Fanfic: Banco do Parque (vondy) [Terminada]

— Quando nossa vida vai se encaixar? Lhe peguntou fazendo uma leve carícia no braço da esposa.

— O que foi bebê, o que está faltando? Se alinhou mas ao corpo dele.

— Só to pensando, não temos casa própria, alguns moveis são dados, outros faltando, meu salário não esta legal e eu preciso de um carro. Ando chegando atrasado quase todos os dias, não quero nem pensar se eu perde esse emprego se já estamos ruim com, imagina sem.

— Calma amor, vamos resolver. Eu também não tenho um salário muito bom, mas dará pra segura as pontas por uns tempos caso você perca o emprego. Não vamos nos preocupar com isso.

— Amor, não fale besteira, seu salário não dá pra pagar suas calcinhas, quem dirá manter nossa casa – riu sarcas.

— Christopher que isso? – levantou a cabeça para encará-lo – Eu ganho o suficiente pra fazer tudo isso aqui funcionar, tá legal.

— Dul, não me faça rir você sabe que ganha mal. Acha mesmo que com esse trabalhinho de caixa de supermercado consegue banca uma casa inteira sozinha? Eu só deixei você aceitar esse trabalhar pra ajudar por enquanto que não temos nossa casa, assim que comprarmos uma casa você vai largar.

— Não vou larga meu emprego por um capricho seu, Uckermann.

— Esse foi o combinado, você só trabalharia se fosse com prazo.

— Acontece que eu gosto do meu trabalhinho – deu ênfase a última palavra – gosto dos meus amigos..

— Dos seus amigos ou daquele idiota do seu gerente que dá em cima de você? – perguntou raivoso. – Quem sabe das cantadas que recebe daqueles caras que você atende com um sorriso – gritou perdendo o controle do ciúme.

— Christopher está me ofendendo – gritou e levantou-se da cama.

— Estou dizendo a verdade – se sentou – Vai me dizer que não gosta quando ele dá em cima de você?

— Não acredito que estou casada com um idiota, não aceito que me acuse assim – abriu o armário – E a propósitonão se esqueça que a metade do que eu recebo do meu trabalhinho de merda também vai pra poupança, pra comprarmos a casa – disse colocando uma roupa. Não ficaria nua enquanto discutiam – Não só pro seu divertimento quando me vê de calcinha nova – pegou um casaco e se encaminhou pra porta.

— Dulce aonde pensa que vai? – vendo que estava de calça jeans e uma blusa de manga.

— Não posso trabalhar, não posso sair... que mais? – ele ficou parado vendo-a sair do quarto.

— Dulce volta aqui – exigiu tarde demais. A ruiva já estava batendo a porta que dava pra rua.

Essa lembrança não fizera suspira e muito menos rir. Apenas uma lágrima solitária escorrer por sua bochecha e mal se dera conta que não estava mais sozinha, alguém acabará de sentar ao seu lado no banco onde conheceu seu marido. Limpou a lágrima com a ponta do dedo. Sentiu o toque de outra pessoa no ombro e virou-se pra vê de quem se tratava. Sim era ele, mas ela não segurou o olhar apesar de ter se arrepiado com a presença masculina. Quis ignorá-lo. Abraçando o próprio corpo, girou ficando de frente para trilha que dava para o outro lado do parque, porém nesse comecinho da noite não podia se ver já que as folhas de outono cobria, deixando poucos vestígios de que ali havia espaço para alguém caminhar.

— Dulce, olha pra mim – pediu falando baixo.

— Me deixa sozinha Christopher – ainda sem olhar pra ele.

— Amor, desculpa? Eu sei que sou um idiota, não deveria ter gritado com você e muito menos ter insinuado que você gosta de ser assediada pelos seus fãs – revirou os olhos.

Amaldiçoando-se mentalmente por esta adorando a presença dele ali, ela se atreveu a olhá-lo e seu coração se derreteu ao ver os olhos preocupados sobre si. Ficou em silencio pensando como era possível que com apenas um olhar já o havia perdoado.

— Me abraça? Eu estou com frio – Não queria voltar ao assunto, já tinha esquecido.

— Vem cá – se aproximou dela e envolveu em seus braços – To perdoado? – ela apenas assentiu.

— Não me ofenda daquela forma nunca mais – sussurrou.

— Eu te amo – fazendo essas palavras uma promessa.

— Também te amo – girou a cabeça e esperou por um selinho que veio atrás de um sorriso.

Fim!