Fanfic: One less problem without you - vondy | Tema: Vondy

Eu estava deitada com a cabeça em seu peitoral, nossos corpos nus emaranhados ainda em cima dos lençóis brancos. Sentia seus dedos fazendo movimentos de sobe e desce por toda a extensão da minha coluna nua, seu coração batendo ritmicamente abaixo de meus ouvidos e pequenas gotículas de suor por todo seu abdômen.

Olhei para o quarto a nossa volta e observei a linda suíte em que estávamos.

- Aqui é o seu quarto? – perguntei, levantando a cabeça para olhá-lo.

Christopher assentiu e soltou um risinho.

- O que foi?

- Só agora me dei conta que te trouxe para cá – ele disse, passando as mãos no meu rosto. Percebendo a minha estranheza, continuou – esse era meu quarto e de Jennifer. Eu nunca havia trazido outra mulher para cá que não fosse a minha esposa.

Meu corpo enrijeceu e então me levantei, sentando na beirada da cama e procurando as minhas roupas.

- Se eu soubesse, teria te lembrado de me levar ao quarto aonde você leva as outras mulheres – ele se apressou e me abraçou por trás.

- Oh merda, isso sôou estranho – e me apertou um pouco mais – Dul, não foi isso o que eu quis dizer... espere!

Me soltou, alcançando um criado mudo atrás de si e pegando um porta-retratos que nele havia. Voltou a se aproximar de mim e me mostrou uma foto com sua ex esposa, a mulher pela qual ele tinha me trocado.

Eles estavam felizes, ela era ainda mais bonita do que eu me lembrava. Eles pareciam apaixonados e aquilo me machucou um pouco.

- Porque está me mostrando isso? – perguntei, olhando-o.

- Esse lugar é sagrado para mim, porque era sagrado para ela também... – então se levantou e abriu uma gaveta do criado mudo, tirando outra foto de lá – você precisa saber de toda a verdade.

Nessa foto, também era Jennifer. Só que dessa vez, ela não estava mais linda como na outra foto e o pouco que eu me lembrava dela. Ela estava extremamente magra, pálida, com olheiras profundas debaixo dos olhos, o cabelo ralo e mesmo assim com um sorriso enorme no rosto, segurando uma barriguinha protuberante. Tentei decifrar o que aquela foto significava e me lembrei do que Christopher tinha contado sobre sua morte.

O problema renal dela agravou tanto que os néfrons do órgão se desenvolveram de forma anormal e viraram um câncer.

Perante o meu silêncio, Christopher continuou.

- Foi um inferno no começo, eu era um adolescente imaturo que só queria farra, brigas e não sabia lidar com o fato de não saber onde você estava. Ela aguentou o pão que o diabo amassou comigo – fez uma pausa – eventualmente eu baixei minha guarda, porque era seguro estar com ela... – Christopher me olhava sério e dizia tudo com extrema cautela – nós demos força um para o outro e não vou negar que éramos um ótimo casal. Mas paixão não é amor... você entende isso? – eu podia compreender aquilo, eu me identificava justamente pelo começo da minha relação com Alfonso.

Assenti.

- Ela era minha melhor amiga – ele disse, voltando a me abraçar – e sabia que eu tinha um grande amor... ela sabia de você.

Virei meu rosto em confusão.

- Christopher... – senti meus olhos marejarem – do que você está falando?

- Jennifer me fez prometer que eu não perderia a chance de viver o meu grande amor – disse – o amor que ela nunca pôde viver, porque não puderam ficar juntos.

Um soluço escapou de meu peito e deixei uma lágrima cair.

Voltei a olhar a foto e instantaneamente senti compaixão pela moça.

- Porque? – perguntei, querendo saber mais.

- O nome dele era Lorenzo, eles se conheceram durante as sessões dela na hemodiálise, ele também era renal... – Ucker lamentou – me lembro que ela chorou por um mês inteiro quando ele se foi – fez uma pequena pausa – ela só conseguiu recuperar as forças quando soube que estava grávida.

- Que tragédia – senti uma tristeza enorme por aquela que um dia tanto odiei – eu lamento tanto – disse com sinceridade. Por mais traumatizada e com raiva que eu um dia já estive, não desejaria aquele tipo de sofrimento para ninguém – porque você nunca me disse que o filho não era seu?

- Você lembra como acabou da última vez que conversamos sobre isso? – levantou a sobrancelha.

Eu lembrava. E sinceramente mesmo que ele tivesse dito naquela época que foi abduzido por extraterrestres durante esses oito anos e por isso me abandonou, não faria diferença.

Eu estava imersa em minha própria bolha de mágoa e não conseguiria perdoá-lo por nada nesse mundo. Eu não queria saber, só queria fazê-lo sofrer o tanto que eu sofri.

- De qualquer forma, o menino é parte meu – Christopher continuou – eu sempre o vejo quando posso.

- Ele está vivo? – perguntei, surpresa.

- Sim, mora com os pais de Jennifer – sorriu – se chama Pietro.

- Pietro, é italiano... – repeti, sorrindo – que nome lindo.

- Dul, Eu sei que falhei com você – ele disse sério, olhando fundo nos meus olhos – mas eu não pretendo fazer isso de novo. Não estou imune de cometer erros e te deixar louca as vezes. Mas eu não podia te deixar escapar sem ao menos tentar... Eu te procurei depois que fui embora, mas você havia se mudado e eu não sabia mais aonde te encontrar, quando finalmente adquiri recursos botei o mundo atrás de ti. Sei que nosso encontro pareceu proposital, mas eu planejei aquilo por meses. Eu manipulei inúmeras coisas para estar perto de você. Eu tive relações com Anahi depois de você ter me rejeitado porque eu estava bêbado e fui um estúpido, eu não vivi como um celibatário mesmo te querendo com todas as forças, mas não estive com nenhuma mulher depois que voltamos a ficar sério. E cheguei a procurar na internet o valor de um assassino de aluguel para matar Alfonso sabendo que ele ainda tinha você e eu não.

Meu queixo caiu.

- Você procurou um assassino de aluguel? – eu perguntei chocada.

- Não, mas eu pensei – ele resmungou e depois chacoalhou a cabeça – merda, foi só isso que você ouviu?

Explodi em uma gargalhada.

Sinceramente, nossa história era o pior romance do mundo.

Ele riu comigo, então me abraçou e voltamos a deitar aninhados na cama. Estávamos de frente um para o outro.

- Eu fiz um teste de gravidez hoje – eu disse, observando atenciosamente sua reação – nós não temos nos prevenido.

Ele arregalou os olhos e piscou algumas vezes provavelmente tentando entender as palavras que saíram da minha boca.

- Deu negativo – eu ri – acho que alguém lá em cima decidiu que nós somos atrapalhados demais para ser pais.

Christopher continuou me olhando sério.

- Você queria? – ele me perguntou.

Balancei a cabeça negativamente.

- Eu ainda não estou pronta para isso, não dessa forma – falei – eu preciso de uma estabilidade, sabe?

Ele assentiu, me puxando mais perto de seu corpo e depositando um beijo em meus lábios.

- Minha mãe te odeia, sabia? – eu disse.

- Eu imaginava – ele suspirou.

- Eu terminei com Alfonso, foi por isso que você o viu saindo do meu quarto hoje.

Ela exalou o ar, satisfeito.

- Que maravilha – falou.

- Ninguém pode saber ainda. E acho que não vai aceitar essa situação tão facilmente... Ele está usando drogas Christopher.

- Eu... – ficou tenso sob meus braços – sinto muito.

Ele parou abruptamente o assunto e por um segundo senti que algo estava errado.

- O que foi? – o olhei.

Depois de um tempo, continuou.

- Eu já estive no lugar dele Dul. Eu já passei por isso e quem me ajudou foi Jennifer... foi a pior fase da minha vida, acredite – ficou em silêncio por um tempo e depois continuou – eu me arrependo tanto.

Segurei seu rosto em minhas mãos.

- Uma vez, uma amiga me disse que esse mundo era tóxico – eu disse, me lembrando claramente de minha conversa com Natasha há meses atrás – pessoas boas, as vezes transformam-se em monstros... talvez você foi tão vítima quanto ele.

Christopher ficou ainda mais rígido e travou a mandíbula. Passei meus dedos torcendo que aquele toque desfizesse a tensão, distribuindo beijos por todo seu rosto.

Um tempo depois ele soltou todo o ar em seus pulmões.

- “Por amor, talvez os fins justifiquem os meios...” – eu sussurrei.

- Talvez alguns erros sejam imperdoáveis – ele retrucou, me fazendo franzir a testa.

- Se entre nós só existir a verdade daqui para a frente, nós podemos fazer isso funcionar meu amor – eu disse baixinho.

- Meu amor... – ele repetiu – mi bela Dulce... – falou com aquele sotaque italiano que fez uma nova onda de adrenalina passar por meu peito, passando por minha barriga até chegar entre minhas pernas – eu preciso te contar...

- Shhhh – coloquei o dedo indicador, impedindo-o de falar – não fala mais nada.

Me inclinei para beijá-lo, pegando a mão dele e a guiando até tocar meu sexo ainda sensível do or/gasmo. Eu já estava mais do que pronta para outra rodada e aparentemente ele também, já que me virou de volta no colchão e começou a se posicionar por entre minhas pernas.

- Sem mais mentiras – eu disse ofegante.

- Sem mais mentiras – ele repetiu, voltando a me beijar.

Voltei rápido dessa vez migas suas loucas!!!

Esse episódio serviu para esclarecer algumas coisas sobre o passado do Christopher... PORÉM alguém reparou que ele ainda está escondendo alguma coisa? (dica: coisa boa não deve ser hahahaha quem adivinha o que é?)

Não foi dessa vez que teve baby, mas me deu uma ótima noção de como vcs reagiriam a uma gravidez ;)

Mia e Tata, dedico esse capítulo para vocês que não me abandonaram meus amores <3

Tata: já arrumei a numeração dos capitulos minha linda, e não ligo de vc vir sempre falar comigo no pv, aliás eu amo! isso me motiva a voltar sempre. hahahaha meu deus, quer que o Christopher sofra mais?? coitado, até fiquei com dó dele, pelo menos ele foi responsável enquanto esteve longe! Dá pra ver que ele tem um coração gigante apesar de todas as merdas que ele fez. eu tbm mal posso esperar para todas as traições virem a tona!!! 

Mia: amigaaaa sua louca!!! eu tbm tava morrendo de saudade de postar, te contei a correria da minha vida por whats hahahaha aaaaaaaaah não foi dessa vez que ela ficou grávida, mas nunca se sabe né? :x imagina um baby agora gente? o mundo ia cair hahahaha saudadesssss

Fantasminhas, eu to vendo as visualizações então por favor comentem pra eu conhecer vcs e vir postar mais.

E queria dizer que vem web nova por aí... 

BEIJOSSSS #RETAFINAL #TAACABANDO