz isso, mas estou temporariamente sem – sorriu fraco – Então obrigada... – sorri e ele se virou pra ir embora e eu me virei pra Babi – Moça – chamou e eu me virei novamente.
— Eu?
— A gente não se conhece de algum lugar? – arqueei uma sobrancelha – é que tive a leve impressão de que já nos vimos uma vez.
— Não, deve estar me confundindo com outra pessoa.
— Acho impossível, eu saberia se estivesse. – apesar de não acreditar muito, eu também já havia visto-o, tinha quase certeza – esperai, você é a esposa do Guilherme? Claro como não me lembrei antes. Não lembra de mim? Miguel? Nos conhecemos naquele jantar. – falou animado.
— Miguel, acho que me lembro de você. – ele tinha o sorriso lindo.
— Cadê o Guilherme? Você faz o que por aqui? Vocês moram do outro lado da cidade.
— É que eu... – travei – Eu não estou mais com o Guilherme.
— Que pena, formavam um casal muito bonito.
— Acontece. – apertei os lábios
— E então, terminaram a compra? – O Rodrigo chegou do nada cheio de sacolas de carne nas mãos.
— A gente já vai terminar – A Babi falou pois estava atenta a minha conversa.
— É... vou ter que ir... – Falei pro Miguel.
— Eu também - riu – minha filha tá dentro do carro, já deve ter mexido em tudo. – ri – foi um prazer revê-la Anna.
— O prazer foi meu – sorri e ele acenou pro Rodrigo e pra Babi saindo sem seguida.
— Meu Deus, que gato! – A Babi se abanou..
— Qual foi Barbara? Deu pra ficar elogiando homem na minha frente? – O Rodrigo perguntou bravo colocando as carnes no carrinho.
— Foi mal, só o achei bonito.
— Tanto faz – saiu bravo e eu olhei confusa pra ela.
— O que vocês tem de verdade? – perguntei confusa.
— Um rolo.- a Babi deu de ombros.
— E o Dani?
— O Dani é só um bebê, nunca nem ficamos. – explicou.
— E com o Rodrigo sim?
— É o troco? – riu e eu assenti – prometo não fazer mais perguntar comprometedoras.
— Eu ficaria feliz – riu e voltamos a pegar o resto das coisas. Quando terminamos de pegar tudo o Rodrigo tinha sumido, ótimo. Fomos atrás dele dentro do mercado e nada, e depois de procurar por todo o canto, já que o mercado era enorme, encontramos ele na sessão de Danone, conversando com duas meninas a Babi se aproximou soltando fogo pelas ventas o que me fez rir.
— Oi amor – abraçou ele por trás – estava te procurando.
— O que foi? – perguntou irritado.
— É que não encontrei o leite dos nosso filhos, estou com medo de levar errado e eles estranharem – falou manhosa e ele virou pra ela bravo.
— Tá maluca Babi? – perguntou confuso
— É... acho que a gente já vai. – as meninas falaram.
— Esperai ai gente, Anna – me olhou – fala pra elas que a Babi é louca e que não é nada disso .
— Mas elas já foram. – Expliquei.
— Você me pega Barbara, juro que paga.
— Também te amo. – mandou um beijinho pra ele que desenrolou os braços dela da cintura dele e saiu bravo arrastando o carrinho que ela carregava.
— Pegou pesado – avisei quando ela passou por mim.
— Elas eram uma piriguetes. – Falou irritada mais depois riu. Nós encontramos com o Rodrigo no caixa, passamos a enorme compra e finalmente fomos para casa, quase na hora do almoço.
[...]
Depois do almoço o Rodrigo engatou uma discussão com o Fernando que acabou em baralho, era engraçado ver como eles brigavam e logo faziam as pazes, bebiam juntos ficavam bêbados e depois se perguntavam como chegaram ali. E todos paravam pra assistir os jogos e rir deles e eu amava estar ali no meio, me sentir membro de uma família, e confesso que até tentei brincar, mas os dois são viciados, acho até que roubam. Então decidi só olhar mesmo. A tarde a vó Iná fez bolo de chocolate maravilhoso com a ajuda do Binho que só fez a cobertura mais se gabou horrores. Quando a noite tava caindo decidimos assistir um filme, todos juntos, porque ali era sim, final de semana era inteiramente para a família então passávamos o dia inteiro juntos, era engraçado chamá-los de família com tão pouco tempo, mas era assim que eu me sentia, no meio de uma família. Estávamos todos na sala quietos, com o filme de terror quando tocaram a campainha, o Dani resmungou, resmungou mas acabou atendendo a mesma.
— Anna – O Dani me chamou e eu o olhei – é pra você – ele falou quando voltou, se escorando na porta.
— Pra mim? – perguntei confusa pra ele que assentiu – estranho a Isabel não falou que vinha – me levantei.
— Não é a Isabel Anna...
— Então quem é? – Estranhei.
— Não se identificou – deu de ombros voltando a se sentar no sofá aonde estava – tá te esperando lá fora.
— É... vou lá ver quem é..
— isso vai, preciso de silencio pra assistir o filme – o Rodrigo disse e eu fiz bico pra ele – te adoro gata – ri.
— Já volto... – falei rápido saindo dali em seguida.
Abri a porta e caminhei pelo quintal rapidamente, até porque eu não sabia quem era. Abri o portão e me deparei com um carro cinza e um homem encostado no mesmo com as mãos no bolso de cabeça baixa, estranhei e então me aproximei.
— Pois não? – ele levantou a cabeça me fazendo tremer, tinha um sorriso sínico nos lábios enquanto balançava a cabeça negativamente como se não acreditasse no que via, e aquele maldito sorriso.. – O que você tá fazendo aqui? – perguntei irritada, com medo, com raiva...
Fim de narração.
Autor(a): Writer Sophi
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Guilherme Lizarga narrando. Pode me chamar de covarde, orgulhoso e até de egoísta, só não me diga que não a dei motivos suficientes para ficar. — Guilherme... – olhei o Richard – Ei cara, terra chamando – falou impaciente. Estávamos em um restaurante depois de um longa manhã, tem uma sem ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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annakarolliny Postado em 22/04/2016 - 13:26:22
Volta a postar
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annakarolliny Postado em 22/04/2016 - 13:26:03
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annakarolliny Postado em 22/04/2016 - 13:24:40
Porque não postou mais ? É ótima ! Comecei minha leitura no orkut , só que você não postou mais lá e disse que iria postar aqui .. Desde então estou aguardando e até agora nada :(((
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laisse_florencia_da_cruz Postado em 21/10/2014 - 14:22:17
Web ótima...Mas pq não posta mais?? Abandonou???:/
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samanta_shulz Postado em 09/09/2014 - 20:44:28
uuuuuuuup