Fanfic: Proposta Indecente- Adaptada- Finalizada | Tema: Dulce e Christopher - Vondy

- Eu não tinha idéia. - O rapaz, consternado, ergueu-se no mesmo instante.
- Agora tem - devolveu Christopher com uma falsa delicadeza.
- Sim, sim, claro! - Sua urgência em se retirar era quase cômica.
- Se me derem licença...
- Costuma afugentar as pessoas? - Dulce perguntou enquanto Christopher se sentava.
- Só quem invade meu território.
- É bom saber meu lugar.
- Não seja irônica - Christopher a repreendeu. Belinda os observava com curiosidade.
- Talvez você deva esclarecer aos interessados qual é exatamente o lugar de Dulce, querido.
- Dulce mora comigo. - Christopher se recostou no espaldar.
- Como sua hóspede? - Belinda o encarou com frieza. Christopher foi direto, sem intenção de amenizar o que iria dizer:
- Como minha amante. Belinda tentou disfarçar a fúria.
- É mesmo, querido? Você poderia ter me informado.
- Tivemos um relacionamento passageiro, Belinda. Quando sentíamos vontade, conforme o momento, servia para nós dois. Nunca foi permanente.
- Engano seu. - Belinda apanhou a bolsa e desapareceu em meio às pessoas no salão.
- Você foi cruel.
- Era o único jeito de ela entender. Dulce o olhou, notou-lhe a força, o poder, a aspereza.
- Acho que não gosto de você.
- Isso não faz parte de suas obrigações.
- Não. Tenho apenas de satisfazê-lo enquanto durar minha sentença.
- Cuidado, pequena - avisou com suavidade, intrigado com os olhos que pareciam esmeraldas escuras.
- Não tenho medo de você, Christopher.
- A moça é corajosa...
- Se eu pudesse, sairia daqui e tomaria um táxi. - O queixo empinou um pouco.
- Mas não tenho dinheiro, e estou presa a você. A expressão divertida de Christopher a fez querer estapeá-lo. Não acreditou quando ele se ergueu e tomou-lhe a mão.
- Dance comigo.
- Só pode estar brincando! Dulce não tinha escolha senão concordar... a não ser que quisesse fazer uma cena. A música era romântica. Christopher a tomou nos braços e puxou-a para si. Ela sentiu-lhe os lábios roçarem seus cabelos, depois sua têmpora. A contragosto, sentiu a raiva começar a se dissipar. Lutou contra o calor que invadia seu corpo e corria por suas veias, até chegar ao coração. Seria fácil ceder, mover-se no mesmo ritmo dele, sentir a carícia de sua boca na curva de seu pescoço. Mas forçou-se a retesar-se, e quase jurou ter ouvido a risada de Christopher. A tentação de pisar-lhe os pés foi grande, e Dulce ficou infeliz. E o fato de ele perceber seu estado de espírito a exasperava ainda mais. Passava da meia-noite quando chegaram à mansão. Dulce não teve o prazer de entrar sozinha, pois não tinha a chave, nem acesso aos códigos de segurança. Assim que atingiram o hall ela subiu correndo a escadaria. Entrou na suíte segundos antes dele, descalçou os sapatos, tirou o colar e os brincos e abriu o zíper do vestido. Por baixo, apenas uma meia-calça e a calcinha. Pôs uma camiseta e pendurou o vestido com cuidado. Em silêncio foi até a saída.
- Nem pense em dormir em outro aposento. Dulce virou-se e deparou com o olhar sombrio. Christopher tirara o paletó e a gravata, desabotoara a camisa e estava tirando a calça.
- Não quero ficar na mesma cama que você esta noite.
- Sabe como é fácil para mim fazê-la querer?