Fanfic:  A Amante do Príncipe-Terminada | Tema: Vondy

Ela o encarou.

- Como?

- Embora - ele repetiu, impaciente. - Desta cidade. - Segurou-lhe as mãos e a puxou para si. - Diga “sim”, querida, por favor.

Dulce piscou. As pessoas costumavam dirigir até Connecticut, para Long Island, o tempo todo. Eram apenas algumas horas de carro.

- O que acha da ideia?

Um alarme soou na cabeça dela, mas o que era um passeio de carro depois de ter passado a noite na cama dele?

- Parece bom - cedeu, e Ucker sorriu, inclinando-se para beijá-la.

Em seguida, apanhou o celular e fez uma chamada. Dulce conseguiu escutar apenas as últimas palavras, que pareceram soar como: “Isso mesmo, exatamente, estaremos no aeroporto em uma hora.”

Christopher  fechou o telefone, puxou-a pela mão e a pôs em pé.

- Precisamos nos apressar - falou, bruscamente. - Se quisermos decolar antes do meio da tarde.

- Vamos voar para Connecticut?!

Ele estava ocupado, limpando os restos do piquenique e enfiando tudo na sacola de compras em que tinham trazido as coisas.

- Não para Connecticut. Vamos voar para... - Seus olhos cintilaram e ele abriu aquele sorriso sexy. - Pensando bem, é segredo.

- Quer que eu entre num avião sem saber o meu destino?

Ele a envolveu nos braços e a beijou.

- Isso mesmo.

Dulce se desvencilhou do abraço. Que comportamento tipicamente masculino! Ela havia crescido com ele, com aquela besteira de “estou no comando” que os homens achavam ser de direito deles apenas por causa de seu sexo. Os homens americanos não eram tão ruins quanto os de sua parte do mundo, mas, pensando bem, ela nem sabia se Christopher era dos Estados Unidos. Ele tinha dito que falava Grego e, de vez em quando, ela percebia um ligeiro sotaque.

E o que importava isso?

Eles haviam dormido juntos. Só que isso não dava o direito a Christopher de tomar decisões por ela. Um outro homem já estaria fazendo isso, muito em breve. A consciência disso a machucava, e ela transformou a dor em raiva, com a qual era mais fácil lidar.

- Quer que eu dê pulinhos de alegria? Porque se é isso o que espera de mim...
Para sua surpresa, Christopher pareceu arrependido.

- Tem razão. Eu deveria ter lhe perguntado de maneira adequada. Querida, quer ir embora comigo?

- Eu já fiz isso ontem à noite - ela replicou, a raiva cedendo lugar para um súbito e massacrante desespero. - Não posso continuar dizendo “sim” para você, Christopher. Eu simplesmente não posso, porque...

- Porque isso é uma loucura, eu sei. - Ele deu um longo suspiro. - Faça assim mesmo, minha querida.. Venha comigo. Fique comigo. Nada de perguntas, nada de explicações, apenas você e eu em um lugar em que o céu é de um azul brilhante, o sol é quente e podemos ficar sozinhos.