Fanfic: One less problem without you - vondy | Tema: Vondy

Naquela noite, haveria um baile de comemoração ao sucesso de Alfonso e a vitória de Christian. Eu havia acabado de me arrumar, estava usando um vestido longo frente única azul bebê que esvoaçava conforme eu caminhava. Era verão e apesar de elegante, ele me deixava leve e solta, alisei os cabelos e deixei a maquiagem leve. Olhei no celular que já marcavam quase oito da noite e resolvi descer já que a festa aconteceria no quintal da mansão de Christopher. Poucas pessoas haviam chegado e não reconheci ninguém de imediato, peguei uma taça de champanhe e comecei a procurar por algum conhecido. Avistei Alfonso de longe e comecei a me aproximar, ele estava conversando com outros dois homens.

 - Boa noite – anunciei, me aproximando.

 - Que bom que chegou meu amor – Alfonso riu e passou o braço pela minha cintura, sorrindo e me exibindo como se eu fosse um maldito troféu – senhores, essa é minha noiva Dulce Maria – e deu um gole no liquido âmbar que estava em seu copo.

 Aquilo me incomodou.

 Os dois homens me cumprimentaram cordialmente e depois pediram licença, deixando nós dois ali.

 - Mais um! – Alfonso apontou o copo vazio para o garçom.

 - Poncho... – comecei.

 - Sim...? – ele perguntou, em seguida tomando mais um gole do liquido em seu copo recém cheio.

 - Não seria melhor... – comecei, tentando achar a melhor maneira de dizer aquilo – você não sair me apresentando por ai como sua noiva? – sussurrei e ele cerrou os olhos.

 - Você tem vergonha de mim? – perguntou incomodado.

 Suspirei.

 - Não é vergonha, é só que... – diminui a voz – nós terminamos.

 Ele me olhou por um tempo, e então se aproximou.

 - Olhe para mim... minha vida está maravilhosa – disse sarcástico – isto é, poderia estar melhor se eu estivesse acompanhado... por alguém que queira estar do meu lado, não é mesmo Dulce?

 Fiquei muda, pega de surpresa.

 - Alfonso, por favor... – comecei – você sabe que não é assim, nós não precisamos discutir isso aqui.

 - E nem vamos – ele disse – você só tem que ficar ao meu lado e distribuir sorrisos como se fosse a mulher mais feliz do mundo – disse entredentes – não estrague essa noite para mim – tomou um ultimo gole do whiskey e saiu andando.

Eu fiquei parada no mesmo lugar, chocada demais para me mover.

O que aconteceu com ele? 

Demorou um tempo mas assim que avistei Christopher, fui correndo em sua direção. Me detive antes que eu pulasse em seu pescoço e o abraçasse forte. Eu estava nervosa, um pouco chocada, mas tão feliz em vê-lo. Ele estava lindo, com uma camisa branca social, a barba por fazer e o cabelo bagunçado.

 - Oi – eu disse um pouco ofegante.

 - Você está bem? – ele perguntou, colocando a mão em minhas costas e me guiando para um lugar mais calmo.

 - Não Christopher – me peguei dizendo sem rodeios – o Alfonso, ele...

 - O que ele fez? – perguntou, me virando de frente para ele.

 Suspirei.

 Não queria criar problemas.

 - Nada – eu disse – ele não me fez nada. Ele apenas... – olhei em volta, procurando as palavras certas – está estranho.

 Christopher estreitou os olhos.

 - Estranho, como? – perguntou.

 - Até hoje a tarde ele estava aceitando tudo numa boa, e agora...

 Christopher respirou fundo.

 - Merda, como eu queria te abraçar agora – ele disse e eu ri sem ânimo.

 - Eu também – concordei.

 - Olha, vamos tentar ao máximo curtir nossa noite... se ele começar a dar problemas eu sumo com ele – arregalei os olhos.

 - Sumir com ele? – perguntei um pouco chocada.

 - Nenhum assassino de aluguel, prometo – levantou as mãos em rendição e nós rimos – eu peço para Christian leva-lo a outro lugar, certo? – assenti – enquanto isso, fique longe dele e tente se divertir – pegou discretamente a minha mão e acariciou a mesma.

 Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e sorri abobalhada para nossas mãos.

 - Ficaremos juntos essa noite? – perguntei, olhando para ele.

 Christopher se aproximou um pouco e sorriu.

 - Essa e todas as outras – e piscou.

 Como era difícil tê-lo ali tão perto e ao mesmo tempo não poder tocá-lo.

 - Eu poderia te beijar aqui mesmo, droga – ele lamentou – você está linda.   

- Você também.     

 - Bebida senhor? – um garçom se aproximou com uma bandeja – senhorita?

Nós dois assentimos e pegamos uma taça de champanhe.

 - Vem, vamos dar uma volta – Christopher disse e seguimos andando.

 Nós andamos um pouco, Christopher conversou com algumas pessoas e assim que encontrei com Maite tentei ao máximo ficar perto dela. Por diversas vezes eu via Alfonso passar por mim, rindo e falando alto com outras pessoas e conforme a noite foi caindo, comecei a ficar cada vez mais preocupada.

 Dava para ver que ele estava ficando alterado, e eu temia que não fosse apenas pela bebida.

 Fiquei de olho, para ver se pescava alguma coisa e quando o vi entrando na casa, resolvi segui-lo.

 Ele foi direto para o corredor que dava para os quartos de hóspedes. Encostei na parede ao final do corredor de modo que ele não poderia me ver e ouvi batidas em uma porta, olhei rapidamente para onde ele estava parado e vi que esperava ao lado de fora de um quarto.

 De quem era aquele quarto?

 Quando olhei de novo, ele não estava mais a vista.

 Respirei fundo e segui até a porta onde ele havia entrado.