Fanfics Brasil - 23 A Prometida(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: A Prometida(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 23

1303 visualizações Denunciar


— Eu gostaria — ela respondeu —, mas não sei se consigo caminhar mais. Minhas pernas estão se arrastando.


— Eu vou chamar o carro — disse Alfonso.


Ela precisou se segurar nele quando começaram a subir as montanhas do centro de Creta. As trilhas eram apertadas, mas a vista ficava cada vez mais estupenda.


— Isso é maravilhoso! Obrigada!


Eles haviam parado em um mirante e estavam olhando para a ilha e o mar além.


— Estou feliz de que você esteja se divertindo, ágape mou.


Ele sorriu para ela. Novamente, como depois do concerto, nada havia na resposta de Alfonso, exceto apreciação pela sua gratidão por ele lhe mostrar Creta.


Ela sorriu para ele, os olhos cálidos, e nesse momento viu a expressão dele mudar, como se seu sorriso lhe tivesse feito algo.


Rapidamente ela desviou o olhar, perturbada.


Ele deslizou sua mão na dela distraidamente.


— Venha, vamos voltar à estrada.


Pararam em um pequeno cafeneion ao lado de um precipício. A vista, porém, valia a pena. Sentaram-se em silêncio, absorvendo a paz e serenidade à volta dele, mas Anahí pensou que havia um silêncio muito diferente do silêncio da noite passada.


O pensamento era estranho. Quase incrível.


Ela só queria aproveitar o momento. Por enquanto era o suficiente.


Chegaram à costa quando anoitecia.


— Está na hora de darmos nossa volta — disse Alfonso.


— Volta?


— No início da noite, antes do jantar, passeamos em volta da cidade, para vermos e sermos vistos — explicou Alfonso.


Era algo agradável, passearem ao longo do porto. E, se a um certo ponto Alfonso passou seu braço em torno dos ombros de Anahí para protegê-la de um grupo de turistas animados na direção oposta, ela achou, quando ele não o tirou, que não importava. Na verdade, era o oposto. E quando ele tirou seu braço para se sentar em um bar no cais e tomar um drinque, ela se sentiu estranhamente só.


— Você conhece bem a ilha? — ela perguntou.


Ele balançou a cabeça.


— Minhas visitas têm sido breves. Hoje vi mais de Creta do que nunca — fez uma pausa e disse com calma deliberada: — Vamos ficar mais alguns dias?


Ela ficou quieta.


— Eu... Eu...


Ele lhe cobriu a mão com a sua.


— Não precisa decidir agora, Anahí mou. Vamos ver o que acontece, está bem?          


Ela se calou.                     


— Vamos jantar em terra? — perguntou Alfonso, pedindo outra cerveja.


— Podemos?!


Ele riu novamente.


— Anahí, esta é nossa lua... — corrigiu-se a tempo — nossas férias, e podemos fazer o que quisermos.


Anahí olhou em volta. Por toda parte havia restaurantes abertos, mesas se espalhando até o cais, turistas felizes. Ela podia ouvir a batida da música bazouki emanando dos bares.


— Vamos comer aqui! — disse, entusiasmada. Sentia-se segura ali, no meio de tantas pessoas...


E Alfonso estava sendo tão gentil...


Ela bebeu o suco de laranja, comendo as azeitonas suculentas do prato à sua frente, observando o porto. Cuidadosa e trêmula, abriu mente e se permitiu enfrentar o que acontecera.


Alfonso fizera amor com ela. Tomara seu corpo nu e a levara ao êxtase. Iniciara-a no reino da experiência sexual. Transformara-a, de uma moça virgem e ignorante, em uma mulher conhecedora do poder dos sentidos. Aquele poder avassalador e irresistível que afastava toda razão, toda lógica e a varria, para deixá-la fazer coisas, vivenciar coisas que nunca pensara poder sentir.


Acontecera. Era real. Eu deixei acontecer.


Ela deveria tê-lo impedido — deveria — mas não o fizera. Não encontrara forças para isso.


Mesmo sabendo exatamente por que o fizera.


Disse isso a si mesma, devagar. Deixando que não houvesse dúvidas em relação a isso. Recusando-se a se decepcionar.


Ele fez amor comigo. Na noite passada Alfonso fez amor comigo porque tinha pena de mim.


Essa era a verdade.


Ela a rasgava, partia em duas. Parte dela estava mortificada pelo fato desse homem perfeito ter se forçado a fazer amor com seu corpo desfigurado. Mas a outra estava maravilhada — pois um homem que se casara com ela somente para obter o império comercial de seu avô não deveria ter a compaixão, a gentileza, de ter pena dela...


As emoções se misturavam em seu peito, mas ela sabia que eram perigosas. Muito perigosas.


Alfonso Herrera, que se casara com a esplêndida herdeira Puente, não a humilde e comum Anahí Portilla, não teria uso para essas emoções — e nem ela deveria ter.


Era tarde quando voltaram ao iate. Enquanto a lancha se dirigia ao último brinquedo de seu avô, aqueles pensamentos voltaram à tona.


Alfonso soube, quando a ajudou a subir a escada para o deque, pela maneira como ela puxou a mão, que ela estava cheia de autocrítica.


Continue a ficar na sua, ele ordenou a si mesmo.


Despedindo o marinheiro com um sorriso, ele disse a Anahí:


— Venha, vamos ver a noite.


Ele a levou para o deque superior. Lá não seriam observados.


Feliz por não ter que ir imediatamente para a cama, e sem ter a mínima idéia do que Alfonso faria em relação às acomodações para a noite, Anahí o seguiu. Era, teve que admitir, uma vista gloriosa. A linha de luzes piscantes ao longo da costa de Creta ecoava o brilho das estrelas nos oceanos celestiais acima de suas cabeças.


Eles ficaram lado a lado, inclinados no parapeito, tentando identificar as constelações.


— Creta é maravilhosa — disse ela pensativamente. — Obrigada por me trazer aqui hoje.


De leve, bem de leve, ele deslizou a mão por baixo de seus cabelos e tocou-a na nuca.


— Como eu disse, pethi mou, podemos passar tanto tempo quanto quisermos aqui. Vamos fazer isto?


Os dedos dele acariciavam sua nuca. Muito levemente.


O que fazia cada nervo em seu corpo tremer.


Perigo!


Você precisa parar com isso! Agora!


— Alfonso...


— Umm? — os dedos dele brincavam com cachos de cabelo perdidos. Ela sentia arrepios descerem por sua coluna.


— Alfonso...


Ela fez nova pausa, tentando se concentrar no que precisava lhe dizer. Precisava falar. Naquele momento.


— Eu... Eu tenho que falar! — as palavras saíram com pressa.


Isso não impediu que seus dedos tocassem gentilmente a pele tenra atrás da orelha de Anahí, nem os arrepios de prazer que vibravam nela.


— Sobre o quê? — perguntou ele, preguiçosamente. Sua outra mão descansava no quadril dela. Era grande, pesada e quente. E perigosa.


Logo ele começou a acariciar os cachos soltos de cabelo, o veludo de sua pele.


Ela se forçou a se concentrar.


— Sobre... Sobre o que aconteceu.


— Quando? — perguntou Alfonso, no mesmo tom preguiçoso, enquanto seu polegar se movia ao longo do maxilar dela.


— Ontem... Ontem à noite...


— Ahh... — sussurrou Alfonso. — Aquilo.


— Sim! Aquilo! — repetiu Anahí. Era para tê-lo dito alto, mas quando o dedo dele passou pela dobra de seu queixo, ela só sussurrou.


— Isto? — perguntou Alfonso. Seus dedos ainda acariciavam-lhe as faces, mas agora seu polegar pressionava levemente, oh, tão levemente, seu lábio interior cheio.


— Não!


— Ah. Então isto, talvez...


A mão dele passou por sobre o quadril dela com langor, acompanhando seu contorno feminino com facilidade preguiçosa.


Ela sentiu seus músculos se contraírem espasmodicamente, incapaz de controlá-los. O corpo dele quase a envolvia por trás. Como ele chegara tão perto, de repente?


Ela não teve tempo de pensar na resposta.


— Oh — ele murmurou — então deve ser isto, não é?


Seu dedo pressionou-lhe o lábio inferior e deslizou para a umidade em seu interior, ao longo da tenra superfície.


A excitação veio com seu toque aveludado, vibrando através dela como um chamado de sereia ao qual não podia resistir — não podia.


Ela gemeu e mordeu suavemente o dedo, puxando-o para dentro de sua boca.


Não podia impedir. Simplesmente não podia.


Ela gemeu novamente, e a mão dele estava tocando seu maxilar, e o dedo dele passando pela borda de seus dentes.


Ela mordeu novamente passando a língua em seu dedo.


Ele a voltou em seus braços e a beijou.


Ela cedeu sem uma palavra, os olhos fechados, enquanto se entregava ao prazer de ser beijada por Alfonso.


Foi um beijo profundo e sensual. Cheio de toda a fome que ele suprimira. Um beijo tanto para ela quanto para ele mesmo.


Seus braços a envolveram, mantendo-a apertada contra si, a mão acariciando seus cabelos, mantendo sua cabeça firme, enquanto pilhava a doçura de sua boca, as línguas se misturando e retorcendo.


A fome a inundou. Seu corpo saltou, reconhecendo o que acontecia. Não era sedução. Era redescoberta. Redescoberta gloriosa e potente. As mãos dela passaram em torno de seu pescoço, segurando-se nele, incapaz de deixá-lo ir — não enquanto a fome que subitamente crescera dentro dela estivesse se saciando nele, boca a boca, tomando forma e tocando, desejando e precisando...


Precisando de mais, querendo muito mais...


Querendo tudo. Querendo a posse.


A posse dele. Alfonso Herrera. Somente dele.


Agora... Oh, agora mesmo... Agora...


A realidade caiu sobre ela como uma ducha fria. Afastou-se bruscamente, sem fôlego, horrorizada.


— Alfonso! Não!


Ela se desvencilhou, recuando. Não acreditava que tivesse chegado a este ponto.


— Não? — o tom era inquisidor e irônico. Ela não notou o autocontrole dele ao manter a voz calma.


— Não — ela disse novamente, mais firme agora, engolindo, tentando acalmar as batidas frenéticas de seu coração. Tentando encontrar uma razão, lógica, sentido.


— Você não precisa fazer isto. Eu... Eu disse que precisávamos falar sobre... Sobre a noite passada, e precisamos, mas é só para dizer que eu compreendo. Eu sei por que você... Por que fez o que fez. Eu aceito. Você teve pena de mim. Mas está tudo bem — ela ergueu a mão — está tudo bem. Eu compreendo.


Ela engoliu em seco novamente.


— Não quero que sinta que precisa repetir a performance. Eu compreendo.


Enquanto ela falava, Alfonso se recostara no parapeito, apoiando os cotovelos.


— Eu estou satisfeito de que compreenda — disse suavemente. — Com certeza foi a pior noite da minha vida, eu posso lhe dizer!


Ele a fitou, observando seu rosto se transformar enquanto captava o que dissera. Ele ignorou a expressão ferida.


— Sim — disse novamente —, com certeza a pior noite da minha vida.


Anahí podia sentir as unhas se enterrando em suas palmas. Será que ele precisava ser tão brutal em relação a isso? Será que precisava ser tão claro sobre o quão repugnante achara o suplício de fazer amor com uma monstruosidade? A garganta dela se apertara. Ela agonizava.


Ele recomeçara a falar. Ela quase não suportava ouvir o que dizia. Mas as palavras penetravam da mesma forma.


— Eu nunca fiz o que precisei fazer ontem à noite — disse-lhe. — Foi doloroso.


A expressão no rosto dela era de devastação, mas ele continuou.


— E eu nunca, nunca mais quero passar por isso de novo. Eu digo a você — e a encarou, dizendo o que precisava dizer — ter que me controlar daquele modo foi uma absoluta agonia. Eu estava desesperado por você, totalmente desesperado — deu longo e trêmulo suspiro. — Theos, você não tem idéia de como foi, Anahí mou, ter seu corpo fantástico e maravilhoso nu e pulsando por mim e não poder possuí-la totalmente. Deus, foi um inferno, puro inferno! — ele balançou a cabeça. — Nunca mais, eu lhe prometo, nunca mais!



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): jessica_ponny_steerey

Este autor(a) escreve mais 86 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Ele se endireitou subitamente e pousou a mão nos ombros. — Mas você precisava do seu espaço, e eu sei que devia isso a você. Então... Ele olhou para ela, a luz das estrelas nos olhos. — A noite passada foi a sua noite, Anahí mou. Mas hoje — oh, hoje — a voz dele mudou, subitamente rouca — hoje &eac ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • vondy4everponny Postado em 31/07/2014 - 21:14:19

    Ai, meus sentimentos foram destruídos nessa fic, que perfeeeita *-------* As coisas que o Poncho disse para ela, foram tãao awn, destruidoras! E ele ainda colocou o Yurgos sei lá no lugar dele! u.u O véio morreu minha gente :o Muito justo a herança ter ficado para a Anahi! AWN, ia ter baby! Bem que podia rolar uma segunda parte, foi tudo tão perfeito *------* Parabéns Jess <3

  • vanessap. Postado em 29/07/2014 - 01:22:38

    Ahhh foi perfeitaaa!! Amei demais cada capitulo!! <3

  • daninha_ponny Postado em 28/07/2014 - 22:09:44

    aiii simplesmente ameiiiiiiiiii

  • edlacamila Postado em 28/07/2014 - 01:22:22

    Aaaaaaain nn tava preparada pro fim mds pft *-*

  • iza2500 Postado em 27/07/2014 - 22:26:26

    Amei essa fic, muito lindaaaaaaaa!

  • franmarmentini Postado em 27/07/2014 - 20:56:07

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* FOI MARAVILHOSA :) MOSTRA UMA SUPERAÇÃO INCRÍVEL DE AMBAS AS PARTES ;)

  • franmarmentini Postado em 27/07/2014 - 19:23:54

    mas já acabou... :/

  • iza2500 Postado em 27/07/2014 - 18:14:13

    Postaaaaaa mais!!!!!!

  • vanessap. Postado em 27/07/2014 - 16:02:32

    Ultimos capitulos? Mas já? :O Alfonso tem que ir atras dela, por tudo que é mais sagrado ele tem que ir pra Inglaterra :(( Posta mais *-*

  • franmarmentini Postado em 27/07/2014 - 10:35:44

    ponchito vá atraz dela pelo amor de deus :/


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais