Fanfics Brasil - Capitulo 153 Leis do Destino

Fanfic: Leis do Destino | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 153

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Acrisio se emocionou rememorando a última conversa que teve com Alice. Outra vez deixando Dulce confusa quanto aquele lado de seu pai que ela desconhecera.



-- Nessa conversa Alice também me pediu que eu te mantivesse afastada da perseguição da imprensa, dos meus inimigos, que sua vida já era muito difícil para ainda ser exposta como algo imoral. Por isso não deixei que ninguém te avisasse, não sei se você lembra Danilo do que enfrentávamos na ocasião.




-- Lembro papai. A onda de boatos sobre o caso extraconjugal do seu vice com um cabo eleitoral. 



-- Seria um prato cheio para a oposição sua presença aqui, seria um tormento a mais para você. 



-- O senhor não fez isso por um pedido da mamãe. Se for para usar honestidade total, chega de mentiras não é? O senhor não queria era sujar ainda mais sua campanha com sua filha lésbica, melhor escondê-la longe das fronteiras! Por que não me disse isso quando te perguntei? Mais uma jogada sua para se fazer de super. pai?



-- Dulce eu não te disse por que não adiantaria. Você não ia acreditar assim como não está acreditando agora. Eu estava cansado demais, com uma dor sem limite para ainda gastar minhas energias em embates com você. Era mais fácil aguentar suas agressões do que mostrar meu lado fraco.




-- Gente será que vocês não conseguem dar uma trégua nessa guerra? Pai o Douglas sempre foi violento, cruel, mas de fato depois da morte da mamãe ele está sem controle, faça o que a mamãe pediu: ame-o! Ele está doente! Precisa de tratamento! Ele tentou me matar! Qual será a próxima loucura dele? Essa fazenda está sobre um cemitério de corpos de trabalhadores que ousaram lutar contra Douglas e as ordens dele, o senhor se envolveu tanto na campanha assim como eu que não sabe de metade das atrocidades que ele cometeu aqui, a revolta desses homens vai explodir e as consequências serão desastrosas pai!




-- Não posso simplesmente internar seu irmão Danilo! 



-- O Douglas não é só doente pai. Ele é um criminoso. Assassino, sádico, um psicopata. Alguém precisa pará-lo, e se não for o senhor, vai ser a justiça. Eu vim aqui hoje também para dizer que entreguei ao Ministério Público todas as provas e informações que eu tinha contra Douglas e o senhor. 



-- Você enlouqueceu?!



-- Não pai. Estou fazendo a mesma coisa que o senhor faria pela mamãe. Estou protegendo a mulher que eu amo. Estou casado há mais de um ano com Lídia, a filha de Bernadete. Ela está esperando um filho meu, e não quero expô-los ao risco de ter o Douglas perseguindo-os para me atingir.



-- Isso só pode ser uma grande piada de mau gosto! Você delatou sua família por causa de uma empregadinha? Por isso se mancomunou com essa daí não foi? Agora sua namoradinha tem o que precisa para me prender não é Dulce?



-- Estava demorando a mostrar sua verdadeira face hein senhor Acrisio. Passou horas falando de amor, e desmerece o amor do seu filho por uma mulher de outro nível social, mas bem acima do seu quando conheceu a mamãe. Dois pesos, duas medidas. Afinal o senhor não é igual a todos os mortais não é?




-- Dulce já chega! Durante todos esses anos eu tolerei de você os piores insultos, as palavras mais duras, os gestos mais odiosos e até hoje busco na minha memória quando foi que você deixou de ser a minha caçula, meu anjinho, para ser uma menina revoltada sempre pronta a me ferir, me ofender e espezinhar. Quando, porque Dulce você escondeu de mim aquela menina doce, alegre que pulava no meu colo todas as vezes que eu chegava a casa, mesmo que eu tivesse saído só por meia hora? 




-- Ela foi desaparecendo a cada vez que eu ficava esperando você voltar para casa para pular no seu colo para ouvir suas estórias fantasiosas da princesa que se apaixonou pelo vaqueiro viajante. – Dulce pausou para rir 
– Eu sempre procurava esse conto de fadas nos livros da escola e nunca achei lógico! Eu esperava ansiosa, todas as noites, não conto às vezes que a mamãe me levou nos braços para minha cama quando me encontrava no sofá dormindo. Quando você se envolveu com a política, mal vinha em casa, e quando vinha, estava sempre acompanhado de gente estranha, que falava alto e passava horas no seu escritório trancado. 




-- Mas eu sempre ia ao seu quarto antes de dormir quando eu estava em casa, sua mãe nunca me deixava eu te acordar, mas eu ia sempre te ver, dormindo como o anjinho que você era. Eu era tão alucinado por você minha filha... Você tinha e tem a beleza da sua mãe e minha personalidade forte, determinada, passional, a prova disso é que só você tinha coragem de me enfrentar.




-- E mesmo assim você me afastou de você. Expulsava-me da sala, das conversas, era grosseiro comigo, e eu uma criança ficava me perguntando o que eu tinha feito de errado para ser punida por você daquela forma. A mamãe me consolava, tentava me tranquilizar, mas tudo que ela conseguia era me fazer dormir me fazendo cafuné, mas eu guardava aquela culpa sem saber exatamente de que.




-- Não eram assuntos para crianças ouvirem. Eu perdia a paciência com você, porque era insistente, teimosa que nem uma mula selvagem! Empacava no canto e só saía se eu a espantasse com minha ira. Eu não podia supor que te repelia assim.



-- Eu era uma criança pai! O que o senhor esperava? Eu queria estar perto do meu pai! De tantas vezes eu ver o senhor chegar naquele escritório e se trancar com aquelas pessoas, uma noite eu decidi me esconder lá, esperar o senhor acabar aquela reunião infindável. Nesse dia escondida atrás da cortina eu ouvi o senhor ordenar a morte de homem. Desde esse dia, eu descobri que você não era o herói que eu pintava. Era um monstro que tomara o lugar do meu pai amoroso.



Acrisio empalideceu. Até Danilo que por repetidas vezes tentou interromper a discussão paralisou. Dulce deixou as lágrimas escorrerem pelo rosto com abundância, como se estas estivessem represadas por toda vida. 



-- No começo eu tive medo daquele monstro, depois eu fui aprendendo a enfrenta-lo, então eu briguei com ele de todas as formas, quanto mais o irritava, mais eu me sentia forte, tinha esperanças que um dia eu pudesse vencer o monstro, para ter meu pai de volta. Mas eu fui crescendo, e me dei conta que se existisse um monstro mesmo eu não conseguiria derrota-lo, eu queria mesmo era ficar longe dele, porque me fazia tanto mal olhar para a fisionomia dele usurpada do meu pai... Ao longo dos anos eu fui refém desse monstro, por mais que eu o atacasse ele encontrava uma forma de me prender novamente. 




-- Eu não sou um monstro minha filha. Sou seu pai. 



Acrisio se levantou e caminhou até Dulce que se esquivava como se buscasse proteção numa barreira invisível que criara contra o pai. 



-- Um pai não faz comigo o que o senhor fez. Um pai não despreza, não maltrata, não manipula, não chantageia nem ameaça. 



-- Eu só queria te manter perto Dulce para tentar recuperar o que eu não sabia por que estava perdido. Tinha esperança que te mantendo sob meu domínio, acharia uma forma de ter de novo minha caçula, meu anjinho me olhando com esses olhos doces. 



-- Que mentira! O senhor praticamente me enxotou de casa quando descobriu que era lésbica. Mandou-me para outro país! Anos depois o senhor ameaçou prejudicar a família da mulher que eu amava em favor dos seus interesses, como esperava reconquistar meu amor de filha assim?



-- Não suportava ler o que aquelas pessoas publicavam a seu respeito. As piadas, a malícia, eu queria te proteger, queria te manter a salvo de tudo isso. Não queria que você sofresse.



-- Para! Isso é mentira! E chega dessa conversa! Não viemos aqui para isso! Danilo você já disse tudo que tem a dizer, vamos embora!




-- Dulce... – Danilo se aproximou da irmã, mas, foi repudiado por um gesto.



-- Não quero ficar aqui! Vamos agora!



Como se pedisse autorização do pai, Danilo olhou para Acrisio que apenas acenou em acordo, autorizando que o rapaz cumprisse a vontade de Dulce.



-- Pai, esse é o meu número novo, desativei os outros. Analise bem a situação e me dê um retorno o quanto antes.



Acrisio deu um beijo na testa do filho visivelmente abalado com o saldo daquela conversa.



O trajeto de volta a São Paulo foi ainda mais silencioso do que a ida, o único som ouvido no carro eram os soluços do choro incessante de Dulce que mentalmente refazia cada memória, cada discussão, cada mágoa construída ao longo dos anos na relação com seu pai. O que mais incomodava a ruivinha era o fato de que as boas lembranças que ela escondera na profundidade da sua alma, como uma fantasia qualquer de uma criança inocente, dos bons momentos que teve na infância com o pai.


 


 


Pronto gente ai esta a conversa aguardada, postei ela toda para vocês.



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Autor(a): angelr

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Anahi  se angustiava a cada hora que passava sem notícias de Dulce. O celular da ruivinha desligado só contribuía para a apreensão da promotora que não calculava as consequências daquela conversa entre pai e filhos. Anahi sabia que se tratando de Acrisio, tudo de pior podia se esperar. A noite chegou e com ela a afliç&a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 327



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  • mariamarta Postado em 03/09/2021 - 01:58:10

    Estou lendo essa fic pela primeira vez. A fic é ótima e muito bem escrita. Anahi é uma idiota, bem burra e fraca, na verdade não consigo sentir pena dela, pq ela é a responsavel pelo proprio sofrimento. Sofre pq é mole e pq não tem voz, deixa que façam dela uma marionete. Gratidão é algo bem distinto disso que ela tá fazendo. É até vergonhoso chamar isso de gratidão. Ela é fraca isso sim

  • raphaportiñon Postado em 01/04/2021 - 12:37:53

    Meu Deus ... Estou fascinada por essa FIC ... Amo encontrar Fics Portiñon desse nível... Sou apaixonada :) <3

  • angelr Postado em 03/12/2014 - 13:40:31

    Ai gente que bom que voces todas gostaram, gosto sempre de compartilhar com voces coisas boas que leio

  • dyas Postado em 03/12/2014 - 08:55:43

    Show *-*' Adorei a web toda. Como eu sofri nessa web, kkk. Beijos s2 - Você é demais! :)

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 19:33:31

    mds que final lindo ,comfesso q chorei mas meus parabéns ,otima fic !!!

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 19:20:47

    Acabei de ler o último capítulo adorei porém queria mais tipo um capítulo extra bônus sabe tipo especial de Natal talvez um dia de Natal delas juntas com a família da Anahi aceitando elas e tal uma ceia de natal com a família das duas e amigos seria bem legal um capítulo extra de natal seri tipo um presente de natal para seus fãs

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 19:17:21

    Acabei de ler o último capítulo adorei porém queria mais tipo um capítulo extra bônus sabe tipo especial de Natal talvez um dia de Natal delas juntas com a família da Anahi aceitando elas e tal uma ceia de natal com a família das duas e amigos seria bem legal um capítulo extra especial para suas fãs que tal? Capítulo Anterior | Próximo Capítulo Autor(a): angelr PROMOVA A SUA FANFIC: More Sharing ServicesPromova| Share on facebookShare on twitterShare on emailShare on printShare on gmail Comentários da Fanfic (307) Comentários do Capítulo: s só um pedido de natal

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 16:41:55

    Já estou com vontade de chorar só de pensar que hoje é o último capítulo mi viciei nessa história sério vou sentir muita falta mais já estou lendo sua nova web aconteceu você é estou gostando a Anny está demais atrapalhada que só já ri de cara logo no começo posta logo o fim mata minha curiosidade

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:51:25

    terminei de ler a poucos minutos uma fic chamada &quot;AMOR IMPROVAVEL&quot; ,ao ir conferir a escritora tenho uma surpresa !! É VOCE QUE ESCREVE kkkk com essa ja são 5 fic's sua que leio , ja virei sua fã ,pode ter certeza que vou ler as outras . VOCE É UMA EXCELENTE ESCRITORA , cada vez que leio uma fic sua me surpreendo !! PARABÉNS .................................. anciosa para o ultimo capitulo.

  • angelr Postado em 01/12/2014 - 23:49:33

    flavianaperroni - ja sim


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