Fanfic: A Prometida(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance
Ela a afastou. Aquele beijo nada tivera a ver com ela. Alfonso a beijara porque ela era a porta de entrada para as Indústrias Puente. Somente por isso. Ela só não o soubera naquele momento. Agora que o sabia, não podia interpretar nada além no que acontecera. Nada.
— Quinhentas mil libras — anunciou, rude. — Depositadas em uma conta em Londres no nome de Anahí Portilla.
Ela deu o sobrenome de sua mãe — seu sobrenome — deliberadamente. Não era uma Puente. Nunca fora. Nunca seria. 0 riso dele era escarnecedor.
— Você exige um preço alto para a filha de uma prostituta sem um centavo!
Ela não permitiu que nada transparecesse em seu rosto.
— O senhor precisa de mim. Então pagará por mim. E só isso.
Um raio de fúria apareceu nos olhos dele.
— Você pensa que como esposa de Alfonso Herrera terá vida de pobre? Viverá em um luxo que não pode nem imaginar! Deveria estar grata — grata — pelo fato de eu tê-la tirado de sua favela para viver a vida que eu estou oferecendo!
— Quinhentos mil — a voz dela era implacável. Precisava dessa quantia para saldar as dívidas de Kim, comprar-lhe um apartamento decente na Espanha e investir para que sua mãe tivesse uma renda, embora modesta, pelo resto da vida.
— Ou senão irei para Londres hoje.
Ela podia ver o ódio nos olhos que a penetravam.
— Você não obterá um centavo até estar casada.
Ela riu escarnecedoramente.
— Não haverá casamento — disse, enquanto seus olhos se estreitavam — a não ser que me pague.
Enquanto falava, sua mente se dividia em duas. O que fazia ali? O que pensava, vendendo-se assim? Devia estar louca!
Mas então o outro lado de sua mente tomou a dianteira. Não era a hora de escrúpulos nem de dúvidas. Era agora ou nunca — era sua única chance de conseguir reparação para Kim. Faria o que fosse necessário. E o necessário era se casar com um estranho.
Um estranho que a faz derreter com um único beijo? Oh, cuidado com o que você está fazendo!
Sentiu remorso. Estava ali, negociando um preço para se casar com Alfonso Herrera como se isso fosse um simples CD! Quão baixo estava descendo?
Depois seu coração se endureceu novamente. E Herrera não negociara um preço que incluía casar-se com uma mulher que nunca vira para assumir as Indústrias Puente? Que tipo de homem fazia isso?
Não precisava sentir vergonha ou remorso. O homem que a beijara não merecia mais consideração que seu avô!
Por um longo momento ela manteve o olhar fixo no do avô, recusando-se a baixá-lo. Afinal, quando parecia uma eternidade de desafio, ele subitamente rugiu:
— Na manhã do seu casamento — e nada até lá. Agora saia!
Alfonso se sentou em sua sala de conferências, ouvindo seus diretores falarem monotonamente sobre o impacto da fusão com as Indústrias Puente. Não estava ouvindo. Seu coração estava em tumulto. Com que tipo de gata brava concordara em se casar? Uma princesa mimada! Uma verdadeira Puente! A última coisa de que precisava era de uma mulher que se parecesse com Yiorgos Puente!
Uma pitada de admiração passou por ele. A garota não vacilara e confrontara o velho. Entrara lá e dissera tudo o que queria!
Theos, fora um espetáculo. Alguém dando uma lição naquele bruto malvado que fazia com que todos andassem nas pontas dos pés ao seu redor, desde criados da casa até parceiros comerciais. Até mesmo ele era cuidadoso com o velho barracuda! Ao menos ele dirigiria as Indústrias Puente. Mas era impossível que sua esposa se comportasse daquele modo, qualquer que fosse a razão!
Será que a garota não fora realmente avisada por seu avô de seus planos de casamento? Era típico de Puente não se importar com detalhes triviais tais como contar à neta sobre o marido que escolhera para ela. Alfonso sabia que precisava reconhecer que ela tinha o direito de fazer objeção a ter sido mantida ignorante em um assunto tão importante. Sua reação fora exagerada, mas era compreensível que ela se sentisse afrontada pelo comportamento autoritário de seu avô.
A imagem de Puente esbofeteando a neta passou por sua mente. Alfonso se ergueu de súbito na cadeira, enraivecido.
Theos, mas o homem era um bruto! Não importava que fosse de uma geração em que se batia em crianças, nem que ela o tivesse provocado em frente ao homem que escolhera para seu marido. Nenhum homem deveria bater em mulheres. Nunca.
Encheu-se de repulsa.
Preciso tirá-la dali!
Uma onda de emoção passou por ele — não de raiva contra aquele velho bruto. Algo que nunca sentira por uma mulher. Um feroz instinto protetor.
Ergueu a mão bruscamente, interrompendo seu diretor de vendas.
— Senhores, me desculpem, mas eu preciso sair. Continuem com a reunião.
Anahí estava no terraço olhando para os jardins enfeitados. Seu coração estava pesado — mas decidido. A cena final com o avô se repetia em sua mente. Será que estava louca de concordar com o que ele queria? Não era um tipo comum de contrato de negócios — era casamento!
A enormidade daquilo com que se comprometera fazia com que parecesse quase irreal. Tantas coisas aconteceram tão rápido! Menos de dois dias atrás ela estava em casa, em seu mundo insosso, mas familiar. Agora, sentava-se em um terraço ensolarado no Mediterrâneo — prestes a se casar com um estranho!
Sentiu pânico, mas se esforçou por dominá-lo.
Não é um casamento real, somente uma cerimônia. No dia seguinte estarei em um avião para Londres! Meu marido ficará feliz em me ver pelas costas! E eu terei meio milhão de libras esperando por mim no banco!
Ela e Kim estariam na Espanha em um mês.
O sol banhava suas pernas esticadas à sua frente. Estavam doendo desde a noite passada, com o peso do estresse do dia anterior. Ela as esticou e soltou, massageando cuidadosamente as coxas.
O calor lhes faria bem. Morar na Espanha ajudaria. Ela encontraria trabalho lá, o suficiente para se manter e a Kim, para que ela pudesse finalmente descansar.
Convidarei Tony e Linda nas férias, pensou, alegre.
Tivera que telefonar a Tony de seu quarto, e fora bem difícil convencê-lo de que tudo estava realmente sob controle e de que um dos capangas de seu avô não estava torcendo seu braço para que o dissesse.
Seu avô realmente a teria mantido prisioneira e a forçado a se casar com aquele homem!
Aquele homem...
Fora ali, naquele terraço, que o vira pela primeira vez, nem mesmo 24 horas atrás. Ali ele a fizera deslizar para dentro de seus braços e a beijara...
Eu me casarei com ele...
Excitação pura a tomou. Aquele homem de aparência fabulosa, cujo toque a acendera e fizera derreter, Alfonso Herrera, seria seu marido...
A realidade caiu sobre ela como uma ducha fria. Claro que não seria seu marido! Não por mais de um dia! Era apenas seu passaporte para a Espanha, nada mais.
E eu sou o passaporte dele para o dinheiro de meu avô.
Que tipo de homem era aquele que pensava em se casar com uma mulher que nunca vira, só para obter uma fortuna ainda maior que a que já tinha?
Bem, não importava. Não se importava com Alfonso Herrera. Ele a estava usando para obter o que queria — e ela estava simplesmente retribuindo seu favor! Mesmo depois que fosse para casa, ele ainda teria o que queria — as Indústrias Puente — cortesia de sua nova e totalmente indesejada esposa! Ficaria feliz se ela não ficasse grudada! De fato, a única pessoa que terminaria no prejuízo era seu amado avô. Teria passado a companhia a Herrera, junto com sua neta, mas ficaria esperando sentado por um herdeiro!
O som de um carro se aproximando interrompeu seus devaneios amargos. Ela se enrijeceu. Sabia quem era.
Alguns minutos mais tarde Alfonso entrou no terraço. Sua aparência era novamente espetacular. Um terno cinza imaculadamente cortado, uma camisa branca e uma gravata cinza de seda faziam-no parecer mais alto e esbelto que nunca. Sua expressão era ilegível, especialmente sob os óculos escuros cobrindo seus olhos. Ela sentiu um vazio no estômago ao fitá-lo.
Oh, Deus, ele é maravilhoso!, pensou.
Sentou-se à sua frente, estendendo as pernas, os pés quase tocando os dela. Automaticamente ela os retraiu, e o movimento súbito lhe causou dor.
Ele captou a expressão de seu rosto e perguntou:
— Você está bem?
O timbre rico da voz dele, tão sedutor, fez com que ela se sentisse fraca. Assentiu com a cabeça, incapaz de falar.
— Como vai seu rosto?
Antes que pudesse impedi-lo, ele tocara o lado de seu rosto. Seus dedos estavam frios, mas provocaram-lhe mil sensações. Ele virou sua cabeça levemente, para ver onde tocara.
Havia um hematoma quase invisível.
— Bem — disse ele, rápido, tirando a mão. Ela não queria sua preocupação; as últimas palavras que lhe lançara foram de insulto, e sua preocupação evidente por ela a desarmava. Assim como a ressonância de seu leve toque de veludo naquele momento...
Os olhos dele lhe buscaram o rosto.
— Você ainda está zangada — disse suavemente. — A noite passada foi perturbadora para você. Eu peço desculpas, não deveria ter acontecido daquela maneira.
Ele fez uma pausa, procurando as palavras certas.
— Seu avô é um homem... difícil, o que você já deve saber depois de todos esses anos. Está habituado a dar ordens, e a obter tudo à sua maneira. Não importa o quão brutal ela seja.
Bater em você foi algo insuportável, mas... — ele levantou a mão para impedir qualquer resposta de sua parte — compreensível. Não é para desculpá-lo, Anahí, mas para mostrar que não aceitaria ser envergonhado por sua própria neta na minha frente, e que ele vem de uma geração que não acredita em poupar a vara. Você deve acreditar quando eu digo que na noite passada eu pensei que você sabia dos planos de casamento de seu avô... e concordava com eles.
Ela estendeu a mão para o bule de café que um criado trouxera e começou a colocar uma xícara para cada um.
— Mas eu concordo com eles — anunciou. — Eu conversei com ele esta manhã e está tudo certo, senhor Herrera. O senhor pode continuar com seus planos de fusão.
Estendeu a xícara para ele.
— Leite e açúcar? — perguntou.
Ele balançou a cabeça.
— Ele a ameaçou novamente?
— Certamente que não. Nós chegamos a um excelente acordo com o qual estou perfeitamente satisfeita.
— Acordo? Que acordo?
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Ela sorriu. Era um sorriso artificial, mas ela não pôde evitar que a satisfação transparecesse em seus lábios. Satisfação de que sua mãe afinal, após um quarto de século, obtivesse reparação de Yiorgos Puente. Devastada, de coração partido e grávida, Kim não pedira ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 69
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vondy4everponny Postado em 31/07/2014 - 21:14:19
Ai, meus sentimentos foram destruídos nessa fic, que perfeeeita *-------* As coisas que o Poncho disse para ela, foram tãao awn, destruidoras! E ele ainda colocou o Yurgos sei lá no lugar dele! u.u O véio morreu minha gente :o Muito justo a herança ter ficado para a Anahi! AWN, ia ter baby! Bem que podia rolar uma segunda parte, foi tudo tão perfeito *------* Parabéns Jess <3
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vanessap. Postado em 29/07/2014 - 01:22:38
Ahhh foi perfeitaaa!! Amei demais cada capitulo!! <3
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daninha_ponny Postado em 28/07/2014 - 22:09:44
aiii simplesmente ameiiiiiiiiii
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edlacamila Postado em 28/07/2014 - 01:22:22
Aaaaaaain nn tava preparada pro fim mds pft *-*
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iza2500 Postado em 27/07/2014 - 22:26:26
Amei essa fic, muito lindaaaaaaaa!
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franmarmentini Postado em 27/07/2014 - 20:56:07
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* FOI MARAVILHOSA :) MOSTRA UMA SUPERAÇÃO INCRÍVEL DE AMBAS AS PARTES ;)
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franmarmentini Postado em 27/07/2014 - 19:23:54
mas já acabou... :/
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iza2500 Postado em 27/07/2014 - 18:14:13
Postaaaaaa mais!!!!!!
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vanessap. Postado em 27/07/2014 - 16:02:32
Ultimos capitulos? Mas já? :O Alfonso tem que ir atras dela, por tudo que é mais sagrado ele tem que ir pra Inglaterra :(( Posta mais *-*
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franmarmentini Postado em 27/07/2014 - 10:35:44
ponchito vá atraz dela pelo amor de deus :/