Fanfic: Fora da Lei - adaptada - TERMINADA

-Sua mãe tem algo a dizer – interveio Christopher – E suponho que deveria dizê-lo.
-Obrigada – Anne tirou as luvas, satisfeita – Johnny estava muito excitado pelo que ocorreu aqui entre Alfonso Herrera e você. Durante dias não falou de outra coisa. Inclusive pediu a seu pai para lhe comprar um revolver. O sr. Perroni e eu estávamos começando a perder a paciência com ele.
Fez uma pausa medindo as palavras.
-Mas agora veio dizendo outra coisa. Disse que matar não fazia com que um homem fosse alguém importante. Disse que um homem bom não buscava brigas, e sim evitava o quanto pudesse e só lutava quando não houvesse outro remédio.
Anne sorriu pela primeira vez:
-Imagino que eu estava dizendo a mesma coisa, mas se ele ouvisse de mim ou de seu pai, não acreditaria em nós. Me pergunto quem o fez pensar dessa forma – voltou a estender a mão.- Quero dizer que agradeço muito.
Christopher olhou para mão que ela lhe estendia. Estava tão pouco acostumado a aquele tipo de gesto que nunca sabia bem como devia reagir.
-Ele é um bom menino, sra. Perroni. Ele saberia disso cedo ou tarde.
Anne avançou até a porta da casa e logo se virou.
-Josi Lujan tem uma ótima opinião sobre você. Creio que agora eu sei porque. Não vou prendê-lo mais, sr. Uckermann.
Não muito seguro do que responder. Christopher levou a mão ao chapéu e foi para seu cavalo.
-Ele é um grande homem, Dulce – comentou Anne – Se eu fosse você, me despediria dele como se merece.
-Sim, eu... -olhou para a mulher e em seguida para Christopher, sem saber o que fazer.
-Não se importa se eu preparar o chá, não é? – perguntou Anne, desaparecendo dentro da casa.
-Não por favor, sinta-se em casa – olhou de novo para Christopher – Só demoro um minuto – correu até ele- Christopher!. Espere. Quando vai voltar?
O homem colocou a sela no cavalo.
-Mas eu ainda não fui.
-Esperava que viesse jantar.
-Isso é um convite?
-A menos que prefira fazer outra coisa.

Christopher segurou-a pelo braço.
-Não recebo freqüentemente convite para jantar com mulheres bonitas.
Ficou olhando para a casa. Não havia duvida que algo dentro dele tinha mudado quando começava a pensar na idéia de ter um lar.Mas não sabia o que fazer a respeito.
-Se eu soubesse que ia demorar tanto tempo para responder, não teria me incomodado - comentou Dulce, chateada.
Christopher a segurou entre os braços.
-Você se chateia facilmente – Beijou-a nos lábios – Essa é uma das coisas que mais gosto em você.
-Solte-me – mas rodeou-lhe o pescoço com os braços - A sra. Perroni pode nos ver. Bem, vai vir jantar, sim ou não?
Christopher montou de um salto.
-Sim, virei jantar.
-Estará pronto às sete- disse ela.
O viu afastar-se a galope e ficou contemplando até que desapareceu na distancia. Em seguida segurou as saias e correu para casa. Ao aproximar-se, ouviu o choro de Alice.
Maite estava de pé ao lado da cozinha, ocupando-se da água fervendo.
-Dulce, mamãe...
Mas a jovem subia correndo a escada disposta a defender a sua protegida.
Anne Perroni tinha Alice nos braços, acarinhando-a com gentileza.
-Vamos, querida, chore tudo o que quer – murmurou- Assim irá esquecer mais facilmente.
Deu uma olhada de advertência para Dulce e a jovem viu que tinha os olhos úmidos. Desceu lentamente a escada.
-Alice chamou por você- explicou Maite – E mamãe subiu para ver se ela precisava de algo - deixou de lado a água do chá – Dulce, o que está havendo?
-Não estou muito certa de saber.
Maite olhou em direção à Alice e perguntou em voz baixa.
-Bateram muito nela?
-Sim, Foi horrível, Maite. Nunca tinha conhecido uma pessoa que pudesse machucar tanto a outra.
Começou a cortar um pedaço de torta de mel.
-Ela trabalhava mesmo para Anahi?
-Sim Maite, não é mais que uma menina, mas jovem que eu ou você.
-Verdade? – Maite se aproximou de Dulce – Mas no Estrela de Prata, deveria...
-Não teve escolha. Seu pai a vendeu a um homem por vinte dólares.

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bjix da Naty