Fanfic: One less problem without you - vondy | Tema: Vondy

Fiquei surpresa com a história de Natasha, olhei para ela que agora estava sorrindo ao lado do marido e fazendo seu papel de esposa perfeita. Quem os visse de longe jamais falaria que era um casamento fracassado.

“Por amor? Talvez os fins justifiquem sim os meios...”

Repassei a frase dita por ela em minha cabeça inúmeras vezes, questionando se de fato o amor justificava tudo.

E concluí que não, infelizmente eu não acreditava nisso.

De repente me dei conta que o vinho já estava fazendo um certo efeito no meu corpo, eu precisava ir urgentemente ao banheiro.

Me levantei indo em direção ao lavabo mas pro meu azar, estava ocupado. Bufei, eu não ia aguentar muito tempo.

Esqueci completamente o protocolo de boas maneiras e resolvi ir procurar outro no interior do apartamento. Abri a porta que ficava no final do corredor e me surpreendi, aquela deveria ser a suíte máster com certeza.

Uau!

Fechei a porta atrás de mim e comecei a olhar em volta, a cama enorme de casal coberta com uma roupa de cama na cor creme ficava no centro do quarto, os detalhes nos pés da cama eram em madeira escura assim como os outros móveis ali presentes, era tudo tão moderno e masculino, eu enxergava perfeitamente a figura de Christopher como dono daquele lugar. Quase perdi o fôlego com a janela de vidro que ia do chão até o teto, ela ocupava o lugar de uma parede inteira. Ignorei a iminente vontade de fazer xixi e me aproximei da janela passando a observar a magnífica vista do Central Park aqui de cima.

FLASHBACK ON

Nós estávamos deitados na grama de barriga para cima, lado a lado olhando para o céu incrivelmente azul. O dia estava lindo e Ucker me levou para fazer um piquenique no Central Park como fazíamos quase todo domingo desde que começamos a namorar, era o único dia que ele não trabalhava na lanchonete. Ele me trouxe no nosso primeiro encontro aqui e desde então tem sido o nosso lugar para fugir dos problemas, as vezes nós ficávamos horas apenas abraçados olhando o céu ou conversando sobre coisas bobas, o mundo podia acabar que eu escolheria estar exatamente ali quando isso acontecesse. Virei o rosto olhando para Ucker tão perdido em seus devaneios quanto eu, peguei sua mão entrelaçando nossos dedos e dei uma leve apertada como se eu pudesse dizer sem proferir as palavras o quanto eu apreciava estar ali. Ele me olhou e deu um sorriso, era inevitável que eu não sorrisse de volta.

- O que está pensando? – perguntei

- Como eu gosto desse lugar, sempre vai me lembrar você...

- É mesmo? -  mordi o lábio, feliz que ele associasse aquele lugar comigo.

 - Uhum – ele assentiu – quando você trombou com a árvore e caiu da bicicleta no nosso primeiro encontro, sempre vai ser inesquecível - brincou

Ri e dei um tapa nele.

- Seu idiota, você jurou nunca mais tocar nesse assunto – ele deu risada e se inclinou para me dar um beijo nos lábios

- Foi por isso que eu me apaixonei por você

- Só por isso? – levantei a sobrancelha

Ele negou com a cabeça.

- Quando eu estava limpando o machucado do seu joelho, percebi que queria cuidar de você pro resto da vida – ele sorriu e pincelou meu nariz

- Você percebeu isso no nosso primeiro encontro? – perguntei emocionada

- O que eu posso dizer? Você me conquistou e agora acho que não tem mais volta – me olhou profundamente – meu coração vai continuar sendo seu, mesmo que um dia você não seja mais minha

Olhei seu belo rosto e fiquei sem palavras.

Eu também sentia que meu coração sempre seria dele, mas me recusava a pensar na possibilidade de não estarmos juntos algum dia.

Ele desviou o olhar para cima, fazendo-me olhar na direção dos enormes arranha-céus.

- Quando a gente se casar, vamos morar num lugar desses com vista para o Central Park – ele disse, mudando de assunto – vai ser o nosso lugar

- Se um de nós ganhar na loteria, talvez – brinquei. Com nossas condições financeiras era praticamente impossível que eu nos imaginasse morando num lugar daqueles.

- Não seja pessimista – ele riu, me dando um selinho – eu não vou ser estudante de direito e garçom para sempre, nós vamos dar um jeito

Coloquei a mão em seu rosto, fazendo um carinho.

- Eu não me importo com o supérfluo, se você vai continuar sendo garçom pro resto da vida ou se vamos morar embaixo da ponte do Brooklyn... com você do meu lado já tenho tudo o que poderia querer - sorrimos um para o outro

- Eu te amo – ele disse por fim e me deu o beijo mais doce

FLASHBACK OFF

Apoiei a mão no vidro me sentindo nostálgica com as lembranças.

Como éramos ingênuos... ou talvez a única ingênua fosse eu, ri comigo mesma.

Agora Christopher tinha uma carreira promissora, morava na cobertura de um arranha-céu na Quinta Avenida com vista para o Central Park... Ele estava vivendo tudo aquilo que planejou para nós, só que sozinho.

Me afastei da janela querendo urgentemente sair dali e fui procurar o banheiro já que eu ainda estava apertada, sem querer me deparei com o closet gigantesco antes de achar o que procurava. Assim que terminei de lavar as mãos joguei uma água no rosto para me refrescar, tomando cuidado para não borrar a maquiagem. Me apoiei na pia e respirei fundo, uma hora ou outra eu tinha que parar de me abalar com a reviravolta que minha vida tomou.

Dei uma alisada no vestido para ver se estava tudo em ordem e destranquei a porta para voltar para a festa, paralisei no momento em que percebi que não estava sozinha.

O coração acelerou, e gelo subiu por minha espinha ao ver Christopher de costas e sem camisa olhando fixamente para a vista da janela, reparei em cada centímetro de pele exposta perfeitamente esculpida com músculos e meu corpo inteiro reagiu com a saudade que eu já sentia de seu corpo. Assim que ouviu meus passos se aproximando ele virou-se rapidamente para ver quem era e ficou tenso, talvez tentando assimilar o porque da minha presença em seu quarto. Nunca me senti tão patética, ali parada sem saber o que dizer como se já não bastasse a vergonha de ter invadido o quarto dele quando obviamente eu não era bem vinda.

Nós estávamos sozinhos e a porta estava fechada, abafando o barulho da festa lá fora o que nos deixava num silêncio completamente desconfortável. Ficamos nos encarando por um tempo, ambos completamente incertos do que dizer, seus olhos me instigavam a proferir qualquer palavra que fosse mas eu não conseguia. Instintivamente comecei a mover minhas pernas na sua direção.

Era mais forte do que eu e podia sentir meu coração pulsando a medida que me aproximava dele. Christopher jamais desviou os olhos de mim e quando ficamos frente a frente nos encarando, eu quase tive que me lembrar como se respira.

Ai, esses encontros deles... hahahahaha poxa, como a vida (ou a escritora rs) foi injusta com esses vondys, gostaram da lembrança da Dul? começo de fic, ou de temporada é meio paradinho sempre, mas logo as coisas começam a esquentar de novo kk. Gostaria de saber um pouquinho do que vcs esperam dessa nova temporada lendo os primeiros capítulos, me contem todas as teorias *-* beijo minhas lindas <3