Fanfics Brasil - Capitulo 1 Leis do Destino

Fanfic: Leis do Destino | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 1

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Finalmente Anahi viu seu nome no listão da FUVEST. Foram dois anos de dedicação exclusiva a maratonas exaustivas de cursinhos pré-vestibulares de matérias específicas, inúmeros simulados, horas infindáveis de mergulho em apostilas, livros, provas e bizus de vestibulares, o desafio de decorar fórmulas indecifráveis e inúteis fora vencido e o grande sonho da menina do interior finalmente se iniciara: cursar direito na Universidade de São Paulo.

Anahi não se conformaria com nada menos do que um dos melhores cursos de Direito do país, por isso, não iniciara antes sua graduação quando conseguiu aprovação em outras faculdades do Brasil. Para alcançar seu objetivo, abdicou a vida social, até mesmo de qualquer diversão por mais inocente que fosse, e isso não foi tarefa fácil. Nunca fora a mais popular da escola, mas seu jeito descontraído atraiu boas amizades as quais foram responsáveis pelas maiores aventuras na vida da jovem Loira de olhos Azuis.

Também nunca aceitou a condição de certinha, de CDF. O que lhe definia melhor era a palavra determinação. Nisso ela exibia orgulho. Até aquela fase de sua vida comemorava satisfeita o mérito de sempre ter conseguido tudo o que queria. Suas conquistas nunca vieram fáceis, mas sim, à custa de muito esforço o que lhe dava ainda mais garra para continuar na sua obstinação. Assim foi para conseguir a bolsa de estudos no melhor colégio da cidade, nos cursinhos particulares, nas premiações das olimpíadas escolares. Quando seus pais não dispunham de recursos para lhe patrocinar uma viagem, uma festa, a menina não tinha medo de encarar o batente depois das aulas e conseguir o dinheiro para o que precisava. Foi assim também que conseguiu luxos para uma menina como ela: computador, celular moderno, essas coisas que adolescentes classificam como fundamentais eram sempre oferecidos em concursos de redação, olimpíadas de matemática, as quais Anahi participava com a certeza que conseguiria arrematar os prêmios.

O jeito firme de encarar a vida era motivo de orgulho para os pais da moça. Era a segunda filha de uma família simples de três filhos. O irmão mais velho casara precocemente depois de engravidar a namorada, no interior ainda se preserva o costume de honrar as moças de família com o casamento quando “defloradas”. A irmã mais nova era a caçula tipicamente mimada, nasceu em uma fase mais branda da vida financeira apertada da família, talvez por isso não se sentisse na obrigação de lutar tanto por algo como Anahi estava habituada.

Os pais, o senhor Álvaro e dona Fátima eram comerciantes conhecidos na cidade. Proprietários de uma loja de material de construção viram sua vida financeira melhorar com os incentivos do governo no setor habitacional nos últimos dois anos, fato que pode proporcionar a condição para manter sua filha estudando na capital em condições razoáveis. 

Depois das comemorações pelo ingresso na USP, as energias de Anahi se concentraram em achar um bom lugar para morar, de preferência perto do campus, já que não conhecia a maior metrópole do país e aquele medinho de menina do interior dos perigos das grandes cidades por mais escondido que estivesse, residia nela. Seu pai acompanhou-a até São Paulo quando Anahi foi matricular-se, aproveitaram para procurar um apartamento, perto do campus os preços absurdos por uma quitinete simples alarmaram o modesto comerciante.

-- Minha querida, eu não imaginei que fosse tão caro! Não posso arcar com esse valor só de aluguel, ainda tem taxa de condomínio e o dinheiro que preciso enviar para você se manter aqui! 

No fundo Anahi concordava com o pai, mas se ressentia pelo fato de não ter dado despesas nos últimos anos e por quase nunca pedir dinheiro, uma vez que até os estudos em colégios particulares, conseguira bolsa de estudos, e quando dependia exclusivamente do dinheiro dos pais para continuar seu sonho, seu pai lhe mostrara o limite.

-- Vou procurar vaga na casa de estudantes pai, não se preocupe.

Com o olhar condoído o senhor Álvaro acompanhou a filha para conhecer as acomodações da casa de estudante, e não gostou do que viu. Por mais simples que fosse nunca deixara faltar nada para sua filha, e deixar que ela residisse naquela casa sem o menor conforto e privacidade nem de longe era o que ele desejava para sua querida Anahi.

-- Não minha filha, aqui você não fica! Vamos procurar outro lugar para você, nem que seja mais longe daqui.



E assim, pai e filha peregrinaram pela cidade até encontrar um quarto e sala mobiliados, com um preço acessível, superior aos planos do senhor Álvaro, mas acabou cedendo diante da expressão angustiada da filha.

Dois meses depois Anahi chegava de mala e cuia em São Paulo. Primeiro passo de uma longa trajetória, minuciosamente planejada. Não que fosse uma apaixonada por leis e tribunais, bem verdade que isso também lhe atraía, entretanto, a vontade obstinada de sair daquela cidadezinha do interior e batalhar sua independência era o sonho de Anahi desde que se deu conta que aquele marasmo não cabia no seu futuro.

Arrumou tudo do seu jeito caprichado. As dezenas de “tuppeware” amontoados em caixas que dona Fátima fez questão de comprar para o novo cantinho da filha até pareciam charmosos nos armários enferrujados da cozinha. Anahi era pura ansiedade, tinha as melhores expectativas, os planos mais extraordinários para sua nova vida. A ansiedade era tanta que dormir foi tarefa difícil para a caloura.

******

O campus estava lotado, certamente na maioria eram calouros, veterano nunca aparece no primeiro dia de aula, exceto aqueles que desejavam aplicar trote nos “bichos”. 

Medo, euforia, desorientação, ansiedade.

Tudo misturado.

Anahi experimentou aquele turbilhão de emoções enquanto adentrava pelos portões da universidade à procura do prédio do curso de direito. Encontrar alguém disposto a lhe dar uma informação ali foi difícil, mas arriscou se orientar pelas placas do campus. 

O salão de atos estava lotado, o curso de direito era um dos poucos que mantinha a tradição de reunir os discentes na aula inaugural de cada semestre. O desembargador aposentado Jorge Campos proferiu a aula inaugural, depois de se afastar das atividades de desembargador, dedicava-se à docência na universidade que o formou.

Anahi escutou atenta, se lamentando por não poder copiar no caderno tudo que o famoso jurista relatava. Estava realizada, experimentou a sensação de ter escolhido o curso certo, sim seu esforço valeu à pena.

Na saída do salão de atos estranhou a disposição dos alunos encostados lateralmente fazendo um corredor humano, quando associou o que poderia ser aquilo, não tinha como escapar, os veteranos pegaram os calouros para o famoso trote.

O amontoado de alunos espremidos e amarrados por um cordão se transformou em alvo para bexigas cheias de água e tintas, depois de ser coberta por tintas de todas as cores, Anahi relaxou e entrou na brincadeira, o que foi fundamental para se enturmar com calouros e veteranos.

-- Ok bicharada! Segunda parte do trote na república Álibi! – Berrou um estudante mais animado.

Anahi já estava empolgada o suficiente para aceitar convite até pra beber em bar no morro em meio a um tiroteio. Não permitiu que seus receios de menina do interior a impedissem de se envolver nesse mundo novo.

A república Álibi era um sobrado, localizado a poucos quarteirões do campus. Estava lotado como era de se esperar num dia de trote. Anahi se entregou à farra, aceitando todo tipo de bebida que lhe oferecessem. De repente o batido de uma colher no fundo de uma panela convocou o silêncio:

-- Aí galera, aí bicharada, a nossa DJ chegou!

Todos dirigiram os olhares à moça estilosa que exibia pose de estrela acenando para a platéia: morena de cabelos curtos e ruivos, magra, cheia de estilo com calças folgadas e camiseta colada mostrando sua barriguinha bem definida, na cabeça um chapéu branco Panamá era um charme a mais no seu visual. Dulce era seu nome, a DJ distribuiu simpatia montando sua pick-up improvisada, encantando veteranos e calouros, uma em especial: Anahi.



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Autor(a): angelr

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Dulce era a popularidade em pessoa. Não só pela função que desempenhava nas festas do curso como organizadora e DJ, mas pela simpatia e liderança que exibia. Era veterana do curso de direito, mas nem um pouco compromissada com os estudos. Pagava disciplinas em praticamente todos os períodos do curso, não fosse isso, se formari ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 327



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  • mariamarta Postado em 03/09/2021 - 01:58:10

    Estou lendo essa fic pela primeira vez. A fic é ótima e muito bem escrita. Anahi é uma idiota, bem burra e fraca, na verdade não consigo sentir pena dela, pq ela é a responsavel pelo proprio sofrimento. Sofre pq é mole e pq não tem voz, deixa que façam dela uma marionete. Gratidão é algo bem distinto disso que ela tá fazendo. É até vergonhoso chamar isso de gratidão. Ela é fraca isso sim

  • raphaportiñon Postado em 01/04/2021 - 12:37:53

    Meu Deus ... Estou fascinada por essa FIC ... Amo encontrar Fics Portiñon desse nível... Sou apaixonada :) <3

  • angelr Postado em 03/12/2014 - 13:40:31

    Ai gente que bom que voces todas gostaram, gosto sempre de compartilhar com voces coisas boas que leio

  • dyas Postado em 03/12/2014 - 08:55:43

    Show *-*' Adorei a web toda. Como eu sofri nessa web, kkk. Beijos s2 - Você é demais! :)

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 19:33:31

    mds que final lindo ,comfesso q chorei mas meus parabéns ,otima fic !!!

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 19:20:47

    Acabei de ler o último capítulo adorei porém queria mais tipo um capítulo extra bônus sabe tipo especial de Natal talvez um dia de Natal delas juntas com a família da Anahi aceitando elas e tal uma ceia de natal com a família das duas e amigos seria bem legal um capítulo extra de natal seri tipo um presente de natal para seus fãs

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 19:17:21

    Acabei de ler o último capítulo adorei porém queria mais tipo um capítulo extra bônus sabe tipo especial de Natal talvez um dia de Natal delas juntas com a família da Anahi aceitando elas e tal uma ceia de natal com a família das duas e amigos seria bem legal um capítulo extra especial para suas fãs que tal? Capítulo Anterior | Próximo Capítulo Autor(a): angelr PROMOVA A SUA FANFIC: More Sharing ServicesPromova| Share on facebookShare on twitterShare on emailShare on printShare on gmail Comentários da Fanfic (307) Comentários do Capítulo: s só um pedido de natal

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 16:41:55

    Já estou com vontade de chorar só de pensar que hoje é o último capítulo mi viciei nessa história sério vou sentir muita falta mais já estou lendo sua nova web aconteceu você é estou gostando a Anny está demais atrapalhada que só já ri de cara logo no começo posta logo o fim mata minha curiosidade

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:51:25

    terminei de ler a poucos minutos uma fic chamada &quot;AMOR IMPROVAVEL&quot; ,ao ir conferir a escritora tenho uma surpresa !! É VOCE QUE ESCREVE kkkk com essa ja são 5 fic's sua que leio , ja virei sua fã ,pode ter certeza que vou ler as outras . VOCE É UMA EXCELENTE ESCRITORA , cada vez que leio uma fic sua me surpreendo !! PARABÉNS .................................. anciosa para o ultimo capitulo.

  • angelr Postado em 01/12/2014 - 23:49:33

    flavianaperroni - ja sim


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