Fanfic: ⅤƗÐᗩ ᒪ〇ᑌᑕᗩ | Tema: Vondy ♥

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Blanca aguardava pela filha e por Anahí no pátio externo de sua casa. O céu já estava enegrecido e nada das duas aparecerem; estava ficando preocupada com tanta demora. Em pouco tempo de espera no pátio, Blanca as enxerga se aproximando da casa e completamente aliviada, respira fundo. Quando elas chegam, faz questão de soltar uma piada para provocar Dulce:
Blanca: Muito bem Dulce Maria... Pra quem não gosta de colocar os pés na favela até que você demorou bastante hein (disse sorrindo, mas logo ficou séria ao notar a expressão aborrecida que Dulce e Anahí estampavam no rosto). Que caras são essas meninas?
Dulce – Fomos atacadas mamãe... Atacadas por um marginal! (exclamou a ruiva caindo no choro).
Blanca – Atacadas? Como assim filha?
Anahí – Ela quer dizer no sentido de que fomos assaltadas. Um cara nos abordou na rua e levou nossos celulares.
Blanca – Ai Jesus amado, não é possível.
Dulce – Se eu ficar traumatizada a culpa vai ser de vocês duas.
Blanca – Minha por quê?
Dulce – Porque eu falei que não queria andar nessa baixada, eu avisei que é perigoso e a senhora deu todo apoio pra Annie.
Blanca – Mas Dulce, como eu vou adivinhar que vocês seriam vítimas de um assalto?
Dulce – Mamãe, por favor, a senhora tem que usar a lógica né. Num lugar desse tipo, que ta repleto de bandido, a possibilidade que algo assim aconteça é 99%.
Anahí – Também não é pra tanto Dulce... O problema foi que nós estávamos em um setor arriscado na hora inadequada. Se você fosse menos lerda pra caminhar, é bem provável que a gente tivesse se livrado dessa.
Dulce – Eu tava cansada Anahí, você me fez andar mais que uma peregrina. E mais um coisa... Minhas pernas ainda doem ta.
Blanca – Por favor, meninas, esse não é o momento pra discussão.
Anahí – A senhora tem razão. Dulce deve ta muito abalada pra ficar discutindo.
Dulce – Ainda bem que você sabe! Agora eu vou entrar, vou tomar um banho pra esfriar a cabeça e passar a noite inteira chorando pelo meu celular.
Anahí – Que dramática!
Dulce – Nem vem me recriminar Anahí... Eu tenho certeza que quando você voltar pra casa vai chorar pra caramba.
Anahí – É eu vou chorar, mas não pelo celular e sim pela surra que vou levar da minha mãe. Ela ainda tava terminando de pagar as prestações
Dulce – Boa sorte com a fera! Aparece aqui em casa amanhã, isso é, se sua mãe for piedosa e te deixar viva.
Anahí – Haha (pronunciou irônica) eu só tava brincando ta... Mamãe não me bate mais que tempo.
Blanca – Mas prepare os ouvidos, mocinha, porque eles vão esquentar com uma bela bronca.
Anahí – É, disso não tenha dúvidas (fez um beicinho de choro). To indo nessa, tchau pra vocês.
Dulce e Blanca se despediram de Anahí e adentraram a casa. Depois de tomar seu banho, a ruiva pediu para que a mãe lhe fizesse uma massagem nas pernas; como Blanca sempre gostou de mimar e satisfazer os caprichos de Dulce atendeu ao pedido da filha querida.
Christopher estava andando por um beco da favela, quando escuta uma voz de galo engasgado gritar pelo seu nome:
>> Chriiiiiiis!
Christopher olha para trás com um sorriso, já reconheceu de que pessoa era a voz escandalosa.
Christopher – Quer o quê comigo bi/cha?
>> Bi/cha não, tu me respeita viu... Eu gosto de ser chamado pelo nome que mamãe me deu e pra sua informação é Roger.
Christopher – Tá bem Roger! Diga: o que a bi/chinha acesa deseja?
Roger: Que você apague o meu fogo (gargalha espalhafatoso).
Christopher – Teu fogo eu não apago não, mas tu eu bem que posso apagar se ficar de gracinha pra cima de mim. Desembucha logo o que tu quer.
Roger – Calminho aí mal humorado! Eu te chamei porque o Jacaré falou pra mim que você tem dois “celu” pra vender.
Christopher – Tenho sim. Cinqüenta pilas cada um (meteu as mãos nos bolsos laterais de sua bermuda, tirando de cada um, um celular).
Roger – O jacaré já falou o preço pra mim (sorriu, enquanto pegava um celular) Nossa, eles são muito dahora, por cinqüenta reais ta dando de presente. Comprar qualquer um desses na loja custa o olho da cara.
Christopher – Tá maritaca, agora dá nó no bico, escolhe teu celular em silêncio e rápido.
Roger – Aff´z, deveriam criar curso pra malaco de atendimento ao cliente, que horror! Pronto já me decidi... Vou levar esse (pegou o celular escolhido. Nesse momento Christopher ficou balançado, pois era o telefone da ruivinha espetacular. Que desperdício! Naquele aparelho estavam armazenadas muitas fotos lindas pra vendê-lo por mixaria).
Christopher – Não, você não pode levar esse daí... Toma esse aqui, ele é legal também.
Roger – Sim, mas eu gostei mais desse.
Christopher – Pois a bi/chinha vai ficar sem celular, porque o que você quer não tá à venda (tomou o celular da mão de Roger).
Roger – E porque você não falou logo? Já que me ofereceu os dois eu pensei... (Christopher o interrompe).
Christopher – Pensou errado veado! E aí? Vai levar o outro ou não?
Roger – Vou né, melhor do que nada (ele pegou sua carteira, tirou uma nota de cinqüenta reais e deu a Christopher).
Christopher – Valeu! (entrega o celular a Roger e depois vai embora).