Fanfic: A Vinha e O Girassol | Tema: Portiñon (AyD)

Logo os amigos ficaram sabendo do estado de Anahi e não demorou para que Chris, Ucker, Angelique e Maitê viessem vê-la.  Estavam todos na sala, inclusive ela na cadeira de rodas olhando para o nada, quando Angelique se volta para Dulce num tom acusador...

- Tá vendo só o que sua fuga estúpida fez com ela?!  Acha mesmo que tem condições emocionais de fazer parte da vida de alguém como Anahi?!  Ela é sensível, especial e não esse monte de estrume que você está acostumada!

- Angel, você não tem o direito de falar com Dulce assim!  Só piora tudo!

Maitê intervém indignada com a atitude grosseira da mulher.  Angelique rebate...

- Tenho sim, ela é como se fosse minha irmã e já disse que não vou deixar essa aí destruir a vida dela com seus caprichos de criança egocêntrica que acha que o mundo gira em torno do seu precioso umbiguinho!

- Ange...

Mas antes que Maitê pudesse retrucar mais uma vez, Dulce disse resignada...

- Deixa, Mai!  Ela em parte tem razão!  Eu agi de forma estúpida mesmo, sem maturidade, querendo puni-la por não me amar!  Entendo Angel que com sua sutileza de paquiderme falou apenas a verdade!

- Melhor ser um paquiderme que uma mulherzinha infantil que não sabe como reagir ao achar que é menos amada do que merece!  Você quis o que não te pertencia, aquele amor era para Camille!  Porque não conquistou o seu próprio amor?  Ela nunca poderia te amar como amou Camille porque vocês não são iguais!  Entenda que não há medida para o Amor!  Ele é diferente para cada pessoa, em cada situação, em cada tempo, com suas histórias particulares e únicas!

Dulce sabia que ela tinha toda razão, mesmo a verdade doendo como um punhal em seu estômago.   Chris decide falar para apaziguar os ânimos...

- Vocês duas amam Anahi cada qual a sua maneira.  Porque não dão uma trégua e pelo menos se tolerem para trazer vibrações positivas pra nossa amiga, hein?!

Dulce levanta, se aproxima de Anahi e deita a cabeça em seu colo, fica assim por alguns minutos e em seguida diz se virando para Angelique...

- Você me irrita com esse seu jeito de intrometida-sabe-tudo, mas sei que adora ela também, então para de me encher o saco com essas acusações e me ajuda a ser melhor pra ela tá bom?!

Soltando o ar fortemente pelo nariz, Angelique concorda fingindo contrariedade...

- Tá bom, vou te aturar por causa de Anahi, mas já disse, se vacilar outra vez eu mesma dou um jeito em você!

- Nossa, que medo!!!

Dulce debochou!  E todos perceberam que a animosidade entre elas viraria camaradagem com o tempo.

Mais tarde Dulce pega a foto que encontrou com Anahi e pergunta para Maitê...

- Lembra dessa foto? Acho que foi você ou Angel que tiraram naquele dia do Bar.

- Claro que lembro.  Enviei para o e-mail de Anahi as fotos que tiramos naquela noite. Você não tinha percebido que tirei a foto, veja como está natural!

Com tristeza Dulce concorda...

- Sim, estava com ela junto ao álbum de Camille quando a encontramos no quarto, catatônica.

Angelique se aproxima das duas e pega a foto dizendo com sua habitual altivez...

- Quando vi essa foto eu comentei com Anahi para que reparasse na sua cara de apaixonada pra ela!  Então, se imprimiu a foto, foi porque gostou do que viu!

- Ela tava me comparando com as fotos de Camille!  Não tinha que fazer isso...somos tão diferentes!

Suspirando com impaciência Angelique fala...

- Ela não comparava você à Camille!  Ela devia estar era se punindo por sentir por você algo parecido que sentia por ela.  Anahi se pune diariamente por causa daquele maldito acidente e se descobrir apaixonada por você trouxe de volta toda a culpa e remorso multiplicados!

Chris se aproxima e finaliza apertando a ponta do nariz de Dulce...

- A sabichona aí tem razão, Lerdinha!  Pense nisso!

Naquela noite, a temperatura em torno da região da Toscana havia caído consideravelmente.  Os aquecedores foram ligados, mas a temperatura foi mantida baixa para evitar choque térmico.  Dulce preparou a cama com um edredom mais grosso e arrumou da forma que Anahi gostava de seus travesseiros.  Pegou-a na cadeira e a fez andar até a cama.

Quando estava nesses estados de catatonia, Anahi deitava sempre de barriga para cima olhando fixamente o teto até os olhos fecharem.  Naquela noite, porém, deitou meio de lado, com os braços atravessados na direção em que Dulce deitava.  Olhava fixamente um ponto qualquer na parede lateral à cama e por poucos centímetros não olhava diretamente para Dulce.  Esta se deitou e deixou uma luz baixa e difusa vinda apenas do pequeno abajur de sua mesinha de cabeceira, que a deixasse olhar para Anahi sempre que abrisse os olhos, coisa que fazia várias vezes durante a noite.

Virou o corpo de frente para ela e começou a conversar como fazia todas as noites antes de ser vencida pelo cansaço...

- Eu fui tão mesquinha em invejar o amor que você tem por Camille! Angel tem razão, sou uma incompetente que não consegue cultivar um amor que seja para mim, um amor meu!  Quis o amor que era dela e que vai ser dela sempre!

Esticou a mão e tocou o rosto de Anahi suavemente fazendo as pálpebras dela tremerem, continuou...

- Você me dava amor sim...no jeito que me olhava...no modo como me tratava com dignidade e respeito...nas minhas vontades que sempre fazia questão de satisfazer...na paixão com que amava meu corpo!  Sim, você me amava a sua maneira e eu me sentia tão feliz quando percebia nos pequenos detalhes os indícios desse amor!  Só que deixei meu ego falar mais alto e o ciúme cobriu como uma nuvem negra essa percepção!  Eu tenho tanta raiva de mim mesma por ter feito isso conosco!  Será que um dia você vai conseguir entender os meus motivos imbecis e voltar a ser a minha Anahi tão adorada?!

As pálpebras de Anahi começaram a mover-se freneticamente e Dulce notou que ela de alguma forma estava absorvendo o que era dito.  Teve receio de estar perturbando suas emoções e decidiu parar com aquelas declarações.  Chegou mais perto ainda de Anahi, virou o corpo dela para o lado oposto ao seu e encaixou-se como uma concha nas costas dela.  Puxou as cobertas e tornou aquela cama um ninho perfeito de aconchego.  Aspirou o perfume que vinha dos cabelos e do pescoço de Anahi.  Abraçou-se mais ainda a ela e sussurrou próxima ao seu ouvido...

- Eu te amo, Anahi, e sempre vou amar!

Own que bonitinho *-*

Gente.... queria avisar que a web já tá perto de acabar... talvez próxima semana. Mas já estou procurando outra viu ;) Haha!