Fanfic: One less problem without you - vondy | Tema: Vondy

A manhã seguinte se arrastou tranquila, tomei café da manhã com Poncho e conversamos sobre amenidades, graças a deus ele não tocou mais no assunto do meu passado. Perguntei casualmente se ele estaria lá no escritório, porque pretendia confrontar Christopher o mais rápido possível e para a minha sorte ele passaria o dia inteiro lá no tribunal.

Saí para almoçar com Maite -para variar- e ela disse que queria me acompanhar até o escritório da Sette & M Adovagos, que aparentemente estava mudando o nome para Uckermann & Corporation Advogados. Pedi que Maite me esperasse lá no térreo para evitar um escândalo, eu a conhecia bem e sabia que ela não hesitaria nem um pouco em causar uma cena. Subi até 28° andar, e encontrei Anahi sentada em sua mesa, droga eu tinha me esquecido dela!

Antes que eu pudesse dar meia volta e ir embora ela me chamou.

- Dulce? - dei um sorrisinho sem graça

- Oi Any

- Você veio procurar o Alfonso né? Ele está no tribunal, em audiência - gaguejei

- Oh, eu apenas...

- Ela veio aqui me ver - ele disse com a voz rouca atrás de mim e arregalei os olhos. Christopher estava de novo com a imagem de chefão, o terno impecável e um sorriso de canto nos lábios, me olhando de cima a baixo.

Eu tenho certeza que perdi a compostura por mais tempo do que gostaria e olhei a face desconfiada de Anahí.

- Você veio pegar os processos para entregar ao Alfonso, certo? - Christopher perguntou disfarçando e assenti imediatamente

- Isso, eu vim justamente para isso - sorri sem graça para Anahi que deu de ombros voltando a mexer em sua mesa

- Vamos até a minha sala - ele disse e apoiou a mão no final da minha coluna para me guiar.

Não preciso dizer que me arrepiei inteira com aquela aproximação.

Ele me guiou pelo corredor, reconheci a porta da sala de Alfonso ao passar por ela, passamos também por outras portas (que provavelmente deveriam ser salas iguais a de Poncho), por um grande aglomerado de pequenas mesas divididas em cubículos (que deveriam pertencer aos estagiários) e ao final, avistei uma grande parede de vidro fumê que ia de uma extremidade a outra, e uma porta no meio. Christopher parou em frente a ela, abrindo-a pra mim e me dando passagem.

Entrei rapidamente e arregalei os olhos ao ver um homem lá dentro: ele era moreno, olhos escuros, cabelo bem cortado, alto, musculoso e com cara de bad boy.

- Christopher cazzo, che prende! - ele disse, se levantando, mas assim que me viu abriu um largo sorriso - chi è questa bella?

- Christian - Christopher pigarreou, visivelmente incomodado - Essa é Dulce Maria Saviñón e este é Christian Chavez

- Ciao bella - ele disse em italiano, pegando minha mão e depositando o longo beijo ali - é um prazer - piscou

- O prazer é meu - mordi o lábio, envergonhada

- Christian, o que você quer? - Christopher perguntou sem rodeios

- Calma meu rei - Christian ergueu as mãos em sinal de rendição - está na TPM ou o que? - perguntou rindo

- Cazzo Christian - ele resmungou - fala logo o que você quer, não vê que eu estou ocupado? - apontou para mim

- Oh, não! Eu não queria atrapalhar - dei alguns passos direção a porta - eu posso voltar depois ou...

- Que é isso mi bella - o tal Christian foi até mim, me puxando pela cintura - você nunca atrapalha

- Christian! - Christopher vociferou e ele imediatamente me soltou

- Gia fatto - ergueu as mãos rindo - eu já vi o anel de compromisso que essa belezura carrega no dedo, não se preocupe - virou-se para mim, piscando - mas devo acrescentar que uma mulher como você fora do mercado é um desperdício - dei risada - só vim confirmar sobre aquele compromisso!

- Está confirmado - Christopher assentiu - nos falamos mais tarde

- Vá transar Christopher, você está muito stressado - corei que nem um pimentão e vi Christopher revirar os olhos - ciao bella - virou-se para mim, depositando um beijo em minha bochecha e saindo logo depois.

Só agora passei a reparar na sala: ela era enorme e com dois ambientes divididos, ambos maiores que o escritório inteiro de Alfonso. Um deles era o escritório de Christopher, a mesa de vidro equipada com computadores, telefones e ao lado um arquivo extremamente organizado contendo várias pastas. Um parede branca separava o espaço de trabalho com uma sala estilo lounge, tudo extremamente moderno, contendo dois sofás, uma televisão de última geração, e o bar de mogno escuro. Tudo ali era impressionante, mas não pude deixar de suspirar com as janelas panorâmicas que exibiam a maravilhosa Nova York, como se fosse uma parede de vidro envolvendo todo o escritório.

- Posso te oferecer uma bebida? - Christopher perguntou

- Não, obrigada - neguei com a cabeça

Ele tirou o paletó e afrouxou um pouco a gravata.

Droga, ele ficava ainda melhor sem paletó!

Suspirei quando ele se sentou no sofá e sentei-me o mais longe possível.

- Então...? - ele quebrou o silêncio, com a sombra de um sorriso crescendo em seus lábios - em que posso te ajudar?

Respirei fundo, já sentindo raiva começando a circular por minhas veias.

- Christopher, eu quero saber o que está pretendendo - disse logo

- Desculpe...? - ele levantou a sobrancelha

- Que merda é essa de cartão, buquê de flores, ligações...? - perguntei exaltada - como é que você descobriu meu telefone, meu endereço, meus trabalhos...? - contei nos dedos

- Eu sou um homem de recursos Dulce, que sei o que quero... e quero você.

Minha boca secou, meu coração deu um pulo e senti uma compressão entre minhas coxas.

Seus olhos passearam lentamente por todo o meu corpo, demorando-se um tempão em minhas pernas cruzadas. Tratei de abaixar a barra do vestido e praguejei mentalmente por não ter escolhido sair de calça naquele dia.

- Pare de me tratar como sua propriedade! Eu segui com a minha vida e você com a sua - disse entredentes - porque está complicando tudo?

Ele se aproximou de mim, e pude sentir o cheiro embriagante de seu perfume, seus olhos vidrados nos meus e a tensão sexual que se fazia claramente presente.

- Eu não estou complicando nada - ele segurou minha nuca, aproximando mais nossos rostos - eu disse que te quero, basta você se render - deu um sorriso de lado e ali eu vi que tinha perdido.

Christopher exercia um poder profundo e desconcertante sobre mim, mesmo sendo tão fodidamente errado eu sabia que não conseguiria mais me segurar por muito tempo.

- Eu não quero nada com você Christopher, me deixa em paz - eu disse vacilante. Ele puxou meu lábio inferior com seus dentes, subindo a mão por minha coxa e apertando ali

- Repita isso - ele sussurrou contra meu rosto.

Eu definitivamente não repetiria aquilo.

AI AI AI AI AI AI AI... :x hahahaha espero que gostem amores <3 beijocas