Fanfics Brasil - Capitulo 156 Leis do Destino

Fanfic: Leis do Destino | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 156

648 visualizações Denunciar


Lucas se surpreendeu com a intervenção de Acrisio quando soube da chegada do delegado e de sua equipe na Verdes Canaviais.


-- Abram os portões para a polícia! 



Acrisio ordenava descendo da caminhonete conduzida por Danilo. Douglas apertou os olhos furioso encarando o irmão, deduzindo que este cumprira o que anunciara revelando a verdade ao pai sobre os atos praticados na fazenda.



-- O mandado só autoriza a diligência no alojamento dos empregados papai. Estou orientando o delegado a seguir pela estrada até a entrada que dá acesso ao lugar que ele procura. – Douglas retrucou.



-- O delegado tem minha autorização para revirar o que ele quiser, em qualquer lugar dessa fazenda. Guarde esse papel doutor, nas minhas terras a polícia pode cumprir seu dever sem essas burocracias.




Acrisio falou alto. Lucas não sabia o que pensar. Temeu até mesmo que se tratasse de uma armadilha do velho homem, ou mais uma de suas artimanhas para fingir colaboração com as investigações.




-- Obrigada senador Acrisio. – Lucas agradeceu em tom formal.



-- Não sou mais senador há muito tempo doutor. Não precisa dessa cerimônia toda. Vamos, entre! 




Os policiais entreolharam-se desconfiados. Com alguma hesitação entraram nos carros e atravessaram os portões da fazenda, e seguiram Acrisio até a sede da Verdes Canaviais. Douglas mantinha a cara de poucos amigos, e ordenou que seus capangas conservassem o estado de alerta.




A convite de Acrisio, Lucas se sentou na sala da casa. Cordialmente o dono da fazenda ofereceu-lhes água, café, como se tratasse de uma visita comum.



-- Agradecemos a gentileza senador, ops, desculpe-me, senhor Acrisio, mas estamos a trabalho e não pretendemos demorar além do necessário. Dessa forma se o senhor nos autorizar, gostaríamos de começar essa diligência.



-- Antes que vocês comecem o trabalho de vocês, eu quero esclarecer duas coisas.



O tom de Acrisio chegou a despertar arrepios em Lucas. Douglas cercava a sala com um olhar tenso, especialmente porque seu irmão aparentava uma placidez incomum naquela circunstância.



-- Estou escutando senhor. – Lucas disse.



-- Primeiro: o contrato com a cooperativa que empregava os trabalhadores dessa fazenda foi cancelado oficialmente há dois dias. Portanto, as denúncias sobre a infração dos direitos desses homens serão devidamente apuradas com meu apoio, mas, esses homens agora trabalham para mim, estão todos legalmente amparados e empregados, todos os registros estão disponíveis se os senhores quiserem verificar. 



Não só Lucas, Douglas também ficou atônito com a revelação. O delegado concluiu mentalmente que a velha raposa astutamente se esquivava das acusações que pudessem recair sobre ele, tentando limpar “a sujeira” escondida nas suas terras.



-- Segundo: não há nenhum homem aqui que não esteja trabalhando contra sua vontade. Todos tem seus documentos, suas acomodações, e foram devidamente pagos pelos seus serviços, já que Nilton está preso, sua empresa está sem administração, o pagamento foi feito diretamente aos trabalhadores com o valor retroativo e proporcional ao tempo de serviço para aqueles que continuam a trabalhar aqui.



-- Senhor Acrisio, é muito bom saber disso. Mas, acredito que o senhor tenha ciência que isso não apaga os crimes anteriores denunciados não é? Temos outras acusações a serem averiguadas, inclusive de trabalhadores desaparecidos.



-- Eu sei disso delegado. Assumo minha responsabilidade nisso. Não autorizei nenhuma morte, nenhuma tortura, nenhuma violência, mas, se aconteceram em minhas terras, tenho minha parcela de culpa e quero que tudo seja esclarecido o quanto antes.



Lucas tentava decifrar o que estava por trás daquela postura do acusado. 



-- Senhor Acrisio, as acusações envolvem ocultação de cadáver. O senhor autoriza a utilização de cães farejadores em sua propriedade na busca desses supostos corpos?



Lucas ousou perguntar, testando a disposição e boa vontade do fazendeiro em colaborar com as investigações.


-- O senhor precisa de alguma assinatura minha declarando minha autorização para isso delegado? Eu sou homem de uma palavra só. Autorizo todos os métodos de investigação com a condição de que o senhor corresponda à minha disponibilidade com a justiça, e me mantenha informado. O senhor compreende que é fundamental que eu saiba o que acontece na minha fazenda não é? Passei muito tempo afastado da administração dela envolvido com minha campanha política, e as coisas me parecem ter saído do controle, quero retomá-lo.



-- De acordo senhor Acrisio. Faremos a diligência que foi autorizada pela justiça hoje, e retornamos com o aparato necessário para investigar segundo sua autorização explícita o subterrâneo dessa fazenda. Agora, se o senhor nos der licença, precisamos proceder ao mandado.



-- Fique à vontade delegado. Meu filho vai acompanhar o senhor e ajudar no necessário.



Acrisio falou e Douglas imediatamente seguiu Lucas.



-- Douglas? Eu me referi ao Danilo. Você fica, preciso conversar com você em particular no meu escritório agora.



-- Mas, papai... Eu achei que...



-- Douglas? Eu disse agora. Danilo acompanhe o delegado meu filho.



Acrisio seguiu para o escritório com Douglas que já dava sinais do seu transtorno diante das atitudes surpreendentes do pai.



-- Papai o que deu no senhor? Como assim facilitar o trabalho dessa gente? O que o senhor pretende amolecendo desse jeito com esse bando de morto de fome que vive às nossas custas aqui? Eu vou lá impedir que eles falem demais a esse delegado borra-botas, Danilo vai estragar tudo!



-- Você não vai a lugar nenhum! Sente-se nessa cadeira agora! 



Acrisio berrou impondo sua autoridade conhecida. Douglas arregalou os olhos um tanto assustado com a veemência do pai, e obedeceu, sentando-se diante do pai.



-- Que diabos você acha que está fazendo com sua vida meu filho? Que lambança foi essa nessa fazenda? Você tinha que deixar esse rastro de sangue e morte a troco de que? Onde você estava com a cabeça Douglas? Eu te entrego uma das nossas maiores propriedades e você a transforma num campo de concentração nazista?



-- Papai! Eu fiz o que tinha que ser feito! Exatamente o que o senhor faria! O senhor sabe como esses homens são! Alguns tiveram que servir de exemplo para mantermos a ordem por aqui. 



-- A ordem se mantém com autoridade Douglas, não à custa de mortes! Eu sou um ignorante sem instrução, mas você é estudado, não sabe que desde que o mundo é mundo, não se contem a força de um povo revoltado? Matar um resolveu alguma coisa? Não! Aí você matou dois, três, quatro, cinco e quantos mais que nem sei se quero saber o total, e eles continuaram revoltados, você nem parece um político! Só atraiu mais o olhar da polícia e da justiça para cá, você deu aos urubus o que eles precisavam para nos pegar!



-- Papai o senhor que ordenou que contratasse essas pessoas e detivesse os documentos delas, impedindo que elas partissem daqui, fiz o que senhor pediu! 



-- Douglas eu pensei que você fosse mais inteligente! Essa história da cooperativa seria a solução para tudo, mas você meteu os pés pelas mãos com esse massacre! Poderíamos manter esses homens com baixos salários, dando-lhes corda para se enforcar em dívidas, e ainda sairíamos de patrões bons que oferecem comida, diversão, jogos, mulheres, bebidas, remédios, empréstimos e assim não teríamos a polícia no nosso encalço!



-- Eles me desafiaram papai! Não me respeitaram! Tinha que proteger nosso patrimônio e minha vida também.




Compartilhe este capítulo:

Autor(a): angelr

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

-- Ah meu filho... Eu pensei que tinha te ensinado alguma coisa todos esses anos convivendo comigo. Mas vejo que você ainda tem muito a aprender, especialmente na política. Os tempos são outros, o coronelismo tem ser disfarçado hoje, não pode ser praticado do mesmo jeito que no meu tempo. A era da bala e das tiras de couro dos chicotes est&a ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 327



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • mariamarta Postado em 03/09/2021 - 01:58:10

    Estou lendo essa fic pela primeira vez. A fic é ótima e muito bem escrita. Anahi é uma idiota, bem burra e fraca, na verdade não consigo sentir pena dela, pq ela é a responsavel pelo proprio sofrimento. Sofre pq é mole e pq não tem voz, deixa que façam dela uma marionete. Gratidão é algo bem distinto disso que ela tá fazendo. É até vergonhoso chamar isso de gratidão. Ela é fraca isso sim

  • raphaportiñon Postado em 01/04/2021 - 12:37:53

    Meu Deus ... Estou fascinada por essa FIC ... Amo encontrar Fics Portiñon desse nível... Sou apaixonada :) <3

  • angelr Postado em 03/12/2014 - 13:40:31

    Ai gente que bom que voces todas gostaram, gosto sempre de compartilhar com voces coisas boas que leio

  • dyas Postado em 03/12/2014 - 08:55:43

    Show *-*' Adorei a web toda. Como eu sofri nessa web, kkk. Beijos s2 - Você é demais! :)

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 19:33:31

    mds que final lindo ,comfesso q chorei mas meus parabéns ,otima fic !!!

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 19:20:47

    Acabei de ler o último capítulo adorei porém queria mais tipo um capítulo extra bônus sabe tipo especial de Natal talvez um dia de Natal delas juntas com a família da Anahi aceitando elas e tal uma ceia de natal com a família das duas e amigos seria bem legal um capítulo extra de natal seri tipo um presente de natal para seus fãs

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 19:17:21

    Acabei de ler o último capítulo adorei porém queria mais tipo um capítulo extra bônus sabe tipo especial de Natal talvez um dia de Natal delas juntas com a família da Anahi aceitando elas e tal uma ceia de natal com a família das duas e amigos seria bem legal um capítulo extra especial para suas fãs que tal? Capítulo Anterior | Próximo Capítulo Autor(a): angelr PROMOVA A SUA FANFIC: More Sharing ServicesPromova| Share on facebookShare on twitterShare on emailShare on printShare on gmail Comentários da Fanfic (307) Comentários do Capítulo: s só um pedido de natal

  • portinonnessa14 Postado em 02/12/2014 - 16:41:55

    Já estou com vontade de chorar só de pensar que hoje é o último capítulo mi viciei nessa história sério vou sentir muita falta mais já estou lendo sua nova web aconteceu você é estou gostando a Anny está demais atrapalhada que só já ri de cara logo no começo posta logo o fim mata minha curiosidade

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:51:25

    terminei de ler a poucos minutos uma fic chamada &quot;AMOR IMPROVAVEL&quot; ,ao ir conferir a escritora tenho uma surpresa !! É VOCE QUE ESCREVE kkkk com essa ja são 5 fic's sua que leio , ja virei sua fã ,pode ter certeza que vou ler as outras . VOCE É UMA EXCELENTE ESCRITORA , cada vez que leio uma fic sua me surpreendo !! PARABÉNS .................................. anciosa para o ultimo capitulo.

  • angelr Postado em 01/12/2014 - 23:49:33

    flavianaperroni - ja sim


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais