Fanfic: Crime Premeditado | Tema: Rebelde

Capítulo 5

POV DULCE

Eram 6:15 da manhã e eu já tinha acordado, levantei e fui para o banheiro fazer minhas higiene matinal, em quanto escovava meus dentes eu pensava nele, ele era tão misterioso, e tinha um gps na perna, isso significava que ele estava em prisão domiciliar, o que ele tinha feito para acontecer isso? Alguma coisa haver com a minha irmã? Por que toda vez que tocavam nesse assunto ele se calava e ficava avoado? Tantas perguntas, nenhuma resposta. Ele era tão misterioso, e isso me chamava atenção nele, eu sentia que tinha que descobrir. Despertei de meus pensamentos quando meu pai bateu na porta do banheiro me fazendo encara- lo.

- Bom dia, já está pronta? - ele disse com um sorrisinho de canto nos lábios.

- Bom dia, estou sim, eu já ia descer para tomar o café da manhã. Depois disso nós descemos, a mesa já estava pronta, tinha um suco de laranja e cereal.

- Tenho que parar de escovar os dentes antes do café da manhã, sempre da um gosto ruim para as coisas. - pensei alto e ouvi a risada do Fernando, olhei ele que ainda ria do meu comentário e não agüentei, dei uma risada que eu não dava a muito tempo, isso me fez bem. Depois do café, subi e escovei os dente novamente, peguei minha bolsa e um casaco e fui para o carro do meu pai, era tão estranho falar isso depois de dezesseis anos sem um pai, mas era bom, eu me sentia segura com ele, sem ele eu não saberia conviver com a morte da minha mãe, fomos em direção a escola e quando desci do carro vi aquela cabeleira loira correndo em minha direção e me abraçando, parecia que ela me conhecia a anos, correspondi o abraço e depois ela começou a tagarelar.

POV CHRISTOPHER

Dormir muito mal a noite, toda hora vinha aquelas imagens novamente em minha cabeça me fazendo lembrar daquele inferno novamente, eu estava com uma p/uta dor de cabeça, não queria ir para o colégio hoje, mas lembrei daquelas belas cabeleiras ruivas que tanto me chamava atenção, e que eu prometi para ela que cuidaria de sua irmã, então eu levantei e fui em direção ao banheiro, tomei meu banho, coloquei uma calça jeans e uma blusa preta, desci e encontrei a minha mãe na cozinha tomando o café da manhã.

- Pensei que a bela adormecida não iria acordar mais. - Ela disse em um tom divertido.

- Minha cabeça está doendo. - Disse dando um beijo em sua testa e sentando ao seu lado pegando um pedaço de bolo e um copo de suco de uva.

Depois de comer subi novamente para o meu quarto e escovei os dentes, fiquei um bom tempo encarando o porta retrato que estava em cima de uma estante que tinha em meu  quarto, era uma foto minha e de Sol abraçados, foi no aniversário dela de dezesseis anos, ela estava linda, com um sorriso encantador, e com ursinho de pelúcia nos braços, eu tinha acabado de lhe dar, como eu tinha saudades daquele sorriso dela, aquela gargalhada escandalosa que só ela tinha, eu amava aquela garota, mas agora ela não está mais comigo, por culpa minha, eu nunca me perdoaria por aquilo, não consegui controlar as lágrimas.

- Filho? – Minha mãe chegou por traz de mim me despertando – Vamos? – Ela disse e eu encarei ela, a mesma olhou o porta retrato e viu o porta retrato, ela me abraçou e eu comecei a chorar mais ainda nos braços dela, ei sentia falta daquela garota que eu implicava, aquela que era toda marrenta e sensual, gostosa e abusada, ela podia ter um lado ruim, mas ela também tinha seu lado bom, e ela era minha.

- Mãe, ela nunca mais vai voltar para mim, ela morreu e foi culpa minha, só minha, eu sou um idiota mãe. – Eu disse entre soluços e minha mãe me abraçou mais forte.

- Não fala isso filho, não foi culpa sua, está tudo bem, se foi assim e por que Deus quis, ele escreve certo em linhas tortas meu filho. – Ela me encarou e secou as minhas lágrimas. – Agora, vai lavar esse rosto e vamos para o colégio. -  Eu dei uma risada e fui andando em direção ao banheiro, e senti um tapa em minha b/unda, e ri com o gesto dela, olhei para ela e  a mesma deu uma gargalhada.

- Que feio Dona Alexandra, isso e pedofilia

- Quem manda ter essa b/unda gigante?

- A senhora e o meu pai que fez, a culpa não foi minha

- Christopher! – ela me olhou assustada e eu ri da reação dela, depois eu desci e peguei as chaves do meu carro e fui em direção ao colégio, quando cheguei lá eu a vi, ela estava linda, com uma calça jeans clara e uma blusa azul e um casaco branco. Ela estava com a Anahi e Maite, e com o Pedro? O que ele estava fazendo ali? Fui até eles, até porque eu era amigo de todos eles, e Pedro era um de meus melhores amigos, quando eu estava chegando perto escutei uma gargalhada escandalosa, me assustei, meu Deus, tudo bem que elas eram gêmeas, mas era torturante escutar aquela gargalhada, me fazia lembrar tudo novamente, eu me afastei dali correndo chamando alguns olhares para mim, mas eu não me importava, eu só queria ficar sozinho, sem nenhum contado visual com aquela ruiva, aquilo estava me consumindo por dentro, eu não ia aguentar olhar para a mesma sem lembrar daquela noite, que eu tento esquecer todos os dias. Eu fui para um canto da escola que era pouco movimentado, era uma parte abandonada da escola, eu fiquei ali, tentando entender o que estava acontecendo comigo, com isso eu perdi o primeiro tempo de aula, esquecendo completamente que eu tinha que ajudar a Dulce, eu estava indo  para a quadra, aonde tinha um bebedouro, e vi aquela que eu estava fugindo, sentada na arquibancada lendo um livro, ele estava em português, pois reconheci o título “ A droga do Amor” minha mãe tinha comprado esse livro para mim quando fomos ao Brasil, quando eu dei por mim, eu já estava sentado ao lado dela.

- Oi. – Ela disse de cabeça abaixada, ela estava com vergonha, já achei uma diferença entre ela e sua irmã. Sol nunca sentia vergonha ela era espontânea, nunca vi aquela pipoca com vergonha.

- Oi. – Disse nervoso, eu estava tão estranho com aquela aproximação de nós dois. – Eh, eu já li esse livro. – Eu não tinha o que dizer, abaixei a cabeça e cocei a nuca, eu sempre fazia isso quando eu estava nervoso.

- É bem legal, minha mãe me deu dois dias antes do acidente. – Ela ficou meio cabisbaixo.

- Que acidente? – Falei sem pensar e vi os olhos das mesmas ficarem marejados, droga fiz ela chorar, quando ela ia responder o sinal tocou, maldito sinal, mas foi melhor assim, não queria ver ela chorando, se ela normal mexe comigo, chorando então eu ia me despedaçar.

- Melhor a gente ir. – Eu escutei aquela voz doce dela e a olhei, eu não estava bem, ela estava ali com um sorrisinho de canto, eu lembrava tanto da Sol quando via ela. Eu balancei a cabeça e fui em direção a aula, eu teria que sentar no lado dela novamente, já que o espanhol dela não era bom. Mas eu já tinha decidido, não iria mais falar com ela, eu iria me afastar dela,  eu a protegeria ficando longe dela, esse era o melhor pra mim e para ela.