Fanfic: A Prometida(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance
— Isso não é necessário, Yiorgos — disse Alfonso firmemente.
— Então coloque-a você para fora — rugiu o anfitrião. — E é melhor pegar um chicote para controlá-la! Ela precisa de uma boa surra! — elevou a mão novamente, como se ele mesmo fosse iniciar o processo, e com prazer.
— Seu desgraçado! — lançou Anahí ao avô.
Alfonso a puxou para trás, voltando-a para fazê-la sair da sala. Ela foi. Sair de uma cena vil e feia era agora a coisa mais urgente a fazer. Enquanto era impelida para fora, tentava se livrar do aperto.
— Deixe-me! Eu vou embora daqui!
Quando entraram no corredor, Alfonso a liberou.
— Sua selvagem! O que você pensa, se comportando assim! Será que você fica tão louca que não consegue ter uma conversa educada, sem gritar a plenos pulmões?
Os olhos dela faiscavam.
— Ele me bateu e você o defende?
Alfonso, exasperado, inspirou profundamente.
— Não, claro que não, mas...
Anahí estava segurando a face vermelha com as costas da mão. Theos, ela obviamente herdara o temperamento do velho. Que megera!
Uma sensação imensa de exasperação o tomou. O que fazia ali, no meio de uma batalha entre o velho e aquela loba? Por que Puente não podia ter resolvido tudo com a neta, contando-lhe sobre o marido que escolhera para ela, em vez de deixá-lo na linha de fogo?
Precisava de um drinque. Algo forte. Talvez isso também acalmasse a moça.
Ela tremia de raiva. Sua orelha e bochecha ainda estavam vermelhas onde a mão de Yiorgos batera.
Ele virou seu rosto para a luz.
— Deixe-me ver.
Ela afastou rudemente o seu braço e se liberou.
— Não me toque! — cuspiu.
Ainda estava completamente fora de si, arfando, o estômago revirado, a adrenalina fluindo loucamente dentro dela.
— Você precisa de um drinque, isso a acalmará — falou, sério. Ele pegou seu cotovelo novamente, e dessa vez Anahí se deixou levar para a sala de estar.
Ela caiu em um sofá de seda, enquanto Alfonso foi pegar o drinque.
— Beba — ordenou, estendendo um dos copos para Anahí. Ela, tomou um gole e viu que suas mãos tremiam. Alfonso estava de pé do outro lado da sala, a expressão zangada.
Eu preciso sair daqui, pensou ansiosamente. Partiria logo de manhã para Londres. Para casa, para a sanidade.
Era só o que poderia fazer.
Ela ainda não conseguia acreditar no que acontecera.
— É verdade? Diga-me.
Sentiu a pergunta sair de chofre. Alfonso franziu o cenho.
— Que vocês dois tramaram o meu casamento? — ela quase não conseguia falar.
— Sim — a voz de Alfonso era tensa. Deus, que bagunça! — Eu acho — continuou, abertamente sarcástico — que você acabou de obter uma confirmação irrefutável de seu avô.
O rosto dela se endureceu.
— Aquele desgraçado!
A expressão de Alfonso congelou. Não gostava de Puente — tinha dúvidas de que alguém gostasse — e com certeza ele não devia ter batido nela, mas Anahí devia ser realmente idiota para não saber que o avô não toleraria que ela o desafiasse, ainda mais diante de outro homem, e ainda por cima seu marido escolhido! Puente nunca permitiria ser envergonhado diante do homem que aceitara dirigir as empresas que ele construíra. Além disso, quaisquer que fossem seus defeitos, Anahí deveria pensar no fato de que era o dinheiro de Yiorgos que mantinha seu estilo de vida luxuoso, e que ela lhe devia ao menos cortesia.
— Você não deve usar esse linguajar.
— Ou o quê? — cuspiu ela. — Você vai pegar o chicote e me bater também?
Alfonso praguejou. Queria sair naquele momento, estar a milhas dali, longe daquela gaiola de loucos.
— Você certamente precisa de algo que a faça parar de se comportar como uma pirralha mimada e malcriada! — ele lançou-lhe de volta.
Ela se levantou.
— Eu sugiro que o senhor se vá, senhor Herrera — disse. — E também sugiro que da próxima vez em que se meter a pensar em se casar com alguém, tenha a cortesia de pedi-la em casamento antes de anunciar a coisa pronta! Não importa o quanto o senhor queira colocar suas mãos ambiciosas nas Indústrias Puente, eu não estou disponível — especialmente para um garoto bonitinho caçador de fortunas como o senhor!
Ela pousou ruidosamente o copo de conhaque no bar, derramando o líquido, deu meia-volta e saiu correndo da sala, voltando para seu quarto o mais rápido possível.
Atrás dela, o rosto de Alfonso estava rígido de fúria. Dez segundos mais tarde saía da casa, fazendo voar sua Ferrari como se estivesse possuído por demônios.
Os dedos de Anahí tremiam enquanto digitava o número no celular que Tony lhe emprestara. Sentia-se fraca como um gatinho. A conversa foi breve e direta.
— Tony, não funcionou. Terei que voltar amanhã. Não se preocupe — ela engoliu, não se permitindo começar a contar o acontecido. — Não é nada radical, mas voltarei para casa assim mesmo. OK? — fez uma pausa. — Bem, se você não tiver notícias minhas do aeroporto de Atenas amanhã, estaremos em alerta amarelo, está bem? E se eu não aparecer em Heathrow — ou pior, não telefonar amanhã à noite, alerta vermelho, OK?
Depois de desligar, desesperadamente grata por não somente ter ouvido a voz familiar e tranqüilizadora de Tony, mas também por ter se lembrado de que um mundo sadio e razoável existia além dos confins desse palácio de loucos, Anahí notou que suas mãos ainda tremiam.
Ela não soube como conseguiu dormir durante a noite. Foi acordada no meio da manhã por Zoe. Parecia que seu avô queria vê-la. Imediatamente.
Oh, ele quer? Bem, por acaso, eu também! Para pedir que um carro me leve até o aeroporto!
Anahí descobriu que ele estava em sua suíte quando, tendo vestido apressadamente sua blusa barata e calças de algodão, seguiu a criada pelo corredor.
Seu avô estava recostado em um monte de travesseiros, em uma enorme cama de baldaquins que não estaria fora de lugar em Versalhes. Não tinha boa aparência, e pela primeira vez ela se conscientizou de que ele não estava bem de saúde.
Eu o farei educadamente, pensou. Eu conseguirei, se tentar.
Aproximou-se dos pés da cama. Olhos escuros e pesados a penetraram. Puente poderia estar confinado ao leito, mas o poder que emanava dele não diminuíra em nada.
— Então — disse, sombrio — você é pior do que eu imaginava. Insolente ao extremo! Deveria ter tomado você daquela prostituta e a criado eu mesmo! Teria aprendido o respeito, por bem ou por mal!
As boas intenções de Anahí se desvaneceram. Ela sentiu a fúria subir por suas veias. Mas dessa vez não perderia o controle.
Em vez disso, simplesmente ficou ali, olhando para o pai do seu pai. Parecia incrível que eles estivessem ligados de alguma forma.
— Finalmente calada! Pena que você não segurou sua língua infernal ontem à noite, em vez de se mostrar de maneira tão abominável diante de seu marido!
— Alfonso Herrera não é meu marido, e nunca o será — replicou Anahí. Sua fúria era como gelo correndo em seu sangue.
Yiorgos Puente limpou a garganta.
— Agora não mesmo! Nenhum homem a tocaria após ver o seu show abominável na noite passada! Mas — seus olhos escuros se encheram de contentamento — sem as Indústrias Puente por dote você só serviria para aquecer a cama de um homem por dinheiro, como a prostituta de sua mãe.
— Essa conversa — disse Anahí, com a voz rígida, enquanto reprimia a fúria que a tomava ao ouvir aquele homem vil falar assim de sua mãe — não importa. Estou voltando para Londres. Por favor, faça a gentileza de chamar um carro para me levar ao aeroporto.
O rosto sombrio de Puente se coloriu.
— Você não vai a lugar nenhum! Vai ficar em seu quarto até a manhã de seu casamento, se continuar agindo assim! Eu sou o mestre em minha própria casa! — o punho dele batia nas cobertas. — E se precisar de algo mais que prisão para fazê-la me obedecer, então que seja assim! Uma boa surra a dobrará!
Anahí empalideceu. Lembrou-se dos seguranças e teve medo...Ele o viu e sorriu. Ela o notou e seu sangue congelou.
— Ah! Você pensa que eu não o faria? Eu espanquei seu pai com meu próprio cinto muitas vezes! Ele logo aprendeu a obediência! — seu rosto se fechou. — Até o dia em que encontrou a prostituta que lhe pariu! Então me desafiou! Eu o expulsei! Ele não receberia nem um centavo meu — se não se tivesse esparramado em sua pressa de voltar para o meio das pernas daquela vagabunda!
Ela sentiu o horror do que acontecera como se fosse na véspera. Seu pai, ameaçado e abusado por esse homem estúpido que causara tanta infelicidade e então, quando a felicidade finalmente estava ao seu alcance, tudo lhe fora tirado — até mesmo sua vida.
— O senhor é um homem vil, muito vil... — sussurrou. — O senhor não merece viver.
Os olhos escuros e sem alma passaram através dela.
— Saia, antes que eu a chicoteie eu mesmo com meu cinto! Ninguém me desafia!
— Oh, eu estou indo — disse Anahí. — E se eu tiver que andar a pé até Atenas, irei!
O rosto dele se contorceu.
— Você não terá permissão de colocar um pé fora dessa casa até que Alfonso Herrera a receba das minhas mãos!
Ela balançou a cabeça.
— O senhor está errado. Eu estou indo. Hoje.
— De dentro de um quarto trancado? Eu acho que não!
Anahí olhou-o firmemente. Esse era o momento de esclarecer as coisas para ele.
— Isso — disse, os olhos como pedras — não seria inteligente. Sabe, se eu não der um certo telefonema toda noite, a embaixada britânica em Atenas será avisada de que eu estou sendo mantida prisioneira contra minha vontade. O senhor não vai querer, tenho certeza, ser condenado por me prender! Imagine a festa que a imprensa faria com isso!
O efeito de suas palavras foi visível. Ele lhe lançou algo em grego. Ela riu escarnecedoramente.
O rosto dele se contorceu.
— E se eu fizer com que você faça esse telefonema?
A ameaça era clara — e fácil de compreender.
— Ah, isso não seria inteligente, também. Sabe — ela sorriu desagradavelmente, escondendo um tremor —, se isso acontecesse, eu poderia dar a senha errada durante a conversa...
Como se uma cortina caísse sobre ele, o rosto de seu avô se tornou completamente ilegível. Não havia nada ali — nem a fúria, nem a cólera que emanavam dele um momento antes.
— Diga-me — disse, subitamente —, por que você é tão contra a idéia de se casar com Alfonso Herrera?
Sua mudança de tática a surpreendeu, mas ela se recompôs.
— Essa é uma pergunta séria? É absurda demais para valer a pena responder!
— Por quê? Ele não é um homem bonito? Seria um belo marido, não é? A reputação dele com o seu sexo é espetacular! As mulheres correm atrás dele, e não somente por causa de seu dinheiro!
— Dinheiro? — Anahí captou a palavra. — Ele é um caçador de fortunas. Ele o admitiu.
Puente deu uma risada dura.
— Ele só quer tornar sua fortuna maior, é isso! Você imagina que eu confiaria meu império a alguém que não tivesse provado seu valor? Alfonso Herrera tem sua própria fortuna — não desperdiçará a minha por má administração ou incompetência!
Ela franziu o cenho, tentando captar a mudança de rumo. Seu avô continuou:
— A Herrera Inc. tem um capital de mais de quinhentos milhões de euros! Ele tem procurado uma fusão com as Indústrias Puente nos últimos dezoito meses — é um homem ambicioso, e agora, finalmente, eu decidi deixá-lo realizar suas ambições — a voz dele se endureceu. — Mas eu elevei ainda mais o preço — ele precisa se casar com você antes de assinarmos o contrato.
O cérebro de Anahí corria, tentando ver sentido no que ouvia.
— Por quê? Você negou minha existência por vinte e cinco anos, desde que seus capangas forçaram minha mãe a ir até o aeroporto e a meteram em um vôo para a Inglaterra!
Nem um traço de arrependimento ou vergonha se estampou cm seu rosto quando ela lhe falou do modo como agira com a mulher que ousara lhe dizer que estava grávida de seu filho morto.
— Por quê? — Puente repetiu. — Porque você tem o meu sangue. Você e ninguém mais. Eu não tenho escolha, a não ser usá-la, apesar de seu sangue ser maculado. Quando se casar com Herrera, ele guardará minha fortuna, e meu sangue passará por você para seu filho. Ele será meu herdeiro. Eu precisarei esperar duas gerações, mas terei meu herdeiro!
Havia posse feroz em seus olhos, que nem mesmo sua expressão inescrutável conseguia esconder.
Então, pensou Anahí, é isso. Eu sou o recipiente para a sua posteridade. Encheu-se de repulsa. Yiorgos Puente estava no fim de sua vida miserável e queria a única imortalidade que podia obter.
Ela o fitou. Tinha tudo o que o dinheiro podia comprar, mas não possuía valor como ser humano. Não possuía bondade, nem compaixão, nem gentileza, nem sentimentos por qualquer pessoa, exceto por si mesmo. Tratara seu próprio filho como uma posse, espancara-o para ser obedecido, e sua mãe fora imediatamente tratada como uma caçadora de ouro tentando roubar seu precioso dinheiro!
E agora, 25 anos depois, ela estava à sua frente, sabendo que era a única pessoa no mundo que poderia dar-lhe o que ele queria.
A memória da voz de Tony ecoou em sua cabeça. Se ele quiser você para algo, se não quiser que você recuse, terá que fazer algo que você queira.
E havia algo que ela queria. Algo pelo qual viajara mais de mil milhas — o dinheiro para sua mãe, que não era somente seu passaporte para o sol, mas também sua reparação.
Justiça. Finalmente.
Os olhos de seu avô repousavam nela. Vendo-a como um objeto a ser usado. Nada mais. Bem, objetos precisavam ser pagos.
Cinco minutos antes ela não queria nada exceto sacudir a poeira da casa de seu avô de seus pés. Agora desejava conseguir aquilo pelo que viera.
Dinheiro.
Os ombros dele relaxaram nos travesseiros quando leu sua mente.
— Então — disse — diga-me, quanto quer para abrir as pernas para Alfonso Herrera com um anel em seu dedo para mantê-la respeitável?
O desprezo em sua voz era irrelevante. Assim como o insulto e a rudeza. Tudo que se relacionava a ele era irrelevante — exceto o dinheiro que lhe pagaria. Seu coração estava duro como pedra o tempo todo. Em algum lugar no fundo de sua mente uma recordação pairava — a de estar dentro de braços fortes, o corpo em fogo, como uma chama macia e sedutora...
Andréa estava segurando a face vermelha com as costas da mão. Theos, ela obviamente herdara o temperamento do velho. Que megera!
Uma sensação imensa de exasperação o tomou. O que fazia ali, no meio de uma batalha entre o velho e aquela loba? Por que Coustakis não podia ter resolvido tudo com a neta, contando-lhe sobre o marido que escolhera para ela, em vez de deixá-lo na linha de fogo?
Precisava de um drinque. Algo forte. Talvez isso também acalmasse a moça.
Ela tremia de raiva. Sua orelha e bochecha ainda estavam vermelhas onde a mão de Yiorgos batera.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Ela a afastou. Aquele beijo nada tivera a ver com ela. Alfonso a beijara porque ela era a porta de entrada para as Indústrias Puente. Somente por isso. Ela só não o soubera naquele momento. Agora que o sabia, não podia interpretar nada além no que acontecera. Nada. — Quinhentas mil libras — anunciou, rude. — Depositadas e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 69
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vondy4everponny Postado em 31/07/2014 - 21:14:19
Ai, meus sentimentos foram destruídos nessa fic, que perfeeeita *-------* As coisas que o Poncho disse para ela, foram tãao awn, destruidoras! E ele ainda colocou o Yurgos sei lá no lugar dele! u.u O véio morreu minha gente :o Muito justo a herança ter ficado para a Anahi! AWN, ia ter baby! Bem que podia rolar uma segunda parte, foi tudo tão perfeito *------* Parabéns Jess <3
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vanessap. Postado em 29/07/2014 - 01:22:38
Ahhh foi perfeitaaa!! Amei demais cada capitulo!! <3
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daninha_ponny Postado em 28/07/2014 - 22:09:44
aiii simplesmente ameiiiiiiiiii
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edlacamila Postado em 28/07/2014 - 01:22:22
Aaaaaaain nn tava preparada pro fim mds pft *-*
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iza2500 Postado em 27/07/2014 - 22:26:26
Amei essa fic, muito lindaaaaaaaa!
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franmarmentini Postado em 27/07/2014 - 20:56:07
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* FOI MARAVILHOSA :) MOSTRA UMA SUPERAÇÃO INCRÍVEL DE AMBAS AS PARTES ;)
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franmarmentini Postado em 27/07/2014 - 19:23:54
mas já acabou... :/
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iza2500 Postado em 27/07/2014 - 18:14:13
Postaaaaaa mais!!!!!!
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vanessap. Postado em 27/07/2014 - 16:02:32
Ultimos capitulos? Mas já? :O Alfonso tem que ir atras dela, por tudo que é mais sagrado ele tem que ir pra Inglaterra :(( Posta mais *-*
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franmarmentini Postado em 27/07/2014 - 10:35:44
ponchito vá atraz dela pelo amor de deus :/