Fanfic: Crime Premeditado | Tema: Rebelde

Capítulo 7

POV DULCE

A semana tinha passado bem lenta, com as ignoradas de Christopher, Pedro em cima de mim o tempo todo, eu estava exausta, mas tinha algo bom, meu espanhol estava ótimo, pelo menos eu acho né? Por que eu entendo tudo que dizem e as pessoas entendem a maioria das coisas que eu falo.
Hoje é o dia do jogo, eu não estava nem um pouco afim de ir, mas eu aceitei o convite de tanto Any e Mai reclamarem que ele era um maior gatinho.
Já eram mais ou menos 19:00 quando eu estava acabando de me arrumar e Pedro chegou, eu coloquei meu tênis rápido e desci, eu estava simples, com um short jeans e uma blusa de manga comprida roxa, já que estava frio e chovendo.
- Ta linda! - ele me disse assim quente viu descendo as escadas, já que a Paty, minha governanta, tinha aberto a porta.
- Obrigada, você também não está nada mal. - o olhei de cima a baixo vendo sua bermuda branca e blusa verde.
- Valeu, vamos indo? A galera já está esperando a gente, eu assenti e gritei um "tchau pai" e dei um beijo na buchela da Paty.
Chegando no estacionamento vi algumas pessoas lá da escola, como por exemplo o Eddy, que era da minha sala, eu já falei com ele uma vez, ele é bem legal.
- Eai galera, como eu disse trouxe uma companhia. - Pedro disse chamando atenção de todos para mim.
Depois que falei com todos nós entramos. Tinha dois garotos, que eu já tinha visto eles algumas vezes no colégio, com um isopor gigante, eu estava curiosa para saber o que tinha ali. Nós paramos na arquibancada, mais próxima a quadra, cada um arrumou sua cadeira, e claro Pedro fez eu sentar em seu lado, e os meninos abriram o isopor com bebida alcoólica.
- Quer? - perguntou um dos meninos com uma latinha de cerveja.
- Não obrigada, não bebo.
- Que isso gata, uma latinha não faz mal a ninguém.
- Não, obrigada, e sério eu não quero mesmo.
- Para com isso, uma só, juro que paro de te perturbar. - Eu ia negar novamente quando eu escutei aquela voz rouca por trás de mim.
- P/orra Pablo, ela já disse que não quer, deixa ela em paz. - ele disse parando em minha frente e encarando o tal de Pablo
- E Uckermann, virou guardião das Saviñon é? - E novamente eles estavam me comparando com a minha irmã, eu já estava começando a ficar com raiva da situação, procurei o Pedro com os olhos e chamei ele.
- Pedro, eu vou embora, não estou me sentindo bem.
- Por que Dulce? Aconteceu alguma coisa?
- Não, só estou com dor de cabeça.
- Tem certeza? - balancei a cabeça em sinal de positivo. - Quer que eu ti leve em casa?
- Não, não precisa, pego um taxi, o jogo já está começando, não precisa perder.
- Tudo bem então, qualquer coisa me liga. - Eu assenti e fui andando para fora do estádio.
Eu estava esperando um taxi passar, estava chovendo muito, eu já estava todo ensopada já que eu não trouxe guarda chuva nem nada do tipo, então eu abracei meu corpo em uma tentativa de me esquentar, eu vi um garoto vindo em minha direção, e quando ele estava perto eu consegui sentir o cheiro forte de bebida, fui andando para trás para tentar me distanciar, porém bati as costas contra uma parede gelada, senti meu corpo todo arrepiar, eu estava com medo já que ele estava bem perto de mim, e para o meu azar não tinha ninguém por perto, pelo simples motivo que o jogo já tinha começado, só tinha algumas pessoas correndo, e nem prestava atenção já que estava mais preocupada em entrar no estádio do que outra coisa.
- Calma gata, não vou te machucar. - ele disse colocando a mão na minha barriga por baixo da blusa, eu estava apavorada, já tinha começado a chorar.
- Não faz nada comigo por favor. - Eu supliquei a ele, e o mesmo ignorou colocando os lábios em meu pescoço. - Por favor, me deixe ir. - Ele me ignorou mais uma vez agora descendo seus beijo para o meu colo desnudo, já que a blusa que eu usava era um pouco decotada, eu estava começando a ver tudo embaçado e estava me sentindo tonta, minha respiração estava acelerada, eu não conseguia fazer mais nada, só chorar, que já estava ficando difícil também por causa da respiração, ótimo, esse e um ótimo momento para mim ter ataque de pânico.
- Solta ela. - Ouvi uma voz conhecida e agradeci mentalmente por ele ter aparecido.
- Ta achando que tu é quem vacilão? - o garoto disse olhando o loiro que estava chegando perto do local onde eu estava escorada
- Sou o namorado dela, e se você não soltar ela agora eu quebro a sua cara. - Ele disse com autoridade, o garoto que antes estava colado em mim chegou para trás e mirou o loiro, ele era bem mais alto, e ele faria um estrago se decidisse bater nele, ele saiu correndo, correndo mesmo, como uma menininha com medo.
- Que otário. - o loiro resmungou - Você está bem? - ele disse me encarando mas eu não consegui responder, a última coisa que eu me lembro foi a chuva caindo em meu rosto e o Christopher me levantando.

POV CRISTOPHER

E lá estava eu de novo, perto dela, protegendo ela. Em quanto eu saia do estádio com muito ódio do Pablo eu escutei choro, eu olhei para o lado e vi ela lá, sem pensar duas vezes eu me meti, eu era duas vezes mais alto que o garoto que estava a aterrorizando, quando eu o ameacei ele sair correndo igual a um mariquinha, mas eu tinha um problema, Dulce estava branca, com a respiração ofegante, quando cheguei perto dela ela desmaiou, eu a peguei no colo e corri para o meu carro, eu liguei para a casa da Dulce, já que eu conhecia esse número, muito bem afinal, o pai dela já estava a caminho do hospital.
- Alguém me ajuda aqui, ela desmaiou. - Eu entrei no hospital desesperado eu uma enfermeira chegou com uma maca, ela me perguntou o que havia acontecido e eu expliquei tudo a ela, a mesma disse que deveria ser só um ataque de pânico, que ela ficaria no soro um pouco e assim que acordasse poderia ir para casa, mas era bom ela não fazer muito esforço e tentar não lembrar daqueles momentos.
Eu estava na sala de espera quando um cara alto de cabelos grisalhos, eu o conhecia, muito bem, Senhor Fernando Saviñon, entrou parecendo um furacão e gritando.
- Onde está a minha filha? - quando ele me viu eu foi andando em minha direção e me puxou pelo colarinho. - MAS UMA CHRITOPHER? NÃO COMPENSOU TER MATADO UMA FILHA MINHA TEM QUE MATAR A OUTRA? - Ele disse aos berros, aquilo me pegou de surpresa e meus olhos ficaram encheram de lágrimas. - AGORA VOCÊ CHORA NÉ? - ele disse mais uma vez me sacudindo, eu me irritei, ele estava começando a falar m/erda, e eu não iria deixa isso assim, tirei as mãos deles de mim.
- AGORA VOCÊ QUER ME CULPAR PELA MORTE DE SUA FILHA? QUEM FOI QUE CHAMOU ELA DE VADIA? QUEM FOI QUE QUERIA EXPULSAR ELA DE CASA? CERTO, NÃO FUI EU, EU APENAS A CONSOLEI QUANDO ELA FOI LÁ EM CASA CHORANDO PORQUE O SENHOR A TINHA MACHUCADO, E NÃO FISICAMENTE E SIM PSICOLOGICAMENTE, QUE É MIL VEZES PIOR, ENTÃO O SENHOR TIRE ESSA MÃO DE MIM! AH! E MAIS UMA COISA! DE NADA POR TER SALVADO SUA FILHA DE UM ESTUPRO, ESPERO QUE O SENHOR SEJA CONSCIENTE O BASTANTE PARA CUIDAR DELA. - quando eu acabei de desabafar com aquele velho, enxuguei as minhas lágrimas que insistiam em cair e sai andando para fora do hospital, deixando ele lá, paralisado. Eu dirigi o carro as pressas, amanhã eu ligaria para a Dulce para saber se ela estava bem, mas eu não agüentaria ficar no hospital com o Fernando, ele me dava nos nervos, ele era um de várias pessoas que acreditam que eu havia matado a Sol.