Fanfic:  A Amante do Príncipe-Terminada | Tema: Vondy

Christopher retornou a Karas e seu pai deixou o trono. Afirmando estar ocupado demais para se preocupar com celebrações públicas, Ucker fez com que a transição se desse da maneira mais simples possível.  O pai viu o filho assumir a liderança, sem interferir. Christopher certamente seria um excelente rei. Mas ele andava calado e introvertido.

Isso preocupava o pai dele.

Quando perguntado, Christopher insistiu que estava simplesmente ocupado com as novas obrigações. Contudo, o velho monarca não se deixou convencer. Estaria o filho de luto pela perda da mulher que quase o fizera cair numa armadilha para desposá-lo? Aquela perda fora necessária, e Christopher não era nenhum tolo. Parecia impossível que tivesse caído nos truques daquela mulher.

Assim, o antigo rei decidiu lançar mão da velha prática por meio da qual os privilegiados sempre obtinham alguma informação: os criados ouviam coisas, e o dinheiro frequentemente podia comprar o que eles escutavam.

Dias mais tarde, confrontou o filho:

- Há uma coisa que você pode gostar de saber a respeito de Dulce Savinon.
Christopher enrijeceu. Todos no palácio sabiam que não deviam pronunciar aquele nome.

- Não há nada que eu queira saber sobre ela.

- Ela brigou com o pai, o sheik.

Christopher abriu um sorriso amargo.

- Aposto que ele não ficou nada contente em saber que ela lançou o anzol e falhou em me fisgar.

- Ela se recusou a se casar com um homem que o pai tinha escolhido para ela. Disse que um casamento deveria ser por amor, não por dinheiro ou poder. Afirmou que jamais se casaria, mas que, ao menos, havia conhecido o amor de verdade. Então deixou a casa do pai, afirmando que jamais retornaria.
Christopher segurou o olhar gélido por mais alguns instantes, e depois, ele desapareceu.

- Ela mentiu para mim - disse, em voz baixa. - Devia ter me contado quem era na verdade.

- Da mesma forma como você contou a ela quem você era na verdade?

Um músculo retesou no maxilar de Christopher.

- Ela não é de sangue nobre. É de Calista. E o pai não é um homem que se possa admirar.

- E?

- E você e seu Conselho terão que lidar com isso porque, maldição, eu amo aquela mulher!

O velho rei sorriu.

- Uma nova direção, meu filho - falou suavemente. - Para todos nós.