Fanfic: Crime Premeditado | Tema: Rebelde

Capítulo 2

- Tem certeza? ; Dizia a mulher de cabelos grisalhos sem acreditar no que acabou de ouvir. - Amanhã cedo eu vou chegar aí, vou comprar uma passagem pra mais rápido possível. - Ela estava desesperada, então sem pensar pegou um papel e uma caneta e escreveu uma carta para sua filha, ela estava chorando desesperadamente, ela não poderia estar morta, não sem ao menos conhecê-la.
Mais ou menos uma hora depois, a ruiva chega em casa, e como de costume chamou o nome da mãe, sem resposta ela foi procurá-la, quando estava indo pra o quarto ela viu um papel e foi ver o que era, ela estranhou, estava escrito "urgente" na frente, então abriu e começou a ler.

"Filha, sei que não é o jeito de contar isso mas como eu tive que sair urgente vou ter que abrir o jogo, você tem uma irmã gêmea, chamada Sol, quando vocês nasceram seu pai e eu nós separamos, ele queria levar vocês duas, já que ele iria se mudar, é claro que eu não deixei, então ele disse que levaria uma, ou entrava com um processo para a guarda das duas, então como eu não tinha saída, eu deixei ele levar, a Sol, uma das minhas bonequinhas, as vezes ele me mandava uma carta com uma foto dela, e nós combinamos que nós não iríamos contar nada para vocês, mas hoje eu recebi uma notícia, sua irmã foi encontrada, morta. Estou indo para o México, deixei dinheiro suficiente para você passar duas semanas sem preocupações, assim que der eu te ligo te explicando tudo direito. Não esqueça eu te amo.
Blanca."

A ruiva chorava como criança, ela estava confusa, como ela tinha uma irmã e não sabia? Por que esconderam isso dela? Como assim sua irmã que nem sabia a existência tinha morrido? Eram tantas perguntas, ela resolveu tomar um banho quente para pensar um pouco. Quando ela estava saindo do banho, enrolada na toalha e secando o cabelo, seu telefone tocou, ela correu para atender e viu o identificador e estava escrito o nome de sua mãe, ela imediatamente atendeu.
- MÃE? MÃE AONDE VOCÊ ESTÁ?- a ruiva gritou desesperada.
- Olá, você é parente da senhora Blanca Saviñon?
- Sim! Sou a filha dela, não sei se percebeu mas eu atendi falando mãe, mas isso não importa, porque você está com a minha mãe? O que aconteceu? - a ruiva explodiu, falou tudo rápido de mais, ela estava nervosa, queria saber o por que de um homem está ligando pra ela a essa hora da noite e ainda por cima pelo celular de sua mãe.
- Meu nome é Leonardo, sou bombeiro, eu quero que a senhora tenha calma. - O homem no outro lado da linha disse calma, tentando passar segurança para ela.
- O que está acontecendo? Por que você está me ligando? E ainda por cima pelo celular da minha mãe? - ela disse tentando manter a calma.
- Ela sofreu um acidente grave de carro, estamos levando ela pro hospital Santa Maria. Nós ligamos pra senhora por que era a última ligação feita, eu quero que a senhora mantenha a calma e venha pra cá. - a menina na mesma hora paralisou, a mãe dela poderia morrer, sem pensar duas vezes ela chamou o taxi e foi direto para o hospital.
- MÃE? CADE A MINHA MÃE? - A ruiva entrou desesperada na sala de espera chamando atenção das pessoas que estava ali.
- Calma senhora, qual o nome da sua mãe? - A enfermeira disse com calma tentando tranqüilizar a mesma.
- Blanca, Blanca Saviñon, pelo amor de Deus senhora diz aonde minha mãe está.
A enfermeira a olhou com pena, o estado da garota está deplorável, estava com os olhos inchados e cabelos bagunçados.
- Ela está na sala de cirurgia, ela teve traumatismo craniano e quebrou três vértebras. - Quando a pequena garota de 17 anos ouviu aquelas palavras da enfermeira ela desabou, ela queria a mãe dela, não queria que a mãe morresse, era sua melhor amiga.
Algumas horas depois, ela já estava mais calma, tinha ligado pra uma de suada amigas mais próxima, quando a enfermeira chegou.
- Família da Blanca Espinosa Saviñon. - Um homem alto dos cabelos negros chegou na sala de espera, a ruiva levantou rápido.
- Aqui, sou a filha dela.
- Ela já saiu da sala de cirurgia, ela está dormindo.
- Quando vou poder ver ela?
- Amanhã você pode ver, mas ela ainda não poderá fazer muito esforço.
O médico saiu dali e deixou as duas garotas abraçadas chorando.
No dia seguinte a garota estava lá, esperando a autorização de poder visitar sua mãe.
- Dona Dulce María Espinosa Saviñon? - O médico entrou na sala a chamando, ela levantou e seguiu o médico, colocou a roupa adaptada para entrar na UTI, quando ela viu sua mãe toda entubada, deita em uma cama e respirando com ajuda de aparelhos sentiu o nó na garganta e seus olhos encheram de lágrimas.
- Filha? - Disse a mãe dela com dificuldade.
- Shh mãe, não se esforce. - Disse Dulce segurando suas lágrimas e segurando a mão da mãe.
- Filha, você tem direitos de estava com raiva de mim. - A senhora dos cabelos grisalhos falou com dificuldade.
- Não mãe eu não estou com raiva de você, mas agora não fale, você precisa descansar.
- Não, olha, eu não sei se vou sair dessa, mas se eu partir quero que você ligue para o seu pai, o nome dele é Fernando, eu tenho o número dele, ligue para ele, e peça pra ele vir te buscar. - ela disse pausadamente e com muita dificuldade.
- Não mãe, você vai sair dessa, eu juro pra você. - Dulce já chorava descontroladamente, a mãe dela também já chorava, mas nada se comparou quando ela ouviu aquele barulho, aquele que ela faria de tudo para não ouvir, o batimentos cardíacos da mãe dela havia parado, a ultima coisa que viu foram os médicos entrando na sala e a tirando de lá. Mais ou menos meia hora depois ela já estava nervosa, quando o médico saiu da sala ela se pôs em pé.
- E aí doutor? - Ela disse rápido tentando controlar o choro.
- Desculpe senhora, mas ela não agüentou me desculpe. - o médico disse e ela ficou paralisada, sua mãe tinha morrido, ela não tinha mais nada, até que ela lembrou das palavras da mãe, ela iria ligar para seu pai. Dulce esperava com sua amiga o corpo de sua mãe ser liberado.