Fanfic: A Vinha e O Girassol | Tema: Portiñon (AyD)

Todos os dias Anahi ficava o tempo que era permitido com Dulce e em seguida ia acompanhar a irmã nas mamadas. Beatriz mamava em outra mãe que estava no hospital aguardando o filho prematuro ganhar peso suficiente para ir embora.

Segurar em seus braços aquele pequeno corpo com os olhos azuis mais brilhantes que já tinha visto trazia para ela uma dose de energia e de vida impossíveis de serem traduzidas em palavras! Sentia-se tão acordada...forte...completamente viva!!!

E toda essa vivacidade só não estava completa porque Dulce ainda não estava ali com elas!

Dulce só recobrou a consciência dois dias depois de sua entrada na UTI. Olhou em volta estranhando o ambiente e pensando estar num sonho confuso. Foi quando viu o rosto emocionado de Anahi bem perto do seu! Ela sorria e os olhos brilhavam como nunca Dulce havia visto antes! Ela segurava com força sua mão e fez um sinal para que Emma chamasse alguém!

Em segundos entravam no quarto Dr. Giane e uma enfermeira rechonchuda, que muito animados passaram a examinar minuciosamente Dulce. Ela olhou em direção à sua barriga e exclamou apavorada...

- Minha filha!!! Cadê minha filha?! Minha barriga...

Nesse instante Anahi larga a mão dela e corre para fora do quarto. Dulce fica ainda mais preocupada...

- Aonde ela foi? O que aconteceu com minha filha?!

Dr. Giane medindo sua pressão calmamente diz, esboçando um sorriso condescendente...

- Calma, menina, mais um minutinho e já vai saber por que Anahi saiu correndo...

Em seguida entra Anahi com Beatriz nos braços acompanhada de uma enfermeira ofegante que dizia...

- Dona Anahi, não pode tirar a neném do berçário desse jeito! Eu estava preparando ela para ser amamentada e...

Parou quando viu que Dulce estava acordada!

Anahi aproximou-se da cama de Dulce e estendeu na direção dela a filha enrolada em uma manta acolchoada. A menina fazia caretas de desagrado por ter sido arrebatada de seu conforto de forma tão repentina, mas foi só Anahi chegar ela bem perto do rosto da mãe e Beatriz abriu seus belos olhos brilhantes fitando intensamente o negro do olhar materno. E como acontece com a mágica do instinto filial, foi como se a pequena reconhecesse o cheiro e a fisionomia da mãe, abrindo de imediato um sorriso largo na pequena boca sem dentes!