Fanfic: One less problem without you - vondy | Tema: Vondy

Passei meus braços pelo braço direito de Alfonso e entramos juntos no corredor do hospital que eu já conhecia muito bem. Eu ainda não tinha contado o porque de estarmos ali, mas ele confiou e me seguiu de bom grado. Quando chegamos a porta do quarto, respirei fundo e o instiguei a entrar.

 - É aqui – eu disse e ele assentiu.

 Abri a porta e entrei primeiro, puxando-o em meu encalço logo em seguida.

 - O-oi – Anahi disse chocada ao nos ver ali, ela estava segurando o pequeno bebê em seu colo.

 Olhei para o lado, imediatamente vi a silhueta responsável por todos os meus sonhos e pesadelos virado de costas.

 Engoli em seco quando Christopher se virou, olhando para mim.

 - Dulce, o que está acontecendo aqui? – Alfonso perguntou, confuso.

 Eu, Christopher e Anahi nos entreolhamos e nenhum de nós sabia o que falar.

 - Acho que vocês precisam conversar, com licença – Christopher se pronunciou pela primeira vez e se moveu, passando por mim e indo em direção a porta.

 Apertei o braço de Alfonso, encorajando-o e dando uma última olhada em Anahi antes de sair e fechar a porta.

 Christopher estava parado do lado de fora e ficamos frente a frente, nos encarando.

 Eu queria dizer qualquer coisa, mas as palavras me faltaram. Acho que abri e fechei a boca várias vezes parecendo um peixe asfixiado porque ele levantou a sobrancelha, curioso.

 - Oh meu deus Christopher! – uma cortina de cabelos castanhos claros se jogou em cima dele, o abraçando – ela teve o bebê, isso não é maravilhoso? Eu não me sentia tão animada assim desde que fomos para os Hamptons – a menina de olhos azuis e pernas quilométricas dizia batendo palminhas de alegria. Ela aparentava ser muito mais nova do que Christopher e era muito bonita – vamos lá ver eles!

 Quando fez menção de entrar no quarto, Christopher a puxou de volta.

 - Mare, não podemos entrar agora – Ucker alertou – vamos pegar um café.

 Ela assentiu e se virou para mim.

 - Eu sou a Mare – sorriu.

 Quando eu ia responder aonde ela poderia enfiar aquele sorrisinho estúpido, uma voz ressoou pelo corredor do hospital.

 - Dulce? – todos olhamos para trás e vi que era Nate se aproximando.

 Puta merda!

 - Nós podemos conversar? – ele perguntou, me dando um beijo no rosto – olá, boa noite.

 - Vocês querem tomar um café com a gente? – a menina perguntou.

 - Eles não podem – Christopher que estava com a mandíbula travada a puxou pelo braço e saiu em passos largos.

 Suspirei.

 - Uau, isso foi... estranho – Nate comentou – são seus amigos?

 - Não – neguei – eu nunca os vi na vida – respondi ressentida.

 - Dulce, sobre o que você falou... – olhei para o lado enquanto ele continuava falando. Vi Christopher e a tal da Mare no final do corredor, pegando um café de máquina. Christopher continuava me olhando de longe e eu a ele, ambos nos fuzilando com o olhar – eu acho que você deveria repensar, vamos nos dar mais uma chance e...

 Nate continuava falando e só prestei atenção ao que ele dizia quando pegou minha mão entre as suas.

 - O que? – perguntei, chacoalhando a cabeça.

 - Você me daria mais uma chance? – questionou, os olhos verdes ansiosos.

 - Sim, é claro – assenti e ele me abraçou.

 - Iremos com calma dessa vez, ok? – me assegurou – não vou te pressionar a nada.

 Olhei para Christopher mais uma vez e depois para Nate, tão preocupado com meus sentimentos e disposto a fazer as coisas darem certo comigo. Uma raiva enorme me subiu naquele momento, eu não podia repetir a história e fazer com ele o mesmo que eu havia feito com Alfonso.

 - Quer saber, Nate? – eu disse – acho que nós não daríamos certo. Até mais!

 Franziu o cenho, não entendendo absolutamente nada e dei um sorriso amarelo seguido de um tapinha nos ombros musculosos.

 Ah, ele iria superar!

 Minhas pernas se moveram em piloto automático e praguejei por isso, amaldiçoando o tortuoso corredor que me levava até o maldito Uckermann. Quando me aproximei, virei-o sem delicadeza nenhuma uma vez que estava de costas.

Ele me olhou completamente confuso e despejei.

 - Porque você não me procurou? – perguntei quase histérica.

 Seu queixo caiu de incompreensão.

 - Eu vou... no banheiro – a namorada dele que estava parada vendo a cena de camarote e completamente esquecida por nós dois, saiu quase correndo.

 - O que foi que você disse? – ele perguntou, em choque.

 - Eu perguntei porque você nunca me procurou? – cerrei as mãos em punhos – você pode me responder?

 - Dulce... – ele rosnou – você me exigiu que não te procurasse!

 - E desde quando eu mando em você? – cruzei os braços abaixo do peito.

 Ele jogou as mãos para o ar, rindo sozinho.

 - Aposto que a sua namorada você procura – disse, petulante – você é muito convencido Christopher.

 Ele parou e olhou.

 - Está com ciúmes? – levantou a sobrancelha.

 - Não estou com ciúmes – rosnei.

 - Dulce, eu passei tempo demais correndo atrás de você, e o que levei? Um belo chute no saco – revelou – talvez você deva correr atrás de mim agora – terminou com um sorriso irônico, cruzando os braços.

 - Eu nunca faria isso – desafiei.

 Ele se aproximou, ficando a míseros milímetros do meu rosto.

 - Então nós teremos que apender a viver um sem o outro.

COMEÇANDO MARATONA DE RETA FINAL  

O último capítulo será postado hoje as 22hrs, aiiiiiii que emoção meninas!!!