Fanfic: Crime Premeditado | Tema: Rebelde

Capítulo 4

No dia seguinte, Dulce acordou meio indisposta, ela não dormiu bem, na verdade ela já não dormia bem a muito tempo, ela acordava o tempo todo com pesadelos de sua mãe.
Depois de ter feito suas higienes pessoais Dulce desceu e foi tomar seu café da manhã, quando estava chegando na cozinha ouviu seu pai falar no telefone.
- Já falei que eu não quero ele perto da minha filha! - Meu pai praticamente gritou com a pessoa que estava na linha - Como assim ele é o único que fala em português? - Ele estava indignado, quando ele percebeu que Dulce estava encostada na porta desligou o telefone.
- Bom dia, tome seu café e vamos, tenho que apresentar o seu ajudante. - Ele falou meio irritado, ela resmungou um bom dia e sentou na mesa para comer seu café da manhã, quando acabou levantou e foi até seu quarto, pegou seu material e um casaco e desceu de novo, seu pai já estava no carro esperando ela.
- Dulce, sabe o garoto que vai te ajudar? - ela balançou a cabeça em sinal de positivo - Eu só quero que você fale com ele sobre o colégio, não fique muito perto dele, e não quero você se conversa com ele ta bom?
- Por que?
- Porque sim querida, só faça o que eu pedi, agora vai se não você vai perder o primeiro tempo. - Ele deu um beijinho na testa da mesma. - Não esqueça do planejamento. - entregou um pequeno papel e Dulce saiu do carro e foi em direção do grande prédio, quando passou pela porta muitos olharam pra ela assustados, pareciam mais que tinham visto um fantasma, ela ficou um pouco incomodada com a situação, foi quando lembrou de sua irmã gêmea, ela devia ser desse colégio, e é claro que as pessoas iam estranhar isso, Dulce abaixou a cabeça e foi andando até a secretaria com passos largos, escutando cochichos de alguns alunos.
- Bom dia. - Disse uma mulher que aparentava ter uns 30 anos
- Bom dia, meu nome e Dulce Maria Saviñon, meu pai falou pra mim passar aqui para esperar meu ajudante.
- Tudo bem, ele já deve está chegando, em quanto isso pode sentar naquele banco ali. - Dulce assentiu e sentou no mesmo, pegando o seu telefone e ficou escutando música até viu um furacão de jaqueta preta entrar na secretaria.
- O que eu fiz dessa vez Márcia? Eu mal cheguei no colégio e já me mandaram eu vim pra cá. - Ele disse bufando.
- Não é nada senhor Uckermann, é que você é único na sala do segundo ano que fala em português, e a aluna nova é do Brasil, então ela precisará de sua ajuda até se acostumar. - Marcia disse e apontou uma garota de cabelos longos e vermelhos que até então não tinha percebido sentada em um dos bancos que havia ali, quando ela o encarou ele sentiu um nó na garganta, não podia ser, ela era idêntica, e ela estava ali, na sua frente com um sorriso tímido nos lábios, as lembranças veio em sua cabeça e seus olhos marejaram de lágrimas.
- O que foi Uckermann? Parece que viu um fantasma. - Marcia disse para descontrair o momento, pois ela sabia o porque dele está assim.
- Não Márcia, está tudo bem. Eh, eu vou indo pra sala. - Ele disse coçando a nuca e logo depois indo em direção a mesma. Ele estava nervoso, como aquela garota era tão parecida com ela? Elas eram idêntica, até a expressão do rosto era igual, apenas mudava a cor do cabelo, essa garota veio pra cá para acabar com ele.
- Oi desculpa, é que você saiu da secretaria e nem nós apresentamos. - Disse a ruiva com um sorriso tímido, ela estava vermelha, parecia está morrendo de vergonha. - Meu nome é Dulce Maria Saviñon, mas pode me chamar se Dul. - Ela esticou a mão para cumprimentado e ele apenas a encarou, deixando a mais vermelha, ela abaixou a mão e encarou o chão.
- Meu nome é Christopher Uckermann. - Ele disse seco, e ainda pensando no que ela tinha acabado de falar, o sobrenome dela é Saviñon, mas como podia, ele não sabia que Sol havia uma irmã, ele conhecia todas as primas e parente da mesma, menos a mãe que ela disse que havia abandonado ela com seu pai assim que nasceu. Ele estava perplexo, e foi tirado de seus pensamentos quando a professora de matemática entrou na sala.
- Bom dia turma, temos uma nova aluna hoje, Dulce Maria, ela é brasileira, então ajudem ela com tudo. - Tudo o que a professora falava o Christopher repetia em português para Dulce que apenas balançava a cabeça concordando quando ele perguntava se estava entendendo.
- Então alunos, hoje teremos trabalho em dupla, podem escolher. - Todos já haviam escolhido seus pares Christopher e Dulce tiveram que ficar juntos, em quando eles fazia o trabalho ela percebeu que a calça do mesmo estava meio levantado na parte da canela, ela viu que ali tinha um GPS, ela sabia o que era, já tinha visto um desses antes, mas ela queria confirmar, a sua curiosidade foi maior que seu orgulho.
- Desculpe pela pergunta, mas o que é isso na sua perna? - ela disse apontando para o pequeno equipamento preto que estava ali.
- Não que seja da sua conta mas isso é a consequência de uma terrível noite que eu apenas quero esquecer. - ele respondeu seco, sem encara-lá. Eles acabaram de fazer o trabalho e o sinal do intervalo tocou, Dulce foi andando em direção a cantina quando uma loira sorridente parou ela.
- Oi, meu nome e Anahi, pode me chamar de Barbie sou da sua sala, quer passar o intervalo comigo? - Ela disse animada sem tirar o lindo sorriso do rosto, ela era perfeita, tinha seus cabelos escorridos e um tom de loiro natural.
- Claro. - Dulce sorriu de volta e seguiu a loira. Chegando no refeitório ela viu uma mesa que estavam três garotos e uma menina, a Anahi estava indo em direção aquela mesa.
- Oi gente! - ela disse animada dando um beijo na bochecha de cada um e dando um selinho em um menino alto e forte, ele era bem bonito.
- Oi Barbie, quem é essa aí? - disse um garoto de cabelo laranja
- Essa é a nossa nova amiga! Não é mesmo? - ela olhou pra Dulce que estava prestando atenção no terceiro garoto que estava na mesa, ele estava olhando pro nada, parecia está com os pensamentos bem distante, ela saiu de seus pensamentos quando a loira cutucou ela e a mesma apenas acenou a cabeça concordando.
- Me diz aí ruiva, qual o seu nome? - disse o garoto que estava abraçado com a Anahi
- Dulce Maria Saviñon, mas pode me chamar de Dul.
- Oi, eu me chamo Alfonso, mas pode me chamar de Poncho, aquele maluco de cabelo laranja é o Christian, pode chamar ele de Fercho, ou de Chris, a morena é a Maite, mas pode chamar de Mai, o pensador ali - apontou o Christopher que continuava olhando pro nada - é o Christopher, mas acho que você o conhece.
- Seu sobrenome é Saviñon? - A morena disse pela primeira
- Sim. - Dulce disse meio tímida, sabia que essa conversa ia da na sua irmã.
- Você e parente da Sol? - bingo! Dito e feito, tudo o que ela menos precisava era de falar sobre sua irmã, que ela nem conhecia, Dulce apenas assentiu a cabeça e olhou para cima para conter as lágrimas, Maite percebeu que ela não estava bem e parou com as perguntas. Logo depois o sinal bateu e todos voltaram para a aula, o dia passou lento, nada muito interessante aconteceu. Quando acabou a aula o pai de Dulce foi buscá-la, ela foi para casa pensando em Christopher, o que tinha acontecido com ele? Por que toda vez que alguém falava o sobrenome dela e se incomodava tanto, ou quando falava sobre a minha irmã?
Já o Christopher, ele queria manter distância, mas ao mesmo tempo ele sentia que tinha que cuidar dela, proteger como se fosse de porcelana, coisa que ele não conseguiu fazer antes, com sua amada, ele estava indo em direção ao cemitério.
- Por que não me contou sobre sua irmã? Sabia que ela é muito parecida com você? Isso me incomoda, faz me lembrar o tempo todo quão idiota eu fui. - ele dizia ajoelhado em um túmulo chorando, ele chorava como criança, ele ainda não tinha caído na real, ele ainda não tinha acostumado que não viria mais aquele sorriso correndo em sua direção e pulando em seu colo toda manhã, aquilo ainda era muito novo para ele. Mais ou menos 2 horas ele foi para casa descansar um pouco