Fanfic: A Redenção de Christopher | Tema: Vondy

Ela se afastou um pouco e colocou o telefone no ouvido enquanto ela embrulhava seu outro braço em torno de seu próprio torso, em uma postura defensiva que ela não conseguia esconder.

Christian respondeu, sem fôlego, no terceiro toque. - Sim?

- Christian, sou eu, Dulce. - Ela estava consciente que sua voz estava tremendo e que Christopher Uckermann estava somente a um passo dela, observando-a parecendo mal conter sua fúria crescente.

- O que foi? Preciso estar no helicóptero em vinte segundos. - Seu primo trabalhava numa plataforma petrolífera e Dulce sabia que ele estaria fora por vários meses dessa vez.

Ela se apressou a dizer o que precisava. - Eu tive um acidente. Eu estou bem, mas a culpa foi minha e o cartão de seguro está vencido.

- Porra! - Seu palavrão foi tão alto que ela teve que tirar o telefone para longe de sua orelha.

Dulce começou a falar com pressa de novo.

- Eu sinto muito. Você disse que estava tudo bem em dirigi-lo. Tem seguro, certo? Você só se esqueceu de colocar o novo cartão no porta-luvas, não é? - Ela perguntou esperançosa.

O carro tinha quatorze anos de idade e ela sabia que ele o mantinha apenas para emergências. Ele dirigia uma caminhonete nova e havia dito que o carro era confiável o bastante para que ela dirigisse pela cidade enquanto procurava um emprego.

- Dul, eu sinto muito. Eu verifiquei o óleo e a pressão do pneu. Eu quis ter certeza de que o seguro não havia vencido, mas eu esqueci. Foda!

Ela fechou os olhos, as juntas que agarravam o telefone ficaram brancas. - O que eu posso fazer? - Ela perguntou com um tremor de incerteza.

- O melhor que você puder, Dulce. Quem você acertou? Que tipo de carro?

- Eu não sei. Ele parece novo, realmente bonito. - Seus olhos foram para o carro preto e em seguida para o homem em pé entre o carro e ela. - Seu nome é Christopher U-Uckermann.

-Uckermann? Como o banco, Uckermann? - Seu primo perguntou.

- Eu não tenho ideia.

- Olha, eu tenho que ir. Odeio como o inferno abandoná-la assim. Diga a ele que é o meu carro e eu vou fazer o certo. Diga a ele que você fará o certo, também. Não faça os problemas piorarem discutindo ou tentando negar que é sua culpa. Desde que você saiba que de fato que a culpa é sua.

- Eu o atingi por trás.- Ela disse em um tom de voz resignado.