Fanfic: ϟ All Star
Narração de Amora:
Me levantei da cama apressadamente assim que ouvi alguém batendo na porta. Ajeitei o cabelo rapidamente e fui até a porta, abri a mesma.
Amora: Então, dona Iolanda.. - comecei, ela era a dona do buraco que eu chamo de lar. E provavelmente ela estava ali para pegar o dinheiro do aluguel.
Iolanda: Já sei, você não tem - adivinhou e eu assenti sem graça - A senhorita já está quase 2 meses sem me pagar o aluguel, daqui a pouco eu vou ser obrigada á te por pra fora - me olhou severa. Bufei.
Amora: Da licença que eu tenho mais o que fazer - revirei os olhos e fechei a porta na cara dela. Tranquei a porta e fui até a cozinha, bocejei e abri a geladeira. Não tinha quase nada ali, peguei a caixinha de suco e fui para a sala bebendo no gargalo mesmo. Essa casa é uma merda. Só tem uma pequena sala que contém uma tv pequena que está quase pifando, um sofá velho e uns vasos de flores. A cozinha é no mesmo cômodo que a sala, mas é dividida por um balcão. Na cozinha só tem uma geladeira velha que quase não gela direito, um fogão todo gorduroso e um microondas enferrujado. O quarto único possui uma cama de casal com um colchão barato que dá dor nas costas e uma mobília que eu uso como guarda-roupa. Tem também um banheiro minúsculo que somente tem uma privada, um box e uma pia, com um espelho grudado na parede. As paredes de todos os cômodos estão completamente mofadas e deixa um cheiro horroroso. Então, é isso que eu chamo de lar. Mas eu também não posso reclamar, já que o aluguel é o mínimo que eu posso pagar com o meu salário que eu ganho trabalhando em uma biblioteca. Isso aqui é meio que um prédio abandonado, em uma rua que não passa quase nenhuma alma viva e que corre risco de ser assaltado ou levar um tiro nos miolos. Mas eu me sinto bem aqui, já até me acostumei com o pessoal mal-encarados e com cara de meliante e também me acostumei com os polícias invadindo as casas dos meus vizinhos para prender alguém. Dei de ombros e olhei para o relógio no alto da parede mofada, marcava 07:37. Eita mulher mal amada, não tem nada para fazer e vem acordar os outros uma hora dessa da manhã. Mas foi até bom, já que está na hora de eu ir me arrumar para o trabalho. Deixei a caixinha do suco em cima do balcão e fui para o banheiro, fiz minha higiene e me despi, entrei no box e liguei o chuveiro. Aquela água gelada ao entrar em contato com a minha pele quente, me fez estremecer. Tomei um banho rápido, já que não estou afim de me atrasar. Eu chego atrasada todo dia e o que custa chegar cedo um dia? Sai do box e me enrolei na toalha. Fui correndo para o meu quarto e abri a a gaveta da mobília, peguei um roupa que servia para trabalhar, Vesti a mesma .Me sentei na beirada da cama, peguei meu xodózinho que era o meu all star azul. Ele foi o meu primeiro, mesmo estando meio gasto, eu o amo e não consigo me desfazer dele. Calcei uma meia e coloquei o tênis, ajeitei o cardaço e dei um nó, ele era um número maior do que o meu, e as vezes ele sai do pé, mas é só quando eu vou correr ou coisa do tipo. Me levantei e fui até o banheiro, fui até o espelho e peguei um pente, desembaracei meu cabelo e deixei ele solto, peguei minha touca e coloquei na cabeça, ajeitei a mesma e peguei minha necessaire, abri a mesma e tirei de lá um delineador, um lápis de olho e um blush sem cor. Eu sou tão branca que preciso passar blush para os outros não acharem que eu estou passando mal ao ponto de desmaiar. Eu odeio ser ruiva, parece água de salsinha e essas sardas então? Putz. Fiz minha make do dia e depois guardei as coisa de volta na minha necessaire. Deixei as coisas em cima da pia mesmo e voltei para o meu quarto, peguei minha mochila e coloquei um casaco ENORME de moletom, eu amo casacões. Roubava tudo do meu ex. Coloquei meu fone de ouvido, meu celular, minha chave e o dinheiro da passagem. Coloquei minha mochila nas costas e sai do quarto, fechei as janelas e sai de casa, tranquei a porta e fui até o elevador que por milagre de Deus estava funcionando. Assim que dei de cara com a rua e aquele ar gelado cruzou meu caminho, ajeitei minha mochila nas costas e fui andando até um beco para cortar caminho e chegar logo no ponto do busão. Eu já me acostumei com essa minha vida humilde.
Xx: AMORA, CHUTA A BOLA AI! - gritou do campinho e uma bola acertou o meu pé. Fiz embaixadinha e joguei a bola de volta para as crianças - VEM JOGAR COM A GENTE AMORA - gritou e eu fiz que não com o dedo.
Amora: VOU TRAMPAR - gritei de volta e eles fizeram joinhas. Sim, eu jogo uma pelada com as crianças e as vezes com os garotos da minha idade. Eu sou muito conhecida aqui e esse é o nosso meio de diversão. Continuei meu caminho e logo cheguei no ponto de ônibus, me sentei e peguei meu celular. Era um iphone que eu ganhei antes de sair de casa. Eu sei que sou muito nova para sair de casa, mas eu não aguentava aquelas ordens dos meus pais , mas não quero relembrar isso agora. Conectei o fone no celular e coloquei no ouvido. Coloquei em uma música e fiquei ouvindo até que o meu ônibus chegou, me levantei e subi no ônibus, entreguei o dinheiro para o cobrador e passei na roleta, fui para o fundão e me sentei, coloquei minha mochila no colo e ajeitei minha touca na cabeça. Encostei a cabeça na janela e fui pensando, me levantei assim que avistei o meu ponto, puxei aquele fio que avisa para parar e assim que ele parou, desci do busão e fui andando, cumprimentei o moço do hot-dog e como sempre roubei uma rosa na floricultura e sai correndo.
Florista: UM DIA EU AINDA TE PEGO AMORA! - gritou e eu ri, virei para trás e mandei um beijo pra ele.
Amora: BOM DIA PRA VOCÊ TAMBÉM, TIO DAS FLORES - eu sempre chamei ele assim por não saber seu nome real. Ele negou com a cabeça e pude ver um pequeno sorriso se abrir em seu rosto. Assim que cheguei na biblioteca, adentrei a mesma e fui até aonde o senhor ficava.
Amora: Bom dia seu Francisco - sorri pra ele. Eu o adorava.
Francisco: Bom dia Amorinha, olha hoje você vai ficar sozinha aqui pois eu tenho que ir na cidade vizinha buscar alguns livros e é o de sempre. Vai vir o pessoal que está agendado para a devolução de livros e você os atenderá com muito carinho e amor, viu mocinha? - me olhou com os olhos cerrados
Amor: Que isso seu Francisco, eu sou um amor - me defendi e ele riu
Francisco: Sei sei, fique com Deus e eu estarei aqui no horário para você ir para o colégio - avisou e eu assenti. Eu estudava no horário da tarde. Ele apertou minha bochecha, pegou seu casaco e vestiu o mesmo, pegou seu chapéu e saiu com ele na mão. Guardei com muito cuidado a rosa na mochila e coloquei minha mochila em um canto lá e fui até o balcão de madeira que tinha um computador antigo, um telefone sem fio e um grande caderno de anotações. Ali era uma biblioteca pública, só pagava para fazer a inscrição e depois poderia pegar livro á vontade, contanto que devolva ele limpo e em bom estado depois de 1 semana.
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Autor(a): bruknust
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1
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alessandratudor Postado em 10/07/2014 - 11:40:55
Gostei! Posta maissss. Desculpe falar isto mas quando vc for indicar que alguém está narrando. Vc poderia colocar "Pov", o que seria no caso uma apreciação utilizada nas fanfics juvenis para indicar a narração Ex: Pov Amora eu particularmente ñ uso já que eu mesma narro a fic, já no seu caso seria uma boa utilizar Pov, já q a maioria dos adolescentes ñ lê fics sem gírias Se vc tiver um tempo da uma lida na minha fanfics.com.br/fanfic/34949/angel-demonios-vampiros-anjos-caidos-hibridos-lobiso mens-drama-suspense-terror-horror-etc