Fanfic:  A Amante do Príncipe-Terminada | Tema: Vondy

O  que havia acontecido com o simples flerte? Com o desafio de fazer Dulce Saviñon reagir a ele?

Ele vencera o desafio, mas de repente se deu conta de que não era isso que importava. Isso era o que importava: a retirada do fôlego de Dulce, a maciez de seus lábios. Isso, apenas isso, era realidade.

- Ucker - ela murmurou, insegura. - Ucker, eu não...

Ele emoldurou o rosto dela com suas mãos, mudou o ângulo do beijo, repartiu os lábios dela com os dele de modo que pudesse mergulhar mais fundo na doçura de mel daquela boca. Dulce se deteve por um momento, então gemeu de leve e se inclinou para ele.

Sentir o corpo dela contra o seu quase fez Ucker cair de joelhos.

- Dulce - sussurrou, e a puxou mais para perto, uma das mãos acariciando a cascata macia de seus cabelos, a outra na base de sua coluna. Ela se pôs na ponta dos pés, entrelaçou seus braços esguios em seu pescoço e ele deslizou as mãos por suas costas, a segurou pelas nádegas, erguendo-a de encontro a ele. Ucker havia ficado com uma enorme ereção, Dulce prendeu a respiração de novo e ele soube que ela sentira a excitação de seu sexo contra o ventre.

Seu perfume era inebriante. E quando Dulce se moveu contra ele, aquele corpo esguio, delicioso, macio e quente, Ucker gemeu. Seu autocontrole estava por um fio e, apesar de toda a experiência que possuía com as mulheres, aquilo nunca lhe acontecera antes.

Ele tinha muito a perder.

Mas a necessidade de possuir aquela mulher era quente e feroz. Sussurrou o nome dela e aprofundou seus beijos mais e mais. Estavam a sós no pequeno jardim, mas ainda assim, era um lugar público. Alguém poderia aparecer a qualquer instante.

O fato era que ele não dava a mínima. Tudo em que ele conseguia pensar era em fazer amor com uma estranha chamada Dulce.

Com as bocas unidas, eles se moveram para as sombras.

Christopher queria mais. Ele a queria nua sob ele, suas pernas envoltas em seus quadris, o corpo dela se erguendo para o dele e seu calor macio levando-o cada vez mais fundo.

As mãos de Dulce estavam embaixo de seu paletó, embaixo de sua camisa. Christopher grunhiu, beijou-a no pescoço, na curva de um seio. Fechou os lábios ao redor do mamilo rijo, por cima da seda do vestido, e quando ela soltou uma exclamação, ele puxou e levantou a saia, segurou-a pelos quadris e se moveu contra ela.

Agora, pensou, sim, agora...

Uma brisa errante balançou os sinos de vento e os incitou a uma dança selvagem que obliterava a música suave saindo das caixas de som instaladas entre as árvores. Dulce arfou nos braços de Ucker, como se o som a houvesse despertado de um sonho.

- Não - falou, a voz cheia de pânico. E quando ele a segurou pelo rosto, tentando impedi-la de afastar a boca da sua, ela estapeou seus ombros. - Não! - pediu outra vez, e Christopher respirou trêmulo, baixou a cabeça e recostou a testa na dela.

- Perdão - murmurou. - Eu não devia...

- Não é sua culpa. Eu não devia ter vindo com você. - Sua voz, seu corpo, tremiam. - Eu não devia ter deixado isto acontecer,Ucker.

- Christopher - ele disse, porque, por alguma razão, ouvir seu nome verdadeiro saindo daqueles lábios parecia importante. - Me chame de Christopher.

- Christopher. Nós... Nós não podemos.

Ele ergueu o rosto delicado de Dulce na altura do dele e a silenciou com um beijo.

- Não diga isso.

- Mas é a verdade. Não devemos.

- Acredita no destino, Dulce?

- Acredito em certo e errado. - Ela engoliu em seco. - E isto... Isto é errado.

- Errado coisa nenhuma! Quero fazer amor com você. E você também quer.