Fanfic: Proposta Indecente- Adaptada- Finalizada | Tema: Dulce e Christopher - Vondy

- Foi marcada uma consulta com um médico para depois desta reunião. Também marquei hora com um outro advogado, para que a aconselhe. Os resultados dos testes devem ficar prontos em quarenta e oito horas, e uma cópia lhe será enviada. Não podia haver maior eficiência. Então por que Dulce se sentia como se estivesse em uma montanha-russa? Era isso o que planejara, que perseguira. Todas as queixas contra seu pai seriam retiradas. Não teria de servir mesas todas as noites e poderia sair do apartamentinho alugado.
- Obrigada. - Dulce se levantou e pegou o cartão do advogado.
- O consultório médico fica no terceiro andar - o homem informou. - E meu colega está no décimo. Conveniente, evitando a perda de tempo indo de um lugar ao outro, e poderia chegar ao trabalho no horário. Dulce inclinou a cabeça na direção de Christopher e foi até a saída. O advogado a deixou passar, e a secretária a acompanhou até os elevadores. O advogado fechou a porta e foi até Christopher.
- Espero que saiba o que está fazendo.
- Tomou mesmo todas as providências para que tudo dê certo - Christopher respondeu com tranqüilidade, enquanto seu velho amigo lhe servia um drinque. Gelo, uísque, soda, e o advogado encarou Christopher, que havia tantos anos percorria o caminho do sucesso com ele.
- Desta vez você está lidando com um ser humano, Christopher, não com ações, títulos, tijolos e argamassa.
- O acordo me intriga. - Christopher inclinou-se, indolente. - E a mulher também. - Há muito dinheiro envolvido.
- Só posso esperar que a recompensa seja adequada. O advogado tomou um longo gole. - Espero que sim. - Gracias, amigo.
Às seis horas Dulce foi para o restaurante. Calçou os sapatos de salto alto, vestiu o avental e começou a trabalhar. Não tivera espaço para pensar nos últimos acontecimentos, e a falta de sono a fez trocar dois pedidos, deixando o dono furioso. Após horas carregando bandejas e pratos, seu braço começou a doer, e jurou que, se recebesse mais um tapinha no traseiro, iria embora. Conseguira uma vaga na rua principal, após muitas voltas. Às onze em ponto pegou a bolsa, o pagamento e saiu.
- Dulce? A voz a assustou, e seu dono ainda mais. Christopher tinha uma aparência formidável, o rosto sombreado pelas luzes de néon.
- O que faz aqui? Ele lhe lançou um olhar duro.
- Pondo fim a seu tormento. Chega desse trabalho miserável.
- Você não pode... - ela protestou, a boca entreaberta. - Veja. Minutos depois, Christopher estava de volta, e seu jeito a deixou perplexa.
- Entre no carro. Eu a sigo até sua casa.
- Daqui a dois ou três dias você poderá mandar em mim. Agora, esqueça! - Altiva, Dulce o encarou.
- Que coragem, pequena.
- A tranqüilidade dele era insul tante.
- Teve a mesma coragem ontem quando foi atacada? Dulce se lembrou do médico lhe perguntando sobre o antebraço machucado.
- As notícias voam... - Você entrou no hospital à meia-noite e saiu às três. Céus, ele era rápido!
- Suas fontes são admiráveis, sr. Uckermann.
- Da próxima vez, não diga que sabe se cuidar.
- Faço isso há algum tempo. - Ela não queria ser tão cínica.
- Entre no carro, Dulce. Ela o obedeceu, dirigiu até seu prédio e estacionou. Quando saiu do veículo, Christopher apareceu a sua frente.
- Estou cansada demais para censuras. - Se não entrasse e se sentasse rápido, iria desmaiar.
- Tome um sedativo e falte amanhã.
- Sim e não. -Dulce começou a andar e disse-lhe um breve boa-noite